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Revista e-Curriculum

versión On-line ISSN 1809-3876

e-Curriculum vol.17 no.2 São Paulo abr./jun 2019  Epub 08-Ago-2019

https://doi.org/10.23925/1809-3876.2019v17i2p574-591 

Artigos

ESTÁGIO SUPERVISIONADO: PERCEPÇÃO DO PRECEPTOR SOBRE O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM UM HOSPITAL DE ENSINO

SUPERVISED INTERNSHIP: PERCEPTIONS OF THE PRECEPTOR ABOUT THE TEACHING-LEARNING PROCESS IN A TEACHING HOSPITAL

PRACTICA TUTELADA: PERCEPCIÓN DEL PRECEPTOR SOBRE El PROCESO DE ENSEÑANZA-APRENDIZAJE EN UN HOSPITAL DE ENSEÑANZA

Lusineide Carmo Andrade de LACERDA1 

Roxana Braga de Andrade TELES2 

Cristhiane Maria Bazílio de OMENA3 

1 Enfermeira. Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares (PPGFPPI) da Universidade de Pernambuco (UPE). Docente Auxiliar da UPE, Petrolina-Pernambuco. E-mail: lusineide.lacerda@upe.br

2 Enfermeira. Doutorado em Biotecnologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Docente Assistente da Universidade de Pernambuco (UPE). Petrolina-PE. Brasil. E-mail: roxana.andrade@upe.br

3 Nutricionista. Doutorado em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Química e Biotecnologia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Docente Adjunto da Universidade de Pernambuco (UPE) e do Programa de Pós-Graduação em Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares (PPGFPPI) da UPE. Petrolina-PE. Brasil. E-mail: cristhiane.omena@upe.br


RESUMO

O Sistema de Saúde, no Brasil, passa por transformações nos âmbitos estrutural e político. Por conseguinte, a formação dos profissionais de saúde torna-se primordial para a implementação da reestruturação do modelo de atenção contra-hegemônico ao modelo clínico. Este ostenta novas formas de gerir e cuidar em saúde, com uma aproximação efetiva à população e ressignificará a formação de recursos humanos na saúde. O objetivo deste estudo foi compreender a percepção dos preceptores sobre o processo de ensino-aprendizagem e as práticas interdisciplinares no ambiente hospitalar. Em um estudo descritivo e quali-quantitativo, utilizou-se a entrevista semiestruturada com 24 preceptores de um Hospital Universitário no interior do Estado de Pernambuco-PE, dos cursos de Graduação em Enfermagem, Fisioterapia ou Nutrição, no período de fevereiro a outubro de 2017. Os dados foram submetidos à Análise de Conteúdo Temática, sendo extraídas cinco categorias que foram interpretadas à luz da literatura, a saber: atuação do preceptor em saúde no processo de preceptoria hospitalar; percepção do preceptor sobre práticas interdisciplinares e multidisciplinares no processo de ensino-aprendizagem; ações desenvolvidas pelo preceptor de ensino na perspectiva interdisciplinar; dificuldades e oportunidades da preceptoria hospitalar na visão do preceptor de ensino em saúde; e sugestões de melhorias apontadas pelo preceptor de ensino em saúde para o processo de ensino-aprendizagem. A análise dessas categorias mostrou que a maioria dos preceptores atuam empiricamente, sem uma formação específica para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem. Conclui-se que a compreensão desses saberes é imprescindível à construção de ações que respondam às necessidades pedagógicas desses preceptores no processo de formação de novos profissionais.

PALAVRAS-CHAVE: Preceptoria; Educação Permanente; Ensino em Serviço; Aprendizagem; Interdisciplinaridade

ABSTRACT

The Healthcare System, in Brazil, undergoes transformations in the structural and political scopes. In consequence, the training of healthcare professionals is paramount for the implementation of the restructuring of the counter-hegemonic model of care to the clinical mode. This model brings forth new ways of managing and caring in health, with an effective approach to the population and re-signifying the formation of human resources in health. The purpose of the study was to understand the perception of preceptors about the process of teaching-learning and interdisciplinary practices in the hospital environment. In a qualitative, quantitative and descriptive study, the method used was a semi-structured interview with 24 preceptors from a University Hospital in the hinterlands of the State of Pernambuco, Pernambuco, Brazil, those being students of Nursing, Physiotherapy or Nutrition, from February to October of 2017. The data were submitted to the Thematic Content Analysis, being extracted five categories that were interpreted according to the literature, namely: performance of the healthcare preceptor in the process of hospital preceptorship; perception of the preceptor on interdisciplinary and multidisciplinary practices in the teaching-learning process; actions developed by the teaching preceptor in the interdisciplinary perspective; difficulties and opportunities of the hospital preceptorship in the view of the teaching preceptor in Health; and suggestions for improvements pointed out by the preceptor of health education for the teaching-learning process. The analysis of those categories showed that the majority of preceptors perform empirically, without specific training to develop the teaching-learning process. It is concluded that the understanding of such knowledge is essential to the construction of actions that respond to the pedagogical needs of these preceptors in the process of training new professionals.

KEYWORDS: Preceptorship; Permanent Education; Teaching in Service; Learning; Interdisciplinarity

RESUMEN

El Sistema de Salud, en Brasil, pasa por transformaciones en los ámbitos estructural y político. Así pues, la formación de los profesionales de salud se hace primordial para la implementación de la reestructuración del modelo de atención contrahegemónico al modelo clínico. El primer modelo ostenta nuevas formas de gestionar y cuidar en salud, con una aproximación efectiva a la población y resignificará la formación de recursos humanos en salud. El objetivo de este estudio fue comprender la percepción de los preceptores sobre el proceso de enseñanza-aprendizaje y las prácticas interdisciplinares en el entorno hospitalario. En un estudio descriptivo y cuali-cuantitativo, fue utilizada la entrevista semiestructurada con 24 preceptores de un Hospital Universitario en el interior del Estado de Pernambuco-PE, de la carrera en Enfermería, Fisioterapia o Nutrición, en el periodo de febrero a octubre de 2017. Los datos fueron sometidos a Análisis de Contenido Temático, siendo extraídas cinco categorías que fueron interpretadas a la luz de la literatura, a saber: actuación del preceptor en salud en el proceso de preceptoría hospitalaria; percepción del preceptor sobre prácticas interdisciplinares y multidisciplinares en el proceso de enseñanza-aprendizaje; acciones desarrolladas por el preceptor de enseñanza en la perspectiva interdisciplinar; dificultades y oportunidades de la preceptoría hospitalaria en la visión del preceptor de enseñanza en salud; y sugerencias de mejorías apuntadas por el preceptor de enseñanza en salud para el proceso de enseñanza-aprendizaje. El análisis de esas categorías señaló que la mayoría de los preceptores actúan empíricamente, sin una formación específica para desarrollar el proceso de enseñanza-aprendizaje. Se concluye que la comprensión de esos saberes es imprescindible a la construcción de acciones que respondan a las necesidades pedagógicas de eses preceptores en el proceso de formación de nuevos profesionales.

PALABRAS CLAVE: Preceptoría; Educación Permanente; Enseñanza en Servicio; Aprendizaje; Interdisciplinariedad

1 INTRODUÇÃO

A formação dos profissionais de saúde e o consequente desenvolvimento dos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) é primordial para a implementação da reestruturação do modelo de atenção contra-hegemônico ao modelo clínico. Necessita-se, então, de novas formas de gerir e cuidar em saúde que culminarão em uma aproximação mais efetiva com a população e ressignificarão a formação de recursos humanos na saúde (BREHMER; RAMOS, 2016; LIMA et al., 2015).

Como estratégias importantes de atenção à saúde, a adoção de debates e a inclusão de problematizações de forma integral consideram as políticas econômicas, sociais e o processo saúde-doença. Visando a atender às necessidades da população, as ações em saúde devem ser aperfeiçoadas nesse sentido com a prática pedagógica para a formação de um profissional com perfil inovador e comprometido com a realidade da população (ALBUQUERQUE et al., 2008; CHAVES; LAROCCA; PERES, 2011).

Durante a formação do profissional em saúde, é essencial a visão mais efetiva das práticas em saúde de modo a favorecer a compreensão entre a formação teórica e prática. Em geral, o estudante é instigado a solucionar o caso clínico do paciente por meio da contextualização dos conhecimentos adquiridos durante as aulas teóricas. Para tanto, os atores envolvidos devem desenvolver metodologias e técnicas para facilitar esse novo processo de aprendizagem (BOTTI; REGO, 2011).

O estágio curricular complementa e concretiza o ensino/aprendizagem de forma a valorizar os processos de desenvolvimento pessoal e cognitivo das pessoas envolvidas e considerar fundamental formar um profissional coerente com seu campo de conhecimento. Ao mesmo tempo, busca relacionar todos os aspectos e fatores envolvidos no processo saúde-doença da sociedade, para o futuro exercício da profissão, dando subsídio para que o estudante consiga traçar e escolher o seu perfil profissional de tal forma que o oriente na busca contínua de capacitação (SILVA; SILVA; RAVALIA, 2009).

Nesse cenário, é imprescindível a inclusão do preceptor, profissional responsável pela integração de conceitos e valores da escola e do trabalho ao ensinar, aconselhar e inspirar o desenvolvimento dos futuros profissionais, servindo-lhes como exemplo e referencial para a futura vida profissional e formação ética, caracterizando-se como chave para a formação de profissionais com o perfil desejado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de saúde (LIMA; ROZENDO, 2015). Esse preceptor atua na supervisão direta das atividades práticas realizadas pelos discentes nos serviços de saúde onde se desenvolve a preceptoria, a qual é exercida por profissional vinculado à instituição formadora ou executora, com formação mínima de especialista (BRASIL, 2012).

Nesse contexto, a preceptoria consiste na supervisão docente-assistencial por área específica de atuação ou de especialidade profissional, que exerça atividade de organização do processo de aprendizagem especializado e de orientação técnica aos estudantes, em aperfeiçoamento ou especialização ou em estágio ou vivência de graduação ou de extensão (BRASIL, 2005).

Considerada uma atividade de ensino necessária, a preceptoria favorece um processo de construção do conhecimento mais significativo para a formação humana e profissional dos educandos (MISSAKA; RIBEIRO, 2011). O processo de preceptoria, a capacitação do preceptor e suas correspondentes tarefas e responsabilidades são discutidos em diversas instituições de ensino de saúde no país. Equitativamente, o exercício da preceptoria traz satisfação, enriquecimento e crescimento profissional. Entretanto, dificuldades e muitos desafios estão presentes e exigem esforços para a sua superação (LIMA; ROZENDO, 2015).

Diante do exposto, considera-se a relevância da formação profissional dos estagiários na área de saúde e a inerente contribuição do preceptor nesse processo de consolidação do conhecimento nos cenários de ensino como os hospitais universitários. Assim sendo, este estudo buscou conhecer a percepção dos preceptores dos alunos dos cursos de saúde da Universidade de Pernambuco (UPE), campus Petrolina, Pernambuco, acerca da construção do processo de ensino-aprendizagem no Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-UNIVASF) no município de Petrolina-PE, durante o Estágio Supervisionado II e a prática interdisciplinar em ambiente hospitalar. Para compreender essa visão, objetivou-se traçar o perfil dos preceptores que atuaram no ano de 2017, bem como identificar os aspectos fundamentais para a realização da preceptoria de qualidade, a compreensão dos processos multidisciplinar e interdisciplinar da aprendizagem, as dificuldades da preceptoria e sugestões de melhoria no processo relacionando-as à literatura.

2 MÉTODO

Trata-se de um estudo descritivo, de natureza quali-quantitativa, realizado no HU-UNIVASF em Petrolina - PE, credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) como instituição de ensino vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foi utilizada a entrevista semiestruturada, a coleta de dados foi no período de fevereiro a outubro de 2017, com os preceptores vinculados ao HU-UNIVASF que atuaram junto aos alunos dos cursos de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia da UPE, campus Petrolina.

Elegeram-se os seguintes critérios de inclusão para os preceptores: ser enfermeiro, nutricionista ou fisioterapeuta atuante diretamente na assistência e ser preceptor de graduando da UPE, em Estágio Supervisionado II, no HU-UNIVASF, por, pelo menos, um ano e que aceitaram participar do estudo mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídos do estudo os profissionais que haviam atuado ocasionalmente como preceptores, isto é, que não acompanharam os alunos durante todo o estágio, e aqueles que estiveram desenvolvendo trabalhos administrativos durante o período do estudo, além dos que se recusaram a participar da pesquisa.

As entrevistas foram realizadas levando em consideração a comodidade dos entrevistados com relação aos horários e em ambiente privativo. O plano de coleta de dados deu-se por dois instrumentos: questionário com dados sociodemográficos, gênero, exercício da preceptoria, titulação acadêmica, formação pedagógica para a preceptoria e entrevista semiestruturada composta pelas questões norteadoras relacionadas à temática, permitindo ao entrevistado a liberdade de respostas e de informações que julgassem importantes. Essas questões envolveram a compreensão dos participantes sobre o processo de ensino-aprendizagem, as práticas interdisciplinares e as multidisciplinares, além de questões referentes às dificuldades e às oportunidades apontadas pelos entrevistados no desenvolvimento da preceptoria durante o Estágio Supervisionado no período final dos cursos.

Todas as entrevistas foram realizadas com o auxílio de um gravador portátil e transcritas na sua totalidade para a compreensão fidedigna dos pontos de vista dos preceptores. Para a análise dos dados, foi utilizada a técnica de Análise do Conteúdo descrita por Bardin (2011), com o intuito de relacionar as estruturas semânticas com estruturas sociológicas e articular as superfícies dos textos com os fatores que determinam suas características. Assim, a análise foi realizada seguindo três etapas, a saber: 1) pré-análise, com a leitura flutuante dos depoimentos transcritos a partir das gravações; 2) exploração do material, com o objetivo de selecionar as falas dos participantes e organizar os temas; e 3) tratamento das respostas obtidas, com a interpretação dos resultados, tendo, como aporte teórico, os autores que tratam sobre a temática, com a finalidade de construir uma reflexão que contemplasse a fala dos pesquisados e o ponto de vista dos estudiosos sobre o assunto e o das pesquisadoras.

O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade de Pernambuco (UPE), obedecendo aos preceitos dispostos na Resolução no 466, de 12 de dezembro de 2012 (BRASIL, 2013), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), e aprovado em 7 de março de 2017 sob o Parecer nº 1.951.918 e CAAE: 63967316.4.0000.5207. Para assegurar o sigilo e o anonimato dos entrevistados, os preceptores foram nomeados de forma sequencial de P1, P2, P3... e, assim, sucessivamente.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesta seção, abordam-se o perfil sociodemográfico dos preceptores da área de saúde e, também, as cinco categorias que foram interpretadas à luz da literatura, a saber: atuação do preceptor da área de saúde no processo de preceptoria hospitalar; percepção do preceptor sobre práticas interdisciplinares e multidisciplinares no processo de ensino-aprendizagem; ações desenvolvidas pelo preceptor de ensino na perspectiva interdisciplinar; dificuldades e oportunidades da preceptoria hospitalar na visão do preceptor de ensino em saúde; e, por fim, sugestões de melhorias apontadas pelo preceptor de ensino em saúde para o processo de ensino-aprendizagem.

3.1 Perfil sociodemográfico dos preceptores da área de saúde

A fim de conhecer o perfil dos participantes do estudo, foram entrevistados 24 preceptores, sendo 12 enfermeiros, dez fisioterapeutas e dois nutricionistas representados no Quadro 1.

Quadro 1 Caracterização dos preceptores participantes do estudo do Hospital Universitário do Vale do São Francisco, Petrolina/PE (2017) 

Preceptor Idade Sexo Especialização Tempo de formação Atuação do Preceptor no HU
*E **N ***F Faixa etária N F M Sim ****NI Anos N Anos N
12 2 10 20-30 9 21 3 23 1 1-5 2 1-2 24
31-40 12 6-10 15
41-50 3 11-15 4
16-20 2

Fonte: Elaborado pelas autoras (2017).

Legenda: * E - Enfermagem; ** N - Nutrição; *** F - Fisioterapia; **** NI - Não Informado.

Conforme mostra o Quadro 1, dos 24 preceptores participantes deste estudo, 21 eram do sexo feminino e apenas três eram do sexo masculino. Levando em consideração esse dado, é importante salientar que os cursos de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia, desde o seu surgimento, são predominantemente femininos. Esses dados corroboram outros estudos que revelam a predominância da participação do sexo feminino pela ideia de vocação da mulher para o cuidar, missão destinada à mulher em épocas passadas com o cuidado doméstico e familiar (RIBEIRO; RAMOS; MANDÚ, 2014; SOUZA et al., 2014).

Com relação à idade, dos 24 participantes, metade estava na faixa etária de 31 a 40 anos; nove, entre 20 e 30 anos de idade; e três tinham entre 41 e 50 anos de idade, prevalecendo a fase adulta. A faixa etária chamada idade adulta vai distintamente dos 24 aos 60 anos de idade (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2006).

Quanto ao tempo de formação, a maioria possuía entre seis e dez anos; e de atuação no local deste estudo entre um e dois anos, dado que pode estar relacionado à realização do último concurso público na região, em 2014, para a referida instituição. É notório o número de interessados em ingressar no funcionalismo público na busca, principalmente, da estabilidade financeira conquistada após a aprovação, bem como pelas boas condições de trabalho ofertadas (MACÊDO et al., 2016).

Os participantes da pesquisa referiram possuir alguma especialização, porém nenhuma voltada à formação pedagógica. Atualmente, há uma tendência de os profissionais de saúde buscarem qualificação profissional, seja por meio de cursos de atualização, especialização, programa de residência, mestrado profissional ou acadêmico e doutorado, visando à maior qualificação para o mercado de trabalho e exercício de funções especializadas (MACHADO et al., 2015).

No entanto, é necessário que os preceptores, na qualidade de educadores, passem por um processo de formação pedagógica que os capacite para o desenvolvimento da preceptoria, o que possibilitará uma melhor assimilação de seus saberes como a prática de ensino no trabalho (RIBEIRO; PRADO, 2013). Assim sendo, conhecer o perfil dos preceptores participantes deste estudo possibilitou o direcionamento para proposições futuras.

3.2 Atuação do preceptor da área de saúde no processo de preceptoria hospitalar

Da condensação dos elementos obtidos nas entrevistas semiestruturadas, foi possível extrair sobre o papel do preceptor na área de saúde as seguintes características: mostrar como funciona e como é a atuação profissional; tornar o futuro ambiente de trabalho do graduando como familiar; materializar o conhecimento de sala de aula; complementar o conhecimento dos graduandos a partir da prática hospitalar; instigar o graduando ao questionamento e a não tomar decisões sem consultar outros profissionais; e fomentar um saber interdisciplinar, a saber, enxergar o paciente de forma holística. As falas a seguir demonstram superficialidade quanto às responsabilidades dos preceptores.

[...] acompanhar o aluno em campo de estágio tirando suas dúvidas, também enriquecendo seu conhecimento, né? Atualizando, renovando, reciclando (P1).

[...] contribuir fornecendo o que eu já tenho de conhecimento tanto prático, como teórico, e, também, na realidade troca-se saberes porque o aluno também traz sempre alguma coisa, uma novidade [...] (P8).

[...] por meio do contexto que você está inserido você passa o conhecimento, orientar as técnicas, orientar a parte científica, dar todo o norte de como proceder naquele ambiente de trabalho tanto teórica como cientificamente (P12).

Diante do exposto, observa-se, portanto, que não há clareza de um conhecimento aprofundado dos preceptores com relação ao desempenho do seu papel no processo de preceptoria. Além disso, há uma carência do saber pedagógico.

Soares et al. (2013) vão além na descrição da complexidade das atividades e dos atributos de preceptores:

O preceptor deve extrair das situações complexas e contraditórias de seu exercício profissional diário a possibilidade de superar obstáculos e construir alternativas de solução. Exercer estratégia educativa que favoreça uma atitude reflexiva e emancipadora. O preceptor deve ter a capacidade de integrar os conceitos e valores da escola e do trabalho, ajudando o profissional em formação a desenvolver estratégias factíveis para resolver os problemas cotidianos da atenção à saúde. Supervisionar e orientar no processo de decisão em questões éticas e morais da profissão. Pela natureza e extensão das relações desenvolvidas entre os preceptores e os novos profissionais, o preceptor pode ter, além da função de ensinar, as de aconselhar, inspirar e influenciar no desenvolvimento dos menos experientes. Muitas vezes, os preceptores servem de modelo para o desenvolvimento e crescimento pessoal dos recém-graduados e, ainda, auxiliam na formação ética dos novos profissionais durante determinado período de tempo, funções típicas de um mentor (SOARES et al., 2013, p. 16-17).

Assim, torna-se importante que o preceptor entenda qual o seu real papel nesse processo, reflita e compreenda para que, para quem e o que ele necessita ensinar. Além disso, necessita ter consciência e, com seus instrumentos e metodologias, desenvolver a intencionalidade de atuar junto e para o sistema de saúde vigente. Nesse âmbito, uma estratégia que pode servir como guia para esse processo de ensino-aprendizagem é ter conhecimento da base curricular do programa de ensino que lhe for proposto (RIBEIRO, 2015).

3.3 Percepção do preceptor sobre práticas interdisciplinares e multidisciplinares no processo de ensino-aprendizagem

Da análise das entrevistas, resta inequívoco que apenas pequena parcela dos participantes tem noção dos conceitos multidisciplinar e interdisciplinar e pouquíssimos conseguem diferenciá-los tornando duvidosa sua aplicação consciente no Estágio Supervisionado.

[...] multidisciplinaridade são várias especialidades vendo um paciente, não necessariamente elas estão se comunicando [...], interdisciplinar eu estou vendo várias especialidades de modo comunicativo [...] (P3).

Interdisciplinaridade, essa relação dentro da equipe, entre os profissionais e multidisciplinaridade entre as várias áreas, diversos profissionais (P18).

Multidisciplinaridade é quando você vai ter várias profissões, cada uma tendo uma visão do paciente e interdisciplinaridade é quando você pega esses conhecimentos e começa a unir um ao outro (P21).

A gente trabalha muito de forma multi que, na verdade, é o foco da gente. A interdisciplinaridade ela é mais com relação à profissão, você utiliza várias disciplinas dentro da sua profissão [...]. O que é multi? É eu pegar outras profissões na mesma área, outros... E até de outra área (P13).

Ao analisar as falas dos profissionais, a fala de P21 é a que mais se aproxima dos conceitos em questão. Já, na fala de P13, observa-se que não há clareza do que seja uma atuação multidisciplinar ou interdisciplinar, o que demostra uma fragilidade na formação acadêmica.

Farias et al. (2018) caracterizam a interdisciplinaridade como a interação dos conhecimentos e a correlação entre os saberes mediante a articulação entre as distintas áreas que compõem e atuam em um mesmo processo de trabalho, sendo, dessa forma, uma prática importante na sustentação de ações integrais e resolutivas centradas nas necessidades existentes. Assim, devido à fragmentação dos conhecimentos advinda das mudanças ocorridas ao longo do tempo, a interdisciplinaridade surgiu como uma estratégia para a ligação entre as variadas disciplinas, de modo a considerar suas peculiaridades e construir um conhecimento amplo a partir da interconexão entre seus objetos (SANTOS; SANTOS; GOMES, 2012).

Quanto à multidiscipli naridade, Schwartzman et al. (2017) definem como a compreensão do mesmo objeto de estudo a partir da análise particular de cada disciplina. Desse mesmo modo, Souza e Souza (2009) referem que a multidisciplinaridade é a execução de várias disciplinas que não apresentam um objetivo em comum e que estabelecem o diálogo no âmbito de cada área. Entretanto, não existe a integração e a cooperação entre esses saberes.

3.4 Ações desenvolvidas pelo preceptor de ensino na perspectiva interdisciplinar

Mesmo diante da deficiência anteriormente apontada, das entrevistas, apurou-se que os preceptores, empiricamente, desenvolvem atividades interdisciplinares durante o processo de preceptoria ao relatar que o trabalho do enfermeiro está interligado ao do fonoaudiólogo, do médico, do nutricionista e do fisioterapeuta.

Como ações interdisciplinares apuradas nas entrevistas, destacam-se: a avaliação global do paciente, a passagem de plantão, a análise de uma gasometria e as mudanças de definições de condutas para o paciente.

[...] a gente aborda o paciente em diferentes aspectos, eu fazendo o meu, o terapeuta ocupacional fazendo o dele, a Enfermagem fazendo o dele, mas todos com o objetivo em comum [...] (P19).

Discussão de casos, que a gente sempre faz, principalmente quando eu chamo o pessoal da Fisioterapia para a gente discutir um pouquinho, os médicos mesmo e busca pesquisas em outras áreas [...] (P10).

A passagem de plantão, as mudanças de definições de condutas para o paciente, uma própria análise de uma gasometria, um processo de intubação, não é só preparar a prática de uma medicação e fazer, tem toda uma discussão [...] (P3).

Diante do exposto, pode-se perceber que os preceptores necessitam de apoio pedagógico para desenvolver ações interdisciplinares que alcancem os objetivos na formação do egresso dos cursos de saúde, de modo a contribuir para a formação de profissionais críticos e reflexivos. Fazer da prática uma articulação com a teoria permite uma aprendizagem significativa. Autonomo et al. (2015) destacam a necessidade de os preceptores compreenderem, mesmo antes de entrar em atividade, o projeto pedagógico e a importância de integrar os graduandos nas equipes de saúde. Além disso, proporcionar discussões problematizadoras que despertem, no discente, o interesse e o fazer conscientes pautados na ética, na humanização e na cidadania, com o intuito de atuar como agente transformador do cenário de prática em benefício da sociedade.

Nesse sentido, a interdisciplinaridade é vista como uma alternativa de reorganizar a prática pedagógica permitindo um novo entendimento dos saberes (SANTOS; SANTOS; GOMES, 2012). Para Gallo (2001), a interdisciplinaridade, na prática, é indicada para viabilizar a construção de saberes de forma coletiva com diversas áreas, de maneira a possibilitar o planejamento de ações por meio do trabalho em equipe.

3.5 Dificuldades e oportunidades da preceptoria hospitalar na visão do preceptor de ensino em saúde

Como dificuldades, os preceptores alegam falta de curso ou treinamento para receber os graduandos, falta de tempo para atender aos graduandos em decorrência da excessiva atividade laboral durante a jornada, dificuldade em dar atenção aos graduandos pela necessidade de atender aos pacientes em um quadro com déficit de profissionais.

Tudo isso, para mim, é novo [...]; é claro que a gente sente uma dificuldade inicial [...]. No início, eu senti dificuldade sim, por conta dessa atualização (P4).

A dificuldade maior de trabalhar isso acho que seja o excesso de função [...]. O profissional está sempre corrido, com mil tarefas para fazer, com mil pacientes para avaliar [...] isso dificulta (P9, grifo nosso).

Eu acho que precisaria melhorar primeiro o número de profissionais, a gente conseguiria dar uma assistência melhor, qualidade maior de assistência tanto “pra” os pacientes como “pra” os graduandos (P24, grifos nossos).

Dentre as principais dificuldades e desafios no exercício da preceptoria, está a necessidade do conhecimento pedagógico para planejar e avaliar atividades educativas. Tal necessidade tem origem na formação acadêmica baseada em um modelo curricular voltado às especialidades e ao modo fragmentado e desarticulado de agir em saúde (LIMA; ROZENDO, 2015). Em seu papel principal, é-lhe inerente a responsabilidade pela formação do profissional de saúde, sendo necessária a fundamentação científica e pedagógica para a aplicação dos seus saberes em seu espaço de trabalho.

Outra dificuldade apontada pelos preceptores foi a sobrecarga de trabalho assistencial e gerencial que dificulta o processo de ensino. Nesse sentido, Tavares et al. (2011) asseguraram que as diversas tarefas exercidas pelos profissionais de saúde em hospitais de ensino podem, em algum momento, divergir e gerar conflitos devido à dificuldade em associar diariamente o duplo papel de profissional assistencial e educador.

Quanto às oportunidades, o processo de preceptoria amplia o contato entre os indivíduos, obriga o profissional a se reciclar, estudar, manter-se atualizado, ser instigado pelos graduandos que trazem temas atuais, como se pode perceber nas falas a seguir.

[...] esse ponto aberto, esse contato aberto com outros profissionais (P16, grifo nosso).

A possibilidade de aprender junto com o aluno [...], estudar “pra” poder repassar mais conhecimento [...] tem sempre que “tá” estudando “pra” poder tirar as dúvidas do aluno (P11, grifo nosso).

Como oportunidade, eu ainda ressalvo muito a questão do aprendizado, do reciclar o conhecimento (P22, grifo nosso).

O processo da preceptoria torna-se uma importante oportunidade de aumentar os cenários de discussão e de construção de conhecimento sobre as ações cotidianas. Nesse sentido, ao passo em que se colocam em contato com os vários aspectos de sua atuação profissional, os preceptores podem ser desafiados pelas suas próprias ações que proporcionam a reflexão e a mudança de suas condutas clínicas ou pedagógicas (LIMA; ROZENDO, 2015).

3.6 Sugestões de melhorias apontadas pelo preceptor de ensino em saúde para o processo de ensino-aprendizagem

Para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, a maioria dos entrevistados sugere, como proposta, alguns itens: reuniões frequentes com a coordenação dos cursos; curso preparatório para os preceptores; remuneração financeira por parte da UPE; preceptoria fora da jornada intensa de trabalho, ou seja, dentro da jornada de trabalho seria reservado um tempo exclusivo para a preceptoria, conforme as falas a seguir.

Eu acho que deveria ter uma troca realmente com a universidade, em termos de ensino mesmo, de encontro, capacitação em si, para preceptor mesmo [...] as reuniões deveriam ser mais frequentes, eu acho que já melhoraria bastante (P24, grifos nossos).

Um curso específico [...], um roteiro com os objetivos, o que espera, qual a finalidade e até mesmo um curso “pra” gente, acho que seria mais proveitoso (P4, grifos nossos).

Eu sinto falta desse tempo mais livre “pra” conversar, “pra” sentar, “pra” discutir caso, “pra” estudar [...] porque é muito corrido essas seis horas que a gente passa aqui dentro. Às vezes, você organiza um horário para discutir [...] um estudo de caso e esse tempo, às vezes, nos falta e [...] que deveria melhorar [...] esse tempo de discussão que a gente muitas vezes não tem (P5, grifos nossos).

O vínculo empregatício em relação a quem é preceptor daqui ter a oportunidade de ser preceptor pela universidade [...] e não ser cedido da UNIVASF para UPE (P15, grifos nossos).

Em face às sugestões dos preceptores, pode-se inferir que existe a necessidade de mais aproximação por parte dos docentes da UPE, responsáveis pelo Estágio Supervisionado, com os profissionais do campo de prática, a fim de estreitar as relações de ensino e de serviço com a finalidade de apoio pedagógico.

Nesse contexto, Silva, Viana e Santos (2014) destacaram que é necessário que os preceptores e os profissionais da universidade executem, juntos, o planejamento das atividades curriculares propostas aos alunos no estágio como uma forma de garantir um processo de ensino e aprendizagem completo ao graduando. Além disso, essa articulação entre o preceptor e o docente facilita o desenvolvimento do aluno como um ser crítico e transformador.

Segundo um estudo de Bairral (2014), os preceptores, na maioria das vezes, são profissionais da rede de atenção à saúde e que, por falta de oportunidades, por sobrecarga de trabalho e carência na oferta, não conseguem participar de cursos para a formação de preceptores, tornando-se um obstáculo que acarreta dificuldades para a formação dos futuros profissionais.

Com relação à sobrecarga de trabalho, Izecksohn et al. (2017) afirmam que o acúmulo de atividades assistenciais e o papel como preceptor causam a sobrecarga de trabalho que compromete o processo da preceptoria. Em busca de sanar esse problema, é importante que haja um equilíbrio entres as diversas atribuições do preceptor tornando a preceptoria mais eficaz.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A visão dos preceptores sobre o processo de formação profissional em uma perspectiva interdisciplinar é imprescindível à construção de ações que respondam às suas necessidades pedagógicas no processo de formação de novos profissionais.

Outro ponto relevante é que nenhum dos preceptores entrevistados participou de algum curso preparatório para exercer a função de preceptor e nem a instituição hospitalar dispõe de carga horária reservada para o exercício da preceptoria, o que pode acarretar prejuízo na formação dos graduandos e sobrecarga de trabalho aos profissionais de saúde.

Além disso, alguns dos entrevistados demonstram não ter clareza no que se refere ao processo de preceptoria e nem reconhecem a lei que regulamenta o Estágio Supervisionado ao apontarem que o estudante deveria ser acompanhado durante a preceptoria por um profissional vinculado à instituição de ensino quando, na realidade, o graduando deve ser acompanhado por um profissional do serviço (preceptor) com o objetivo de vivenciar o mundo do trabalho e atuar como um agente transformador da realidade.

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Recebido: 22 de Junho de 2018; Aceito: 25 de Abril de 2019

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