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Ciência & Educação

versão impressa ISSN 1516-7313versão On-line ISSN 1980-850X

Ciência educ. vol.27  Bauru  2021  Epub 02-Out-2021

https://doi.org/10.1590/1516-731320210050 

Artigo Original

Impactos da robótica no ensino básico: estudo comparativo entre escolas públicas e privadas

The impacts of robotics on basic education: a comparative study between public and private schools

Wagner Bandeira Andriola1 
http://orcid.org/0000-0001-6459-0992

1Universidade Federal do Ceará (UFCE), Fortaleza, CE, Brasil.


Resumo:

Objetivou-se avaliar familiaridade e expectativas de alunos do Ensino Fundamental de escolas particulares e públicas acerca da Robótica Educacional, compreendida como estratégia de ensino de caráter interdisciplinar, desafiadora e lúdica, voltada a promover a aprendizagem de conceitos curriculares. Empregou-se amostra de 161 alunos cursando da 6ª à 9ª séries, com idades entre 10 e 17 anos. Os resultados indicaram que a expressiva maioria dos alunos opinou (i) ser muito relevante ter um laboratório destinado ao ensino da Robótica Educacional; (ii) estar muito motivado para novos aprendizados; (iii) ter muita curiosidade para desenvolver autômatos; (iv) considerar importante a Robótica para o aprendizado de outros conteúdos curriculares e para incentivar o trabalho em grupo com colegas de classe. Portanto, a introdução da Robótica Educacional em processos de ensino de áreas e disciplinas mais ‘duras’, possibilitará incrementar nos alunos a motivação, a curiosidade e a aprendizagem de conteúdos curriculares das ciências básicas.

Palavras-chave: Ensino fundamental; Robótica educacional; Avaliação educacional; Ensino e aprendizagem

Abstract:

The aim of this study was to assess the familiarity and expectations of elementary school students from private and public schools regarding Educational Robotics, understood as an interdisciplinary, challenging, and playful teaching strategy, aimed at promoting the learning of curricular concepts. A sample of 161 students from 6th to 9th grades, aged between 10 and 17 years was used. The results indicated that the significant majority of students are of the opinion that (i) it is very relevant to have a laboratory dedicated to teaching Educational Robotics; (ii) they are highly motivated to learn new things; (iii) they are very curious to develop automata; (iv) they consider Robotics important for learning other curricular contents and to incentivize groupwork with classmates. Therefore, the introduction of Educational Robotics in teaching processes in “harder” areas and subjects will make it possible to increase student motivation, curiosity and learning of curriculum content in basic sciences.

Keywords: Elementary School; Educational robotics; Educational assessment; Teaching and learning

Proto-história da robótica

O termo Robótica Educacional caracteriza ambientes educacionais formais de aprendizagem, cujos processos de ensino dos conteúdos curriculares e/ou extracurriculares usam materiais de sucata ou kits de montagem compostos por peças diversas, motores e sensores controláveis por computador e softwares, que induzem o funcionamento dos modelos montados pelos aprendizes, a partir de um planejamento didático-pedagógico previamente efetivado pelo corpo docente (CAMPOS, 2017; ZANETTI et al., 2013). Consoante Alves e Sampaio (2014), a Robótica Educacional é uma estratégia de ensino de caráter interdisciplinar, desafiadora e lúdica para a promoção da aprendizagem de conceitos curriculares (AZEVÊDO; FRANCISCO; NUNES, 2017). Menezes e Santos (2015) destacam que essa definição também é aplicada ao termo 'robótica pedagógica', em conformidade com o Laboratório de Estudos Cognitivos (LEC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O trabalho com a robótica educacional tem vários objetivos e metodologias, apontando, em geral, para que o aluno siga instruções e manuais ou crie e experimente a partir dos materiais específicos desse ambiente, caracterizando, dessa forma, um processo dinâmico e interativo de construção da aprendizagem (ABELSON; DISESSA, 1981). Alguns objetivos das atividades e ações da robótica educacional podem se relacionar com a matemática, a psicomotricidade, a física, o design, a cibernética, a inteligência artificial e as artes plásticas (FLANNERY et al., 2013).

Além disso, a elaboração de sistemas robotizados incentiva a reflexão sobre as implicações que os projetos podem gerar em âmbito social, cultural, político e ambiental (BARBERO; DEMO; VASCHETTO, 2011). Atualmente, há várias empresas que fabricam e comercializam kits de robótica educacional, com projetos e orientações para o uso dos materiais em sala de aula. São blocos, tijolos vazados, motores, polias, sensores, correias, engrenagens e eixos conectados ao computador através de uma interface, permitindo a montagem de sistemas que podem ser controlados por comandos de uma linguagem de programação (CUNHA; NASCIMENTO, 2018).

Principais benefícios vislumbrados aos alunos

Conforme Pereira, Araújo e Bittencourt (2019), diversas habilidades necessárias à sociedade contemporânea podem ser exercitadas através de atividades relacionadas à Robótica, dentre as quais:

  1. Estimulação do raciocínio lógico: ao aprender a linguagem de programação, os alunos são ensinados a pensar de forma estruturada. Eles designam ações a serem cumpridas pelo computador, através de códigos específicos que são criados por sequências de números e palavras. Desse modo, o aluno desenvolve o lado esquerdo do cérebro, responsável pelo raciocínio lógico, analítico e crítico (ANDRIOLA; CAVALCANTE, 1999).

  2. Auxílio na organização mental: o aprendizado da programação estimula o aluno a organizar os pensamentos e as ações a serem tomadas para a solução dos desafios envolvidos nos projetos de criação de um game ou aplicativo, por exemplo. Isso acaba refletindo na capacidade de organização, de um modo geral, como no planejamento de tarefas e atividades, estruturação de pensamentos e até mesmo na maneira de estudar (ANDRIOLA; ANDRIOLA; MOURA, 2006).

  3. Indução a uma melhor escrita: o ensino de robótica auxilia e melhora o aprendizado de matérias de ciências humanas, além de potenciar a escrita, uma vez que o aluno aprende a organizar melhor suas ideias e pensamentos, conseguindo estruturar com mais facilidade o texto a ser escrito (ANDRIOLA, 2021).

  4. Incentivo ao aprendizado de matemática, física e língua inglesa: coordenadores, professores e pais vêm percebendo grandes melhoras no desempenho escolar em diversas disciplinas, principalmente nas matérias que têm como base o raciocínio lógico, como a matemática, a física e também o inglês. As crianças e adolescentes se familiarizam com os números ou as novas palavras, e aprendem a raciocinar com mais precisão, entendendo a teoria e conseguindo aplicá-la na prática (OLIVEIRA; SILVA; SOUSA JR., 2019).

  5. Auxílio ao desempenho pessoal e profissional: aprender a programar auxilia a criança a descobrir potencialidades e estimular aptidões. Eles se tornam mais engajados e entusiasmados a seguir em busca de novos desafios. Além disso, no futuro, por terem habilidades diferenciadas, deverão se destacar no mercado de trabalho.

  6. Estimulação da criatividade: através da criação dos games, os alunos aprendem a pensar de forma estruturada e não apenas a decorar. Nos cursos oferecidos, os alunos usam a criatividade em todas as aulas para analisar, planejar, criar e executar um projeto valorizando todas as suas etapas. Além de incentivar a criatividade, os cursos também estimulam as crianças e os adolescentes a trabalharem em equipe (LIMA; ANDRIOLA, 2013).

  7. Desenvolvimento de habilidades para solucionar situações adversas: outro benefício que podemos destacar no aprendizado de programação e robótica é a capacidade dos estudantes de solucionar problemas (ANDRADE; MASSABNI, 2011). No mundo da tecnologia, para se obter comunicação eficiente, certos padrões lógicos devem ser seguidos (TAHA et al., 2016).

Principais benefícios vislumbrados ao ensino

Pode-se asseverar que a proposta de ensino mais adequada ao emprego da Robótica Educacional como suporte ao ensino é através da produção de projetos de trabalho, pois possibilita a criação de identidade dos alunos com os conhecimentos científicos. Se antes os alunos aprendiam fórmulas e modelos de cálculos e não identificavam seu funcionamento na prática, o uso da Robótica Educacional pode inverter esse processo: podem ser criadas situações-problema, gerando demanda de conhecimentos que serão desenvolvidos a partir de uma ótica interdisciplinar e que não necessariamente pertencem a uma área específica, como é organizado no currículo escolar (PAPERT, 1994).

O ato de ensinar, baseado na produção de projetos de trabalho, resulta numa nova perspectiva didática e pedagógica de entendimento do processo de ensino-aprendizagem. Nessa postura, todo conhecimento é construído em estreita relação com os contextos em que são usados, sendo por isso impossível separar os aspectos cognitivos, emocionais e sociais presentes (ARAÚJO; ANDRIOLA; COELHO, 2018).

A organização de projetos se constitui como uma prática pedagógica centrada na formação global dos alunos. O projeto é um plano de trabalho, um conjunto de tarefas que tendem a um progressivo envolvimento individual e social do aluno nas atividades empreendidas voluntariamente, por ele e pelo grupo, sob a coordenação de um professor (SANTOS; ARAÚJO; BITTENCOURT, 2018). Um projeto gera situações de aprendizagem, ao mesmo tempo reais e diversificadas, favorecendo, assim, a autonomia e autodisciplina por meio de situações criadas em sala de aula voltadas à reflexão, discussão, tomada de decisão e críticas em torno do trabalho em andamento (SILVA; MARTINES; AMARAL, 2016).

A partir do exposto, vislumbra-se a Robótica Educacional como uma nova estratégia de ensino, que irá exigir dos professores uma atuação didática distinta da tradicional, focada em elementos pedagógicos multidisciplinares e no uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (ANDRIOLA; GOMES, 2017; HERNÁNDEZ; VENTURA, 2016; PANIAGO et al., 2020; SILVA; LIMA; ANDRIOLA, 2016). Como decorrência das posições teóricas supramencionadas planejou-se executar pesquisa em duas Instituições Educacionais de Ensino Fundamental, sendo uma pública e outra particular, com o fito de se identificar familiaridade, vivências e expectativas dos alunos com a Robótica Educacional. Desse modo, as seções subsequentes apresentam os aspectos metodológicos e os principais resultados.

Metodologia e lócus da pesquisa

Tratou-se de estudo ex post-facto, de natureza descritiva, no qual se fez uso de uma escala para avaliar a familiaridade e as expectativas dos alunos de escolas públicas e privadas com respeito à Robótica Educacional. O estudo foi executado em duas Instituições Educacionais, sendo uma de natureza pública e outra de natureza privada.

Instrumento e procedimento

Empregou-se a Escala para Avaliar a Familiaridade dos Alunos com a Robótica Educacional (ANDRIOLA, 2021) composta por 12 itens seguidos de uma escala de resposta do tipo Likert, de quatro pontos: 1. Discordo Totalmente; 2. Discordo; 3. Concordo; 4. Concordo Totalmente. O referido instrumento foi aplicado aos alunos durante os meses de fevereiro e março de 2020, período anterior à Pandemia da Covid-19, quando as aulas presenciais ainda ocorriam normalmente nos estabelecimentos educacionais.

Amostra de alunos

A amostra empregada na pesquisa foi composta por 161 alunos do Ensino Fundamental II, conforme os dados da tabela 1.

Tabela 1 Distribuição dos alunos nas séries, conforme a natureza da instituição educacional 

Série escolar Frequência Porcentagem válida Porcentagem acumulativa
Escola Particular 12 19,4 19,4
15 24,2 43,5
17 27,4 71,0
18 29,0 100,0
Total 62 100,0
Escola Pública 25 25,3 25,3
20 20,2 45,5
24 24,2 69,7
30 30,3 100,0
Total 99 100,0

Fonte: elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Observou-se nas duas escolas maior proporção de alunos na 9ª série (n1 = 18 ou 29%; n2 = 30 ou 30,3%), embora a distribuição ao longo das demais séries não tenha sido tão díspar. A tabela 2 apresenta informações sobre o gênero da amostra de 161 alunos.

Tabela 2 Distribuição dos alunos nas séries, conforme a natureza da instituição educacional 

Gênero Frequência Porcentagem válida Porcentagem acumulativa
Escola Particular Masculino 31 50,0 50,0
Feminino 31 50,0 100,0
Total 62 100,0
Escola Pública Masculino 48 48,5 48,5
Feminino 51 58,5 100,0
Total 99 100,0

Fonte: elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Detectou-se que houve idêntica proporção de homens e mulheres na amostra oriunda da escola particular, enquanto houve predominância de mulheres na escola pública. Na tabela 3 há informações sobre a idade dos 161 alunos.

Tabela 3 Distribuição dos alunos segundo a idade, conforme a Instituição Educacional 

Idade (anos completos) Frequência Porcentagem válida Porcentagem acumulativa
Escola Particular 10 2 3,2 3,2
11 12 19,4 22,6
12 16 25,8 48,4
13 13 21,0 69,4
14 14 22,6 91,9
15 5 8,1 100,0
Total 62 100,0
Escola Pública 10 2 2,0 2,0
11 26 26,3 28,3
12 15 15,2 43,5
13 20 20,2 63,7
14 17 17,2 80,9
15 13 13,1 94,0
16 4 4,0 98,0
17 2 2,0 100,0
Total 99 100,0

Fonte: elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Averiguou-se que na escola particular as idades distribuíram-se entre 10 e 15 anos, com valor modal de 12 anos (n = 16 ou 25,8% do total) e média aritmética de 12,6 anos, com desvio-padrão de 1,3 ano. Na escola pública as idades distribuíram-se entre 10 e 17 anos, com valor modal de 11 anos (n = 16 ou 26,3% do total) e média aritmética de 12,9 anos, com desvio-padrão de 1,6 ano. Portanto, os alunos da escola pública são um pouco mais velhos que os da escola particular, com maior dispersão de idades.

Apresentação e discussão dos resultados

Na tabela 4 constam informações dos 161 alunos acerca da assertiva Tenho conhecimentos sobre a Robótica Educacional.

Tabela 4 Conhecimentos sobre a Robótica Educacional 

Frequência Porcentagem válida Porcentagem acumulada
Escola Particular Discordo Totalmente 5 8,1 8,1
Discordo 12 19,3 27,4
Concordo 40 64,5 91,9
Concordo Totalmente 5 8,1 100,0
Total 62 100,0
Escola Pública Discordo Totalmente 36 36,4 36,4
Discordo 37 37,4 73,8
Concordo 20 20,2 94,0
Concordo Totalmente 6 6,0 100,0
Total 99 100,0

Fonte: elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Consoante os dados da tabela 4, a maioria dos alunos da escola particular expressou ter algum tipo de conhecimento sobre a Robótica Educacional (n = 45 ou 72,6%), cujas respostas foram dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 5 ou 8,1%) e Concordo (n = 40 ou 64,5%). No entanto, a maioria dos alunos da escola pública expressou não possuir conhecimentos sobre a Robótica Educacional (n = 73 ou 73,8%), cujas respostas foram dirigidas às categorias Discordo Totalmente (n = 36 ou 36,4%) e Discordo (n = 37 ou 37,4%).

Diante desta discrepância, calculou-se o Teste do Qui-Quadrado de Pearson, que pode ser empregado com dados categóricos para avaliar a probabilidade de que diferenças observadas possam se dever ao acaso (CONOVER, 1980), de modo a se averiguar a significância estatística entre as proporções formadas por alunos da escola particular que demonstram ter conhecimento sobre a Robótica Educacional e aqueles da escola pública que não demonstram possui-lo. O resultado apontou χ2 (gl = 3)= 36,37 (p < 0,001) indicando a existência de diferença estatisticamente significativa entre as proporções dos grupos de alunos. Portanto, os alunos da escola particular efetivamente demonstram possuir maior nível de conhecimento sobre a Robótica Educacional, fato este que poderá acarretar maior motivação para o estudo de outras áreas correlatas e impactar positivamente sobre o aprendizado escolar (MASET, 2002). Nesse diapasão, se deve buscar ofertar aos alunos da escola pública oportunidades similares de experiências brindadas pela Robótica, dada a sua relevância pedagógica.

Na tabela 5 constam informações sobre a assertiva Tenho muita curiosidade pela Robótica Educacional.

Tabela 5 Curiosidade pela Robótica Educacional 

Frequência Porcentagem válida Porcentagem acumulada
Escola Particular Discordo Totalmente 0 0,0 0,0
Discordo 9 14,5 14,5
Concordo 24 38,7 53,2
Concordo Totalmente 29 46,8 100,0
Total 62 100,0
Escola Pública Discordo Totalmente 6 6,1 6,1
Discordo 3 3,0 9,1
Concordo 42 42,4 51,5
Concordo Totalmente 48 48,5 100,0
Total 99 100,0

Fonte: elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Observou-se que a contundente maioria dos alunos da escola particular expressou ter curiosidade pela Robótica Educacional (n = 53 ou 85,5%), cujas respostas foram dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 29 ou 46,8%) e Concordo (n = 24 ou 38,7%). Na mesma direção, a maioria dos alunos da escola pública expressou ter curiosidade pela Robótica Educacional (n = 90 ou 90,9%), com respostas dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 48 ou 48,5%) e Concordo (n = 42 ou 42,4%).

Calculou-se o Teste do Qui-Quadrado de Pearson para averiguar a significância estatística da diferença entre as proporções formadas por alunos da escola particular e alunos da escola pública que demonstram ter curiosidade sobre a Robótica Educacional.

O resultado apontou χ2 (gl = 3) = 10,57 (p < 0,05) indicando a existência de diferença estatisticamente significativa entre as proporções dos dois grupos de alunos.

Portanto, nesta situação específica, em que os alunos da escola pública expressaram maior curiosidade pela Robótica Educacional, há enorme possibilidade de serem empregados pelos professores com o fito de incentivar os demais colegas e sensibilizá-los acerca da relevância da temática para as diversas áreas do conhecimento humano, sobretudo no século XXI, onde o emprego da tecnologia se verifica na maioria das áreas e das atividades (PEREIRA JÚNIOR; SARDINHA; JESUS, 2020; ROBAZZI, 2018; SAAVEDRA; OPFER, 2012).

A tabela 6 brinda informações sobre a assertiva Tenho interesse em ler livros sobre Robótica Educacional.

Tabela 6 Interesse na leitura de livros sobre Robótica Educacional 

Frequência Porcentagem válida Porcentagem acumulada
Escola Particular Discordo Totalmente 7 11,3 11,3
Discordo 28 45,2 56,5
Concordo 20 32,3 88,7
Concordo Totalmente 7 11,2 100,0
Total 62 100,0
Escola Pública Discordo Totalmente 14 14,1 14,1
Discordo 22 22,2 36,3
Concordo 37 37,4 73,6
Concordo Totalmente 26 26,3 100,0
Total 99 100,0

Fonte: elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Identificou-se que a maioria dos alunos da escola particular expressou estar desinteressada pela leitura sobre Robótica Educacional (n = 35 ou 56,5%), com respostas dirigidas às categorias Discordo Totalmente (n = 7 ou 11,3%) e Discordo (n = 28 ou 45,2%). Na direção oposta, a maioria dos alunos da escola pública expressou ter interesse em ler sobre Robótica Educacional (n = 63 ou 63,7%), com respostas dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 26 ou 26,3%) e Concordo (n = 37 ou 37,4%).

Calculou-se o Teste do Qui-Quadrado de Pearson para averiguar a significância estatística da diferença entre as proporções dos alunos da escola particular que não têm interesse na leitura sobre Robótica Educacional, em contraste com os alunos da escola pública que demonstram ter interesse pela leitura sobre a Robótica Educacional. O resultado apontou χ2 (gl = 3) = 11,15 (p < 0,05) indicando existir diferença significativa entre as proporções dos dois grupos de alunos. Assim, alunos interessados em ler sobre a Robótica Educacional podem ser incentivados pelos professores para esclarecer aos demais colegas a importância dessa atividade (SAMPAIO; SILVA, 2019).

Na tabela 7 há informações sobre a assertiva Estou ansioso para montar equipamentos eletrônicos através da Robótica Educacional.

Tabela 7 Ânsia para montar equipamentos eletrônicos através da Robótica Educacional 

Frequência Porcentagem válida Porcentagem acumulada
Escola Particular Discordo Totalmente 1 1,6 1,6
Discordo 2 3,2 4,8
Concordo 22 35,5 40,3
Concordo Totalmente 37 59,7 100,0
Total 62 100,0
Escola Pública Discordo Totalmente 8 8,1 8,1
Discordo 1 1,0 9,1
Concordo 37 37,4 46,5
Concordo Totalmente 53 53,5 100,0
Total 99 100,0

Fonte: elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Constatou-se que a expressiva maioria dos alunos da escola particular expressou estar ansiosa para montar equipamentos eletrônicos (n = 59 ou 95,2%), cujas respostas foram dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 37 ou 59,7%) e Concordo (n = 22 ou 35,5%). Na mesma direção, a maioria dos alunos da escola pública externou estar ansiosa para montar equipamentos eletrônicos através da Robótica Educacional (n = 90 ou 90,9%), cujas respostas foram dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 53 ou 53,5%) e Concordo (n = 37 ou 37,4%).

Calculou-se o Teste do Qui-Quadrado de Pearson para averiguar a significância estatística da diferença entre as proporções formadas por alunos da escola particular e da escola pública que demonstram ansiedade para montar equipamentos eletrônicos através da Robótica Educacional. O resultado apontou χ2 (gl = 3) = 4,15 (p > 0,001) indicando a inexistência de diferença estatisticamente significativa entre as proporções dos dois grupos de alunos. A partir destes resultados, poderá o professor sensibilizar e esclarecer aos aprendizes sobre a relevância da Robótica Educacional em áreas e atividades industriais, sobretudo com o intuito de automação de processos e inovação tecnológica (CARRARA, 2015; MARQUES, 2016; SÖRENSEN, 2018).

A tabela 8 apresenta informações sobre a assertiva A Robótica Educacional é importante para outras áreas do conhecimento humano.

Tabela 8 Importância da Robótica Educacional para outras áreas do conhecimento 

Frequência Porcentagem válida Porcentagem acumulada
Escola Particular Discordo Totalmente 0 0,0 0,0
Discordo 8 12,9 12,9
Concordo 36 58,1 71,0
Concordo Totalmente 18 29,0 100,0
Total 62 100,0
Escola Pública Discordo Totalmente 2 2,0 2,0
Discordo 11 11,1 13,1
Concordo 58 58,6 71,7
Concordo Totalmente 28 28,3 100,0
Total 99 100,0

Fonte: elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Averiguou-se que a expressiva maioria dos alunos da escola particular reconheceu a importância da Robótica Educacional para outras áreas do conhecimento (n = 54 ou 87,1%), cujas respostas foram dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 18 ou 29%) e Concordo (n = 36 ou 58,1%). Na mesma direção, a maioria dos alunos da escola pública externou a importância da Robótica Educacional para outras áreas do conhecimento (n = 86 ou 86,9%), com respostas dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 28 ou 28,3%) e Concordo (n = 58 ou 58,6%).

Calculou-se o Teste do Qui-Quadrado de Pearson para averiguar a significância estatística da diferença entre as proporções formadas por alunos da escola particular e da escola pública que reconheceram a importância da Robótica Educacional para outras áreas do conhecimento humano. O resultado apontou χ2 (gl = 3) = 1,37 (p > 0,001) indicando a inexistência de diferença estatisticamente significativa entre as proporções dos dois grupos de alunos. Portanto, diante desta constatação, o professor poderá vir a sensibilizar e esclarecer os aprendizes sobre a relevância da Robótica Educacional para outras áreas do conhecimento, sobretudo para as ciências industriais e médicas, destacando toda a sua potencialidade para o desenvolvimento de novos processos e produtos tecnológicos (CARRARA, 2015; MARQUES, 2016; PEREIRA JUNIOR; SARDINHA; JESUS, 2020; ROBAZZI, 2018; SÖRENSEN, 2018).

Tabela 9 Importância de haver um Laboratório de Robótica na Escola 

Frequência Porcentagem válida Porcentagem acumulada
Escola Particular Discordo Totalmente 0 0,0 0,0
Discordo 1 1,6 1,6
Concordo 14 22,6 24,2
Concordo Totalmente 47 75,8 100,0
Total 62 100,0
Escola Pública Discordo Totalmente 6 6,1 6,1
Discordo 0 0,0 6,1
Concordo 24 24,2 30,3
Concordo Totalmente 69 69,7 100,0
Total 99 100,0

Fonte: elaborada pelo autor a partir dos dados da pesquisa.

Observou-se que a expressiva maioria dos alunos da escola particular (n = 61 ou 98,4%) opinou que um laboratório destinado à Robótica Educacional é algo importante para a escola, pois as respostas foram dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 47 ou 75,8%) e Concordo (n = 14 ou 22,6%). Na mesma direção, a maioria dos alunos da escola pública externou a importância de um laboratório destinado à Robótica Educacional (n = 93 ou 93,9%), com respostas dirigidas às categorias Concordo Totalmente (n = 69 ou 69,7%) e Concordo (n = 24 ou 24,2%).

Calculou-se o Teste do Qui-Quadrado de Pearson para averiguar a significância estatística da diferença entre as proporções formadas por alunos da escola particular e da escola pública que reconheceram a importância da existência de um laboratório destinado à Robótica Educacional. O resultado apontou χ2 (gl = 3) = 5,60 (p > 0,001) indicando a inexistência de diferença estatisticamente significativa entre as proporções dos dois grupos de alunos. Portanto, para a quase totalidade dos alunos, a existência de um laboratório destinado à Robótica Educacional é algo relevante, visto que este é um espaço científico de indução do trabalho em grupo, cujas atividades permitirão desenvolver competências específicas e consolidar aprendizados em outras áreas do conhecimento, tais como Matemática, Física e Computação (ALVES; SAMPAIO, 2014; BARBERO; DEMO; VASCHETTO, 2011; PERALTA; GUIMARÃES, 2018; ZANETTI et al., 2013).

Considerações finais

Como sugerido por inúmeros pesquisadores referidos ao longo do texto, a Robótica Educacional é uma estratégia que pode incrementar a qualidade do ensino e a forma de aprendizado dos alunos, pois se baseia na criação, reflexão e depuração das ideias, além do teste de hipóteses. Este princípio teórico tem influenciado diversos sistemas educacionais dos países mais desenvolvidos e, nas últimas décadas, alguns sistemas educacionais brasileiros, posto que tal estratégia permite a adoção de novas metodologias de ensino indutoras do aprendizado ativo, base da visão construtivista de desenvolvimento humano.

De fato, ao empregar-se a Robótica Educacional, enquanto suporte didático para as práticas de ensino através da produção de projetos de trabalho poderão vir a ser criadas situações-problema que gerarão demandas por novos conhecimentos, que, por seu turno, serão desenvolvidos sob a ótica interdisciplinar. Assim sendo, o ato de ensinar implicará em nova perspectiva didática e pedagógica dos professores, fortalecendo a postura de que todo conhecimento científico é construído em estreita relação com os contextos em que serão empregados, sendo, por isso, impossível separar os aspectos cognitivos, emocionais e sociais presentes na ação de aprendizagem. E a Robótica Educacional cumprirá uma função primordial neste cenário de aprendizagem, ao contribuir com o incremento da motivação, do interesse, da curiosidade e do envolvimento dos alunos com a resolução de problemas intrínsecos aos projetos de trabalho propostos para serem executados.

A partir da constatação da relevância da Robótica Educacional para o ensino e o aprendizado que a pesquisa ora relatada brindou-nos, averiguou-se que a expressiva maioria dos alunos opinou ser a Robótica Educacional importante para o aprendizado de outros conteúdos curriculares. Nesse sentido, a existência de um laboratório destinado à Robótica Educacional é algo extremamente importante para a escola. Urge, portanto, que os gestores consolidem as atividades da Robótica Educacional no âmbito das suas respectivas escolas, preservando o espaço do laboratório e adensando as atividades que são ali desenvolvidas. Quiçá ações voltadas à formação dos professores também sejam desejáveis, de modo a familiarizá-los às novas descobertas, aos novos materiais e às novas estratégias de ensino.

No que tange aos alunos, ficou patente que a motivação para o estudo em outras áreas, a qualidade do aprendizado e a capacidade de trabalhar em grupo foram afetadas de modo muito positivo. No entanto, a motivação pela leitura é um desafio a ser vencido, pois se constatou que nem sequer a Robótica Educacional conseguiu influenciar no interesse e no gosto pela leitura, entre alguns dos jovens partícipes dessa pesquisa. Lamentavelmente, a sábia frase proferida pelo ilustre poeta e cronista mineiro, Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), demonstra ser verdadeira e atualíssima: "a leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade do povo não sente esta sede".

Agradecimentos

Esta pesquisa foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) através do Edital MCTIC/CNPq Nº 05/2019 - Programa Ciência na Escola - Linha 2: Ações de intervenção em escolas de educação básica com foco em ensino de ciências (Processo 440471/2019-2).

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Recebido: 19 de Fevereiro de 2021; Aceito: 11 de Junho de 2021

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