Em 1992 nasceu, na Universidade do Estado da Bahia, a Revista da Faculdade de Educação da Bahia - FAEEBA, que mais tarde incorporou ao título principal a especificação “Educação e Contemporaneidade”. A revista é uma iniciativa de professores da antiga Faculdade de Educação da Bahia interessados na produção científica, campo, à época, em promissor desenvolvimento. Jacques Jules Sonneville (foto), que em 2022 completa 87 anos, é o primeiro Editor geral da Revista da FAEEBA-Educação e Contemporaneidade, ao lado de Yara Dulce Ataíde. Cuidadosos com a proposta de uma editoria científica atenta aos temas de Educação, ambos foram assim responsáveis pela idealização e criação das condições do surgimento desta revista temática, que veio a se constituir numa relevante publicação, de circulação internacional, qualificada como A2 em Educação (Qualis Capes). Olhando para trás, 30 anos passados, o trabalho incansável de Jacques Sonneville e Yara Dulce nos convida a pensar sobre o lugar da memória desta produção. É tempo de agradecer aos editores precursores da Revista e a todos que vieram depois, garantindo o árduo trabalho de dedicação, aprimoramento, crescimento e circulação do conhecimento científico. Por trás do trabalho final de publicação de cada número, há uma equipe (editores, corpo editorial, corpo de pareceristas, diagramador, revisor, programa de pós-graduação, autores, diretores, reitores...). Em entrevista recente, Jacques Sonneville nos fala, com orgulho, que uma das atividades que ainda o mantém ligado ao mundo científico é o acompanhamento e leitura de cada novo número da Revista, publicada trimestralmente e editada, desde 2017, apenas em versão digital. A coleção inteira da Revista impressa, do volume 1 ao 50, mora numa parte especial da estante da casa de Jacques. Perguntado sobre as dificuldades e desafios da função de Editor, Jacques hesita e opta pelo relato do valor de ser editor. Entre recordação e percepção, entre imaginação e pensamento, o primeiro editor da Revista da FAEEBA narra os primórdios da Revista destacando um dos motivos que levam um editor a permanecer muitos anos na função: a compreensão do valor dos autores e dos que se doam à tarefa de publicar e publicizar os Outros.

Quem recorda, conta (um)a história. Salve, professor Jacques Sonneville!