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Estudos em Avaliação Educacional

Print version ISSN 0103-6831On-line version ISSN 1984-932X

Est. Aval. Educ. vol.28 no.67 São Paulo Jan./Apr. 2017  Epub Jan 10, 2017

https://doi.org//10.18222/eae.v28i67.4674 

Editorial

Editorial


Estudos em Avaliação Educacional apresenta, neste número, artigos com diversas abordagens e desenhos metodológicos, destacando- se as pesquisas em fontes documentais, revisões bibliográficas, análises empíricas e descrição de experiências realizadas em diferentes localidades. Há também estudos que contemplam abrangências distintas de avaliação, como a avaliação em larga escala, a avaliação institucional e a meta-avaliação.

Ronaldo Nunes Linhares, Maria José Loureiro, Fernando Ramos e Caio Mário Guimarães Alcântara apresentam um conjunto de indicadores utilizados para avaliar o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação na docência, definidos a partir de um estudo que envolveu a realização de entrevistas e grupos focais com professores do Brasil e de Portugal, que atuaram em programas de uso de tecnologias digitais. Patrícia Cristina Albieri de Almeida e Gisela Lobo B. P. Tartuce tratam da avaliação institucional, analisando um projeto de intervenção em um município brasileiro que buscou articular a avaliação institucional com o projeto político- pedagógico das escolas. Notaram, durante a execução do projeto, como a falta de participação de todos os segmentos escolares e o caráter burocrático do projeto pedagógico criam dificuldades para a efetivação de uma proposta educativa concreta, viável e coerente com o princípio de autonomia escolar.

Eloisa Maia Vidal e Sofia Lerche Vieira realizaram um mapeamento das referências nacionais e internacionais sobre as características docentes que estão associadas à melhoria do desempenho dos alunos, para, em seguida, a partir de uma amostra submetida à análise estatística descritiva, examinar alguns elementos do perfil de docentes do ensino fundamental que poderiam ser fatores explicativos para os resultados dos estudantes.

Ainda dentro da perspectiva de análise da estatística descritiva, Luiz Carlos Gil Esteves desenvolveu uma reflexão sobre a expansão de vagas em pré-escola nas regiões brasileiras, reafirmando o cenário de desigualdade regional e social, em que as regiões mais pobres, a população mais vulnerável, de raça/cor preta e residentes em áreas rurais, são as que têm menos acesso a serviços de educação infantil. Karla Oliveira Franco e Adolfo Ignacio Calderón abordam o processo de implantação do sistema de avaliação no estado de Minas Gerais, concluindo, a partir de um estudo bibliográfico e documental, sobre a existência de três gerações de avaliação, que refletiria os processos avaliativos que se configuraram no cenário nacional.

Rosaria de Fátima Boldarine, Raquel Lazzari Leite Barbosa e Sérgio Fabiano Annibal realizaram um trabalho de revisão bibliográfica sobre avaliação da aprendizagem em educação, no período de 2010 a 2014, utilizando, para isso, artigos de revistas científicas com reconhecida relevância. Maria Clarisse Vieira, Renato Hilário dos Reis e Julieta Borges Lemes Sobral estudaram o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), tendo como perspectiva de análise as concepções que estão em disputa em torno da formação do trabalhador: uma comprometida com a produção capitalista e a outra, com a emancipação do ser humano. Já o artigo de Carlos Eduardo Serrina de Lima Rodrigues e de Claudia de Oliveira Fernandes parte de uma crítica à perspectiva utilitarista e neoliberal de testes de larga escala, buscando compreender a gênese do discurso sobre a avaliação das habilidades socioemocionais em documentos elaborados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Dentro de uma abordagem mais técnica, há dois artigos publicados neste número. O primeiro, de autoria de Eduardo Vargas Ferreira e Caio Lucidius Naberezny Azevedo, aborda aspectos inferenciais da Teoria da Resposta ao Item (TRI), buscando explicitar dificuldades no processo de estimação e inferência dos modelos de TRI, bem como apresentar a interpretação dos parâmetros do modelo e da função de informação do item e do teste.

Finalmente, Rodrigo Travitzki apresenta uma discussão sobre resultados psicométricos e meta-avaliação, em que analisa provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009 e 2011, a partir de técnicas provenientes da Teoria Clássica dos Testes e da Teoria de Resposta ao Item. Uma frutífera leitura a todos!

Comitê Editorial

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