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Conjectura: Filosofia e Educação

versão impressa ISSN 0103-1457versão On-line ISSN 2178-4612

Resumo

DANNER, Leno Francisco; DANNER, Fernando; BAVARESCO, Agemir  e  DORRICO, Julie. A voz-práxis dos marginalizados entre estética e política: autoafirmação, resistência e luta em tempos de institucionalismo forte, cientificismo e lógica sistêmica. Conjectura: filos. e Educ. [online]. 2019, vol.24, e019009.  Epub 31-Jul-2020. ISSN 2178-4612.  https://doi.org/10.18226/21784612.v24.e019009.

Criticamos, no artigo, duas exigências fundamentais postas pelo paradigma normativo da modernidade como condição da crítica, da reflexividade e da emancipação, a saber, a racionalização epistemológica dos sujeitos, das práticas e dos valores como critério de justificação e de validade, e o procedimentalismo imparcial, neutro, formal e impessoal como práxis da fundamentação ético-política. Argumentamos que essas duas exigências teórico-práticas levam a dois graves problemas para uma teoria social-crítica e para uma práxis político-emancipatória relativamente à modernidade: primeiro, sujeitos epistemológico-políticos marginalizados pela modernidade (por exemplo, indígenas e negros) teriam de abandonar a carnalidade e a vinculação ao seu contexto e sua situação de vítimas da modernidade como condição de uma perspectiva crítica ante à própria modernidade como universalismo epistemológico-moral autêntico; segundo, uma perspectiva político-metodológica imparcial, neutral, formal e impessoal conduz tanto à apoliticidade e à despolitização dos sujeitos da fundamentação quanto à correlação de institucionalismo forte, cientificismo e lógica sistêmica, já que, nesse segundo caso, apenas as instituições (desde uma dinâmica lógico-técnica) têm condições de assumir uma atuação e um enquadramento sociais nesses requisitos de imparcialidade, impessoalidade, neutralidade e formalismo. Como alternativa, apontamos à necessidade, por parte das vítimas da modernização, de uma voz-práxis político-politizante, carnal e vinculada, que tem como ponto de partida sua condição de marginalização e sua pertença social e antropológica como base da autoafirmação, da resistência e da luta e que se processa sob a forma de um anarquismo estético-político antissistêmico, anti-institucionalista e anticientificista, aberto, inclusivo e participativo.

Palavras-chave : Modernização; Institucionalismo; Lógica sistêmica; Excluídos; Anarquismo estético-político.

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