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Educação e Realidade

versión impresa ISSN 0100-3143versión On-line ISSN 2175-6236

Educ. Real. vol.46 no.2 Porto Alegre  2021  Epub 24-Mayo-2021

https://doi.org/10.1590/2175-623698702 

OUTROS TEMAS

Extensão Universitária como Prática Educativa na Promoção da Saúde1

Regis Rodrigues SantanaI 
http://orcid.org/0000-0002-0988-1997

Cristina Célia de Almeida Pereira SantanaI 
http://orcid.org/0000-0002-2030-2191

Sebastião Benício da Costa NetoII 
http://orcid.org/0000-0001-8160-3476

Ênio Chaves de OliveiraI 
http://orcid.org/0000-0002-3502-7532

IUniversidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia/GO - Brasil

IIPontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Goiânia/GO - Brasil


Resumo:

O artigo objetivou averiguar as contribuições da extensão universitária na formação profissional e na promoção da saúde. Tratou-se de um estudo de revisão, com consulta às bases de dados LILACS, MEDLINE e Scielo em junho de 2019. Conforme critérios de elegibilidade, foram selecionados 18 artigos. Após síntese, os dados foram dispostos em tabelas e quadros. A abordagem metodológica mais utilizada foi a descritiva-qualitativa com enfoque no trabalho multidisciplinar, formação acadêmica e interação academia-comunidade. A extensão foi compreendida como estratégia para promover saúde e uma ferramenta factível para o desenvolvimento profissional. Considerou-se, todavia, necessário maior incentivo para seu fortalecimento e efetivação social.

Palavras-chave: Extensão Universitária; Educação em Saúde; Promoção da Saúde; Formação Profissional

Abstract:

The aim of the article was to investigate the contributions of University Extension Programs in vocational training and health promotion. This was a review study, consulting the LILACS, MEDLINE and Scielo databases in June 2019. According to eligibility criteria, 18 articles were selected. After synthesis, the data were arranged in tables and charts. The descriptive-qualitative approach was the most used methodological approach with focus on multidisciplinary work, academic education and community-academy interaction. University extension was understood as a strategy to promote health and a feasible tool for professional development. However, it was considered necessary a greater incentive for its strengthening and social fulfillment.

Keywords: University Extension; Health Education; Health Promotion; Professional Qualification

Introdução

O Plano Nacional de Extensão Universitária, fomentado no início dos anos 2000, menciona que as atividades de extensão são realizadas por várias áreas de conhecimento, apresentando diferentes estratégias. Essas atividades constituem-se em um dos pilares da tríade ensino-pesquisa-extensão, favorecendo que discentes e docentes adquiram habilidades, competências e atitude crítica-reflexiva para atuarem junto à comunidade (Oliveira; Almeida Júnior, 2015; Alves et al., 2016).

Na área da saúde as estratégias aplicadas são diversificadas e objetivam estimular a aplicabilidade do conhecimento pelo aluno, bem como, constituir uma forma de comunicação junto à sociedade, especialmente para divulgar temas relacionados à promoção da saúde (Oliveira; Almeida Júnior, 2015; Deus; Krug, 2018).

Neste contexto, a ação de extensão universitária caracteriza-se como um processo educativo dinâmico que favorece a junção entre o ensino em sala de aula e o aprendizado, conforme proposto no planejamento pedagógico de curso, e no cotidiano social, por meio da vivência do cenário da realidade (Síveres, 2013; Minetto et al., 2016).

Para a comunidade, a ação de extensão oportuna um momento de participação ativa, discussão e reflexão em grupo para aquisição de conhecimentos sobre assuntos ligados ao processo saúde-doença e das boas práticas em saúde (Minetto et al., 2016; Silva et al., 2017).

Desta forma, a aproximação universidade-comunidade, com interlocução de saberes, estabelece contribuições para o aprofundamento da cidadania, fortalecimento da autonomia e a transformação social (Cortez; Silva, 2017; Silva et al., 2017).

Considerando os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), onde o modelo de atenção valoriza o princípio da integralidade, permeado pela prática humanizada e a promoção da saúde, bem como a necessidade de profissionais para atuar com competências específicas neste cenário, questiona-se: a implementação de ações de extensão universitária é um recurso favorável no processo de ensino-aprendizado para a atuação prática no âmbito da promoção da saúde?

Em vista disto, este artigo tem como objetivo realizar um levantamento das publicações nacionais que abordam as contribuições da ação de extensão universitária como estratégia para formação profissional e promoção da saúde.

Métodos

Para este estudo foi realizada uma revisão integrativa da literatura que incluiu a análise das publicações nacionais mais relevantes sobre as contribuições da ação de extensão universitária na promoção da saúde no Brasil, possibilitando reflexão e síntese do conhecimento sobre o tema, bem como proposição de sua aplicabilidade na prática em nosso contexto.

Os artigos foram obtidos por meio de acesso ao Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), com consulta às bases de dados LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), MEDILINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online) e SciELO (Scientific Electronic Library Online). Utilizou-se os Descritores: Extensão na relação comunidade-instituição, Promoção da Saúde, Educação em Saúde e Formação Profissional.

Como critérios para inclusão no estudo, determinou-se os artigos disponíveis na íntegra, publicados nos últimos cinco anos (2015-2019), nos idiomas inglês ou português, que abordassem a temática nos seguintes eixos: desenvolvimento de Projetos de Extensão Universitária para o ensino-aprendizado em saúde e ações de extensão promotoras da saúde na comunidade. Os critérios de exclusão foram os artigos que não apresentaram relação com as questões norteadoras do estudo, desenvolvidos com foco em outras áreas do ensino ou que abordavam outros níveis de atenção à saúde.

A busca pelos descritores possibilitou o levantamento inicial de 5.194 artigos, dos quais apenas 134 atenderam aos critérios de inclusão. Após a leitura dos resumos e realizando a exclusão de artigos duplicados, 48 foram selecionados para leitura na íntegra. Destes, apenas 18 artigos foram considerados para análise e discussão, por sua relação próxima às questões norteadoras do estudo, conforme demonstrado na Figura 1.

Fonte: Fluxograma delineado pelos autores (2019).

Figura 1 Fluxograma Com a Descrição dos Artigos Selecionados, Excluídos e Incluídos na Busca para o Estudo 

Resultados

Foram identificadas durante o levantamento inúmeras publicações voltadas para atividades de extensão universitária, porém, priorizou-se as que abordavam ações voltadas para a promoção da saúde, coordenadas e/ou executadas por profissionais ou discentes da área da saúde. Nos 18 artigos selecionados para este estudo, obteve-se a seguinte distribuição por ano de publicação: 2015 (quatro), 2016 (três), 2017 (cinco), 2018 (quatro) e 2019 (dois). Os dados foram organizados por ano de publicação e dispostos visando a sua descrição nos seguintes aspectos: título, autoria, objetivo, método, resultados e/ou conclusões (Quadro 1).

Quadro 1 Síntese das características das publicações referentes às contribuições da ação de extensão universitária na promoção da saúde no Brasil (2019) 

ANO TITULO AUTOR (ES) OBJETIVO (S) METODO RESULTADOS/ CONCLUSÕES
01 2015 Extensão universitária na promoção da saúde infantil: analisando estratégias educativas Costa et al, 2015 Descrever e analisar as estratégias educativas desenvolvidas para promover saúde e prevenir doenças, utilizadas em um projeto de extensão universitária Estudo documental - O desenvolvimento de estratégias educativas mostrou a importância do papel dos acadêmicos na promoção da saúde;
- As intervenções educativas mostraram-se eficazes para a disseminação do conhecimento ao público infantil, bem como esclarecer dúvidas sobre os assuntos debatidos a partir das experiências cotidianas considerando o contexto social.
02 2015 Extensão universitária na ótica de acadêmicos: o agente fomentador das Diretrizes Curriculares Nacionais Moimaz et al, 2015 Analisar a percepção de acadêmicos de Odontologia acerca de um programa de extensão, sob a ótica da aproximação com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Estudo descritivo- qualitativo - A extensão universitária oportunizou a reflexão, sentido e aplicabilidade dos conteúdos teóricos apreendidos, aprofundando seu entendimento acerca da saúde coletiva;
- Contribui para ampliação de formas alternativas de atuação e execução do trabalho, aprimoramento de habilidades e atitudes;
- O programa possibilitou um ambiente propício para trabalhar cooperativamente em equipe.
03 2015 Motivações de acadêmicos de enfermagem atuantes em projetos de extensão universitária: a experiência da faculdade ciências da saúde do Trairí/UFRN. Oliveira; Almeida Júnior, 2015 Compreender os motivos que levaram os estudantes de enfermagem da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí a participarem dos projetos de extensão universitária da instituição. Estudo descritivo-exploratório analítico com abordagem qualitativa - A extensão é ponte que liga a universidade com a sociedade e ferramenta que possibilita trabalho coletivo;
- Estabelece uma relação entre as orientações curriculares e possibilita a formação do profissional crítico-reflexivo;
- É interação entre universidade e sociedade e entre teoria e a prática, permitindo reflexão sobre o ato, avaliando e aprendendo a partir das experiências nos espaços sociais do processo saúde-doenças.
04 2015 Educação social e infância: atuação e formação profissional no Projeto Brincadeiras com meninos e meninas de/e na rua. Volpini et al, 2015. Apresentar os princípios do projeto e analisar os fundamentos presentes na formação e atuação profissional de educadores sociais. Pesquisa qualitativa - Os educadores possuem visão positiva de suas experiências no projeto;
- A metodologia influência na atuação profissional e na forma que veem e interferem nas situações do seu cotidiano.
05 2016 Cuidado à saúde da mulher na extensão universitária: abordagem de uma experiência Calil, et al, 2016 Descrever a experiência no desenvolvimento de uma atividade de extensão interdisciplinar. Estudo transversal, descritivo - Cabe uma intensificação das estratégias de promoção da saúde sexual junto a população estudada;
- Reforça o papel da educação para incentivar o autocuidado com base em projetos;
- Incentivou os primeiros passos dos alunos de graduação na compreensão do cuidado à saúde da mulher, coleta e análise citopatológica;
-Para os bolsistas envolvidos no projeto, significou melhor qualificação do aprendizado acadêmico.
06 2016 Promoção de saúde bucal e Síndrome de Down: inclusão e qualidade de vida por meio da extensão universitária Ferreira et al, 2016 Identificar as percepções de pais e/ou responsáveis sobre a saúde bucal;
Formular um manual sobre escovação dentária e encontrar recursos lúdicos de manejo comportamental para o paciente com Síndrome de Down.
Pesquisa qualitativa - Facilitou a aproximação dos pacientes com os profissionais;
- Observou-se melhora do conhecimento e da conscientização sobre a importância da saúde bucal na Síndrome de Down;
- Os pais/responsáveis e profissionais podem estender e adaptar os conhecimentos obtidos para outras deficiências;
- Percebida como fundamental na formação dos alunos mostrando a importância/necessidade de atividades de promoção e prevenção em saúde bucal nessa população.
07 2016 Percepção de acadêmicos de enfermagem sobre o cuidado em saúde mental em domicílio: uma abordagem qualitativa Lima et al, 2016 Compreender a percepção de acadêmicos de enfermagem sobre o cuidado em saúde mental em domicílio. Pesquisa descritiva exploratória com abordagem qualitativa - A Extensão Universitária em Saúde Mental foi percebida como oportunidade para o crescimento pessoal e acadêmico;
- Propicia reformulação de conceitos;
- É facilitadora para o cuidado humanizado.
08 2016 Impacto de uma experiência extensionista na formação universitária Moraes et al, 2016 Analisar o impacto do projeto de extensão universitária na formação de estudantes do curso de Odontologia. Estudo descritivo - A extensão é a oportunidade de envolvimento mais profundo entre universidade e sociedade, fator diferencial na formação do profissional;
-O lado "humanista" é trabalhado intensamente nesse tipo de atividade, somando conhecimento técnico e experiência pessoal para o futuro profissional.
09 2017 A importância da extensão universitária na graduação e prática profissional de enfermeiros Oliveira et al., 2017 Conhecer o significado das experiências extensionistas vividas na graduação e sua aplicação na vida profissional para enfermeiros Pesquisa com abordagem qualitativa -A extensão é ambiente fecundo para aprender a valorizar diferentes saberes construídos cotidianamente por contextos e atores sociais diversos;
- O processo ensino-aprendizagem se desloca da mera transmissão de conhecimento para a riqueza das relações sociais, para a problematização e transformação da realidade, integrando docentes e demais trabalhadores.
10 2017 Pesquisa-ação: promovendo educação em saúde com adolescentes sobre infecção sexualmente transmissível Cortez; Silva, 2017 Identificar as dúvidas dos alunos de uma escola pública federal sobre Infecção Sexualmente Transmissível e propor uma abordagem ou metodologia educacional. Estudo descritivo- qualitativo (Pesquisa-ação) - A parceria escola e saúde é uma das alternativas de promover a saúde para os adolescentes, por meio da interação dos profissionais de educação e saúde;
- A integração de outros setores foi conveniente para o estabelecimento da educação em saúde do adolescente;
- Respeitar e compartilhar os saberes dos discentes, utilizando elementos que os mesmos ou o grupo propõem, favorecendo a ação de educação em saúde.
11 2017 A extensão universitária como meio de transformação social e profissional Deslandes; Arantes, 2017 Discutir as possibilidades da extensão universitária como possível mecanismo de transformação dos diversos sujeitos envolvidos. Pesquisa bibliográfica e documental -Deve-se divulgar os projetos de extensão existentes e incentivar o desenvolvimento de novos projetos entre os alunos, cientificando-os da importância da participação, o valor agregado ao currículo acadêmico e a preparação para a vida profissional;
-A extensão universitária é considerada um dos pilares do ensino superior no Brasil, o que fomenta não somente a formação profissional e humanística, mas também a transformação social.
12 2017 Competências para promoção da saúde em formandos dos cursos da área da saúde Carvalho et al, 2017 Avaliar o grau de competências de promoção da saúde dentre os formandos dos cursos da área da saúde. Estudo observacional transversal e quantitativo - Estudos abordam o impacto positivo do uso de jogos lúdicos e pedagógicos para a educação em saúde com adolescentes;
- Aponta a necessidade de capacitação e aprimoramento de técnicas para melhorar a inter-relação entre as diferentes equipes, para construir o conhecimento e desenvolver ações de promoção da saúde com resultados positivos;
- Recomenda pesquisas mais aprofundadas sobre competências na área da saúde.
13 2017 Inter-relação das ações de educação em saúde no contexto da Estratégia
Saúde da Família: percepções do enfermeiro
Vieira et al, 2017 Conhecer as percepções do enfermeiro acerca da inter-relação das ações de educação em saúde no contexto da estratégia saúde da família. Estudo descritivo-exploratório qualitativo -A ação educativa é atividade inerente ao trabalho do enfermeiro;
-É necessário expandir as práticas educacionais para fortalecer a participação social e a autonomia do usuário;
- É preciso avaliar a educação em saúde tomando como princípios os preceitos do SUS, pois é uma prática que sustenta a promoção da saúde;
- O profissional necessita conhecer as vulnerabilidades da prática educativa buscando alternativas para superá-las.
14 2018 A percepção de pais sobre projeto de extensão universitária em escola amazônica Souza;
Carvalho, 2018
Identificar as percepções de pais sobre as atividades do projeto de extensão realizada pelo profissional de saúde no âmbito escolar. Estudo descritivo qualitativo -Percebeu-se que os pais são sensíveis e compreendem a importância de atividades de extensão no âmbito da escola;
- O projeto de extensão no ambiente escolar é uma prática eficaz para ensinar e divulgar boas práticas para promoção da saúde para os escolares, família e comunidade.
15 2018 A Extensão Universitária e a Promoção da Saúde no Brasil: Revisão Sistemática Sampaio et al, 2018 Descrever e refletir sobre a contribuição da extensão universitária para a implementação e desenvolvimento de ações de promoção em saúde no Brasil Revisão sistemática de literatura - Mostraram-se relevantes a criação e ampliação das redes de interação e de apoio junto aos usuários, profissionais de serviços sociais e de saúde, bem como o fortalecimento da gestão participativa e do controle social;
- A extensão é percebida como favorecedora para a conscientização sobre as determinações do processo saúde-doença e o cuidado de si.
16 2018 Extensão universitária em saúde ginecológica de mulheres trabalhadoras: educação para promoção da saúde Barros; Franco, 2018 Desvelar a percepção de mulheres trabalhadoras sobre a consulta de enfermagem em ginecologia no contexto da saúde ocupacional;
Compreender os benefícios de um projeto de extensão universitária, voltado à saúde ginecológica de mulheres trabalhadoras.
Estudo exploratório descritivo de abordagem qualitativa - Promoveu vínculo profissional-cliente;
- A aprendizagem é ativa e significativa, por meio da autonomia conferida ao extensionista;
- A integração ensino, serviço e comunidade é apreendida como um grande benefício para a população atendida;
- É implementação de novas formas de educação em saúde
17 2019 Para além da formação tradicional em saúde: Experiência de Educação Popular em Saúde na formação médica Rios; Caputo, 2019 Apresentar e analisar os impactos de uma ação extensionista baseada na Educação Popular em Saúde Estudo qualitativo - O ensino tradicional da medicina, por vezes, negligência o ser humano em toda a sua potencialidade, bem como seus contextos sociais, políticos e culturais;
- Poucas são as possibilidades nos currículos de atuação real em comunidade;
- As atividades práticas se restringem muitas vezes ao âmbito hospitalar;
- Escassas são as oportunidades de trocas e diálogos com discentes de outros cursos de graduação;
- A extensão universitária pode favorecer importantes processos de mudança no ensino médico ao possibilitar uma compreensão ampla dos indivíduos, de suas relações e de seus modos de viver no mundo.
18 2019 A importância da extensão nas universidades brasileiras e a transição do reconhecimento ao descaso Koglin; Koglin, 2019 Realizar uma reflexão teórica sobre a importância da Extensão Universitária nas universidades brasileiras, seu processo de reconhecimento a partir de políticas como o Programa Nacional de Extensão Universitária – PROEXT e o descaso diante das políticas de austeridade nos dias atuais. Pesquisa documental -As universidades desenvolvem ações de extensão em diversas áreas como saúde, educação, meio ambiente, cultura, esporte, entre outras, apresentando algumas delas abrangência regional;
-Tem grande impacto nas regiões em que se insere;
- No atual panorama as Políticas econômicas e sociais sofrem reformas e cortes orçamentários que podem impactar negativamente o desenvolvimento das ações de extensão universitária;
-Diante dos contextos econômico, político e social vivenciados no Brasil, essa união de forças torna-se ainda mais relevante e urgente.

Fonte: Elaboração dos autores.

As produções estão concentradas em cinco áreas, com o maior número de artigos voltados a equipe multidisciplinar e de enfermagem. Dentre os métodos utilizados pelos autores destacam-se os trabalhos com abordagem qualitativa, os estudos documentais e os artigos de revisão. Apesar de o conteúdo geral estar centrado nas ações e experiências desenvolvidas pelas instituições de ensino superior para a promoção da saúde, o enfoque foi nas seguintes categorias: formação acadêmica, inter-relação academia e comunidade e aplicação de estratégias educativas/metodologias.

A maioria dos trabalhos foram publicados nas regiões Nordeste e Sudeste e estão direcionados para a esfera academia-comunidade, configurando a necessidade de investigar a vivência do discente na realidade local e o impacto das ações de extensão universitária em sua formação e no contexto social. Os dados de caracterização dos artigos estão demonstrados na Tabela 1.

Tabela 1 Distribuição das Publicações Conforme Local, Área de Concentração do Estudo, Método e Foco Temático, 2019 

Região de publicação N (%)
Nordeste 7 38,9
Norte 1 5,5
Sudeste 6 33,4
Sul 4 22,2
Total 18 100
Área de concentração N (%)
Multidisciplinar 7 38,9
Enfermagem 6 33,4
Odontologia 3 16,7
Medicina 1 5,5
Educação Física 1 5,5
Total 18 100
Método N (%)
Estudo Bibliográfico/documental 3 16,6
Descritivo/qualitative 12 66,6
Revisão Sistemática 1 5,6
Descritivo-transversal 1 5,6
Observacional-transversal/quantitative 1 5,6
Total 18 100
Foco temático N (%)
Formação acadêmica 9 50,0
Inter-relação academia e comunidade 8 44,5
Estratégias educativas/ Aplicação de metodologias 1 5,5
Total 18 100

Fonte: Elaboração dos autores.

Discussão

Os dados obtidos permitiram identificar três categorias que serão descritas a seguir: A extensão universitária como estratégia pedagógica e prática educativa junto à comunidade, A extensão universitária como um recurso dinâmico para a formação profissional e a promoção da saúde e Os desafios para implementação das ações de extensão no âmbito da saúde.

A Extensão Universitária como Estratégia Pedagógica e Prática Educativa Junto à Comunidade

Pontua-se que a análise da evolução do ensino superior revela um processo dinâmico que está correlacionado às transformações ocorridas em vários contextos como o político, econômico e social (Vieira et al., 2017; Sampaio et al., 2018; Koglin; Koglin, 2019; Rios; Caputo, 2019).

Desta forma, a sociedade impulsiona a aproximação das instituições com o cenário social e o desenvolvimento de estratégias para formação de profissionais mais preparados para a execução de suas competências, e a geração e difusão de conhecimentos para a comunidade (Oliveira; Almeida Júnior, 2015; Moraes et al., 2016; Oliveira et al., 2017; Deslandes; Arantes, 2017; Barros; Franco, 2018).

Uma destas estratégias, pactuada por leis como o Plano Nacional de Educação, é a extensão universitária. Percebida como um movimento interdisciplinar, de cunho educativo-científico e inerente a cada projeto de curso, visa favorecer a interação entre o docente-discente e a comunidade, e facultar o compromisso das universidades de contribuir para a transformação social (Deslandes; Arantes, 2017; Barros; Franco, 2018; Koglin; Koglin, 2019; Rios; Caputo, 2019).

Enfatiza-se que como processo educativo, a extensão universitária proporciona o intercâmbio entre o saber e o fazer, por meio da aplicação prática dos conhecimentos adquiridos no ambiente da sala de aula, articulando o processo de ensino por meio da ação em cenários reais (Costa et al., 2015; Oliveira; Almeida Júnior, 2015; Moimaz et al., 2015; Calil et al., 2016; Ferreira et al., 2016; Cortez; Silva, 2017; Rios; Caputo, 2019).

É ressaltado que a interação entre a academia e a sociedade, por meio da extensão, é amplamente discutida e utilizada para a formação dos profissionais da saúde. Sua implementação está respaldada, e impulsionada, pelos princípios do sistema de saúde vigente no Brasil, o SUS (Lima et al., 2016; Calil et al., 2016; Vieira et al., 2017; Koglin; Koglin, 2019; Rios; Caputo, 2019).

Em decorrência da necessidade de formação de profissionais para atuarem no âmbito da saúde, dentro do conceito proposto pelo SUS, foram elaboradas as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Elas possuem conceitos abrangentes e contemplam, entre outros, a formação profissional voltada para o trabalho, a diversificação de cenários de prática e a integração ensino-serviço-gestão-comunidade. As DCN representam um marco por determinar um modelo para orientação pedagógico-curricular e fomentar a criação de inúmeros programas voltados para capacitação de profissionais objetivando consolidar o SUS como modelo de qualidade na atenção à saúde (Moimaz et al., 2015; Carvalho et al., 2017; Rios; Caputo, 2019).

Destaca-se, nos requisitos para formação do profissional de saúde o desenvolvimento de competências específicas que irão possibilitar a execução de ações em todos os níveis de atenção, junto ao indivíduo ou coletividade, com qualidade e ética, discernimento crítico-reflexivo e corresponsabilização social (Oliveira; Almeida Júnior, 2015; Moimaz et al., 2015; Carvalho et al., 2017; Barros; Franco, 2018; Rios; Caputo, 2019).

A vivência de extensão universitária oportuniza experiências aos discentes, direcionando-os para atitudes responsáveis e seguras, o que contribui para a promoção da comunicação entre a universidade e o ambiente externo e interliga desta forma o ensino, a pesquisa e a extensão (Sampaio et al., 2018).

Neste panorama, a extensão universitária é concebida pelos autores como uma estratégia fundamental e peculiar, com caráter educativo, científico-cultural e tecnológico, que favorece o desenvolvimento das competências dos profissionais da saúde delineadas no projeto pedagógico-curricular (Moimaz et al., 2015; Calil et al., 2016; Deslandes; Arantes, 2017; Rios; Caputo, 2019). Percebe-se que a integração docente-discente-comunidade em contextos reais e cotidianos, com suas particularidades e vulnerabilidades, oportuniza aos alunos uma dinâmica que aprimora o saber-fazer, permitindo a junção entre o conhecimento aprendido teoricamente e o conhecimento oriundo da própria experiência (Oliveira; Almeida Júnior, 2015; Volpini et al., 2015; Ferreira et al., 2016; Moraes et al., 2016; Oliveira et al., 2017; Vieira et al., 2017).

O desenvolvimento das competências, nas ações de extensão, amplia-se pela vivência, pela resolução de problemas, pela reflexão crítica-construtiva, pela autonomia, pelo trabalho em equipe e pela participação ativa dos indivíduos nos processos de produção de saúde (Lima et al., 2016; Cortez; Silva, 2017; Sampaio et al., 2018; Barros; Franco, 2018; Rios; Caputo, 2019).

Concebe-se, ao analisar esta categoria, que as ações de extensão universitária propiciam a integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão, pois promovem a associação entre universidade e a sociedade, além de prestar serviços assistenciais e favorecer, sobretudo, o desenvolvimento de competências e o conhecimento.

A Extensão Universitária Como um Recurso Dinâmico Para a Formação Profissional e a Promoção da Saúde

Nas ações voltadas para promoção da saúde, a atividade extensionista destaca-se pela característica integradora. O conhecimento levado à comunidade também é permeado pelos saberes locais ou populares. A permuta de conhecimentos exprime um forte componente para propiciar a reformulação de conceitos, aprendizagem significativa sobre o processo saúde-doença e aumento da adesão às boas práticas em saúde (Costa et al., 2015; Calil et al., 2016; Ferreira et al., 2016; Lima et al., 2016; Cortez; Silva, 2017; Oliveira et al., 2017; Sampaio et al., 2018; Souza; Carvalho, 2018).

Salienta-se que durante a graduação é exercitada a tríade ensino-pesquisa e extensão. O aluno por meio da ação extensionista, direcionado e estimulado pelo docente, tem a oportunidade de demonstrar e aprimorar seu conhecimento, elaborar planejamentos e aplicar metodologias ativas para abordagem mais assertiva junto à comunidade. Desta forma, o desenvolvimento da estratégia permite o aprimoramento de competências, habilidades e atitudes, além das assimiladas na academia (Costa et al., 2015; Moimaz et al., 2015; Calil et al., 2016; Moraes et al., 2016; Oliveira et al., 2017; Deslandes; Arantes; 2017; Rios, Caputo; 2019).

Um aspecto considerado relevante na prática da ação comunitária é a oportunidade de perceber o outro, suas concepções e perspectivas. Na proposta da integralidade da assistência, o principal desafio do profissional é a capacidade de identificar e delimitar as reais necessidades de saúde e de cuidado. A percepção do outro e a escuta qualificada são fundamentais para o planejamento de ações efetivas que garantam qualidade, humanização na assistência e valorização dos sujeitos (Moimaz et al., 2015; Calil et al., 2016; Lima et al., 2016; Moraes et al., 2016; Cortez; Silva, 2017; Souza; Carvalho, 2018; Barros; Franco, 2018; Rios; Caputo, 2019).

As avaliações realizadas, após a aplicação das ações de extensão, sugeriram que os acadêmicos foram estimulados a valorizar os processos educativos e preventivos, bem como ampliar a percepção do trabalho em equipe e de sua importância no contexto da promoção da saúde (Costa et al., 2015; Volpini et al., 2015; Calil et al., 2016; Ferreira et al., 2016; Sampaio et al., 2018).

A vivência do trabalho coletivo e interdisciplinar foi considerada uma atividade expressiva, pois aprender a atuar e produzir em equipe aprimora várias habilidades e atitudes consideradas importantes para a prática em saúde, como a cooperação e o compartilhamento de saberes. A inter-relação com as equipes existentes na comunidade é apontada como uma prática positiva para a promoção da saúde (Moimaz et al., 2015; Oliveira; Almeida Júnior, 2015; Cortez; Silva, 2017; Carvalho et al., 2017; Sampaio et al., 2018).

Outro aspecto considerado na avaliação da ação extensionista é a percepção da comunidade atendida. Nos projetos desenvolvidos houve compreensão da importância da ação enquanto atividade favorecedora do entendimento do processo saúde-doença e autocuidado. O indivíduo atendido na comunidade é um potencial disseminador das informações e conhecimentos adquiridos. Nesta perspectiva, a ação extensionista contribui na habilitação de multiplicadores de ações promotoras da saúde (Calil, et al., 2016; Ferreira et al., 2016; Barros; Franco, 2018; Sampaio et al., 2018; Souza; Carvalho, 2018).

Destaca-se, como ponto focal nessa discussão, a concepção de educação em saúde como uma das articulações que visa a formação de práticas educativas aplicadas para ensinar a comunidade a promover a saúde. Desta forma, a estratégia extensão universitária ganha relevância pela sua responsabilidade social na geração de conhecimento na população, por meio da motivação à participação, pelo estímulo a autonomia e o empoderamento para melhorar sua qualidade de vida.

Os Desafios Para Implementação das Ações de Extensão no Âmbito da Saúde

Embora a atividade de extensão seja percebida como uma estratégia positiva em inúmeros aspectos, como a formação de competências profissionais e a transformação das práticas em busca do comportamento de saúde, os autores enumeram fatores que são desafios para a implementação das ações junto à sociedade, conforme demonstrado no Quadro 2.

Quadro 2 Fatores Percebidos Como Desafios Para Implementação das Ações de Extensão Universitária (2019) 

Fatores que dificultam a implementação da Ação de Extensão Estudo (s) que referem a problemática
Pouca adesão voluntária do discente aos projetos existentes por falta de conhecimento, motivação em participar ou ainda em detrimento às atividades com remuneração como monitorias e bolsas de pesquisa. Artigos 3, 5, 10, 11
Reduzido reconhecimento da ação de extensão dentro da própria instituição, com maior incentivo e divulgação para as atividades de ensino e pesquisa. Artigos 3, 10 e 18
Escassas atividades de extensão direcionadas a promoção da saúde. Artigos 2, 5 e 10
Reduzido engajamento por parte dos próprios educadores, por inexistência de projetos em sua área de atuação, desconhecimento das metodologias e ainda, resistência a dedicação de horas extraclasse para planejamento e implementação das atividades. Artigos 4 e 5
Escassa estratégia de divulgação dos projetos na instituição e na comunidade, reduzindo a amplitude de atendimento e o impacto das ações. Artigo 10
Morosidade na elaboração e aprovação de novos projetos de extensão. Artigo 5

Fonte: Elaboração dos autores.

Observa-se que os fatores listados são relevantes e remetem às vulnerabilidades e aos desafios vinculados à execução de ações de extensão. Dentre elas, faz-se necessário destacar a pouca valorização da atividade extensionista no cenário da academia e as condições desfavoráveis para sua prática. É imprescindível o estímulo a projetos fundamentados no diagnóstico situacional das reais necessidades da comunidade a ser contemplada, o incentivo à capacitação e ao engajamento dos docentes, a disponibilização de recursos para o desenvolvimento das intervenções e a ampliação de oportunidades de promoção à saúde (Moimaz et al., 2015; Oliveira; Almeida Júnior, 2015; Volpini et al., 2015; Calil et al., 2016; Oliveira et al., 2017; Deslandes; Arantes; 2017; Carvalho et al., 2017; Koglin; Koglin, 2019).

Enfatiza-se que durante a análise das publicações não foi observada contrariedade entre os autores nas categorias elencadas para discussão.

Considerações Finais

A análise dos artigos possibilitou considerar que a parceria entre a universidade e a comunidade pode ser compreendida como uma alternativa para promoção da saúde, por meio da vivência e da produção de conhecimento no contexto e cotidiano social. A atividade de extensão configura uma contrapartida, no âmbito da política de saúde vigente, junto à gestão das diversas esferas governamentais, objetivando contribuir na ampliação do atendimento à saúde com qualidade à população brasileira.

A ação de extensão universitária é uma ferramenta factível que tange a integralidade da assistência à saúde, nos diversos níveis de atenção, e ganha maior expressão na promoção da saúde por meio das práticas educativas e da reformulação de saberes na junção do conhecimento técnico-científico e popular.

Considerou-se que a vivência da extensão universitária propicia a interação sociocultural à comunidade acadêmica, fator que parece contribuir para o aprendizado e favorecer a percepção do processo saúde-doença.

Verificou-se que o convívio entre a comunidade e a academia fortalece a tríade ensino-prática-pesquisa, o que pode impulsionar o desenvolvimento de estudos em outras áreas de formação acadêmica, como as Ciências Humanas e Exatas. Considerando a ação de extensão universitária, como estratégia de formação e promoção de saúde, percebeu-se a necessidade de maior incentivo político e econômico, para seu fortalecimento e efetivação de sua proposta na academia e na comunidade.

Em nossa prática docente, nota-se que a inter-relação extensão universitária-formação profissional parece contribuir positivamente no desenvolvimento de competências para a atuação nos cenários de prática e no âmbito da promoção à saúde. O processo de ensino-aprendizado na comunidade pode configurar uma ação potencializadora de mudanças na prática educativa em saúde.

Entretanto, este estudo sinaliza que, para fortalecer a Extensão Universitária como estratégia educativa para discentes e comunidade, é necessário aprofundar as discussões na academia, fomentar projetos direcionados às necessidades da população a ser atendida e valorizar os docentes envolvidos.

Um dos fatores limitantes do estudo foi o reduzido número de publicações sobre as atividades de extensão universitária com uma reflexão sobre o seu impacto na formação dos profissionais ou voltadas à promoção da saúde, sugerindo a necessidade de maior valorização deste tema.

Por considerar a relevância e abrangência desta temática, bem como, perceber a necessidade de ampliar esta discussão e igualmente colaborar para a fomentação de novas publicações, sugere-se a inclusão no banco de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) do termo Extensão Universitária.

1Agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG).

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Recebido: 02 de Dezembro de 2019; Aceito: 25 de Janeiro de 2021

Regis Rodrigues Santana é enfermeiro, graduado pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Pós-graduado em Análise de Situação de Saúde, Saúde Pública e Estratégia Saúde da Família e Terapia Intensiva. Mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina (UFG). Docente em Graduação e Pós- Graduação em Saúde, com ênfase em Extensão Universitária. Coordenador do Projeto Educação em Saúde na Infância pela Universidade Salgado de Oliveira - Campus Goiânia-Goiás.

ORCID: http://orcid.org/0000-0002-0988-1997

E-mail: regisrsantana@gmail.com

Cristina Célia de Almeida Pereira Santana é enfermeira, mestre em Ensino na Saúde e doutoranda em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás.

ORCID: http://orcid.org/0000-0002-2030-2191

E-mail: ccaps44@gmail.com

Sebastião Benício da Costa Neto é psicólogo, pós doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professor Adjunto II na Pontifica Universidade Católica de Goiás.

ORCID: http://orcid.org/0000-0001-8160-3476

E-mail: sebastiaobenicio@gmail.com

Ênio Chaves de Oliveira é doutor, professor e orientador no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás.

ORCID: http://orcid.org/0000-0002-3502-7532

E-mail: eco1.br@gmail.com

Editora-responsável: Beatriz Vargas Dorneles

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