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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

SCARPINI, Mariangela. Possíveis conexões entre o método montessori e a filosofia para crianças. child.philo [online]. 2020, vol.16, e46784.  Epub 26-Mar-2020. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2020.46784.

Este artigo tem como objetivo focalizar certos aspectos de dois métodos de ensino: um iniciado na primeira metade do século XX por Maria Montessori e o outro na segunda metade desse século por Matthew Lipman. O objetivo - nem comparativo nem analítico - é esclarecer as conexões e, mais especificamente, os elementos do Método Montessori que refletem na proposta de Lipman. A pergunta que este artigo pretende responder é: o FpC pode encontrar um terreno fértil nas escolas que aplicam o Método Montessori? O artigo enfocará, entre outros elementos: a importância de dar espaço à experiência de pensar desde a infância e o reconhecimento do valor da infância. Tanto Lipman quanto Montessori observaram sistematicamente crianças de diferentes idades - o primeiro na primeira metade, a segunda na segunda metade do século XX. Ambos caracterizaram, deram valor e concentraram suas contribuições científicas na capacidade das crianças de pensar e expressar seus pensamentos através de línguas (propositadamente na forma plural). Como pesquisadores e profissionais de educação sabem, as crianças têm a capacidade de pensar, mas essa capacidade nem sempre foi (ainda não é) considerada existente. Mesmo quando evocada em palavras, as escolhas e propostas educacionais parecem - ainda hoje - expressar desconfiança em relação ao pensamento das crianças. Os dois autores mencionados enfatizaram repetidamente a importância de um direito essencial: o direito de pensar e de ter um espaço - mesmo quando criança - para exercitar o pensamento com os outros. Em particular, ambos os autores - apesar de contemplarem diferentes caminhos educacionais - identificaram as mesmas categorias funcionais para o exercício do pensamento. Sua interconexão pode orientar as ações de professores, educadores e especialistas em processos de aprendizagem. De fato, a FpC pode desempenhar um papel em contextos educacionais nos quais a classe já é considerada uma comunidade de investigação, na qual o professor recebe o mesmo papel de facilitador.

Palavras-chave : montessori; lipman; direito de pensar; ambiente criativo; novo professor..

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