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versão impressa ISSN 0104-8481versão On-line ISSN 2238-121X

Resumo

SILVA, Angélica Lima  e  PIRES, André. O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA: PERCEPÇÕES DE MÃES BENEFICIÁRIAS SOBRE EDUCAÇÃO E A POSSÍVEL CONSTRUÇÃO DE UMA VIDA NOVA PARA SEUS FILHOS. Rev. Comunic [online]. 2015, vol.22, n.1, pp.7-25. ISSN 2238-121X.  https://doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v22n1p7-25.

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência de renda condicionada do governo federal destinado a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Na área da educação, exige-se a frequência escolar mínima de 85% para crianças entre 6 e 15 anos e de 75% para jovens entre 16 e 17 anos. De acordo com os formuladores do programa, o cumprimento das condicionalidades seria um fator importante para romper com a chamada transmissão intergeracional da pobreza. O artigo analisa como a exigência de frequência escolar mínima para beneficiários do PBF, com idades entre 6 e 17 anos, é percebida pelas titulares do benefício residentes na região sul de Campinas (SP). Para isso, foram realizadas vinte entrevistas semiestruturadas com beneficiárias do PBF com filhos matriculados em uma escola pública na região sul deste município. Os resultados mostram que a condicionalidade relacionada à educação é considerada positiva na percepção das beneficiárias, mas elas não acreditam que a frequência escolar seja fator decisivo para romper com a pobreza no futuro. Para as beneficiárias, não basta manter seus filhos na escola sem levar em consideração a qualidade do ensino que lhes é oferecido. Ao final, refletimos sobre os limites e possibilidades da exigência de frequência escolar mínima como fator de enfrentamento da pobreza, assim como desafios suscitados pela análise das falas das entrevistadas que classificam a educação como “defasada”, mas, mesmo assim, mantêm seus filhos na escola pública, uma vez que não podem arcar com os custos de uma educação privada.

Palavras-chave : PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA (PBF); EDUCAÇÃO; FRENQUÊNCIA ESCOLAR; CAMPINAS (SP).

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