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Acta Scientiarum. Education

versão impressa ISSN 2178-5198versão On-line ISSN 2178-5201

Resumo

OSBEL, Letícia Dell’  e  LUNARDI-LAZZARIN, Márcia Lise. Trajetividades: modos outros de pesquisar, pensar e estar na educação de surdos. Acta Educ. [online]. 2024, vol.46, n.1, e65631.  Epub 01-Dez-2024. ISSN 2178-5201.  https://doi.org/10.4025/actascieduc.v46i1.65631.

Este artigo convida a pensar a perspectiva pós-estruturalista nas pesquisas educacionais, em específico no campo da educação de surdos, no cenário da educação inclusiva. Para tanto, procurou movimentar, a partir de um estudo de mestrado, o conceito de trajetividade de Virilio (1993) como um operador teórico-metodológico alinhado a uma perspectiva pós-estruturalista, enquanto potência na composição de uma escrita-vida-pesquisa que se ocupa de pensar os modos de produção de uma docência e educação outra com surdos na escola comum. Mobiliza-se a potência deste conceito, reconhecendo a produção de uma docência trajetiva na educação e na pesquisa como modos outros de docência e educação de surdos, como possibilidade de tensionamento das relações de saber-poder-verdade. A trajetividade, enquanto caminho teórico-metodológico, acolhe a escrita ensaística como (de)formação de um eu que vai constituindo-se trajetivo com outros-juntos e com suas relações na educação, produzindo sua existência-docência pela andarilhagem da escrita-vida-pesquisa que compõe. A professora-pesquisadora-trajetiva operou novas relações consigo, com o outro e com os processos de escolarização na escola comum à medida que se colocou em trajetividade com as experiências-marcas de sua docência. Elegeram-se alguns recortes da trajetividade no processo investigativo de mestrado para anunciar a possibilidade de experimentar modos investigativos outros, que possam transgredir caminhos de pesquisa fixos, hegemônicos e estruturalizantes. Dessa forma, o artigo anuncia a trajetividade como um movimento que se faz ao caminhar no entre de uma vida-pesquisa, compondo um devir-pesquisa pelo exercício da escrita ensaística. Diante disso, propõe-se o convite-desejo de acolher a trajetividade como possibilidade de uma moviment(ação) subjetiva de pensamento e de relações nos contextos educacionais. Também, apresenta-se a trajetividade como possibilidade de fratura e transgressão aos processos investigativos dominantes de se fazer pesquisa pelo movimento ético e estético de vida que ela assume.

Palavras-chave : pós-estruturalismo; docência; escola comum; trajetividade; educação com surdos.

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