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Educação

versão impressa ISSN 0101-465Xversão On-line ISSN 1981-2582

Educação. Porto Alegre vol.45 no.1 Porto Alegre  2022  Epub 17-Jul-2023

https://doi.org/10.15448/1981-2582.2022.1.43979 

50 Anos PPGEDU PUCRS

Memórias da minha caminhada pelo mestrado e doutorado

Memories of my journey trough Master and Doctorate degree

Memorias de mi caminada por la maestría y doctorado

Sérgio Eduardo Mariucci1 

Sérgio Eduardo Mariucci Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil; mestre em Educação pelo Boston College, Estados Unidos e pela PUCRS. Professor e pesquisador colaborador no Programa de Pós-graduação em Design Estratégico da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Reitor da Unisinos. Egresso do PPGEdu da PUCRS no ano de 2014 com a tese “A formação dos gestores e a qualidade da educação nas escolas católicas da Arquidiocese de Porto Alegre”. reitor@unisinos.br


http://orcid.org/0000-0002-0313-5352

1Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), São Leopoldo, RS, Brasil.


Resumo:

Este relato de memórias segue uma metodologia de memorial de vida e recupera nomes, dados, eventos e autores em torno da minha caminhada nos anos em que cursei o mestrado e o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). No texto faço referência e homenagem póstuma à minha orientadora e recupero as motivações para a pesquisa sobre o gestor escolar e sua relação com a qualidade da educação no âmbito da educação católica.

Palavras chaves: memória; educação; gestão escolar

Abstract:

This account of memories follows a life memorial methodology and recovers names, data, events, and authors around my journey in the years when I did my master's and doctorate's research in the Postgraduate Program in Education at the Pontifical Catholic University of Rio Grande do Sul. I make a posthumous tribute to my advisor, and I recover some of the motivations to my research on the school managers field and its relationship with the quality of education in the scope of Catholic education on K to 12 schools.

Keywords: memory; education; school management

Resumen:

Este relato de memorias sigue una metodología de memorias de vida y recupera nombres, datos, hechos y autores en torno a mi recorrido en los años de maestría y doctorado en el Programa de Posgrado en Educación de la Pontificia Universidad Católica de Rio Grande do Sul. Hago una referencia póstuma y homenaje a mi directora de tesis, recupero las motivaciones de la investigación sobre el gestor escolar y su relación con la calidad de la educación en el ámbito de la educación católica.

Palabras clave: memoria; educación; gestión escolar

A palavra “caminhada” remete a movimento, percurso, jornada em que saímos de um lugar com propósito de algum destino. O caminhante é sempre o protagonista, às vezes guiado, orientado por alguém ou uma ideia do que nos espera ou esperamos. O caminho oferece ao caminhante as condições para se chegar aonde se pretende, sem, contudo, garantir que não haverá surpresas e horizontes não planejados. Recuperar as memórias sobre a minha jornada no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) é retomar as motivações e o contexto que me fez fincar o pé na estrada da pesquisa em educação e considerar os novos percursos que dessa experiência vivida surgiram em minha vida.

Faço aqui, portanto, um relato de experiência pessoal. Mais um memorial que um artigo científico. Tomo aqui o conceito de experiência no âmbito das vivências, as repercussões em minha subjetividade a partir de uma trajetória formativa em âmbito de pós-graduação em Educação na PUCRS. Em torno e para além dessa trajetória, trago nomes de pessoas, eventos e atividades que me formaram como pesquisador em educação. Uso as palavras experiência e formação para ressaltar algo em desuso, atualmente, quando se trata de educação. A sanha por novidade, por vezes, se perde em produtos utilitários e desmerece a dimensão formativa “Building”, que integra todo o âmbito da educação como currículo e vida, seja no ensino, seja na pesquisa. Nos parágrafos seguintes faço um registro da minha caminhada no PPGEdu da PUCRS. Isso ocorreu entre os anos de 2011 e 2014, período em que fiz mestrado e doutorado, um percurso atípico, como explicarei no texto, e muito intenso de vivências e aprendizagens. Nesse registro em primeira pessoa e de estilo memorial, procuro expressar o que fundamenta e motiva, também politicamente, o compromisso com a pesquisa em educação.

Como padre jesuíta, e ser padre jesuíta é também um lugar que orienta minha caminhada de pesquisa, aprendi a registrar as fortes experiências vividas e a identificar as moções2 de Deus nos movimentos da vida, nas jornadas, nos trabalhos realizados, nas pessoas com quem convivi, trabalhei, aprendi. O relato que faço aqui segue nesse exercício e constato um estado interior de grande consolação e gratidão. Aliás, nos exercícios espirituais de Santo Inácio, a gratidão é fruto do íntimo conhecimento da constante ação do Criador em nós. E Deus age suavemente e de diferentes modos, sobretudo por meio das pessoas. Relatar a experiência de ter feito mestrado e doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação na Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, que neste ano completa 50 anos, é uma bela ocasião para reconhecer todo o bem que isso me fez e o bem que pude fazer a partir do que recebi e construí ao longo dessa experiência. Assim como a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), onde hoje trabalho como reitor, a PUCRS tem sua reputação e história construídas pelas mãos e corações dos que nela trabalharam e estudaram e aqueles que ainda hoje escrevem a história dessa renomada instituição. O convite a fazer esse relato me deu a ocasião de corrigir o lapso de nada ter registrado sobre a minha gratidão ao PPGEdu da PUCRS nos anos seguintes à obtenção do título. Participo da celebração dos 50 anos do PPG em Educação como uma ocasião de fazer memória a todas as pessoas, professoras, professores, auxiliares administrativos que escreveram essa história de relevantes serviços à pesquisa em educação. Com isso, espero corrigir e expressar de modo muito especial à minha orientadora (in memorian), a professora Marta Luz Sisson de Castro, falecida em 2016. Fazer esse registro me ajuda a compreender os efeitos dessa experiência em minha vida bem como ressaltar o valor da pesquisa em educação para o nosso país.

O que a experiência de ter estudado no PPGEdu da PUC gerou em mim? O que mudou em minha vida o fato de cursado o mestrado e doutorado em Educação na PUCRS? O exercício deste relato me traz à consciência que a jornada formativa vivida na pós-graduação é uma experiência transformadora que qualifica e condiciona toda a nossa vida. Algo que supera a condição social de ser reconhecido como mestre ou doutor e que nos compromete com a qualidade do que fazemos e do campo de investigação através do qual a comunidade acadêmica nos acompanha, avalia e confere o reconhecimento. Por tudo isso, a experiência da formação em pós-graduação, quanto mais bem-sucedida, mais nos dá a certeza de que pouco sabemos e muito temos que percorrer e compartilhar na perspectiva de contribuir com o conhecimento e a pesquisa. Ter feito parte da história do PPGEdu da PUCRS é algo que qualifica o meu currículo naquilo que melhor um currículo pode significar, ou seja, a identidade de ser pleno no que fazemos. Ser pleno, para mim, é acreditar no que fazemos, no que ensinamos, no modo como trabalhamos e compartilhamos com nossas equipes as nossas convicções e as dúvidas. Foi com essa plenitude que a professora Marta Luz Sisson de Castro me orientou. Seu sorriso permanente era encantador, como sua generosidade em nos envolver em projetos, oportunidades e muitas possibilidades de crescimento. Em seu nome ela traz algo que lhe caracterizava bem, a luz. Na luz perpétua, seu nome e história ficarão preservados, assim como a sua memória. Ela me abriu as portas da pesquisa e, com a bondade que lhe era característica, orientou-me tanto no mestrado como no doutorado, ambos em situações bem atípicas. Aceitei escrever esta memória principalmente para registrar minha gratidão a essa grande professora e pesquisadora do Brasil. Sua contribuição ainda repercute com relevância, uma vez que a qualidade da educação no viés da política e da gestão educacional segue como campo de pesquisa imensamente necessitado de dados, experiências e pesquisas. A professora Marta compartilhava suas pesquisas3 com outra grande pesquisadora, que também foi sua orientanda: trata-se da professora doutora Flavia Obino Corrêa Werle. Ambas atuavam no mesmo campo de pesquisa: o perfil do diretor escolar e a relação entre a qualidade da educação e a escolha democrática dos diretores de escolas municipais. Elas trouxeram contribuições para consolidar o processo de escolha democrática para a direção escolar. A pesquisa, tanto da professora Marta como da professora Flávia, levantava dados sobre o perfil das pessoas que eram eleitas para a direção escolar e buscava verificar se havia relação entre a melhora nos indicadores de qualidade com a formação das pessoas eleitas para a função. Em universidades distintas, elas cooperavam: a professora Marta na PUCRS e a professora Flávia4 na Unisinos. Ambas, ao seu modo, me influenciaram e contribuíram para a minha formação. Hoje a professora Flávia atua voluntariamente na Unisinos e, como professora emérita, acompanha os frutos de seu trabalho acurado na excelência.

Minha escolha pela PUCRS e pela professora Marta teve a influência de um outro professor pesquisador que, pela dedicação à pesquisa e grandeza humana, vale ser lembrado com amor: trata-se do padre jesuíta e doutor em Educação Egidio Francisco Schmitz, falecido em novembro de 2017, um ano após a passagem da professora Marta. Eu tinha obtido o título de mestrado em Educação no Boston College, nos Estados Unifos, e esperava o reconhecimento desse título no Brasil. Enquanto esperava, o Padre Egídio me aconselhou a procurar a professora Marta na PUCRS, pois, com ela, eu poderia dar continuidade à pesquisa que iniciara nos Estados Unidos e asseguraria que, caso meu título não fosse reconhecido, teria como obter o mestrado e doutorado também aqui no Brasil. Assim procedi e, no segundo mês do mestrado na PUCRS, recebi da Universidade Federal de Minas Gerais, onde meu certificado de graduação fora registrado, a notificação de que o reconhecimento do meu título de mestre obtido no Boston College, em Massachussetts, Estados Unidos, fora deferido. Com essa notícia, a minha orientadora incentivou-me a acelerar o mestrado para logo participar da seleção de doutorado e avançar na pesquisa. Em dois semestres concluí o mestrado e, antes da banca final, obtive êxito na seleção para o doutorado, iniciado no mês subsequente à conclusão do mestrado.

Essa jornada atípica foi qualificada por várias participações em eventos acadêmicos e grupos de estudos que contribuíram para contextualizar no Brasil o que tinha estudado lá em Boston. Especificamente no mestrado, ainda que curto, tive oportunidade de aprofundar os estudos na metodologia e no pensamento de Paulo Freire. Durante meu mestrado em Boston, Paulo Freire era bibliografia em todas as disciplinas do curso. Mas a ênfase era somente na obra mais conhecida do autor, a Pedagogia do Oprimido, por conta do tema da “autonomia do sujeito” e da relação entre educação e cidadania por conta da temas que aproximam o pensador brasileiro à tradição pedagógica americana enraizada em John Dewey. Na PUCRS, sobretudo por conta da professora Ana Lúcia de Souza Freitas, pude aprofundar-me na biografia, teoria do conhecimento e na metodologia de Paulo Freire. Durante a breve experiência no mestrado em educação na PUCRS pude, ainda, por conta da minha orientadora, participar do Congresso Internacional da ISfTE (International Society for Teacher Education) que se realizou no campus da instituição. Essa participação foi extraordinária para compartilhar a pesquisa em formação de professores que eu havia feito no exterior. O Padre Egidio Schmitz, no tempo em que era professor na PUCRS, fez parte da coordenação do ISfTE, como tesoureiro. Nesse congresso eu compartilhei minha pesquisa, meu projeto e atuei como intérprete. Isso tudo para dizer que a breve e atípica jornada do meu mestrado na PUCRS foi enormemente proveitosa. Minha banca de mestrado foi composta pela professora Ana Lúcia e pela professora Berenice Corsetti (Unisinos), com quem muito aprendi, pois, desde a sua participação em minha banca de mestrado, fui acompanhando as suas publicações, e isso muito contribuiu para a minha pesquisa de doutorado, de modo que ela também fez parte da banca de qualificação e defesa de tese.

O percurso formativo que realizei durante o doutorado foi uma grande oportunidade de conhecer âmbitos regionais e nacionais de debates e compartilhamentos de pesquisas em educação. Cito com gratidão as participações nos eventos da Associação Nacional de Pesquisa em Educação, a ANPED. Minha pesquisa de doutorado foi um desdobramento da pesquisa de minha orientadora. Ela trabalhava com o perfil das pessoas em função de direção de escola pública, especificamente das escolas com melhor resultado nas provas do IDEB (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica). Sua pesquisa selecionava as escolas pelo desempenho no IDEB e investigava se havia ou não relação entre a qualidade da escola com o perfil de gestor da pessoa na função de direção. Minha pesquisa delimitou as escolas confessionais católicas da Arquidiocese de Porto Alegre e, com metodologia qualitativa de análise de respostas, investiguei elementos sobre o perfil do gestor de escola católica, especificamente quanto aos percursos formativos realizados por essas pessoas até chegarem à função de direção geral.

Pesquisar sobre Educação nos coloca diante de um universo de temas complexos e que vão muito além do objeto da própria pesquisa e servem de substrato e fundamento. Ao pesquisar sobre a escola católica, pude resgatar artigos e publicações realizados pela antiga Associação de Escolas Católicas (AEC), fundada em 1945 (ROSSA, 1995) que, a partir do ano de 1998, sofreu uma fusão para também incluir na sigla e organização a educação superior, passando assim a ser denominada Associação Nacional de Educação Católica. Boa parte dessas publicações, encontrei na então renomada Revista da AEC, o que me deu uma visão histórica e sincrônica da educação católica desde a fundação da entidade, em 1958. Compreender a presença política da educação católica no Brasil (ROSSA, 2005) ajuda a mensurar o impacto, por exemplo, da Pedagogia da Libertação (LIBANIO, 1997), sob influência das conferências latino-americanas de Medellin e Puebla, no contexto vivido pela Igreja Católica na América Latina e chamado de “aggiornamento” (VALLE, 1997), uma expressão italiana que significa atualização, no caso, uma atualização da Igreja na perspectiva do Concílio Vaticano II. Essa atualização foi liderada no Brasil pelo bispo de Olinda e Recife, Dom Helder Câmara (LIBANIO, 1980). À esteira desse movimento, a educação católica viveu uma guinada radical. Como relatou o padre jesuíta João Batista Libânio5, as Congregações que trabalham em colégios tradicionais nos bairros de classe média alta foram paulatinamente se deslocando para as periferias em atividades pastorais e movimentos sociais. Assim, os colégios católicos que tinham padres e freiras como professores ficaram com alguns religiosos apenas em funções diretivas para décadas mais tarde também delegarem essas funções aos leigos e hoje, em alguns casos, preservar apenas o nome original do Colégio (AZZI, 1997). Em minha tese, eu recuperei esse processo de mudança na estrutura de gestão das escolas a partir do perfil das pessoas em função de direção escolar. Além das mudanças ocorridas no âmbito da administração escolar, talvez a transformação maior e fundante tenha sido na orientação curricular da educação católica (AZZI, 1995). Por influência das atualizações na Igreja Católica, os colégios, sob o influxo do documento pontifício Gravissimun Educaciones, buscavam dialogar com as ciências modernas voltadas para a Educação, tais como a Psicologia e a Pedagogia. Assim, os números da Revista AEC traziam um constante e proveitoso debate sobre a Pedagogia de Paulo Freire, o que o tornou fundamento curricular de quase todas as escolas católicas no Brasil (CURY, 1991). Ao escrever essas memórias, dou-me conta do retrocesso cultural que estamos vivendo, quando, por exemplo, há tentativas nefastas e pueris de desqualificar o patrono da educação no Brasil em vista de rasas argumentações oriundas do ambiente obscuro e grotesco que caracterizam estes tempos estranhos, que esperamos logo passem. O nebuloso contexto atual obscurece a razão em função de frases de efeito nas redes sociais e ameaça, constrange e faz adoecer os professores. Celebrar os 50 anos do PPGEdu da PUCRS é também ocasião de firmar nossa teimosia em esperançar.

Portanto, é preciso lembrar que a educação católica no Brasil também teve o seu momento de protagonismo na luta por uma educação libertária e voltada para a cidadania e a democracia. A crise atual nos provoca a resgatar e fortalecer os valores que nos motivam a trabalhar e pesquisar sobre a educação no Brasil em vista da consolidação de um país democrático, republicano, laico e de acesso equânime às oportunidades e sobretudo aos direitos. A educação como um direito do cidadão foi se transformando, já nos anos finais do milênio passado, em um bem de consumo e produto de exploração financeira. Esse ambiente de mercado foi um dos elementos que forçou as instituições escolares católicas, objeto de minha pesquisa na época, a se equiparem com ferramentas de gestão empresarial. Considerando todas as transformações ocorridas nesse nicho de educação desde o contexto conciliar, anteriormente comentado, busquei, na pesquisa de doutorado, dados sobre a formação acadêmica e profissional das pessoas que ocupavam a função de diretor geral nas escolas católicas da arquidiocese de Porto Alegre. A constatação, à época, foi de que a formação dos gestores de escolas católicas estava relacionada à tradição pedagógica e confessional da respectiva instituição. As escolas e a própria ANEC oferecem constante atualização para a qualificação de seus gestores e isso também qualifica os processos da escola, possivelmente incidindo sobre sua qualidade.

A ocasião de cumprimento dos créditos, pesquisa e escrita foi um tempo privilegiado para experiências acadêmicas de compartilhamento de pesquisa em âmbito regional e internacional. Foi por conta dessa pesquisa que, junto com a orientadora, e novamente por conta da participação no ISfTE, eu pude participar de um congresso na cidade de Paro, no reino do Butão, um país que fica ao norte da Índia e ao sul da China. Ocasiões assim me conectaram com pesquisadores de outros continentes sobre temáticas relacionadas à formação do professor à guisa da educação comparada entre processos de formação docente e sua relação com a equidade, democracia e qualidade da educação.

Enfim, devo reconhecer também que, concomitante ao mestrado e doutorado que fiz na PUCRS, eu trabalhei no Colégio Anchieta de Porto Alegre, o que se constituiu em uma experiência que me ajudou a integrar prática e teoria, de modo que atribuo às professoras e a todos do Anchieta alguns dos créditos do meu doutorado na PUCRS. Após a defesa da tese, assumi funções na Rede Jesuíta de Educação que, pelo volume de trabalho, não me permitiram continuar a pesquisa, algo que retomei quando vim fazer pós-doutorado em Design Estratégico, aqui na Unisinos, onde, desde o início deste ano, me tornei reitor. Agora, pretendo retornar ao PPG Educação da Unisinos e dar seguimento ao que iniciei na pesquisa em educação na PUCRS.

2Palavra que, no vocabulário de espiritualidade, significa os movimentos da alma humana e está relacionado à opção fundamental, àquilo que me move ou distancia do meu projeto de vida.

3 Castro, M. L. S. (2000). Gestão escolar e formação de gestores. Revista em Aberto, 17(72), 1-195.

4Castro, M. L. S. &, Werle, F. O. C. O estado do conhecimento em administração da educação: Uma análise dos artigos publicados em periódicos nacionais 1982 – 2000. Revista Ensaio, 12(45), 1045-1064.

5 Libanio, J. B. (1980). As grandes rupturas socioculturais e eclesiais. Vozes/ CRB.

Os textos deste artigo foram revisados pela Poá Comunicação e submetidos para validação do autor antes da publicação.

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Recebido: 27 de Setembro de 2022; Aceito: 31 de Outubro de 2022; Publicado: 01 de Dezembro de 2022

Endereço para correspondência Sérgio Eduardo Mariucci, Unisinos São Leopoldo Av. Unisinos, 950 Cristo Rei, 93022-750 São Leopoldo, RS, Brasil

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