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Revista Estudos Feministas

versión impresa ISSN 0104-026Xversión On-line ISSN 1806-9584

Rev. Estud. Fem. vol.30 no.2 Florianópolis mayo/aug 2022  Epub 01-Jun-2022

https://doi.org/10.1590/1806-9584-2022v30n288176 

Seção Temática Fazendo Gênero em tempos de pandemia

Fazendo Gênero em tempos de pandemia: debates (im)pertinentes

Fazendo Gênero in times of a pandemic: (i)relevant debates

Fazendo Gênero en tiempos de pandemia: debates (im)pertinentes

1Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, SC, Brasil. 88040-900 - ppghst@contato.ufsc.br

2Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, SC, Brasil. 88040-900 - ppgl@contato.ufsc.br


Não parece surpreender que um evento como é o caso da série Fazendo Gênero, desde a realização de seu primeiro encontro - ocorrido em 1994 com o Seminário de Estudos sobre a Mulher, coordenado por Zahidé Muzart -, ao longo de suas edições tenha repercutido, a partir dos estudos feministas e de gênero, os debates, as transformações e deslocamentos sobre os temas que têm sido mobilizados no Brasil, na América Latina e no mundo. O Fazendo Gênero carrega em seu nome um dos termos mais combatidos pela direita conservadora, sendo que sua permanência, enquanto projeto de extensão realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tem sido pensado e organizado pelas pesquisadoras, parceiras e colaboradoras vinculadas ao Instituto de Estudos de Gênero (IEG/UFSC) desde sua criação. O palmilhar dos anos, o dobrar de século, o transcorrer das décadas (de)marcam, não apenas temporalmente, a importância desse projeto - e esforço - coletivo em promover um espaço de interlocução, conectado com os feminismos de diversos continentes. São feminismos plurais e discussões do campo dos estudos de gênero, atravessados pelas mais diversas perspectivas teóricas. As edições do Fazendo Gênero, em consonâncias com os novos (e às vezes nem tão novos) debates, têm se tornando um momento especial para conhecermos os trabalhos realizados nas mais diferentes áreas. O caráter interdisciplinar do evento nos aproxima de pesquisas que partem muitas vezes das mesmas abordagens teóricas, mas aplicadas a análises sob o olhar particular das diferentes áreas. Nas últimas edições, por exemplo, a perspectiva “decolonial” ou de um “feminismo subalterno” se tornou mais visível nos trabalhos apresentados, tanto acadêmicos como dos movimentos sociais e/ou artivistas.

Nos seminários do Fazendo Gênero acompanhamos os debates entre o pós-colonialismo e os feminismos, tão plurais como a diversidade de participantes. Às vezes “encontros difíceis”, mas necessários, pois, como lembra Luciana Ballestrin (2017, p. 1039): “[...] o pós-colonialismo foi fundamental para estimular uma crítica interna no interior do próprio movimento feminista”. A “descolonização” do gênero, em novas abordagens atravessando as pesquisas apresentadas, são uma constante nas diferentes atividades do Fazendo Gênero. É como se, de certa maneira, nossos objetivos com este seminário internacional estivessem em sintonia com as reflexões de María Lugones (2014, p. 940-941):

Descolonizar o gênero é necessariamente uma práxis. É decretar uma crítica da opressão de gênero racializada, colonial e capitalista heterossexualizada visando a uma transformação vivida do social. [...]. Deve incluir “aprender” sobre povos. [...]. Chamo a análise da opressão de gênero racializada capitalista de “colonialidade do gênero”. Chamo a possibilidade de superar a colonialidade do gênero de “feminismo descolonial”.

Embora cada edição tenha um tema geral, desde sua concepção até sua realização muitos meses transcorrem. Afinal, temas, questões, preocupações, emergem e não podem ser ignorados. Fazer o Fazendo Gênero é ser (im)pertinente, pois o evento conclama outras vozes, outros discursos, saberes, diferentes perspectivas, que questionam e rompem a norma(tividade). A partir de uma vasta e diversa programação (muitas vezes simultânea), possibilita diálogos com e entre corpos e sujeitas plurais, é que o evento se faz tão pertinente - mesmo quando (e em especial) se mostra impertinente: espaço para reflexões, diálogos, escuta, aprendizagens. Momento potência quando a comunidade (externa) vivencia o cotidiano da UFSC. Assim, este seminário, envolto pela insígnia da (im)pertinência, se espraia pelos prédios, corredores, e salas da universidade. Envolve muitas pessoas, de diferentes áreas do conhecimento, de diferentes departamentos e instituições para planejar e atuar no projeto. Entre a chamada de Simpósios Temáticos, as inscrições de trabalhos, de participação e finalização da programação geral, são muitas comissões, etapas e reuniões envolvidas.

Quando, em 2018, foram iniciados os trabalhos de preparação para a realização do Seminário Internacional Fazendo Gênero 12, não era possível imaginar o cenário que viveríamos a partir de meados de 2020, ano em que, inicialmente, a edição do evento aconteceria, presencialmente, tal como havia ocorrido até então, na UFSC. O ponto de encontro sempre foi o Centro de Cultura e Eventos, espaço no qual, além do credenciamento, foram abrigadas as cerimônias de abertura, de encerramento, as conferências e outras atividades, sem contar as tendas e outras estruturas montadas para acolher as participantes. De lá para os diferentes Centros de Ensino também partiam, diariamente, as dezenas de pessoas que atuavam na monitoria. Muitas camisetas coloridas eram os pontos de referência às muitas salas de Simpósios Temáticos, oficinas, minicursos e outras atividades que compunham a programação.

A pandemia de COVID-19 provocada pelo vírus Sars-CoV-2 foi considerada um dos maiores desafios do começo do século XXI. O “novo coronavírus” fez em pouco tempo muitas vítimas e, em 11 de março de 2020, essa doença foi classificada como uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A COVID-19 mostrou ao mundo a sua letalidade e a rapidez do contágio, fazendo com que a OMS recomendasse várias medidas para evitar a propagação, como por exemplo, a necessidade do distanciamento social. De maneira geral e resumidamente, a COVID-19 mudou nossa relação com o mundo, com as coisas, com as pessoas e, com a formatação dos eventos científicos. 2020 seria o ano do nosso Fazendo Gênero, mas a palavra que mais ouvimos naquele ano foi “pandemia”.

O Seminário Internacional Fazendo Gênero, como mencionamos anteriormente, acontece na UFSC desde 1994. Para a sua 12a edição, desde 2018 vínhamos organizando, em discussões animadas em seus “Almoventos”1, pautas a serem centrais na programação, priorizando a articulação entre as atividades acadêmicas, artísticas e movimentos sociais. E esse é um dos muitos motivos que fazem do Fazendo Gênero (im)pertinente: não são apenas os discursos acadêmicos que importam, os ativistas e artistas também. São, como sugere o tema geral do encontro, lugares de fala, motivo pelo qual sua concepção considere a tríade academia-ativismo-cultura e parta dessa concepção plural, na busca de abrir espaços e horizontes. O tema “Lugares de fala”, coloca-se assim no debate atual dos feminismos e das visibilidades de minorias, reconhecendo a importância das vozes que falam por si e por um comum compartilhado, reivindicando direitos, quando e sempre que o contexto e a força das mediações as ameaçar. “Lugares de fala”, reivindicado por militantes feministas, especialmente pelas feministas negras e indígenas, desde a eterna cantora Elza Soares, falecida recentemente (20/01/2022) com sua história de lutas; Djamila Ribeiro, com sua filosofia feminista engajada na luta das mulheres negras; e Sônia Guajajara2 que abrilhantou uma das conferências do FG 12. Sônia, com a conferência “A perspectiva indígena para um outro mundo”, nos inspira! E nos lembra... a importância dos feminismos estarem atentos à defesa dos povos originários. A fala de Sônia foi linda, como linda é a trajetória das mulheres indígenas que, aos poucos, estão mais presentes também no Seminário Fazendo Gênero.

Lugares de fala nos inspiram também a pensar em outras formas de as pessoas lidarem com o seu cotidiano, pois sabemos que foram as mulheres que mais sentiram o impacto da pandemia. Se a pandemia pegou a todas/es/os de surpresa, foram as mulheres e, especialmente as mulheres mães, as mais afetadas. Estudos recentes mostram como a desigualdade de gênero e a divisão sexual do trabalho se tornaram mais nítidas com a pandemia da COVID-19 (Fernanda INSFRAN; Ana MUNIZ, 2020).

O contexto de pandemia exigiu pensarmos outros modos, muitas alternativas para adaptar uma programação tão vasta, diversa e já tão adiantadamente desenhada para acontecer no modo presencial. Entre o início do distanciamento social e a realização do evento já sabíamos, por exemplo, sobre a importância das lives, que possibilitaram que nos colocássemos em corpo, em voz, na gestualidade, na performatividade, na temporalidade do ato de enunciação, quando apresentamos, divulgamos, atuamos nessas situações virtuais e falamos sobre nossas pesquisas, nossos interesses de investigação, modo de fazer circular a produção de conhecimento (Pedro SOUZA; Mónica ZOPPI-FONTANA, 2020). Mas o Fazendo Gênero, porque não foi desde sua concepção pensado para ocorrer dessa maneira, demandou um estudo mais complexo de como viabilizar as atividades previstas.

Entre salas, transmissões, chats, mensagens, foram mais de dois mil trabalhos científicos apresentados, os quais estavam distribuídos nos 160 Simpósios Temáticos, nas 24 sessões de Pôsteres, nas 33 Oficinas, nos 8 Minicursos, além das 35 Mesas-redondas e das conferências que integraram a programação geral. Além disso, a edição contou com uma programação cultural, iniciada com a Mostra Audiovisual e a Mostra Fotográfica, ocorridas já em março de 2021 e reexibidas em julho, junto com as demais programações. Nos canais do Fazendo Gênero no YouTube foram transmitidos os trabalhos de acadêmicas, artistas e artivistas. Vale mencionar, ainda, a III Exposição Arte e Gênero realizada de 26 de julho a 29 de outubro de 2021 que, nesta edição, também aconteceu virtualmente por meio da Plataforma Digital do Espaço Cultural Armazém - Coletivo Elza. Fizeram parte da programação também o já tradicional Crianças no Fazendo Gênero e a Tenda Mundos de Mulheres. Do envolvimento com o a(r)tivismo proposto pelo evento, o Projeto de Extensão “Arte, Performance e Política: Artivismos e relações entre academia-movimentos sociais” foi pensado para articular e promover ações pré e pós-FG12 envolvendo academia e movimentos sociais. Os vídeo-relatórios do projeto podem ser acessados no Canal do Instituto de Estudos de Gênero da UFSC no YouTube: https://www.youtube.com/c/InstitutodeEstudosdeGeneroUFSC.

Ainda sobre o projeto “Artivismo”, convém lembrar que a Comissão de Movimentos Sociais mobilizou movimentos sociais para a chamada do Fazendo Gênero 12, assim como também capacitou toda a equipe do IEG para as atividades de caráter on-line. Esse incentivo formou uma base técnica e inclusiva para as demandas do evento e ao longo de vários encontros o projeto idealizou ações para o novo formato, buscando manter o conteúdo e metodologia, portanto, garantindo a interação com todas as pessoas inscritas no evento.

Da tela do computador, a cada encontro virtual, pudemos vislumbrar muitos rostos e seus entornos pixelizados em seus respectivos enquadramentos. Embora distantes fisicamente, foi possível manter o senso de coletividade que aprendemos, de muitas e diferentes formas. Desses encontros possíveis, graças aos recursos virtuais, a programação que foi transmitida ao vivo pode ainda ser acessada pelos respectivos links no site do evento, disponível em http://fazendogenero.ufsc.br/12, endereço no qual também é possível acessar os anais eletrônicos dos pôsteres e trabalhos completos decorrentes das comunicações orais proferidas durante as sessões de apresentação.

Um aspecto importante que deve ser destacado, por conta da alteração de formato dessa edição, está na acessibilidade. Em especial, desde o Fazendo Gênero 10 uma comissão específica tem atuado para oportunizar um encontro mais acessível. Desde a concepção do site, ao mapeamento do espaço físico (com a indicação de elevadores e banheiros acessíveis, por exemplo), legendagem, intérpretes de Libras, muitas outras questões eram analisadas para a recepção das participantes do evento realizado presencialmente. Ao acontecer de modo on-line, os recursos até então disponíveis nas salas virtuais, bem como outros desafios técnicos/tecnológicos, fizeram com que o desenho da programação e a forma como as atividades aconteceram fosse adaptada. Esse trabalho envolveu o empenho de muitas pessoas, tanto das comissões de acessibilidade, de webtransmissão - a grande novidade dessa edição -, como da monitoria e da secretaria. Trabalho de bastidores, com todas empenhadas para que tudo funcionasse da melhor maneira possível.

Além de todas as pessoas envolvidas diretamente na organização do evento e que atuaram incansavelmente nas duas semanas de Fazendo Gênero, com relação sobretudo à questão da acessibilidade, por meio de intérpretes de Libras e traduções simultâneas, a edição do evento em 2021 contou com o apoio da CAPES, por intermédio da Pró-reitoria de Pós-Graduação da UFSC, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC) através de sua Bancada Feminina, e da Fundação Friedrich Ebert.

Dessa edição, que se desdobra nos artigos que compõem esta seção temática, todos conectados - direta ou indiretamente - pelo tema da pandemia, repercutem as tantas falas potentes, que ressoam ainda em nós. Os textos instigam pensarmos nas narrativas construídas - e atravessadas - pela pandemia. Assim como foi a própria 12ª edição do Fazendo Gênero. Quanto aos lugares de fala, à guisa de conclusão, ao recorrer às palavras de Conceição Evaristo, que proferiu a conferência magna no evento, cuja gravação está disponível on-line, ao saber que alguns de seus poemas fizeram parte da prova do ENEM aplicada em 2018, afirmou “Hoje se fala muito em novas narrativas. O momento presente pede isso” (Elida OLIVEIRA, 2018). E de lá para cá o cenário está ainda mais complexo, necessitando que prestemos atenção às muitas falas silenciadas (Conceição EVARISTO, 2017), as quais explodem com o entrelaçar do tempo. No poema “Do velho ao jovem” sua voz poética alerta: “O que os livros escondem, / as palavras ditas libertam. / E não há quem ponha / um ponto final na história” (EVARISTO, 2017, p. 88-89). E porque não há como colocarem um ponto final na história, empenhadas na palavra-liberdade, a série Fazendo Gênero traz para seu legado um acervo de corpos e vozes gravados no instante acontecido, disponível para acesso e que se soma à história do evento, assim como a presente seção temática: entre nós, muitas vozes.

Referências

BALLESTRIN, Luciana. “Feminismos Subalternos”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 25, n. 3 p. 1035-1054, 2017. Disponível em Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/42560 . Acesso em 15/05/2022. [ Links ]

EVARISTO, Conceição. “Do velho ao jovem”. EVARISTO, Conceição. Poemas de recordação e outros movimentos. 3.ed. Rio de Janeiro: Malê, 2017, p. 88-89. [ Links ]

INSFRAN, Fernanda; MUNIZ, Ana. “Maternagem e Covid-19: desigualdade de gênero sendo reafirmada na pandemia”. Diversitates International Journal, v. 12, n. 2. p. 26-47, 2020. Disponível em Disponível em http://diversitates.uff.br/index.php/1diversitates-uff1/article/view/314 . Acesso em 21/11/2021. [ Links ]

LUGONES, María. “Rumo a um feminismo descolonial”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 22, n. 3, p. 935-952, 2014. Disponível em Disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/36755 . Acesso em 15/05/2022. [ Links ]

OLIVEIRA, Elida. “O momento presente pede novas narrativas, diz Conceição Evaristo, homenageada no Enem 2018”. G1, 06/11/2018 às 10h56. Disponível em Disponível em https://g1.globo.com/educacao/enem/2018/noticia/2018/11/06/o-momento-presente-pede-novas-narrativas-diz-conceicao-evaristo-homenageada-no-enem-2018.ghtml . Acesso em 15/05/2022. [ Links ]

SOUZA, Pedro de; ZOPPI-FONTANA, Mónica. “Entre a tecnologia e o político: modos de subjetivação no governo em tempos de coronavírus”. Linguística Live, @linguisticaufsc. 29 maio 2020. Disponível em https://www.instagram.com/tv/CAxT0bnjZmN/, https://www.instagram.com/tv/CAxTIcHDI31/, https://www.instagram.com/tv/CAxQTunD78B/. [ Links ]

1Os Almoventos consistem em reuniões mensais, realizadas no horário do almoço, pensadas como espaço interdisciplinar de reunião, voltado para o planejamento, organização, realização e avaliação coletiva do FG. Participam dos encontros professoras/es, aluna/os, pós-doutoranda/os de diferentes áreas, bem como artistas, ativistas e integrantes de movimentos sociais diversos, com o propósito de construir coletivamente o evento.

2Sonia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), em 2022 foi eleita pela revista norte-americana Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

Como citar esse artigo de acordo com as normas da revista: SILVA, Janine Gomes da; ZANDONÁ, Jair. “Fazendo Gênero em tempos de pandemia: debates (im)pertinentes”. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 30, n. 2, e88176, 2022.

Financiamento: Não se aplica

Consentimento de uso de imagem: Não se aplica

Aprovação de comitê de ética em pesquisa: Não se aplica

Recebido: 27 de Maio de 2022; Aceito: 30 de Maio de 2022

janine.silva@ufsc.br, janine.gomesdasilva@gmail.com

j.zandona@ufsc.br, jzandona@gmail.com

Janine Gomes da Silva (janine.silva@ufsc.br, janine.gomesdasilva@gmail.com) é professora do Departamento de História, do Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Possui graduação, mestrado e doutorado em História. Fez pós-doutorado na Universidade de Rennes 2, França (2017). Tem experiência na área de História, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, gênero e violência, memória, história oral, patrimônio e ditaduras no Cone Sul. Integra o Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH) e o Instituto de Estudos de Gênero (IEG) da UFSC. Integrou a coordenação geral da 12ª edição do Seminário Internacional Fazendo Gênero.

Jair Zandoná (j.zandona@ufsc.br, jzandona@gmail.com) realiza estágio de pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Linguística da UFSC. Doutor e mestre em Literatura pela mesma instituição. É um dos editores da Revista Anuário de Literatura (PPGL/UFSC) e editor de resenhas da Revista Estudos Feministas (REF). Integra o quadro de pesquisadores/as do Instituto de Estudos de Gênero/UFSC, do Literatual/UFSC e do Grupo de Estudos no Campo Discursivo/UFSC.

Contribuição de autoria: As autoras contribuíram igualmente

Conflito de interesses: Não se aplica

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