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Perspectiva

versão impressa ISSN 0102-5473versão On-line ISSN 2175-795X

Perspectiva vol.36 no.4 Florianopolis out./dez 2018  Epub 30-Jul-2019

https://doi.org/10.5007/2175-795x.2018v36n4p1126 

Editorial

EDITORIAL: Perspectiva v36n4 2018

David Antonio da Costa

Diana Carvalho de Carvalho

Eliane Santana Dias Debus

Juliana Cristina Faggion Bergmann

Patricia Laura Torriglia, Editores Científicos


Chegamos ao final do ano de 2018 com a publicação do dossiê Educação Geográfica e suas nuances nos processos de ensinar e aprender, organizado por Rosemy da Silva Nascimento, Kalina Salaib Springer e Orlando Ferretti, professores do Centro de Ciências da Educação e do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, com apoio da linha de pesquisa Geografia em Processos Educativos do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFSC. Esperamos que os artigos publicados contribuam para a produção do conhecimento nessas áreas, em uma perspectiva interdisciplinar.

Além do dossiê, esse número reúne artigos de demanda contínua, apresentados a seguir. O primeiro artigo O uso de estratégias autorregulatórias para aprender e para ensinar: formação de professores, de autoria de Luciana Toaldo Gentilini Ávila, Amanda Pranke e Lourdes Maria Bragagnolo Frison, apresenta uma investigação realizada no âmbito de dois cursos de licenciatura, Matemática e Educação Física, sobre as estratégias utilizadas pelos estudantes para autorregular o aprender a ser professor e a desenvolverem estratégias pedagógicas no contexto de ensino.

Com base em autores que tratam da cultura escolar e instituição educativa, em uma perspectiva historiográfica, Renata Brião de Castro e Patrícia Weiduschadt analisam as fontes da escrituração escolar presentes no arquivo da Escola Garibaldi (Pelotas/RS), no artigo intitulado Cultura escolar a partir da escrituração escolar e das fontes orais: uma análise acerca da Escola Garibaldi na Colônia Maciel (Pelotas/RS) entre os anos de 1929 a 1950.

O mito do mérito: ensaio sobre meritocracia e processo de avaliação, de autoria de Maria Tavares Mendes, tem por objetivo discutir a noção de mérito a partir de três autores: Miriam Limoeiro Cardoso, Diane Ravitch e Michael Young. Segundo a autora, o fio de continuidade que pode ser traçado a partir de intelectuais de épocas tão distintas e contextos tão diversos é estabelecido pela construção do mérito como padrão-ouro de qualidade da educação, ou seja, a necessidade de fabricar uma crença redentora na testagem como sinônimo de qualidade em si.

Tamiris de Oliveira Hahn e Jose Luis Schifino Ferraro, no artigo Aproximações entre as teorias de Wallon e Vygotsky no campo da educação: um olhar sobre a afetividade, defendem o argumento de que a educação deve contemplar elementos tanto cognitivos quanto afetivos e que ambos os teóricos analisados compartilham do mesmo fundamento epistemológico e trilham juntos o caminho para a construção de relações pedagógicas mais harmônicas e humanizadas, com maior potencial de transformação subjetiva e social.

Considerando a importância de refletir acerca das articulações entre poder público e Igreja Católica ao longo do desenvolvimento do processo de escolarização no Brasil, Aline de Morais Limeira Pasche e Maria Aparecida Arruda investigam experiências educativas de iniciativas religiosas de uma Ordem específica em atuação desde a segunda metade do século XIX, as Filhas da Caridade (Ordem de São Vicente de Paulo), no artigo intitulado Em diversas frentes: as filhas da caridade e suas experiências educacionais nas províncias de Minas Gerais e do Rio de Janeiro (1850-1900).

Integrando um projeto internacional e interinstitucional que tem por base a cultura histórica de estudantes secundaristas do Mercosul, o artigo A força da cultura histórica: representações de estudantes brasileiros sobre heróis nacionais, de autoria de Luis Fernando Cerri, Flávia Eloísa Caimi e Letícia Mistura, analisa os personagens da história que habitam as representações sociais dos jovens estudantes. Os autores buscam compreender as interpretações que os sujeitos fazem do passado, considerando as representações sociais como lugar de confluência entre a cultura, as práticas sociais, a memória coletiva e as suas identidades sociais.

A ideologia do agronegócio na educação básica é o título do artigo de autoria de Victor Hugo Junqueira e Maria Cristina dos Santos Bezerra que analisa o discurso do agronegócio e sua utilização no programa educacional ‘Agronegócio na Escola’ desenvolvido pela Associação Brasileira do Agronegócio na região de Ribeirão Preto-SP. Os resultados demonstram a importância da educação como instrumento ideológico para internalizar na consciência dos sujeitos, desde a infância, a importância social do agronegócio, garantindo a reprodução das relações de produção em uma sociedade de classes.

Discutir a respeito da potencialidade da prática da escrita em um contexto de privação de liberdade a partir de uma oficina educativa em um Centro de Ressocialização Masculino (CR) do interior paulista, é o objetivo do artigo Escrita na prisão: linhas de invenção e resistência, de autoria de Rafael Caetano do Nascimento e Maria Rosa Rodrigues Martins de Camargo. Segundo os autores, a pergunta que orienta o estudo é: o que movimenta e o que pode a escrita na prisão? Esta pergunta abriu as possibilidades para se pensar a relação da escrita com os processos de invenções de si e resistência ao poder disciplinar.

O domínio das tipologias textuais no Ensino Básico em Portugal: relato de uma experiência pedagógica intitula-se o último artigo, de autoria de Catarina Ramos e Rui Ramos, que apresenta a experiência realizada entre e Universidade do Minho e escolas cooperantes. Fundamentando-se no conhecimento linguístico para a promoção das competências de leitura e escrita, os autores consideram importante que os alunos desenvolvam estratégias para a compreensão de textos e aumentem o domínio das regras de construção de diferentes tipos de texto, para superar dificuldades, quer na recepção/compreensão, quer na produção/estruturação de textos.

Ainda nesse número apresentamos a listagem dos consultores ad hoc que contribuíram com a revista Perspectiva no ano de 2018.

Desejamos a todos uma boa leitura e que em 2019, mais uma vez, possamos compartilhar novas reflexões e fomentar debates na área educacional!

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