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ETD Educação Temática Digital

versão On-line ISSN 1676-2592

ETD - Educ. Temat. Digit. vol.24 no.1 Campinas jan./abr 2022

https://doi.org/10.20396/etd.v24i1.8664912 

Relato de Experiência

TECNOLOGIA DIGITAL E EDUCAÇÃO CONTINUADA: O PROJETO DE EXTENSÃO SALA ABERTA EM TEMPOS PANDÊMICOS

DIGITAL TECHNOLOGY AND CONTINUING EDUCATION: THE OPEN ROOM EXTENSION PROJECT IN PANDEMIA

TECNOLOGÍA DIGITAL Y EDUCACIÓN CONTINUA: EL PROYECTO DE EXTENSIÓN DE SALA ABIERTA EN TIEMPOS DE PANDEMIA

Bruna Lessa1 

Débora Leitão2 

Tamiris Silva3 

1Doutora em Ciência da Informação – Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, BA – Brasil. Especialista em Educação a Distância – Fundação Visconde de Cairu (FVC). Salvador, BA – Brasil. Professora Adjunta do Instituto de Ciência da Informação – Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, BA – Brasil. E-mail: brunalessa@ufba.br

2Mestre em Ciência da Informação – Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, BA – Brasil. Especialista em Educação a Distância – Fundação Visconde de Cairu (FVC). Salvador, BA – Brasil. Professora Assistente do Instituto de Ciência da Informação – Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, BA – Brasil. E-mail: debora.leitao@ufba.br

3Graduanda em Biblioteconomia e Documentação – Universidade Federal da Bahia (UFBA). Salvador, BA – Brasil. E-mail: tamysilva2034@gmail.com


RESUMO

Trata-se de um relato de experiência sobre o Projeto de Extensão Sala Aberta, vinculado ao Instituto de Ciência da Informação, da Universidade Federal da Bahia, durante o período de pandemia do novo coronavírus Sars- Cov-2. O Projeto tem como objetivo potencializar a aproximação entre a Universidade e a comunidade externa, de forma a fomentar a integração, o debate e a consciência crítica para questões sociais, culturais e educacionais, de forma a possibilitar a educação continuada. Como metodologia, utilizou-se dispositivos de informação e comunicação para mediação das ações do Projeto, tais como o Youtube e o Facebook para transmissão das lives, via StreamYard; o Instagram, Facebook e e-mails para marketing e conteúdo digital das atividades propostas, que incluíram palestras, oficinas, entrevistas com autores, e séries temáticas. Como resultado, esta ação extensionista alcançou mais de 12 mil visualizações nas transmissões ao vivo, além do engajamento do público e criação de uma rede de informação sobre assuntos de interesse dos campos do conhecimento em debate. A experiência ressalta a importância de ações inovadoras na educação, sobretudo, quando há distanciamento físico e social, utilizando tecnologias e a internet, de forma consciente, para promover a troca de experiências e permitir maior visibilidade dos conteúdos de ensino, pesquisas e extensão, além de iniciativas de boas práticas desenvolvidas no contexto pandêmico.

PALAVRAS-CHAVE Projeto Sala Aberta; Educação continuada; Extensão universitária; Ciência da informação

ABSTRACT

This is an experience report on the Open Room Extension Project, linked to the Information Science Institute, of the Federal University of Bahia, during the pandemic period of the new Sars-Cov-2 coronavirus. The Project aims to enhance the approximation between the University and the external community, in order to foster integration, debate and critical awareness of social, cultural and educational issues, in order to enable continuing education. As a methodology, information and communication devices were used to mediate the Project's actions, such as Youtube and Facebook for the transmission of lives, via StreamYard; Instagram, Facebook and emails for marketing and digital content of the proposed activities, which included lectures, workshops, interviews with authors, and thematic series. As a result, this extension action achieved more than 12 thousand views in live broadcasts, in addition to engaging the public and creating an information network on matters of interest in the fields of knowledge under debate. The experience highlights the importance of innovative actions in education, especially when there is physical and social distance, using technologies and the internet, in a conscious way, to promote the exchange of experiences and allow greater visibility of teaching, research and extension content, in addition to good practice initiatives developed in the pandemic context.

KEY WORDS Open room project; Continuing education; University extension; Information science

RESUMEN

Se trata de un informe de experiencia sobre el Proyecto de Ampliación de Sala Abierta, vinculado al Instituto de Ciencias de la Información, de la Universidad Federal de Bahía, durante el período pandémico del nuevo coronavirus Sars-Cov-2. El Proyecto tiene como objetivo potenciar la aproximación entre la Universidad y la comunidad externa, con el fin de fomentar la integración, el debate y la conciencia crítica de los temas sociales, culturales y educativos, a fin de posibilitar la formación continua. Como metodología, se utilizaron dispositivos de información y comunicación para mediar las acciones del Proyecto, como Youtube y Facebook para la transmisión de vidas, vía StreamYard; Instagram, Facebook y correos electrónicos para marketing y contenido digital de las actividades propuestas, que incluyeron conferencias, talleres, entrevistas a autores y series temáticas. Como resultado, esta acción de extensión logró más de 12 mil visualizaciones en transmisiones en vivo, además de involucrar al público y crear una red de información sobre temas de interés en los campos del conocimiento en debate. La experiencia resalta la importancia de las acciones innovadoras en educación, especialmente cuando hay distancia física y social, utilizando las tecnologías e internet, de manera consciente, para promover el intercambio de experiencias y permitir una mayor visibilidad de los contenidos de docencia, investigación y extensión, en además de las iniciativas de buenas prácticas desarrolladas en el contexto de una pandemia.

PALABRAS CLAVES Proyecto Sala Abierta; Educación contínua; Extensión universitaria; Ciencias de la información

1 INTRODUÇÃO

As diferenças sociais, educacionais ou até econômicas, ao contrário do que se possa pensar, ao invés de excluir podem aproximar. O potencial para a mediação de práticas educativas das tecnologias digitais associada à internet, faz-se refletir sobre a mediação da informação nesses ambientes informacionais.

Há mais de duas décadas, o uso de ferramentas da web 2.0 se tornou imprescindível nas escolas, universidades e instituições voltadas para o ensino. De fato, a inserção da tecnologia na vida social e cultural da sociedade já não é novidade, contudo, com a pandemia do novo coronavírus, a doença Covid-19, identificada no final do ano de 2019, em Wuhan, na China, potencializou a necessidade e dependência da internet e mídias digitais.

No âmbito da educação, o que não se configurava como metodologia à distância, foi caracterizado como remoto, virtual, ou ainda, híbrido. Mas, o fato é que, o colapso provocado pelo distanciamento físico e social desencadeou novas reflexões sobre o aprender e o ensinar. No Brasil, a maioria das universidades públicas vivenciaram experimentos metodológicos para dar continuidade às aulas, sobretudo, as práticas. Tal vivência vislumbrou a urgência de atividades suplementares no ambiente virtual, para que alunos e alunas não ficassem tão desassistidos em sua formação acadêmica. Esse contexto trouxe à tona a imposição da utilização, em larga escala, da internet e tecnologias educacionais digitais. O que antes era uma opção, em tempos pandêmicos se transformou em urgência.

Nesse contexto, o Projeto de Extensão Sala Aberta, vinculado ao Instituto de Ciência da Informação (ICI), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), iniciado em 2018, apresentou desde o ano de 2020 a proposta Sala Aberta live streaming, que preserva a mesma ideia das versões anteriores - de que muitos produtos, boas práticas e pesquisas são vivenciadas dentro do contexto da sala de aula e pouco socializadas com a comunidade externa da Universidade.

Assim, este trabalho apresenta a experiência prática e metodológica, como inovação no âmbito das ações de extensão imersas no contexto da pandemia da Covid-19, as atividades desenvolvidas por meio de transmissões ao vivo, em mídias digitais, para promover a troca de experiências e potencializar a conexão entre os conteúdos produzidos na Universidade, e as experiências trazidas pela comunidade externa, nas áreas do conhecimento que envolve as Ciências Sociais Aplicadas, sobretudo Biblioteconomia, Arquivologia e Ciência da Informação, cursos do ensino superior alocados no ICI/UFBA.

2 EDUCAÇÃO CONTINUADA MEDIADA POR TECNOLOGIA

Em um mundo célere, com imensas transformações tecnológicas, pandemias que alteram o modus operandi de vários profissionais, pode-se afirmar que o corpo funcional de uma organização deve estar em constante capacitação para atender às novas demandas impostas por essas mudanças.

Neste sentido, a educação continuada e o desenvolvimento de competências são fatores imprescindíveis tanto para a contratação de um profissional, quanto para a sua permanência e desenvolvimento em qualquer organização. Miranda, Albuquerer e Gomes (2020, p. 4) afirmam que:

[...] entende-se a importância do estímulo e da indicação de capacitações e treinamentos para a educação continuada dos funcionários, de acordo com o perfil desejado para estes. Não é coerente incentivar uma formação na área administrativa financeira, quando é preciso que a equipe adquira expertise em bases de dados e atendimento ao cliente, por exemplo. As empresas, como maiores incentivadores da educação continuada de seus colaboradores, devem projetar formações que possam dar condições para que seu funcionário alcance o perfil que a instituição almeja.

Além de ser uma responsabilidade organizacional, pode-se considerar a busca pela educação continuada como atitudinal, ou seja, uma busca por aprimoramento constante advinda do próprio sujeito. A autoaprendizagem, ou aprendizado autodirigido é, portanto, um processo que exige do sujeito a capacidade de aplicar na prática o conhecimento adquirido no percurso do aprendizado. Pode-se entender que a autoaprendizagem impõe muito mais responsabilidade ao aprendente, uma vez que, ele mesmo deverá compreender sua necessidade de aprendizado, os objetivos que pretende alcançar, colocando o aprendizado em prática, para verificar se o propósito foi atingido.

Miranda, Albuquerer e Gomes (2020) destacam a importância da educação continuada, ao identificar que os conteúdos dos cursos estimulam a autoaprendizagem por serem flexíveis, pela facilidade de troca de experiências com outros participantes, sobretudo, em ambiente virtual de acesso aberto.

Em relação a importância da educação continuada, Alcoforado (2020) afirma que um dos consensos dos estudiosos do domínio da Educação, é o aprendizado ao longo da vida (aprendizado no trabalho, discutindo com seus pares/colegas, assistindo televisão, lendo um livro, fenômenos sociais, etc.), afinal, o aprendizado ocorre também fora dos ambientes formais de ensino. Nesse sentido, a continuidade destes aprendizados motiva o sujeito na busca pelo conhecimento. Contudo, o autor reitera que diploma tem ‘prazo de validade’, considerando o período ativo dos indivíduos que: “[...] por razões epistemológicas, por razões profissionais, tecnológicas e culturais temos de continuar a nos envolver em atividades educativas ao longo da vida[...]” (ALCOFORADO, 2020, p. 173).

Obviamente, o aprendizado formal se dá por meio da escola, que prepara o sujeito através do ensino/aprendizagem para a vida adulta; e da universidade, que direciona o ensino/aprendizagem de forma especializada. Essa última, tem sua missão apoiada no tripé - Ensino, Pesquisa e Extensão -, imprescindíveis para a educação continuada do discente, o qual após concluir sua vida acadêmica poderá, ao longo de sua carreira, seguir aprimorando seus conhecimentos em cursos de especialização lato sensu, cursos de pós-graduação strictu sensu, ou ainda, em cursos formativos.

Com o avanço de ferramentas da web 2.0, e o desenvolvimento de recursos educacionais abertos, a educação continuada tem se tornado cada vez mais acessível, no que tange a disponibilidade na internet, seja por meio de instituições de ensino, projetos de grupos de estudos, ou ainda, de forma individual, quando educadores/especialistas utilizam de ferramentas tecnológicas aplicadas na educação para compartilhar conteúdos, tais como o Youtube, plataforma de compartilhamento de vídeos largamente utilizada como fonte de informação em vários domínios do conhecimento, afirmando a era da aprendizagem digital.

A educação mediada por tecnologia, nesta perspectiva, inaugura o contexto de inovações no processo dinâmico de ensino e aprendizagem, com uma linguagem específica e diferenciada, para a seleção e promoção de conteúdos on-line pelo educador, por meio de ferramentas tecnológicas educacionais, quando o uso de meios artificiais (Vygotsky), as interações no ciberespaço (Pierre Levy), nos espaços de fluxos (Manuel Castells), na infosfera (Luciano Floridi), é feita também por profissionais da educação, possibilitando potencializar ações que fortaleçam uma crescente inclusão digital e socioeducativa.

Todavia, para ser um agente mediador no ambiente virtual, fazendo uso das tecnologias de informação e comunicação (TIC), demandam-se competências em informação, a exemplo da identificação do público a que se destina o tipo de informação transmitida, competências linguísticas, e competências para o manuseio dos dispositivos de informação e comunicação. Assim, entende-se que a mediação linguística também é elemento principal no processo de transmissão e comunicação.

Embora os processos de transmissão e comunicação tenham características em comum, o uso da tecnologia aplicada na educação pode ter funções e objetivos diferenciados. No processo de transmissão, a aplicação pode estar voltada à disseminação de conteúdos educacionais, no processo de comunicação, ao compartilhamento e troca de experiências sobre esses conteúdos. Entretanto, a transmissão só alcança seu objetivo quando há partilha no que fora comunicado e, principalmente, quando os sujeitos envolvidos se apropriam do conteúdo disseminado. Assim, conforme as palavras de Laguardia, Portela e Vasconcellos, 2007), deve-se levar em consideração três condições básicas: estrutura, processo e os resultados. Ou seja, as ações para esta finalidade devem seguir as etapas de planejamento, na produção das atividades que se pretende realizar e, por fim, na disponibilização no ambiente virtual, neste último, é necessário o prévio conhecimento das possibilidades de uso para fins educacionais.

Nesse contexto, surge o Projeto de Extensão Sala Aberta, vinculado ao Instituto de Ciência da Informação, da Universidade Federal da Bahia, apresentado na próxima seção.

3 O PROJETO DE EXTENSÃO SALA ABERTA

A prática extensionista, um dos três pilares básicos da universidade, tem como principal objetivo estabelecer sua relação com a sociedade. O Projeto de Extensão Sala Aberta, iniciado no ano de 2018, tem como objetivo possibilitar que a comunidade interna e externa do ICI/UFBA possa participar das discussões e aprendizados que ocorrem nos componentes curriculares ofertados nos cursos que disponibiliza, de modo a potencializar trocas de experiências de ensino e profissionais, além de fomentar a discussão de diversos assuntos específicos e transversais que permeiam as temáticas estudadas pelos estudantes dos cursos de graduação em Biblioteconomia e Documentação, Arquivologia, e dos cursos de mestrado e doutorado da Pós-graduação em Ciência da Informação.

Nos anos de 2018 e 2019, o Projeto de extensão Sala Aberta ocorria em cada semestre letivo da UFBA, com até duas ações por mês, onde a comunidade externa poderia participar das aulas abertas disponibilizadas no Instituto, por meio de palestras, rodas de conversa, webinars, minicursos e oficinas. Para a concretização destas atividades, foram necessárias parcerias com os docentes de cada componente curricular dos cursos disponibilizados no ICI. Esses docentes, eram os responsáveis pelo planejamento das aulas abertas, que inclui o contato com os palestrantes internos e/ou externos, e a coordenação do Projeto se incumbia na produção do material de divulgação com os Centros Acadêmicos de Biblioteconomia e Arquivologia, a Direção do ICI, o Núcleo de Extensão, Associações e Órgãos de Classe, profissionais egressos dos cursos, comunidade externa à UFBA, e organização do evento.

Com a pandemia da Covid-19, e o primeiro caso da doença no Brasil em março de 2020, o Projeto teve que desenvolver novas estratégias para a manutenção das atividades de extensão, adaptadas ao distanciamento físico e social necessários para conter o vírus. Limitando-se, portanto, do contato face-a-face, a interação mediada pelo computador se tornou a possibilidade única de continuidade do Projeto, sobretudo, pelo uso de ferramentas da web 2.0, constituindo um novo espaço desterritorializado de aprendizagem, caracterizado não apenas pelo fenômeno das relações humanas do século XXI, orientada pela formação de redes sociais on-line, mas ao fenômeno da pandemia deste século, que obrigou a diversos setores sociais a ressignificar seu modus operandi.

Assim, a metodologia para o desenvolvimento das ações emergiram para além da parceria com os docentes dos componentes curriculares, pesquisadores e profissionais da informação, fez-se necessário a utilização full time de recursos tecnológicos para mediação das atividades propostas, de forma a viabilizar uma boa transmissão, tais como hardware de qualidade para uma resolução de imagem em movimento eficaz, conexão de banda de internet mínima para disponibilização de vídeos ao vivo, além da equipe técnica para gerenciamento da comunicação nas páginas/perfis nos sites de redes sociais do Projeto, e acessibilidade em Libras.

Nasce, portanto, o Sala Aberta live streaming, que no contexto pandêmico, apresenta transmissões ao vivo utilizando mídias digitais para promover a troca de experiências e permitir maior visibilidade dos conteúdos das pesquisas científicas produzidas no âmbito da Ciência da Informação, Biblioteconomia, Arquivologia, e outros áreas do conhecimento correlatas, tais como Educação e Museologia, da UFBA e de outras universidades. Além de iniciativas de boas práticas desenvolvidas por profissionais da informação, potencializando com isso a conexão entre os conteúdos na universidade e as experiências trazidas pela comunidade externa.

3.1 As lives na propagação da Ciência e potencialização da educação continuada

A proposta de realizar uma atividade de extensão não presencial, em tempos de distanciamento físico, tem como principal motivação o compromisso necessário com a sociedade, articulando o ensino e a educação continuada. No contexto pandêmico, várias soluções foram criadas para dar continuidade às atividades, outrora presenciais, contruindo um “novo normal” impulsionado pelo distanciamento físico. Dentre elas, as chamadas “lives” ganharam destaque, primeiro no âmbito cultural, com a realização de shows musicais, utilizando os sites de redes sociais como principal mediador para interação entre artistas e seu público.

Essa nova forma de manutenção das relações se expandiu também ao mundo acadêmico. Desde então, muitas transmissões ao vivo, visando adequar o fazer presencial do ensino, pesquisa e extensão à rotina on-line, vêm sendo desenvolvidas em todo o país para a aproximação da universidade com a sociedade em geral. É neste contexto, que o Projeto Sala Aberta procurou planejar atividades que contemplassem a discussão sobre o saber-fazer dos cursos alocados no ICI/UFBA, e as pesquisas vinculadas à Ciência da Informação, possibilitando a troca de saberes entre a comunidade interna e externa da Universidade, promovendo com isso, além da interdisciplinaridade entre áreas de pesquisa, a formação de uma rede digital de informação e comunicação.

Nesse conjunto, o Projeto foi contemplado pelo Edital PAEXDoc Tessituras 20204, da Pró-Reitoria de Extensão (UFBA), que garantiu o financiamento de recursos tecnológicos próprios para transmissões ao vivo.

3.2 Estrutura e processos para a execução das transmissões ao vivo

Para a composição dos temas das palestras, além da observação do contexto social e acadêmico, e coletar experiências do público com as atividades do Projeto, foi realizado uma pesquisa via questionário do Google Docs com o público ativo (seguidores) dos sites de redes sociais do Projeto, bem como a análise de temas já solicitados para debates em eventos da área da Biblioteconomia, Arquivologia e Ciência da Informação.

Os dias escolhidos para as palestras, bem como o horário, foi estabelecido segundo a disponibilidade dos palestrantes convidados, observando os dias e horários que não chocassem com outras transmissões ao vivo relacionadas às áreas de interesse. A escolha dos palestrantes foi baseada na experiência e vivência de cada pesquisador/profissional com o tema proposto, e indicações do público por meio dos canais de comunicação do Projeto.

Cada atividade foi conduzida por uma mediadora (coordenação do Projeto), que são docentes no ICI/UFBA, contando também com o apoio técnico de uma bolsista, estudante do curso de Biblioteconomia. Utilizou-se de dispositivos tecnológicos de comunicação para mediação de conteúdos, tais como o Youtube e o Facebook para transmissão das lives, via StreamYard; o Instagram, Facebook e e-mails para marketing e conteúdo digital do Projeto, alimentando assim, a divulgação do material de suas ações. Para produção desse material foram utilizados o Canva e o Inshot para criação e edição de vídeos. Além disso, o uso do formulário do Google para viabilizar o controle de participação nas atividades e emissão de declaração de participação aos ouvintes, foi de suma importância para o gerenciamento das ações, seja no âmbito da análise do perfil do público, bem como o planejamento de atividades futuras.

No Quadro 1, apresenta-se o planejamento, na elaboração das ações (tipo de atividade realizada, tema), a disponibilização no ambiente virtual (link para o vídeo no Youtube) e, os palestrantes convidados:

Quadro 1 Ciclo de atividades realizadas pelo Projeto Sala Aberta em 2020 

ATIVIDADE TEMA LINK DO VÍDEO PALESTRANTE (S)
PALESTRA Pós verdade e desinformação https://www.youtube.com/watch?v=gCWBsZLrO2Y Prof. Dr. José Carlos Sales (ICI/UFBA)
Racionalidades formativas do arquivo na modernidade https://www.youtube.com/watch?v=FTibsqkJFX8 Profa. Dr. Derek Tavares (ICI/UFBA)
Inteligência Artificial e a Covid-19 https://www.youtube.com/watch?v=myB32dBpDnM Profa. Dra. Bárbara Coelho (ICI/UFBA)
Protagonismo social e mediação consciente da informação https://www.youtube.com/watch?v=Gz9q4Upndcg Profa. Dra. Henriette F. Gomes (ICI/UFBA)
Representação, memória e identidade dos acervos musicais https://www.youtube.com/watch?v=uuAicw3rz08 Profa. Dra. Ana Cláudia Medeiros (ICI/UFBA)
Identidade, memória e Bibliotecas Universitárias: antes livros raros e coleções especiais, patrimônio bibliográfico https://www.youtube.com/watch?v=paxewDYxmUY&t=8s Prof. Fabiano Cataldo (UNIRIO)
Políticas públicas e bibliotecas no Brasil https://www.youtube.com/watch?v=-1v-NjjdYIM Profa, Dra. Ivana Lins (ICI/UFBA)
A pandemia e o repensar sobre as práticas pedagógicas em Ciência da Informação https://www.youtube.com/watch?v=klk-Xry9vr4 Profa. Dra. Martha Suzana Nunes (UFS)
O LTI como espaço de produção e mediação da Informação https://www.youtube.com/watch?v=YeA3orKghQk Profa. Dra. Isa Freire (UFPB)
Prática e pesquisa em representação da informação e do conhecimento https://www.youtube.com/watch?v=7TkfCdFPSCM&t=7s Profa. Dra. Hildenise F. Novo (ICI/UFBA)
SÉRIE Série Bibliotecas Arquivos e Museus (BAM)
Abertura
https://www.youtube.com/watch?v=9fxsHhAjLCc Profa. Dra. Hildenise F. Novo (UFBA)
Série BAM -
Mesa 1 – Bibliotecas e bibliotecários frente a pandemia da Covid-19: ressignificação de funções e práticas
https://www.youtube.com/watch?v=FWTPIBJfSlA Profa. Dra. Ivana Lins (SIBI/UFBA)
Prof. Dr. Marcos Miranda (CFB)
Ma. Sigrid Weiss (FEBAB)
Série BAM -
Mesa 2 - Preservação da memória social pós-pandêmica: o papel dos arquivos no controle e acesso às informações
https://www.youtube.com/watch?v=zl4hP1Gwhu4 Prof. Dr. Miguel Ángel Arellano (IBICT)

Dra. Aluf Alba Vilar Elias (Arquivo Nacional)

Ma. Ivana Severino (Arquivista consultora Memorial de Dança UFBA)
Série BAM -
Mesa 3 - Entre máscaras e álcool: o museu e a apresentação dos artefatos da sociedade pós-pandemia
https://www.youtube.com/watch?v=0iufVx97HZY Profa. Dra. Graça Teixeira (PPGMUSEU/UFBA)

Ma. Carolina Vilas Boas (IBRAM)

Ma. Andréia de Britto (Museóloga)
MESA VIRTUAL Gestão eletrônica de documentos arquivísticos https://www.youtube.com/watch?v=3jRShwhyQ7Y&t=1s Profa. Ma. Dulce Paradella (ICI/UFBA)
Prof. Dra. Sérgio Franklin (ICI/UFBA)

Herbert Menezes (Arquivista)
PALESTRA Plataformas digitais para gestão de Unidades de Informação: a experiência da UNESP com a Plataforma ALMA https://www.youtube.com/watch?v=48SEKedGir8&t=15s Flávia Bastos (Bibliotecária/UNESP)
SÉRIE Série Bibliotecas na formação do leitor

Episódio 1- A formação de novos leitores: leituras compartilhadas, leitores múltiplos
https://www.youtube.com/watch?v=t6yC88l03Ww&t=21s Eliana Lucia Madureira Yunes (PUC-RIO/Cátedra Unesco)
Série Bibliotecas na formação do leitor
Episódio 2 -Bibliotecas Públicas para hoje e para todxs
https://www.youtube.com/watch?v=qczF4o1AlH8 Pierre Ruprecht (Diretor Executivo SP Leituras)
OFICINA É de pequenino que se torce o pepino: A contação de histórias na mediação da leitura https://www.youtube.com/watch?v=WHmZ9HRgLfg&t=23s Profa. Dra. Palmira Heine(UEFS/BA)
MESA VIRTUAL Papo de Arquivistas: atuação docente, empreendedora e no serviço público https://www.youtube.com/watch?v=M90LSdyugZ8 Flávio Leal (UNIRIO)

Djalma Vieira (DJARQUIVO)

Patrícia Reis(UFBA)
Gillian Queiroga(ICI/UFBA)
SÉRIE Série Entre[Vistas] e Textos de Autorias Negras
Episódio 1 – Quando me descobri negra
https://www.youtube.com/watch?v=HhisV03sBtI&t=9s Dra. Bianca Santana (USP)
Série Entre[Vistas] e Textos de Autorias Negras
Episódio 2
Ancestralidade africana na literatura infantil
https://www.youtube.com/watch?v=Up7tiM-a2-4 Dra. Débora Araújo (UFPR)
OFICINA Representação estética negra: turbantes como forma de resistência e empoderamento https://www.youtube.com/watch?v=p6RYKURRBMs Ma. Ana Paula Medeiros (UTFPR)
PALESTRA Humanidades Digitais e(m) Ciência da Informação: experimentações possíveis para análise do vírus biológico e do vírus social https://www.youtube.com/watch?v=uTDIJAFEPUc&t=31s Prof. Dr. Ricardo Pimenta (IBICT)

Fonte: Dados do Projeto (2020).

As estratégias de divulgação, incluem a utilização de correio eletrônicos em listas de discussão das áreas de pesquisa e estudo que o Projeto atende, além das dos sites de redes sociais e na Agenda UFBA5. Visando a acessibilidade linguística das transmissões, sobretudo, para o público surdo, foi realizada a tradução em Libras, conforme disponibilidade de agendamento da equipe de tradutores intérpretes de Libras do Núcleo de Apoio ao Aluno com Necessidades Educacionais Especiais (NAPE), vinculado à Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil (PROAE), da UFBA. Quando não houve disponibilidade, foi necessário a contratação de intérpretes mediante os recursos financeiros oriundos do Edital PAEXDoc Tessituras 2020.

3.3 principais resultados

A participação dos palestrantes possibilitou a manutenção e a criação de parcerias entre ICI/UFBA, comunidade bibliotecária e instituições/órgãos, viabilizando o engajamento nos canais de comunicação do Projeto. Os debates construídos nas atividades propostas potencializaram as discussões de estudo e pesquisa na área, especialmente aos alunos do curso de graduação, incentivando também os profissionais já atuantes no mercado de trabalho (bibliotecários, arquivistas, museólogos, pedagogos, museólogos) a desenvolverem pesquisas no âmbito da pós-graduação, essencial para o desenvolvimento de práticas inovadoras.

Foram 34 palestrantes convidados, de diversos estados do Brasil, membros- dirigentes de órgão de classe, pesquisadores, docentes, coordenadores de sistemas de bibliotecas, arquivos e museus, empreendedores, pedagogos, dentre outros, nas 25 transmissões ao vivo6. O Projeto contou com, aproximadamente, 12 mil visualizações dessas transmissões (até a data deste trabalho), e encaminhou 1.667 declarações de participação para os ouvintes das Séries e Oficinas realizadas. O formato live streaming possibilitou o estreitamento entre comunidade acadêmica, o ICI e a sociedade em geral, potencializando a discussão de temas pertinentes à área, além de socializar a prática de ensino e de pesquisa, trazendo para a extensão a conexão entre os resultados dessa tríade. A formação continuada foi, sem dúvida, a motivação principal para a audiência das transmissões do Projeto, uma vez que a maioria do público é de profissionais atuantes no mercado de trabalho.

No Quadro 2, apresenta-se as transmissões ao vivo com maior número de visualizações no Facebook e Youtube.

Quadro 2 Palestras com maior número de visualizações no Facebook e Youtube7 

SITE DA TRANSMISSÃO TEMA NÚMERO DE VISUALIZAÇÕES (mil)
FACEBOOK Identidade, memória e Bibliotecas Universitárias: antes livros raros e coleções especiais, patrimônio bibliográfico 3.800
Prática e pesquisa em representação da informação e do conhecimento 1.700
O laboratório de tecnologias intelectuais (LTI) como espaço de produção e mediação da Informação 1.600
YOUTUBE Bibliotecas, Arquivos e Museus: possibilidades para acesso e uso pós-pandemia 2.100
Bibliotecas e bibliotecários frente a pandemia da Covid-19: ressignificação de funções e práticas 2.000
Preservação da memória social pós-pandêmica: o papel dos arquivos no controle e acesso às informações 1.600

Fonte: Dados do Projeto (2020).

O Projeto Sala Aberta alcançou um público diverso, com mais de 5 mil seguidores nas redes sociais on-line em várias regiões do Brasil (Figura 1):

Figura 1 Projeto Sala Aberta no Brasil Fonte: Dados do Projeto (2021). 

Já se tratando em nível global, os conteúdos disponibilizados pelo Projeto tiveram alcance nos países - Portugal, Argentina, Espanha, Colômbia, Moçambique, Cabo Verde, Chile, México, Itália, Angola, Venezuela, Guiné-Bissau, Peru, Irlanda e Estados Unidos da América.

A criação e desenvolvimento de atividades de extensão, em tempos pandêmicos, utilizando os recursos digitais possibilitou inovar na prática extensionista. Com o distanciamento social, tornou-se necessário a manutenção dos laços entre comunidade externa e comunidade acadêmica. O feedback dos participantes que dão audiência on-line às transmissões expressa a experiência individual com o Projeto, delineadas nos chats do Youtube e Facebook das lives transmitidas. Em geral, há relatos sobre a caracterização do Projeto como uma fonte de informação e espaço de compartilhamento de saberes, discussão, ensino e aprendizado. Há ainda, a ideia de encontro, reforçando a capacidade de atuação dos sujeitos envolvidos nos debates, dando ênfase, assim, a outros fenômenos de estudo que surgem dessas interações.

Portanto, como resultado inicial, tem-se a possibilidade de expansão das ações inerentes aos estudos teóricos e práticos desenvolvidos nas áreas de cobertura do Projeto, além do favorecimento do protagonismo de profissionais que atuam no mercado de trabalho, ao trocar experiências sobre seus fazeres, propiciando a relação com a comunidade externa à Universidade, caracterizando também a interdisciplinaridade nas discussões, que tem como objeto principal a informação e o conhecimento.

De fato, os fenômenos sociais agem diretamente no comportamento da humanidade, conduzindo-a a novas formas de ver o mundo e viver nele. No contexto da educação, redes de aprendizagem mediadas pelo computador, e tecnologias de informação e comunicação, concebidas unicamente no ciberespaço, evidenciam a transformação digital nas práticas de ensino, as quais estão diretamente relacionadas a ideia da inteligência coletiva (LÉVY, 1998), uma vez que a necessidade em superar problemas sociais e naturais impulsionam o ser humano a buscar novas aprendizagens; de estilos próprios de pensar e refletir (KENSKI, 2003); da interação mútua (PRIMO, 2007), expressa nos processos de negociação, por exemplo, nos discursos produzidos nos chats de plataformas de vídeo pelos sujeitos ao problematizar discussões.

Enquanto Coordenação do Projeto, salienta-se aqui, que tais mudanças no formato e método de planejamento e execução desta ação extensionista, direciona para uma reflexão sobre a inserção do docente na transformação digital no ensino, pesquisa e extensão, além da renovação conceitual de práticas extensionistas, sobretudo no que tange a desterritorialização da aprendizagem continuada. Identifica-se, portanto, o lugar de ação do Projeto de Extensão Sala Aberta, enquanto programa de educação continuada, em nível superior, no contexto da Biblioteconomia, Arquivologia, Ciência da Informação e áreas correlatas, que favorece a amplitude das potencialidades de cada sujeito participante, seja ativo (aquele que acompanha as atividades e segue o Projeto em suas redes sociais on-line, além dos palestrantes convidados e a equipe), ou passivo (aquele que acompanha somente as atividades que tem interesse, mas não produz engajamento social sobre o Projeto).

4 CONCLUSÃO

Projetos de extensão se caracterizam como uma oportunidade que a Universidade tem de colocar em prática os estudos e pesquisas concebidas em sala de aula e nos grupos de pesquisa. Assim, nesta perspectiva que ao planejar o Projeto “Sala Aberta Live Streaming”, encontrou-se o espaço ideal para disseminar além das barreiras impostas pela pandemia da Covid-19, em meio a tantas incertezas, a contribuição das Ciências Sociais Aplicadas neste episódio da história mundial.

A discussão de temas de pesquisa já desenvolvidos no ICI, e a inserção de assuntos pouco debatidos, ampliam as possibilidades de inovação na área e colocam em destaque as exigências do mercado sobre a função do profissional da informação na sociedade. Função que, além de técnica é também social, a exemplo das ações que foram desenvolvidas e projetadas unicamente para contexto pandêmico por bibliotecas, arquivos e museus para continuar disponibilizando seus serviços à sociedade. Nesse sentido, possibilita que professores, pesquisadores, estudantes e a comunidade tenham o mesmo espaço de fala, expondo suas experiências, e favorecendo um ambiente de troca e parcerias sem precedentes.

Aprender com as experiências é também respaldar-se no aprender que vem pelo “fazer”. A partir disto, as atividades realizadas (palestras, oficinas, entrevistas, mesas virtuais) conceberam um momento único de aproximação, quando não se tinha uma direção de como dar continuidade às atividades de ensino, pesquisa e extensão na maioria das universidades do Brasil, mostrando-se como ação inovadora, garantindo um modelo a ser seguido na prática de transmissões ao vivo (lives).

Limitada a este relato, inicial, da experiência do Projeto de Extensão Sala Aberta, que tem caráter permanente, está a investigação criteriosa sobre o perfil do público ativo do Projeto, bem como experiências sobre o uso do conteúdo disponibilizado para fins individuais.

Sobre as ações a serem desenvolvidas, espera-se continuar a proposta do Projeto no formato virtual, no sentido de proporcionar discussões de temas em foco, com palestrantes externos, sejam pesquisadores, profissionais técnicos e/ou atuantes nos assuntos em questão. Importante também, é ampliar a comunicação com os seguidores dos sites de redes sociais do Projeto, a exemplo do uso de aplicativos de mensagens em dispositivos móveis, bem como desenvolver estratégias para a participação ativa de alunos calouros.

Destaca-se aqui, a importância dos Editais voltados para projetos de extensão na Universidade e, sobretudo, o auxílio financeiro disponibilizado, o qual amplia as possibilidades de realização dos projetos aprovados, sobretudo no período pandêmico e sem vacinação geral da população. Tais ações oportunizam projetos inovadores na educação.

AGRADECIMENTOS

Pró-Reitoria de Extensão Universitária (PROEXT), da Universidade Federal da Bahia.

Revisão gramatical realizada por: Aimara Santana Fernandes

E-mail: fernandeseaimara@gmail.com

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Recebido: 04 de Junho de 2021; Aceito: 17 de Agosto de 2021

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