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Acta Scientiarum. Education
versão impressa ISSN 2178-5198versão On-line ISSN 2178-5201
Resumo
SANGENIS, Luiz Fernando Conde e ANDRADE, Lucia Maria Gonçalves de. A pretexto de uma biblioteca conventual amazônica: livros, educação e presença mercedária em Belém do Grão-Pará nos séculos XVII e XVIII. Acta Educ. [online]. 2024, vol.46, n.1, e65622. Epub 01-Dez-2024. ISSN 2178-5201. https://doi.org/10.4025/actascieduc.v46i1.65622.
Os mercedários chegaram à Amazônia em 1639, e no ano seguinte, fundaram seu primeiro convento em Belém no Estado independente do Grão-Pará e Maranhão, ao final do período da União Ibérica (1580-1640). Vindos de Quito, no Vice-Reino do Peru, acompanharam a expedição de retorno de Pedro Teixeira, através do Rio Amazonas, após os portugueses terem empreendido a subida e a exploração do rio, de Belém ao Equador. Deram importante contribuição à fundação de Belém e ao desenvolvimento da região amazônica. O convento, marco arquitetônico da cidade, foi importante centro de formação da Ordem das Mercês e seus frades conquistaram reconhecimento pelo preparo intelectual para o exercício do ensino e a promoção da cultura letrada. A biblioteca conventual notabilizou-se não apenas pelo número de livros, mas também pela variedade e riqueza do seu acervo. Dela nada sobrou, a não ser as informações registradas no Inventário dos bens sequestrados aos extintos religiosos mercedários na Capitania do Pará, manuscrito sob a guarda do Arquivo Nacional, e que foi produzido em 1794, quando da expulsão dos mercedários de Belém. O estudo do espólio bibliográfico ajuda a compreender como os livros deram suporte às funções missionárias e educativas exercidas pelos membros da Ordem Mercedária na Amazônia.
Palavras-chave : mercedários; Grão-Pará e Maranhão; história da educação colonial; biblioteca conventual.