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Conjectura: Filosofia e Educação

versão impressa ISSN 0103-1457versão On-line ISSN 2178-4612

Resumo

PEREIRA, Vilmar Alves  e  EICHENBERGER, Jacqueline Rogério Carrilho. Por uma crítica contemporânea da educação ambiental: Justiça Ambiental e o caso das comunidades quilombolas de Oriximiná - PA. Conjectura: filos. e Educ. [online]. 2018, vol.23, n.1, pp.97-113. ISSN 2178-4612.  https://doi.org/10.18226/21784612.v23.n1.6.

O presente artigo pretende elucidar questões relacionadas ao pensamento ecológico contemporâneo, antropológico e social relacionado à Ecologia Política e à Justiça Ambiental, assim como, o caso das comunidades de Oriximiná - PA que trazem para o bojo das discussões uma profunda crítica aos paradigmas dominantes do conhecimento ambiental-contemporâneo e da própria educação ambiental. O estudo confere importância à investigação sobre o tema, já que a Ecologia Política se estabelece no espaço que é de conflito, de disputa pela reapropriação da natureza e de cultura, sendo que a natureza e a cultura resistem ante a imposição de valores e processos - simbólicos, ecológicos, epistemológicos, políticos - ao se transformarem em termos de valor de mercado. Entender a importância desses grupos étnicos que habitam as margens do rio Trombetas - PA, distribuídos no interior de lagos e igarapés, ligados a “furos” e “Paranans” - característica local desse sistema hidrográfico, remete, sem dúvida, a uma abordagem sobre os antecedentes e a tradição de ocupação por eles desenvolvida sobre suas formas de integração e manejo, além de intervenções em campo - em se encontram estruturados em um complexo sistema de organização social em torno de práticas econômicas e culturais que lhes são particulares. Desde os mocambos, termo utilizado no século XIX até os dias atuais, com a caracterização dos termos comunidades tradicionais, o caminho percorrido pelos povos negros dessa região esteve relacionado à conquista de justiça e igualdade de direitos: O direito sobre a terra historicamente conquistada. O direito sobre sua especificidade negra, raiz profunda de sua cultura. O direito de reproduzir seu modo de vida agrícola e extrativo sobre as bases de territorialidade concedida com manejo ecológico, traduzido pela preservação, atestado nos 200 anos de existência no lugar.

Palavras-chave : Justiça Ambiental; Ecologia Política; Educação Ambiental.

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