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versão impressa ISSN 0104-8481versão On-line ISSN 2238-121X

Resumo

HARDT, Lúcia Schneider  e  BOTELHO, Danilo José Scalla. Quando preferimos “intuir” ao invés de “deduzir”. Como tornar-se leitor de Nietzsche. Rev. Comunic [online]. 2014, vol.21, n.3, pp.173-183. ISSN 2238-121X.  https://doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v21n3p173-183.

Este artigo experimenta uma leitura não conceitual (no sentido aristotélico de “conceito”) de Nietzsche: convoca um leitor que não deduz, intui. Nessa perspectiva, a consciência, a razão e o “eu” perdem sua soberania interpretativa; o logos ontológico, buscando no significado a essência, também não mais predomina. Sem tais referências exegéticas como guia, a preferência pelo “intuir” toma como fios condutores o corpo, em sua dinâmica múltipla e capacidade de incorporação, e o logos sofista, em sua recusa do “ser” e do “conhecer” racionais. Ganham lugar, agora, nesse viés hermenêutico, a surpresa do desconhecido, ao invés da certeza do conhecido; a fluidez dos afetos, ao invés da fixidez do conceito; as nuances do kairós (momento oportuno) e do vir-a-ser, ao invés da estase da substância e do ser. Quiçá o leitor possa, então, ao interpretar Nietzsche, criar e apropriar-se na arena dos afetos - intuir como um “espírito livre” -, não mais só reproduzir e sistematizar na unidade do intelecto - deduzir.

Palavras-chave : Filosofia da Educação; Nietzsche; Intuir Logos (Discurso) Sofista; Espírito Livre.

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