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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

ARAUJO, Janice Débora de Alencar Batista; COSTA, Rebeka Rodrigues Alves da  e  FROTA, Ana Maria Monte Coelho. De chrónos à aión - onde habitam os tempos da infância?. child.philo [online]. 2021, vol.17, e56866.  Epub 02-Maio-2021. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12597/childphilo.2021.56866.

O presente artigo faz uma reflexão sobre os tempos da infância a partir das palavras chrónos, kairós e aión, que os gregos utilizam para conceituar tempo, em diálogo com diferentes autores, tais como Kohan (2007, 2009, 2018), Pohlmann (2005), Skliar (2018), Kohan e Fernandes (2020). No campo pedagógico, apresentamos como a Pedagogia da Infância tem se debruçado sobre a importância do tempo para a experiência, o protagonismo e os processos de criação das crianças, tendo como aportes as contribuições de Hoyuelos (2020), Parrini (2016), Aguilera et al. (2020), Barbosa (2013), Oliveira-Formosinho e Araújo (2013), Oliveira-Formosinho (2018), Pinazza e Gobbi (2014). Refletimos sobre que tempos são possíveis quando pensamos nas crianças e em suas infâncias. Seria um tempo contínuo e cronológico, um tempo da oportunidade do instante e/ou intenso, aiónico? Seria possível abrir espaço na escola para outras temporalidades, quando esta se apresenta imersa em um tempo cronológico, marcado pela organização dos tempos pedagógicos que estruturam as rotinas na Educação Infantil? Afinal, onde habitam os tempos da infância? Assim, por meio de pesquisa bibliográfica, fizemos uma relação entre tempo, Filosofia, Pedagogia da Infância e Educação Infantil, com o intuito de buscar um entendimento sobre os tempos da infância e as outras possibilidades de relação entre a criança e a temporalidade no contexto escolar. Desse modo, concluiu-se que o tempo da criança é o tempo aiónico da experiência. É pela via da experiência com a brincadeira, com o movimento e com as expressões de suas múltiplas linguagens que pode ser possível habitar os tempos da infância. Quem sabe essa seja a rota de fuga para que as crianças não venham a sucumbir, como nós adultos, ao tempo chrónos da existência.

Palavras-chave : tempos da infância; crianças; educação infantil; filosofia da educação; pedagogia da infância..

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