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Revista Brasileira de Educação Médica

versão impressa ISSN 0100-5502versão On-line ISSN 1981-5271

Rev. Bras. Educ. Med. vol.45 no.1 Rio de Janeiro  2021  Epub 11-Fev-2021

https://doi.org/10.1590/1981-5271v45.1-20200427 

Artigo Original

Perfil e trajetória dos egressos de programas de residência das áreas básicas: um corte transversal

Profile and professional career of graduates from a residency program of the basic medical areas: a cross section study

Eduardo Jorge da Fonseca Lima1  2 
http://orcid.org/0000-0002-2277-2840

Pedro Jorge Serra da Fonseca Lima1 
http://orcid.org/0000-0002-5077-5096

Pedro Henrique Alves de Andrade1 
http://orcid.org/0000-0001-6371-3153

Lucas Miranda Castro1 
http://orcid.org/0000-0001-9334-4053

Afra Suassuna Fernandes2 
http://orcid.org/0000-0003-4027-3719

1 Faculdade Pernambucana de Saúde, Recife, Pernambuco, Brasil.

2 Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, Recife, Pernambuco, Brasil.


Resumo:

Introdução:

A residência médica é reconhecida como o “padrão ouro” para a formação de especialistas. O estudo do perfil dos egressos da residência médica é importante para identificar potencialidades e fragilidades da especialização.

Objetivo:

Este estudo teve como objetivo conhecer o perfil e a satisfação profissional dos egressos dos programas de residência das áreas básicas de um hospital-escola do Nordeste.

Método:

Trata-se de estudo de corte transversal que utilizou a plataforma eletrônica Survey. Incluíram-se residentes das áreas básicas que concluíram o programa no período de 2013 a 2017. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi enviado com o formulário. Realizaram-se análises descritivas das variáveis, e os dados foram apresentados em frequências absoluta e relativa. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do IMIP.

Resultados:

Dentre os 194 egressos, tivemos a adesão de 79 (40,72%). Com relação aos participantes do estudo: 73,4% eram do gênero feminino e 60,8% já estavam casados. Destacamos que 55,7% informaram que tinham uma renda mensal de dez a 20 salários mínimos. Dos egressos, 54 (68,4%) tinham cursado graduação em instituição de ensino superior privada. Sobre a pós-graduação stricto sensu, 19 egressos (21,7%) tinham mestrado. Sobre a atuação profissional, 93,7% exercem a especialidade e 54 (68,4%) trabalham no estado onde cursaram o programa. Em relação ao serviço público, 64,6% são vinculados ao Sistema Único de Saúde do estado de Pernambuco. Sobre a quantidade de horas de trabalho semanais, 43% trabalham entre 40 e 60 horas. Cerca de 75% dos egressos afirmaram que cursariam o programa novamente na instituição e declararam que a realização da residência facilitou a vida profissional deles.

Conclusão:

A monitoração periódica de egressos de programa de residência é um instrumento útil para avaliação do programa e permite monitoramento das intervenções implementadas, viabilizando inclusive a obtenção de informações que ajudem no planejamento de novos programas.

Palavras-chave: Educação; Recursos Humanos em Saúde; Residência Médica

Abstract:

Introduction:

medical residency is known as the “gold standard” for the qualification of specialists. Research into the profile of medical residency program graduates is important to identify potentialities and fragilities of the specialization.

Objective:

The objective of this study was to understand the profile and professional satisfaction of the graduates from the residency programs of basic medical areas of a teaching hospital in the northeast of Brazil.

Methods:

a cross-sectional study was conducted through an online questionnaire that was sent to the participants via electronic mail. The study population consisted of residency program graduates of the basic medical areas who graduated between 2013 and 2017. The Informed Consent Form was sent together with the form. Descriptive analyses were performed and data were presented as relative and absolute frequencies. The study was approved by the Research Ethics Committee of the IMIP.

Results:

of the 194 graduates, 79 (40.72%) answered the questionnaire. 73.4% were female and 60.8% were married. Approximately 55.7% of the graduates earned salaries corresponding to 11 and 22 minimum monthly wages. 54 graduates (68.4%) had attended a private medical school. Regarding stricto sensu postgraduate studies, 19 (21.7%) had a master´s degree. 93.7% are practicing their medical specialization and 54 (68.4%) still live in Pernambuco. Regarding public service, 64.6% are linked to the Unified Health System of Pernambuco state. 43% of the graduates worked between 40 and 60 h per week. About 75% of the graduates stated that they would attend the program again at the hospital and declared that completing the residency at the institution facilitated their professional life.

Conclusion:

the periodic monitoring of graduates from a residency program is a useful tool for evaluating the program and allows for surveillance of implemented interventions

Keywords: Education; Human Resources in Health; Medical Residency

INTRODUÇÃO

A residência médica (RM) é reconhecida como uma modalidade de pós-graduação e considerada o “padrão ouro” para a formação de especialistas. Seu histórico remonta ao ano de 1889, no John’s Hopkins Hospital, onde surgiram os primeiros programas de residência coordenados por Halsted e Osler nas áreas de cirurgia e clínica médica, respectivamente1. Em 1945, foi implantado o primeiro Programa de Residência Médica (PRM) no Brasil: em ortopedia, no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. A seguir, no Instituto de Previdência e Assistência ao Servidor do Estado do Rio de Janeiro, em 1948, criaram-se os PRMs em cirurgia geral, clínica médica, pediatria e obstetrícia/ginecologia1.

Desde 1977, todos os PRMs no Brasil estão subordinados à Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), que estabeleceu normas e critérios para o credenciamento de programas. Nos termos do Decreto nº 80.281/77, a RM constitui um curso de pós-graduação destinado a médicos e caracterizado por treinamento em serviço do médico residente, cujas atividades são sempre supervisionadas por profissionais de reconhecida competência ética e técnica1. Os médicos especialistas devem estar preparados para atender às demandas de saúde da população, e, portanto, as competências adquiridas no PRM são imprescindíveis para sua prática clínica2.

O estudo do perfil dos egressos da RM é importante para identificar potencialidades e fragilidades da especialização, podendo extrapolar para a residência as recomendações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) voltadas à graduação3.

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) foi fundado em 1960 e é uma entidade filantrópica, que atua nas áreas de assistência médico-social, ensino, pesquisa e extensão comunitária. Voltado para o atendimento da população carente pernambucana, o Complexo Hospitalar do IMIP é reconhecido como uma das estruturas hospitalares mais importantes do país, sendo centro de referência assistencial em diversas especialidades médicas4.

O PRM em pediatria do IMIP foi iniciado em 1966, tendo ao longo desse período se destacado como um dos programas de referência na especialidade no país. Atualmente, o IMIP dispõe de 48 PRMs. Do ponto de vista assistencial, a instituição é voltada para o atendimento da população carente pernambucana ao prestar assistência integral à saúde da criança, da mulher e do adulto.

Desde a sua implantação, o modelo educacional da RM obedeceu a uma programação básica, com três elementos importantes: a população a ser assistida, a estrutura hospitalar adequada para o ensino e preceptores qualificados5. Os médicos especialistas devem estar preparados para atender às demandas de saúde da população, e, portanto, a formação obtida durante a realização dos PRMs é imprescindível para sua prática clínica6)-(9.

Apesar da existência de inúmeros serviços com RM no Brasil, praticamente não há programas regulares de acompanhamento de avaliação da qualidade, exceto as visitas de credenciamento do Ministério da Educação8),(9. Para conhecer a qualidade de um programa de formação profissional, é fundamental conhecer o perfil de egresso profissional treinado nos programas e a trajetória futura desse especialista.

A American Medical Association objetivou conhecer o grau de dificuldade que os médicos egressos de PRMs encontravam para se inserir nesse mercado e verificou que 67% atuavam na especialidade correspondente ao seu último PRM, 15,5% optaram pela carreira acadêmica, 5% atuavam em especialidade diferente da formação na RM, 5,1% declararam ter outros planos profissionais e 7,1% não conseguiram ingressar no mercado de trabalho. Do total de médicos que conseguiram emprego na sua área de formação, 22,4% relataram ter tido significante dificuldade para ingressar no mercado5.

Um estudo semelhante realizado no Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo10 com egressos da residência constatou que 64% dos especializados continuavam atuando na cidade onde foi realizado o programa, 78% se consideravam profissionalmente realizados e 22% se sentiam parcialmente realizados em virtude da renda mensal inferior à esperada e por não terem iniciado/concluído outra pós-graduação. Destacamos que 54% dos egressos da residência exerciam função docente, principalmente em serviços públicos10.

Outro aspecto relevante nos estudos sobre egressos refere-se aos dados de saúde mental11. Destaca-se o fato de as profissões de saúde serem desgastantes, com grande dedicação de tempo, envolvimento e muita responsabilidade pessoal, além do contato constante com o sofrimento de pacientes e familiares. Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Medicina12 mostrou que a grande maioria dos médicos considera fundamental uma boa combinação entre trabalho e vida pessoal. Para 83,6% deles, a “capacidade de obter um equilíbrio entre a profissão e a vida pessoal” é um dos fatores mais importantes para um “exercício profissional satisfatório e gratificante”. O segundo fator mais citado - assinalado por 64,2% dos egressos - foi “ter uma jornada de trabalho flexível”, enquanto 49,4% citaram “ter competência técnica”. A possibilidade de “exercer o ensino” foi assinalada por 43,6%, enquanto 42,8% dos novos médicos mencionaram “contar com um sistema de saúde que dê assistência adequada para meus pacientes”12.

Portanto, o acompanhamento regular e sistemático de egressos é uma prática ainda incomum em diversas áreas, especialmente entre instituições formadoras de médicos residentes. Existem poucos dados e publicações com informações sobre o perfil dos egressos de PRMs e seu desempenho ao longo da carreira, apesar da grande importância do tema6)-(9.

Os objetivos do nosso estudo foram conhecer o perfil e a satisfação profissional dos egressos dos PRMs das áreas básicas do IMIP, contribuindo para análise da inserção desse profissional no Sistema Único de Saúde (SUS), e verificar o grau de satisfação com o programa cursado e com sua qualidade de vida atual.

MÉTODOS

Realizou-se um estudo de corte transversal no qual se utilizou a plataforma eletrônica Survey para a coleta dos dados. A população de estudo foi composta por todos os residentes das quatro áreas básicas (clínica médica, pediatria, ginecologia/obstetrícia e cirurgia geral) que concluíram os PRMs no IMIP, no período de 2013 a 2017. Portanto, os critérios de inclusão foram todos os residentes que concluíram esses programas no período citado, sendo excluídos apenas os que não concordaram em responder ao questionário. De um total de 194 concluintes (69 pediatras, 67 ginecologistas e obstetras, 39 médicos clínicos e 19 cirurgiões gerais), tivemos a adesão de 79 egressos. Não realizamos análise inferencial porque a amostra dos egressos não permitiu comparações entre as áreas cursadas ou outro tipo de análise.

Um questionário eletrônico foi enviado para o e-mail pessoal dos participantes por meio da plataforma disponibilizada pela Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), e a coleta de dados ocorreu durante os meses de novembro de 2018 a fevereiro de 2019. Reenviaram-se os e-mails semanalmente aos que não responderam e efetuaram-se ligações por telefone para os residentes que tinham iniciado a pesquisa, mas não a concluíram, solicitando a adesão ao estudo e o término das respostas.

O questionário foi composto por perguntas estruturadas e abertas com respostas curtas sobre as características sociodemográficas, acadêmicas e profissionais, a satisfação com a profissão e a saúde do egresso. O questionário foi previamente aplicado a médicos residentes do hospital-escola da instituição em um projeto-piloto composto por 20 participantes, com o objetivo de avaliar a clareza e a pertinência das perguntas antes da elaboração da versão definitiva. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foi enviado com o e-mail, sendo necessária a leitura e concordância com os termos do estudo para ter acesso ao questionário na plataforma utilizada.

Os dados coletados foram armazenados na própria plataforma disponibilizada e posteriormente organizados em planilha do software Microsoft Office Excel. O programa utilizado para análise estatística foi o EpiInfo versão 7.2.2.2. Realizaram-se análises descritivas das variáveis do estudo, e apresentou-se a sua distribuição de frequência.

O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos do IMIP, sendo aprovado pelo Parecer nº 2.710.534.

RESULTADOS

Dos 194 egressos que concluíram a residência no período de 2013 a 2017 no IMIP, 79 (40,72%) aderiram ao questionário enviado com preenchimento completo.

No Gráfico 1, descrevemos a distribuição por programa de residência da nossa amostra, em que o maior percentual de respostas foi dos egressos do PRM em pediatria (41%), que é o programa com maior número de residentes da instituição.

Gráfico 1 Distribuição por programa dos egressos de residência médica de quatro áreas básicas do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) no período de 2013 a 2017, Recife, 2019 

A análise do perfil sociodemográfico dos egressos da instituição está descrita na Tabela 1. Salientamos que 73,4% eram do gênero feminino, mais de 60,8% eram casados, embora 64,6% ainda não tivessem filhos. Destacamos que 55,7% dos egressos informaram que sua renda mensal se situava entre dez e 20 salários mínimos por mês.

Tabela 1 Características sociodemográficas dos egressos dos programas de residência médica de quatro áreas básicas do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) no período de 2013 a 2017, Recife, 2019 

Biológicas N (n = 79) %
Idade
26 |- 29 20 25,3
29 |- 32 37 46,8
32 |- 35 20 25,3
Acima de 35 anos 2 2,5
Gênero
Masculino 21 26,6
Feminino 58 73,4
Sociodemográficas
Estado civil
Solteiro 27 34,2
Casado 48 60,8
União estável 3 3,8
Divorciado 0 0,0
Sem resposta 1 1,3
Número de filhos
Não tenho filhos 51 64,6
1 filho 22 27,8
2 filhos 6 7,6
3 filhos 0 0,0
Mais do que 3 filhos 0 0,0
Renda mensal (R$)
5.000 |- 10.000 22 27,8
10.000 |- 20.000 44 55,7
20.000 |- 30.000 11 13,9
acima de 30.000 2 2,5
Residência no início do programa
Recife/Grande Recife 36 45,6
Interior de Pernambuco 2 2,5
Outro estado do Brasil 12 15,2
Outro país 0 0,0
Sem resposta 29 36,7
Residência atual
Recife/Grande Recife 51 64,6
Interior de Pernambuco 0 0,0
Outro estado do Brasil 25 31,6
Outro país 1 1,3
Sem resposta 2 2,5

O histórico da formação acadêmica desde a graduação até a realização de pós-graduação stricto sensu está demonstrado na Tabela 2. Dos egressos que responderam ao nosso inquérito, 54 (68,4%) tinham cursado a graduação em uma instituição de ensino superior (IES) privada, 86,1% foram aprovados no processo seletivo para a RM no mesmo ano em que concluíram a graduação e apenas cinco (6,3%) utilizaram o Programa de Valorização dos Profissionais da Atenção Básica (Provab) para essa aprovação. Em relação a ter cursado pós-graduação stricto sensu, 19 egressos (21,7%) já tinham realizado mestrado.

Tabela 2 Formação acadêmica dos egressos dos programas de residência médica de quatro áreas básicas do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) no período de 2013 a 2017, Recife, 2019 

Graduação N (n = 79) %
Tipo de IES
Pública 25 31,6
Privada 54 68,4
Instituição
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 13 16,5
Universidade de Pernambuco (UPE) 17 21,5
FPS 20 25,3
Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) 03 3,8
Outros estados 26 32,9
Residência
Ano do processo seletivo
No mesmo ano em que concluiu a graduação 68 86,1
Um ano após o término da graduação 07 8,9
Dois anos após o término da graduação 04 5,1
Três anos após o término da graduação 0 0,0
Quatro ou mais anos após o término da graduação 0 0,0
Utilização de pontos obtidos por meio do Provab
Sim 5 6,3
Não 74 93,7
Ano de conclusão da residência no IMIP
2013 13 16,5
2014 16 20,3
2015 17 21,5
2016 14 17,7
2017 19 24,1
Produção científica durante o PRM
Sim 44 55,7
Não 35 44,3
Tipos de produção científica durante o PRM
Artigo em revista indexada 10 16,4
Tema oral em congresso da especialidade 13 21,3
Pôster em um congresso da especialidade 38 62,3
Realização de segundo PRM
Sim 60 75,9
Não 19 24,1
Título de especialista pela sociedade da área
Sim 38 48,1
Não 41 51,9
Residência N (n = 79) %
Registro da especialidade no Conselho Regional de Medicina (CRM)
Sim 35 44,3
Não 44 55,7
Pós-graduação stricto sensu
Mestrado
Sim 19 21,7
Não 60 78,3
Mestrado associado à residência do IMIP (n = 19)
Sim 05 26,3
Não 14 73,7
Doutorado
Sim 03 3,8
Não 76 96,2

A inserção no mercado de trabalho está detalhada na Tabela 3. Ressaltamos que 93,7% dos egressos estão exercendo a especialidade da área básica cursada, dos quais 54 (68,4%) trabalham em Pernambuco. Em relação ao serviço público, 64,6% são vinculados a esse regime de trabalho, sendo a maioria servidora da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE). Sobre a permanência no IMIP ou na rede IMIP hospitalar, verificou-se que 44,3% exerciam suas atividades nessas unidades.

Tabela 3 Inserção no mercado de trabalho dos egressos dos programas de residência médica de quatro áreas básicas do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) no período de 2013 a 2017, Recife, 2019 

Atuação N (n = 79) %
Exerce a especialidade obtida no PRM-IMIP
Sim 74 93,7
Não 05 6,3
Local onde exerce a profissão
Pernambuco 54 68,4
Outro estado do Brasil 24 30,4
Outro país 0 0,0
Não exerce a medicina 0 0,0
Sem resposta 01 1,3
Sobre os que atuam em PE (n = 54)
Apenas em Recife 37 68,5
Recife e região metropolitana 12 22,2
Recife e interior fora da região metropolitana 05 9,3
Apenas no interior do estado 0 0,0
Quanto à(s) instituição(ões) onde exerce a profissão
Apenas da rede pública 22 27,8
Apenas da rede privada 02 2,5
Em ambas as redes 54 68,4
Não se aplica 01 1,3
Atuação N (n = 79) %
Servidor público
Sim 51 64,6
Não 28 35,4
Servidor público vinculado a: (n = 51)
SES Pernambuco 25 49,0
Recife 03 5,9
Outra instituição 05 9,8
Outros 18 35,3
Médico do IMIP ou gestão hospitalar IMIP
Sim 35 44,3
Não 44 55,7
Número de vínculos empregatícios
Somente um 18 22,8
Dois 25 31,6
Mais de dois 36 45,6
Horas de trabalho semanais
Até 24 02 2,5
24 |- 32 02 2,5
32 |- 40 10 12,7
40 |-60 34 43,0
60|- 80 28 35,4
Não se aplica 03 3,8
Exerce atividade de plantão
Sim 71 89,9
Não 08 10,1
Horas correspondentes a plantões (n = 71)
Até 12 14 19,7
18|- 24 15 21,1
24|- 36 14 19,7
36|- 48 13 18,3
Acima de 48 8 11,3
Sem resposta 7 9,9
Plantões noturnos (n = 71)
Sim 60 84,5
Não 11 15,5
Plantões em finais de semana (n = 71)
Sim 54 76,1
Não 17 23,9
Atividades de ensino N (n = 79) %
Docência na graduação de Medicina
Sim 21 26,6
Não 58 73,4
Preceptoria em hospital de ensino
Sim 43 54,4
Não 36 45,6

A Tabela 4 apresenta a percepção dos participantes sobre o programa cursado, a carga horária e a satisfação pessoal. Dos egressos, 86,1% acreditam que ter realizado programa de residência no IMIP facilitou a vida profissional deles. Em relação à renda atual, 77,2% consideram satisfatória ou muito satisfatória, e todos responderam que consideram o exercício da profissão gratificante.

Tabela 4 Percepção sobre a residência cursada e a especialidade dos egressos dos programas de residência médica de quatro áreas básicas do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) no período de 2013 a 2017, Recife, 2019 

N (n = 79) %
Cursaria o PRM na área básica novamente
Sim 59 74,7
Não 20 25,3
Cursaria o PRM na área básica novamente no IMIP
Sim 58 73,4
Não 2 2,5
Sem resposta 19 24,1
Opinião sobre ter realizado o PRM no IMIP
Facilitou a minha vida profissional 68 86,1
Dificultou a minha vida profissional 1 1,3
Nem facilitou nem dificultou a minha vida profissional 10 12,7
Dificuldade de inserção no mercado de trabalho público
Sim 15 19,0
Não 64 81,0
Dificuldade de inserção no mercado de trabalho privado
Sim 14 17,7
Não 65 82,3
Atualmente, sua carga horária de trabalho comparada ao período da residência é:
Menor 44 55,7
Maior 11 13,9
Igual 24 30,4
N (n = 79) %
Satisfação com a renda pessoal
Muito satisfatória 15 19,0
Satisfatória 46 58,2
Regular 11 13,9
Insatisfatória 7 8,9
Muito insatisfatória 0 0,0
Considera o exercício da profissão gratificante?
Sim 79 100
Não 0 0
O exercício da profissão correspondeu às expectativas
Sim 67 84,8
Não 12 15,2

Analisaram-se as principais vantagens e desvantagens de ter realizado residência no IMIP. Os fatores citados com maior frequência como vantagem foram: número de pacientes, diversidade de casos, qualidade da preceptoria, infraestrutura do hospital e qualidade das atividades teóricas. Em relação às desvantagens, mencionaram-se: carga horária desgastante, excesso de pacientes e dificuldades na infraestrutura.

Também verificamos aspectos de hábitos da vida atual do egresso. Em relação à quantidade de horas de sono por dia, destacamos que 44 (55,7%) dormiam entre seis e oito horas diárias. Ao serem questionados se a qualidade de vida melhorou após o término da residência, 52 (65,8%) responderam afirmativamente. A prática de exercício físico regular foi evidenciada em apenas 39 (49,4%) dos egressos. Ressaltamos ainda que apenas 32 egressos (40,5%) relataram que tempo livre disponível é suficiente para a saúde física e mental.

DISCUSSÃO

A RM, inserida no escopo de pós-graduação lato sensu, caracteriza-se por ser equivalente à especialização e permite a concessão do título de especialista. É um programa de treinamento com carga horária semanal de 60 horas e visa transformar o recém-egresso da escola médica, formado com as competências de um médico generalista, em um especialista de determinada área. O processo de ensino-aprendizado é baseado fundamentalmente na prática médica supervisionada. Dessa forma, conhecer o perfil do egresso dos PRMs contribui de forma importante para uma análise dessa formação13.

No nosso estudo, de um total de 194 especialistas concluintes no período estudado, 79 egressos (40,72%) participaram da pesquisa, respondendo integralmente ao questionário enviado via correio eletrônico. Esse número foi superior àqueles encontrados em outras pesquisas que utilizaram o mesmo desenho de estudo, a exemplo da avaliação do perfil dos egressos feita por Koch et al.9 na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que contou com a resposta de apenas 33,6% dos entrevistados. Dos programas oferecidos pelo IMIP, a pediatria foi a área com o maior percentual de respostas (40,50%), já que é a especialidade com maior número de vagas oferecidas anualmente pela instituição.

Com relação ao gênero dos participantes, a maior parte da amostra (73,41%) foi composta por mulheres, resultado que está em consonância com o perfil do jovem profissional médico em todo o mundo, como é o caso do estudo realizado por Smith et al.14 com os egressos de ortopedia do programa Kaiser Permanente em Havard, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. A tendência mundial iniciada na década de 1980 e conhecida como “feminização da profissão médica”15),(16 ilustra a evolução da mulher no mercado de trabalho e sua posição de protagonista na construção de uma nova visão da saúde.

A idade média dos egressos foi majoritariamente de 29 a 32 anos (46,83%) com apenas dois apresentando idade superior a 35 anos, evidenciando que a formação de graduação e a primeira residência na área básica ocorrem ao redor dos 30 anos de idade. Essa característica também foi observada em outros estudos, como na análise do perfil dos egressos da RM em cirurgia geral da Universidade de Ribeirão Preto, cuja média de idade foi de 31,7 anos17.

Um aspecto relevante demonstrado no estudo foi a confirmação da tendência de que o PRM tem a capacidade de fixar o residente na região. Enquanto no início do programa 38 (48,10%) residiam em Pernambuco, atualmente 51 dos egressos (64,55%) moram no estado. Em estudo realizado no Acre e em Roraima, observou-se a taxa de fixação de praticamente 100% dos médicos que não eram naturais dos estados, mas que fizeram a RM em ginecologia e obstetrícia, medicina da família e comunidade ou pediatria nesses locais18.

Esse aspecto da fixação do profissional pela RM foi reconhecido em nosso país e fundamentou a necessidade de implementar o Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas (Pró-Residência), projeto dos Ministérios da Saúde e Educação com apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), que oferecia bolsas de RM em áreas definidas como prioritárias para o SUS e carentes de determinados especialistas19.

Mais da metade dos egressos (55,69%) tiveram alguma produção científica durante o PRM nas áreas básicas estudadas. Pesquisas que avaliam essa produção em programas de subespecialidade encontraram resultados melhores, como na avaliação dos PRMs em cirurgia plástica do Distrito Federal, em que identificaram 66,7% de residentes com apresentações em eventos científicos20. A produção científica durante a residência representa um papel importante na formação do médico especialista e na aplicação do conhecimento, constituindo também alicerces para a opção de continuidade da pós-graduação após a conclusão da RM21. Atualmente, a produção de pelo menos um estudo apresentado em um congresso da especialidade passou a ser condição obrigatória para conclusão do programa.

Em 2018, seis em cada dez médicos possuíam títulos de especialista no Brasil, apontando que os médicos brasileiros estão cada vez mais cientes da importância da especialização para conquistar boas oportunidades de carreira10. No nosso estudo, destacamos que 75,94% dos egressos das áreas básicas cursaram ou estavam cursando um segundo PRM, achado também presente no trabalho de Pinto et al.17, que mostrou que 80,7% dos egressos de cirurgia geral também cursaram uma segunda RM.

Tradicionalmente, a residência é o lócus privilegiado da formação de pós-graduação em Medicina. Entretanto, nos últimos anos, o prestígio alcançado pela pós-graduação stricto sensu vem aumentando o interesse dos profissionais médicos22. Na nossa pesquisa, 24,06% dos egressos já eram portadores do título de mestre. Vale ressaltar que esse resultado deve ter sido influenciado pelo fato de o IMIP ser uma das poucas instituições do Brasil a oferecer o programa de mestrado associado à residência.

Morrison et al.23 em 2001 descreveram que 55% dos PRMs dos Estados Unidos incluíam no seu currículo o treinamento de habilidades docentes, com os programas resident-as-teacher, que ganharam relevância desde a década de 1990. No Brasil, não existe programa similar, entretanto, na nossa pesquisa, 26,58% dos egressos também já atuavam como docentes em uma IES de graduação em Medicina.

A análise do perfil profissional verificou que 93,7% dos egressos exercem a especialidade da residência cursada principalmente no estado de Pernambuco (68,4%). A maior parte exerce suas atividades tanto na rede pública quanto na rede privada, o que parece ser a maneira de atuação mais comum do médico jovem. Ressaltamos que 76 egressos (96,20%) exercem a medicina em alguma instituição da rede pública, evidenciando que, independentemente da área de atuação, os PRMs têm contribuído efetivamente para a formação de profissionais capacitados para o SUS24.

Quanto à quantidade de horas de trabalho semanais, cerca de 43% trabalham entre 40 e 60 horas. Esse dado apresenta grande variação entre diversos estudos. A análise dos médicos recém-formados no Sul do Brasil demostrou que eles trabalhavam majoritariamente até 40 horas por semana25, enquanto um estudo sobre o perfil de trabalho dos médicos de um programa de residência tradicional chinês verificou uma média de 83,28 horas semanais entre os egressos da Peking Union Medical College Hospital, em Pequim, na China26.

A renda mensal atual derivada do trabalho médico recebida por mais da metade dos egressos (55,69%) encontra-se na faixa de dez a 20 salários mínimos nacionais. Esses dados são superiores à média salarial mensal dos médicos no âmbito nacional, em 201810.

Verificamos aspectos relacionados à satisfação do PRM cursado. Cerca de 75% dos egressos afirmaram que cursariam o programa novamente na instituição e declararam que a realização da residência no IMIP facilitou a vida profissional deles. Esses dados são indicativos da consolidação da qualidade do ensino oferecido no serviço27. Entre os aspectos positivos identificados nos PRMs, foram relevantes o número de pacientes, a diversidade de casos e o bom envolvimento dos preceptores. Os preceptores desempenham papel vital na preparação dos residentes, pois são eles que transmitem experiência e confiança e procuram fornecer oportunidades para o desenvolvimento das competências dos alunos em treinamento20. A principal desvantagem elencada foi a carga horária excessiva, relatada por 11,39% dos egressos.

Avaliou-se a percepção desse jovem médico sobre sua qualidade de vida. A maioria dos participantes respondeu que a profissão atendeu às expectativas geradas durante o curso e considera gratificante o exercício da profissão. No entanto, 59,49% dos médicos contestaram a afirmação de que o seu tempo livre é suficiente para cuidar da saúde física e mental, e 50,63% relataram não praticar exercícios físicos, fator que pode estar relacionado ao aumento de peso relatado por 33 (41,77%) dos egressos após o término da residência28.

LIMITAÇÕES DO ESTUDO

Embora os questionários eletrônicos sejam uma ferramenta prática e factível para obter informações dos egressos de programa de residência, o percentual de respostas é sempre um fator limitante dessa metodologia. Além disso, o fato de ser um estudo realizado em um único centro pode não permitir extrapolações para egressos de outros locais.

CONCLUSÕES

A monitoração periódica de egressos de programa de residência é um instrumento útil para a avaliação do programa e permite o monitoramento das intervenções implementadas, viabilizando inclusive a obtenção de informações que ajudem no planejamento de novos programas. O estudo confirmou que a RM contribui para a fixação do profissional na região do programa cursado e a grande maioria dos egressos exerce a sua especialidade. As atividades laborais são exercidas com frequência no SUS, tendo a residência contribuído de forma efetiva para a qualificação da assistência.

O conteúdo de atividades de ensino de especialidades necessita de constante revisão, e os resultados do nosso estudo foram essenciais para a discussão de mecanismos internos de avaliação e de indicadores indiretos da qualidade da formação dos PRM da instituição.

REFERÊNCIAS

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2Avaliado pelo processo de double blind review.

FINANCIAMENTO Declaramos que não houve financiamento neste estudo.

Recebido: 16 de Outubro de 2020; Aceito: 08 de Janeiro de 2021

eduardojorge@imip.org.br pedrojorgesflima@gmail.com pedroalves_andrade@hotmail.com lmc19051998@hotmail.com afra.suassuna@imip.org.br

Editora-chefe: Rosiane Viana Zuza Diniz. Editor associado: Roberto Zonato Esteves

CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES

Eduardo Jorge da Fonseca Lima participou da concepção e do desenho deste estudo, da análise e interpretação dos dados, e da redação e revisão da versão final deste artigo. Pedro Jorge Serra da Fonseca Lima, Pedro Henrique Alves de Andrade e Lucas Miranda Castro participaram da concepção deste estudo, da coleta e análise dos dados, e da revisão da versão final deste artigo. Afra Suassuna Fernandes participou da concepção deste estudo e da revisão da versão final deste artigo.

CONFLITO DE INTERESSES

Declaramos não haver conflito de interesses neste estudo.

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