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Revista Brasileira de Educação Especial

versão impressa ISSN 1413-6538versão On-line ISSN 1980-5470

Rev. bras. educ. espec. vol.26 no.3 Marília jul./set 2020  Epub 12-Ago-2020

https://doi.org/10.1590/1980-54702020v26e0109 

Relato de Pesquisa

Escala de Desenvolvimento Motor: Adaptação para Crianças com Baixa Visão dos 7 aos 10 Anos de Idade

Maria Cecilia Souza SANTOS2 
http://orcid.org/0000-0003-1668-5668

Suraya Gomes Novais SHIMANO3 
http://orcid.org/0000-0002-9421-9227

Maria Fernanda Sabongi IZEPPI4 
http://orcid.org/0000-0003-0210-8771

Larissa Giovanna de Oliveira ARAUJO5 
http://orcid.org/0000-0001-8515-4671

Paula Berteli PELIZARO6 
http://orcid.org/0000-0001-5313-8968

Karina PEREIRA7 
http://orcid.org/0000-0001-7486-1004

2Mestre em Fisioterapia pelo Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/Minas Gerais/Brasil. E-mail: ceciliacarizzi@gmail.com.

3Professora associada ao Departamento de Fisioterapia Aplicada, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil. surayagnovais@gmail.com.

4Mestre em Fisioterapia pelo Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/Minas Gerais/Brasil. E-mail: nanda_izeppi@hotmail.com.

5Fisioterapeuta, graduação na Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/Minas Gerais/Brasil. E-mail: larissagiovanna2009@hotmail.com.

6Mestranda em Fisioterapia pelo Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/Minas Gerais/Brasil. E-mail: paulabertelip@hotmail.com.

7Professora associada ao Departamento de Fisioterapia Aplicada e do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia, Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Uberaba/Minas Gerais/Brasil. E-mail: karina.pereira@uftm.edu.br.


RESUMO

A baixa visão é um tipo de deficiência visual que pode influenciar na funcionalidade da criança e ocasionar alterações importantes na aquisição das habilidades motoras na infância. O objetivo deste artigo foi avaliar os aspectos de confiabilidade na adaptação da Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) para crianças com baixa visão, dos 7 aos 10 anos de idade. Participaram do estudo 22 crianças com baixa visão (± 9,12 anos). A adaptação da escala ocorreu em quatro etapas. Para analisar a concordância entre as respostas dos juízes, foi utilizado o índice de concordância (≥ 80%) e, para a confiabilidade das adaptações, utilizou-se a análise inter-avaliador e reteste (Coeficiente de Correlação Intraclasse). Os resultados demonstraram que o índice de concordância entre os juízes foi ≥80% na segunda rodada de adaptações, as quais mostraram excelente confiabilidade na análise interavaliadores (CCI≥1,000) e no teste reteste (CCI≥0,990) para a idade motora, e excelente confiabilidade interavaliadores (CCI≥1,000) e no teste reteste (CCI≥0,997) para quociente motor. A EDM foi adaptada e apresentou boa confiabilidade metodológica. Assim, sua adaptação permitirá o uso correto do instrumento em crianças com baixa visão, determinando o diagnóstico funcional/motor mais preciso das alterações motoras nessa população.

PALAVRAS-CHAVE: Educação Especial; Distúrbios da visão; Criança; Escala de avaliação; Adaptação

ABSTRACT

Low vision is a type of visual impairment that can influence the child’s functionality and cause important changes in the acquisition of motor skills during childhood. The objective of this paper was to evaluate the reliability aspects in the adaptation of the Developmental Motor Scale (PDMS) for children with low vision, from 7 to 10 years of age. Twenty-two children with low vision (± 9.12 years) participated in the study. The scale was adapted in four stages. To analyze the agreement between the judges’ answers, the agreement index (≥ 80%) was used, and for the reliability of the adaptations the inter-rater and retest analysis was used (Intraclass Correlation Coefficient). The results showed that the agreement rate between the judges was ≥80% in the second round of adaptations, which showed excellent reliability in the inter-rater analysis (ICC≥1,000) and in the retest test (ICC≥0,990) for the motor age, and excellent inter-rater reliability (ICC≥1,000) and in the retest test (ICC≥0.997) for the motor quotient. The PDMS was adapted and presented good methodological reliability. Thus, its adaptation will allow the correct use of the instrument in children with low vision, determining the most accurate functional/motor diagnosis of motor alterations in this population.

KEYWORDS: Special Education; Vision disturbances; Child; Rating Scale; Adaptation

1 Introdução

A visão é extremamente importante na captação das informações do ambiente, sendo fundamental para o processo do desenvolvimento infantil (World Health Organization [WHO], 2013). Distúrbios visuais geram a diminuição da informação exteroceptiva, apresentando-se de forma reduzida e ocasionando a restrição das experiências motoras (Santos, Passos, & Rezende, 2007).

Crianças com baixa visão apresentam diferenças qualitativas e quantitativas na aquisição da motricidade quando comparadas a crianças com visão normal (Uysal & Düger, 2011). Além disso, são observadas alterações nas habilidades motoras grossas e finas (Bouchard & Tétreault, 2000), no equilíbrio ortostático, na velocidade do ajuste postural (Matos, Matos, & Oliveira, 2010) e nos parâmetros da marcha (Hallemans, Ortibus, Meire, & Aerts, 2010).

O desenvolvimento motor das crianças com baixa visão pode ser satisfatório com os programas de intervenção motora e atividades físicas (Houwen, Visscher, Lemmink, & Hartman, 2009; Jazi, Purrajabi, Movahedi, & Jalali, 2012). Para isso, é importante uma avaliação criteriosa com instrumentos e tarefas adaptados com o intuito de identificar o nível de desenvolvimento motor da criança.

No Brasil, o instrumento de avaliação do desempenho motor, nomeado Movement Assessment Battery for Children-2 (MABC-2), foi adaptado, e as modificações foram validadas para crianças com baixa visão dos 7 aos 10 anos de idade (Bakke, Sarinho, & Cattuzzo, 2017). Na Holanda, adaptou-se o Test of Gross Motor Development (TGMD-2) (Houwen, Hartman, Jonker, & Visscher, 2010) para crianças com baixa visão dos 6 aos 12 anos de idade. Nos estudos de Schmitt e Pereira (2014, 2016), as autoras confeccionaram cubos com estímulo luminoso e de alto contraste (preto e branco) para auxiliar na categorização das ações motoras de crianças com baixa visão. No entanto, observa-se que a MABC-2 adaptada (Bakke, Sarinho, & Cattuzzo, 2017) - único instrumento adaptado que tiveram suas modificações validadas para crianças brasileiras com baixa visão - teve como objetivo a análise do desempenho motor. A escala abrange domínios importantes, mas que se referem apenas à destreza manual, ao apontar e receber, e ao equilíbrio, o que indica a necessidade de adaptação de instrumentos de avaliação do desenvolvimento motor mais amplos.

Nesse seguimento, este estudo tem o intuito de contribuir com essa área de interesse por meio da adaptação de outro instrumento de avaliação para crianças com baixa visão que identifica a idade motora em vários aspectos psicomotores, como a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) (Rosa Neto, 2015), validada no Brasil. A adaptação dessa escala estabelecerá estratégias e condutas adequadas para reabilitação de crianças com deficiência visual, além de sua inclusão em seu contexto ambiental. Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo foi avaliar os aspectos de confiabilidade na adaptação da Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) para crianças dos 7 aos 10 anos de idade com baixa visão.

2 Métodos

Trata-se de um estudo metodológico de adaptação de instrumentos, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (2.152.730/2017). Para o processo de adaptação da EDM, participaram três crianças com baixa visão, com idade média de 105,7 meses (±8,08). Para o processo de confiabilidade das adaptações, participaram 19 crianças com baixa visão, 11 meninas, com idade média de 110,8 meses (±9,23). Estas pertenciam a diferentes escolas especializadas no atendimento de crianças com deficiência visual do Triângulo Mineiro e interior de São Paulo, Brasil. A seleção da amostra foi do tipo intencional e não foram incluídas crianças com distúrbios neurológicos, alterações ortopédicas, problemas comportamentais e deficiência auditiva.

A adaptação da EDM foi autorizada pelo seu autor, professor Francisco Rosa Neto. Inicialmente, três crianças com baixa visão foram avaliadas com a EDM original para obtenção de suas respostas frente às provas motoras aplicadas (pré-teste). A adaptação ocorreu em quatro etapas (Figura 1).

Fonte: Elaboração própria.

Figura 1 Fluxograma do processo de adaptação da EDM para crianças com baixa visão dos 7 aos 10 anos de idade.  

A primeira etapa foi composta pela análise das filmagens por quatro pesquisadoras com experiência na aplicação da escala e em reabilitação de crianças com baixa visão, no qual identificaram e registraram, em consenso, as maiores dificuldades observadas durante a realização dos testes da EDM. Na segunda etapa, foram propostas adaptações preliminares em alguns testes da EDM (motricidade fina, motricidade global, esquema corporal, organização espacial e temporal) com o intuito de favorecer a compreensão e a percepção visual dos testes, sem descaracterizar o teste original proposto pelo autor. As adaptações foram apresentadas em tabelas e enviadas com orientações sobre a avaliação das adaptações a cinco outros juízes com experiência prévia na área de deficiência visual e reabilitação infantil. Os juízes deveriam assinalar concordo “C” ou não concordo “NC” em cada teste apresentado. Caso a resposta fosse negativa, deveriam sugerir uma nova adaptação. A terceira etapa consistiu-se na análise das respostas dos cinco juízes; nesse caso, alguns não concordaram e sugeriram novas adaptações. Estas foram aceitas pelos pesquisadores e uma nova tabela foi elaborada e reenviada aos mesmos juízes, seguindo os critérios anteriores. Na quarta etapa, os juízes enviaram pequenas sugestões e foi constatada concordância entre eles no valor de ≥80% (Polit & Beck, 2006).

As adaptações dos materiais da EDM relacionaram-se principalmente ao uso de contraste de cores e de texturas de objetos (preto, branco, amarelo, cola colorida, fita crepe branca e antiderrapante preta, entre outros), iluminação (luminária com lâmpada de 60 W), materiais adequados e de uso comum na deficiência visual (como lápis 6B).

Ao finalizar as adaptações, realizou-se a confiabilidade da EDM adaptada, por meio da avaliação de 19 crianças com baixa visão por dois avaliadores simultaneamente. Após 15 dias, as mesmas crianças foram reavaliadas por um único avaliador, com o intuito de aumentar a confiabilidade do instrumento.

Para a análise estatística da confiabilidade interavaliadores e teste-reteste, utilizou-se o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). Essas análises foram realizadas nos cálculos da idade motora de cada tarefa, na idade motora geral, nos quocientes motores de cada tarefa e no quociente motor geral. Considerou-se o nível de significância de p ≤ 0,05.

3 Resultados

A Tabela 1 mostra a sequência de concordância entre os juízes para adaptação da escala.

Tabela 1 Resultado do processo de adaptação nas duas rodadas de avaliações pelos juízes. 

MOTRICIDADE FINA
IDADE TAREFA ADAPTAÇÃO ETAPA 1 SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC ADAPTAÇÃO FINAL PESQUISADORES SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC
5 anos Fazer um nó Sem adaptações. Uso de luminária na mesa de atividades. 1 2 3 4 5     1 2 3 4 5  
C C C C Cordão amarelo, lápis preto NC 80% Mantida C C C C C 100%
6 anos Labirinto Modificar o tamanho do desenho. Ampliou para 1 cm. Uso de luminária. Aumentar espessura da linha NC Carretilha e aumentar espessura da linha NC Aumentar espessura da linha NC Aumentar espessura da linha NC Utilizar lápis 6B NC SC O desenho foi ampliado em 1 cm e a espessura da linha do desenho em 1 cm. Lápis 6B. C C C C C 100%
7 anos Bolinhas de papel Acrescentar folha de EVA (30x30) preta. Uso de luminária. C C C C C 100% Mantida C C C C C 100%
8 anos Ponta do polegar O examinador fará a demonstração a 30 cm do rosto da criança. C Criança sentir a mão do avaliador. NC C C C 80% O examinador fará a demonstração a 30 cm do rosto da criança. Criança sentir a mão do avaliador. C C C C C 100%
9 anos Lançamento com uma bola Acrescentar folha de EVA (30x30) preta por detrás do alvo amarelo (contraste). C Textura antiderrapante para delimitar a distância da criança. NC C C C 80% Mantida C Guizo bola NC C C C 80%
10 anos Círculo com polegar O examinador fará a demonstração a 30 cm do rosto da criança. C Criança sentir a mão do avaliador. NC Luva com contraste de cor na mão do avaliador, demonstração na criança. NC C C 60% O examinador fará a demonstração a 30 cm do rosto da criança. Criança sentir a mão do avaliador. C C C C C 100%
11 anos Agarrar uma bola Bola com contraste de cor e guizo. C C C Guizo (desviar a atenção da criança) NC C 80% Bola com contraste de cor (amarela e preta) C Guizo bola NC C C C 80%
MOTRICIDADE GLOBAL
IDADE TAREFA ADAPTAÇÃO ETAPA 1 SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC ADAPTAÇÃO FINAL PESQUISADORES SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC
5 anos Saltar de uma altura de 20 cm. EVA preto no chão, segurança da criança e contraste de cor. 1 2 3 4 5     1 2 3 4 5  
Tapete emborrachado ou tatame de EVA de 2 cm de altura. NC C C C C 80% Tapete de EVA emborrachado de 2 cm de altura. C C C C C 100%
6 anos Caminhar em linha reta Faixa em contraste amarela e preta C Fita antiderrapante, criança sente a linha. NC Fita texturizada, criança descalça, lixa lisa com contraste. NC C C 60% Fita antiderrapante texturizada, lixa lisa, preta em contraste com fita adesiva branca nas bordas laterais (3 metros). C C C C C 100%
7 anos Pé Manco Faixa em contraste amarela e preta C Fita antiderrapante, demarcação no piso faixa de 15 cm. NC Fita texturizada, criança descalça, lixa lisa com contraste. NC C C 60% Fita antiderrapante texturizada, lixa lisa, preta em contraste com fita adesiva branca nas bordas laterais (3 metros). C C C C C 100%
8 anos Saltar de uma altura de 40 cm. EVA preto no chão, segurança da criança e contraste de cor. Tapete emborrachado ou tatame de EVA de 2 cm de altura. NC C C C C 80% Tapete de EVA emborrachado de 2 cm de altura. C C C C C 100%
9 anos Saltar sobre o ar Manteve-se a aplicação original do teste C C C C C 100% Mantida C C C C C 100%
10 anos Pé Manco com retângulo de madeira Faixa em contraste amarela e preta. Retângulo de madeira em contraste preto e branco. Retângulo de uma única cor (branco) NC Fita texturizada preta, retângulo de uma única cor (branco) NC C C C 60% Fita antiderrapante texturizada, lixa lisa, preta em contraste com fita adesiva branca nas bordas laterais (3 metros). C C C C C 100%
11 anos Saltar sobre uma cadeira Manteve-se a aplicação original do teste Fitas de contraste de cor no assento da cadeira. NC Criança sentir a altura do assento, com contraste de cor. NC C C C 60% EVA amarelo no assento da cadeira, criança sentir a altura da cadeira. C C C C C 100%
ESQUEMA CORPORAL
IDADE TAREFA ADAPTAÇÃO ETAPA 1 SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC ADAPTAÇÃO FINAL PESQUISADORES SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC
2- 5 anos Prova de imitação dos gestos simples (movimentos com as mãos). Prova de imitação dos gestos simples (movimentos com os braços). Manteve-se a aplicação original do teste. 1 2 3 4 5     1 2 3 4 5  
Fazer a avaliação a 30 cm do rosto da criança. NC Fazer a avaliação a 30 cm do rosto da criança, permitir que ela sinta o movimento. NC Luvas com contraste de cor. NC C C 40% Fazer a avaliação a 30 cm do rosto da criança, permitir que ela sinta o movimento. C C C C C 100%
6- 11 anos Teste de Rapidez Utilizar lápis 6B. Aumentar o desenho quadriculado da folha. NC Carretilha para criança sentir o desenho, aumentar a espessura das linhas, criança sentir o desenho. NC Aumentar a espessura da linha do desenho. NC Linhas em alto contraste C 20% A linha quadriculada do desenho foi aumentada para 1 cm, utilizou se a carretilha nas linhas do desenho, foi permitido a criança sentir o desenho. C C C C C 100%
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL
IDADE TAREFA ADAPTAÇÃO ETAPA 1 SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC ADAPTAÇÃO FINAL PESQUISADORES SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC
2- 5 anos Linguagem expressiva Manteve-se a aplicação original do teste. 1 2 3 4 5     1 2 3 4 5  
C C C C C 100% Manteve-se a aplicação original do teste. C C C C C 100%
6- 11 anos Estágio 1 (Reprodução do som) Manteve-se a aplicação original do teste. C C C C C 100% Manteve-se a aplicação original do teste. C C C C C 100%
Estágio 2 ( Simbolização, desenho, das estruturas espaciais). Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para contraste de cor, figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens. Realizar apenas círculos e não faces. NC Utilizar cartolina, criança desenha, no lugar de EVA a criança sentir a imagem. NC C C C 60% Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para contraste de cor, figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens (círculos). C C C C C 100%
Estágio 3 ( Simbolização das estruturas temporais). Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para contraste de cor, figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens. Realizar apenas círculos e não faces. NC Realizar apenas círculos e não faces. NC C C C 60% Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para o contraste de cor e figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens (círculos). C C C C C 100%
Estágio 4 Transcrição das estruturas temporais (ditado). Manteve-se a aplicação original do teste. C C C C C 100% Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para contraste de cor, figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens (círculos). C C C C C 100%
ORGANIZAÇÃO TEMPORAL
IDADE TAREFA ADAPTAÇÃO ETAPA 1 SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC ADAPTAÇÃO FINAL PESQUISADORES SUGESTÕES DOS ESPECIALISTAS IC
2- 5 anos Linguagem expressiva Manteve-se a aplicação original do teste. 1 2 3 4 5     1 2 3 4 5  
C C C C C 100% Manteve-se a aplicação original do teste. C C C C C 100%
6- 11 anos Estágio 1 (Reprodução do som) Manteve-se a aplicação original do teste. C C C C C 100% Manteve-se a aplicação original do teste. C C C C C 100%
Estágio 2 ( Simbolização, desenho, das estruturas espaciais). Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para contraste de cor, figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens. Realizar apenas círculos e não faces. NC Utilizar cartolina, criança desenha, no lugar de EVA a criança sentir a imagem. NC C C C 60% Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para contraste de cor, figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens (círculos). C C C C C 100%
Estágio 3 ( Simbolização das estruturas temporais). Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para contraste de cor, figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens. Realizar apenas círculos e não faces. NC Realizar apenas círculos e não faces. NC C C C 60% Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para o contraste de cor e figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens (círculos). C C C C C 100%
Estágio 4 Transcrição das estruturas temporais (ditado). Manteve-se a aplicação original do teste. C C C C C 100% Acrescentar EVA preto por debaixo dos cartões para contraste de cor, figuras em alto relevo para que as crianças visualizem as imagens (círculos). C C C C C 100%

Fonte: Elaboração própria. A partir da concordância entre os juízes no processo de adaptação deu-se início à construção dos materiais adaptados da EDM (Figura 2).

Legenda: IC - índice de concordância entre os juízes, NC - não concorda, C - concorda. SC - sem concordância.

Figura 2 Imagem do instrumento e das adaptações finais da EDM. Legenda: Imagem do instrumento original (A) e das adaptações finais (B) da EDM. 

Ao analisar a pontuação da idade motora e da idade motora geral, nota-se excelente confiabilidade interavaliadores (CCI≥1,000) e no teste-reteste (CCI≥0,990) em todas as tarefas motoras (p = 0,001). Nas idades motoras IM2, IM5 e IM6, a variância foi nula, ou seja, a pontuação dos avaliadores foi à mesma nessas tarefas motoras (Tabela 2).

Tabela 2 Confiabilidade interavaliadores e teste-reteste (CCI) da IM e da IMG obtidos nas provas motoras. 

Idade Motora AVALIADOR 1 (PQ1) AVALIADOR 2 (PQ2) RETESTE (RET) CCI Valor de p
M MED DP MIN MAX M MED DP MIN MAX M MED DP MIN MAX PQ1/PQ2 PQ1/RET PQ1/PQ2 PQ1/RET
IM1 108,00 108,00 14,56 84,00 132,00 108,00 108,00 14,06 84,00 132,00 110,00 108,00 14,17 84,00 132,00 0,995 0,959 0,001 0,001
IM2 105,00 108,00 12,38 72,00 132,00 105,00 108,00 12,38 72,00 132,00 107,00 108,00 13,54 72,00 132,00 1,000 0,888 _ 0,001
IM3 93,16 96,00 27,30 48,00 132,00 91,89 96,00 29,12 48,00 132,00 96,32 108,00 25,80 48,00 132,00 0,990 0,973 0,001 0,001
IM4 61,89 60,00 10,78 48,00 96,00 60,00 60,00 8,00 48,00 72,00 65,05 60,00 10,81 48,00 96,00 0,707 0,843 0,001 0,001
IM5 89,05 84,00 10,81 72,00 108,00 89,05 84,00 10,81 72,00 108,00 93,47 96,00 11.01 72,00 120,00 1,000 0,793 _ 0,001
IM6 115,58 120,00 19,27 72,00 132,00 115,58 120,00 19,27 72,00 132,00 116,21 132,00 19,61 72,00 132,00 1,000 0,990 _ 0,001
IMG 95,53 94,00 7,84 82,00 109,00 95,05 94,00 8,29 80,00 109,00 98,11 96,00 7,63 84,00 111,00 0,985 0,938 0,001 0,001

Fonte: Elaboração própria.

Legenda: IM = idade motora; IM1 - idade motora da motricidade fina, IM2 - idade motora da motricidade global, IM3 - idade motora do equilíbrio, IM4 - idade motora do esquema corporal, IM5 - idade motora da organização espacial, IM6 - idade motora da organização temporal, IMG = idade motora geral; M = média; MED = mediana; DP = desvio padrão; MIN = mínimo; MAX = máximo, CCI= coeficiente de correlação intraclasse, PQ1/PQ2 = pesquisador 1 e 2, PQ1/RET = pesquisador 1 e reteste, p = valor de p.

Na análise dos quocientes motores e quociente motor geral, os valores também foram excelentes na confiabilidade interavaliadores (CCI≥1,000) e no teste-reteste (CCI≥0,997) em todas as tarefas motoras da escala (p=0,001). No QM6, a variância foi nula, ou seja, a pontuação dos avaliadores foi a mesma nessa prova motora (Tabela 3).

Tabela 3 Confiabilidade interavaliadores e teste-reteste (CCI) do quociente motor e do quociente motor geral. 

Quociente Motor AVALIADOR 1 (PQ1) AVALIADOR 2 (PQ2) RETESTE (RET) CCI Valor de p
M MED DP MIN MAX M MED DP MIN MAX M MED DP MIN MAX PQ1/PQ2 PQ1/RET PQ1/PQ2 PQ1/RET
QM1 98,58 103,00 15,33 73,00 127,00 99,05 103,00 15,20 73,00 127,00 99,42 103,00 15,46 74,00 127,00 0,995 0,997 0,001 0,001
QM2 96,05 95,00 13,85 66,00 120,00 96,21 95,00 13,97 66,00 120,00 96,74 95,00 13,81 65,00 118,00 0,999 0,933 0,001 0,001
QM3 83,58 92,00 20,87 38,00 112,00 82,37 92,00 22,65 38,00 112,00 85,84 92,00 19,35 37,00 110,00 0,982 0,958 0,001 0,001
QM4 56,84 53,00 14,38 37,00 98,00 55,00 52,00 11,29 38,00 79,00 59,32 60,00 14,98 36,00 98,00 0,852 0,925 0,001 0,001
QM5 81,58 81,00 15,06 56,00 112,00 81,68 81,00 14,98 56,00 112,00 84,47 82,00 13,38 64,00 112,00 1,000 0,921 0,001 0,001
QM6 103,68 109,00 24,22 60,00 145,00 103,68 109,00 24,22 60,00 145,00 105,21 106,00 21,62 65,00 141,00 1,000 0,911 _ 0,001
QMG 87,49 88,98 10,24 71,00 103,00 87,99 88,98 11,14 71,00 109,00 88,97 89,11 10,15 72,00 104,00 0,926 0,985 0,001 0,001

Fonte: Elaboração própria.

Legenda: QM = quociente motor; QM1 - quociente motor da motricidade fina, QM2 - quociente motor da motricidade global, QM3 - quociente motor do equilíbrio, QM4 - quociente motor do esquema corporal, QM5 - quociente motor da organização espacial e QM6 - quociente motor da organização temporal, QMG = quociente motor geral; M = média; MED = mediana; DP = desvio padrão; MIN = mínimo; MAX = máximo, CCI = coeficiente de correlação intraclasse, PQ1/PQ2 = pesquisador 1 e 2, PQ1/RET = pesquisador 1 e reteste, p = valor de p.

4 Discussão

Os desfechos das adaptações da EDM para crianças com baixa visão dos 7 aos 10 anos de idade mostraram que as modificações realizadas no instrumento foram adequadas para as baterias de testes, tendo em vista o bom índice de concordância entre os juízes.

A metodologia do estudo adotou critérios rigorosos para avaliação das adaptações realizadas nas provas motoras das baterias de testes do instrumento. Nota-se que a observação clínica é muito importante para a adaptação de instrumentos; no entanto, ela deve ser acompanhada da opinião de juízes, recurso fundamental, que influencia consideravelmente na geração de itens adequados para a construção de escalas (Keszei, Novak, & Streiner, 2010; Streiner & Norman, 2008). Esse cuidado e esse rigor resultaram em boa concordância entre eles, em mais da metade dos testes das baterias, na primeira fase das adaptações.

Em relação às baterias de testes, os especialistas discordaram, principalmente, na motricidade global e no esquema corporal. É importante ressaltar que habilidades como caminhar, saltar e pular estão diretamente ligadas à percepção visual (Rosa Neto, 2015); assim, as crianças com baixa visão podem apresentar déficits nesses aspectos psicomotores (Bouchard & Tétreaut, 2000; Uysal & Duger, 2011).

O mesmo ocorreu com o esquema corporal, pois as crianças com baixa visão podem ter a noção do corpo prejudicada e apresentar dificuldades para se relacionar com espaços, objetos e pessoas ao redor (Boato, 2012). Os juízes recomendaram modificações relacionadas à apresentação da tarefa de maneira que esta fosse executada próxima ao rosto da criança. Tal sugestão resultou em melhor compreensão das tarefas por parte das crianças com deficiência visual.

Na segunda fase das adaptações, os pesquisadores atenderam às sugestões dos juízes nas baterias de testes, resultando em boa concordância entre eles, permitindo a adaptação do instrumento para crianças com baixa visão, sendo testada a confiabilidade. A literatura aponta que instrumentos de avaliação são úteis quando apresentam resultados cientificamente robustos, demonstrando boa qualidade de suas propriedades psicométricas (Cano & Hobart, 2011; Coluci, Alexandre, & Milani, 2015; Souza, Alexandre, & Guirardello, 2017).

Em algumas baterias de testes, as crianças não apresentaram dificuldades na compreensão para executar as provas motoras da EDM, como foi observado nos testes de equilíbrio e de lateralidade, nos quais houve pequenos ajustes em função da baixa visão. Nesse caso, nas provas motoras de equilíbrio, a criança poderia sentir o movimento no avaliador, já, na lateralidade, poderia sentir o objeto antes da execução da tarefa. Dessa forma, pode-se considerar que a simplificação do ambiente e da tarefa elimina o excesso de informações e pode auxiliar as crianças no bom desempenho da habilidade (Topor, 2014).

Outro destaque em relação à concordância dos juízes, nas duas rodadas de adaptação, foi as baterias de organização espacial, motricidade fina e organização temporal. Na organização espacial, foram necessárias adaptações apenas na prova motora de 11 anos de idade (posição de três objetos), em relação ao contraste de cores dos cubos. Na motricidade fina, foram necessárias adequações nas provas motoras de 6 e 10 anos de idade (labirinto e círculo com o polegar). Por fim, na organização temporal, foram realizadas adaptações nos estágios 2 e 3 das provas motoras dos 6 aos 11 anos quanto ao contraste de cores e alto relevo das figuras apresentadas às crianças durante os testes.

Algumas adaptações simples foram necessárias, visto que as crianças com baixa visão apresentam dificuldades relacionadas à habilidade de organização espaço temporal (Rosa Neto, 2015) e a motricidade fina, sendo a habilidade coordenada pela ação visuomotora, limitada na deficiência visual (Haddad, 2006). Assim, as baterias de testes foram adaptadas de forma semelhante a outras modificações realizadas em testes motores aplicados em crianças com baixa visão, dos 7 aos 10 anos de idade, como no estudo de Bakke, Sarinho e Cattuzzo (2017) com a adaptação da MABC-2. Os materiais modificados incluíram o uso do tato pela criança, contraste de cores, aproximação do avaliador para a demonstração da tarefa, aumento da espessura da linha e do desenho. Isso mostra a facilidade de adaptação desses instrumentos para crianças com baixa visão, além da simplicidade na reprodutibilidade dos testes, o que deve incentivar os pesquisadores a adaptar instrumentos de avaliação motora para essa população, tendo em vista a sua escassez na literatura e sua importância quanto ao diagnóstico preciso de alterações no desenvolvimento motor.

As provas motoras com maior discordância entre os avaliadores relacionaram-se às baterias de testes de motricidade global e esquema corporal. Na motricidade global, foram necessárias adaptações nas idades de 6, 7, 10 e 11 (caminhar em linha reta, pé manco, pé manco com retângulo de madeira e saltar sobre uma cadeira, respectivamente).

No esquema corporal, adaptaram-se as provas na faixa etária de 2 aos 5 anos de idade (imitação dos gestos simples) e de 6 aos 11 anos de idade (teste de rapidez). Na baixa visão, a perda da acuidade visual compromete o campo da visão, diminuindo a capacidade de percepção de objetos, a localização, a distância e a profundidade dos objetos, provocando alterações na orientação espacial (Sánchez, 1994). A função visual pode ser otimizada com modificações simples como a utilização de contraste de cores, o aumento do tamanho dos objetos, a iluminação da tarefa, a diminuição da distância entre a área de trabalho e o objeto manipulado, além do uso dos sentidos remanescentes (tato e audição) (Bakke, Sarinho, & Cattuzzo, 2017; Houwen et al., 2010; Schmit & Pereira, 2014, 2016). Esses ajustes foram necessários no processo de adaptação da EDM e auxiliaram as crianças na compreensão e na execução das tarefas.

As adaptações realizadas na EDM resultaram em boa confiabilidade interavaliadores e teste reteste, o que pode auxiliar na reprodutibilidade do estudo em pesquisa futuras, visto que a confiabilidade dos resultados possibilita uma avaliação segura com processos de intervenção (Coluci, Alexandre, & Milani, 2015). A EDM é um instrumento que avalia todos os aspectos psicomotores na infância (Rosa Neto, 2015). Sua adaptação para crianças com baixa visão dos 7 aos 10 anos de idade permitirá o uso correto do instrumento para essa população específica, poderá determinar o diagnóstico funcional/motor mais preciso das alterações motoras na baixa visão e auxiliar nas condutas adequadas de intervenção para os profissionais da área, de modo a favorecer a inclusão integral dessas crianças no contexto ambiental e das tarefas em sua rotina diária. A EDM adaptada apresentou boa confiabilidade, portanto é indicada para avaliação das crianças com baixa visão dos 7 aos 10 anos de idade.

5 Conclusão

Considerando a boa confiabilidade metodológica obtida, a EDM foi adaptada para crianças com baixa visão dos 7 aos 10 anos de idade. A EDM é um instrumento que avalia todos os aspectos psicomotores na infância (Rosa Neto, 2015). Sua adaptação permite o uso correto do instrumento em crianças com baixa visão, de forma a determinar o diagnóstico funcional/motor mais preciso das alterações motoras nessa população, auxiliar condutas adequadas de intervenção para os profissionais da área e favorecer a inclusão integral dessas crianças no contexto ambiental e das tarefas em sua rotina diária.

Pesquisas na área como a adaptação da Movement Assessment Battery for Children-2 (MABC-2) (Bakke, Sarinho, & Cattuzzo, 2017) do Test of Gross Motor Development (TGMD-2) (Houwen et al., 2010), assim como nos estudos de Schmitt e Pereira (2014, 2016) demonstraram que adaptações relacionadas ao ajuste de cores, ao contraste, à iluminação, ao espaço ou a distância e ao tempo podem facilitar o desempenho da criança com baixa visão na execução de uma tarefa motora, o que consequentemente permitirá que suas habilidades motoras possam ser caracterizadas adequadamente.

Dessa forma, instrumentos de avaliação do desenvolvimento motor auxiliam na detecção de possíveis alterações e colaboram no processo de estimulação motora da criança com deficiência visual. Adaptações no contexto ambiental e da tarefa são essenciais para permitir uma avaliação precisa nessa população.

Referências

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Recebido: 09 de Agosto de 2019; Revisado: 08 de Fevereiro de 2020; Aceito: 22 de Fevereiro de 2020

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