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Childhood & Philosophy

versão impressa ISSN 2525-5061versão On-line ISSN 1984-5987

Resumo

CHEN, Jason  e  GARDNER, susan t.. Educando a si mesmos em uma era viciada em tecnologia. child.philo [online]. 2023, vol.19, e67647.  Epub 29-Nov-2022. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2022.67647.

Neste artigo, argumentamos que, se é verdade que o autodesenvolvimento máximo é melhor tanto para os indivíduos quanto para a sociedade, e se é verdade que esse autodesenvolvimento está sendo seriamente restringido por forças tecnológicas ambientais ubíquas, então, claramente, os sistemas educacionais, uma vez que eles são os guardiões do “desenvolvimento” dos jovens, têm um imperativo moral de resistir às forças que diminuem o eu. Por outro lado, se não é verdade que “mais eu é sempre melhor”, que talvez a “bondade do ajuste” (goodness of fit) entre o eu e a sociedade seja ótima, então os sistemas educacionais são justificados em continuar a prestar pouca atenção às forças do autodesenvolvimento (ou falta dele). Em consonância com o argumento de Sherry Turkle (2011) de que as forças tecnológicas estão diminuindo o tipo de raciocínio reflexivo necessário para o autodesenvolvimento, argumentamos que, uma vez que trocas comunicativas são necessárias para o autodesenvolvimento, e um eu em constante desenvolvimento é necessário para um desenvolvimento cada vez mais profundo e um diálogo mais significativo (portanto, formando uma dialética), o fato de que a mídia social e outras formas de conexão tecnológica impedem um intercâmbio profundo e significativo tem sérias implicações. Especificamente, argumentamos que, na sociedade contemporânea de alta tecnologia (o que estamos chamando de Sociedade 2.0), a dialética entre eu (self) e comunicação está indo para o lado “errado”; que o diálogo genuíno está se tornando cada vez mais raro, o que, por sua vez, está resultando em “eus diminuídos”, o que, por sua vez, está resultando em cada vez mais complacência diante do intercâmbio comunicativo totalmente superficial. Começamos com uma visão geral do que queremos dizer com um “eu diminuído” e, em seguida, observamos como as mídias sociais, o vácuo de leitura, o robotismo, a comunicação coletiva e a diminuição do capital social estão resultando em "eus diminuídos". Como isso está resultando em uma sociedade “diminuída”, refletiremos se essas iniciativas educativas dialógicas que promovem o autodesenvolvimento estão, de fato, fazendo dodôs, ou seja, tornando os jovens inaptos para o meio em que se encontram. Em última análise, argumentamos que, se os educadores escolherem lutar contra as forças que diminuem o eu da Sociedade 2.0, eles precisam levar os eus (selves) a sério e envolver ativamente os jovens no diálogo com aqueles com pontos de vista opostos. Em última análise, os jovens na Sociedade 2.0 precisarão de toda a assistência que os educadores puderem reunir para combater as forças viciantes e literalmente entorpecentes de estar “felizmente” “sozinhos” e, em vez disso, escolher a opção mais arriscada e muitas vezes infeliz de mergulhar no processo de busca da verdade com várias coalizões de disposições.

Palavras-chave : educação e autodesenvolvimento; dimensionalidade crescente; diálogo e autodesenvolvimento; vício em tecnologia..

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