SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.19Escolaridad, comunidad de investigación filosófica y una nueva sensibilidadEl presente y el futuro de hacer filosofía con niños y niñas índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Compartir


Childhood & Philosophy

versión impresa ISSN 2525-5061versión On-line ISSN 1984-5987

Resumen

ELVIS, lucy. Atentividade, qualidades da escuta e o ouvinte na comunidade de investigação filosófica. child.philo [online]. 2023, vol.19, e76451.  Epub 30-Ago-2023. ISSN 1984-5987.  https://doi.org/10.12957/childphilo.2023.76451.

Esse artigo busca reparar o foco predominante na fala, em detrimento da escuta, na teorização da Comunidade de Investigação Filosófica (CIF). Frequentemente, quando as habilidades da escuta estão em debate, o foco é encorajar as crianças a serem ouvintes ativos. Essa forma de descrever a escuta que ocorre na Comunidade de Investigação Filosófica (CIF) tem perdido a eficácia, visto que a linguagem da escuta ativa tem sido cooptada como uma técnica de gestão centrada em fazer o falante se sentir ouvido, com pouca ênfase na intenção e nos efeitos para o ouvinte. Assim, numa leitura cínica, ‘escuta ativa’ pode ser reduzida a indicadores físicos performativos de escuta (como contato visual e linguagem corporal), ignorando os compromissos éticos-epistêmicos do ouvinte genuinamente engajado. Em vez de formular novos termos para descrever a escuta, proponho aqui a descrição da atenção feita por Iris Murdoch como um descritor adequado dos efeitos no self de uma escuta verdadeiramente envolvida, que procura atender ao desdobramento do conteúdo da CIF, e também como uma forma de caracterizar as qualidades de uma CIF em que essa escuta é alcançada. Aqui, a atentividade é apresentada como um conceito que captura as facetas únicas da escuta como um desafio para os indivíduos que participam dela e se preocupam em contribuir efetivamente para o diálogo que se desenvolve ao longo da CIF e para aqueles que facilitam esse diálogo. São exploradas brevemente algumas implicações no contexto prático, propondo três intervenções para cultivar a atentividade nos participantes da CIF e nos facilitadores (especialmente se forem graduados ou pós-graduados em filosofia, porque a identidade filosófica pode se tornar um obstáculo à atentividade). Em sua conclusão, esse artigo reposiciona a escuta na CIF como um risco produtivo, com uma forma particular de ‘vivacidade’ habilmente capturada pelo termo atenção.

Palabras clave : escuta; investigação; atentividade; facilitação; prática..

        · resumen en Español | Inglés     · texto en Inglés     · Inglés ( pdf )