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Educação: Teoria e Prática

versão impressa ISSN 1993-2010versão On-line ISSN 1981-8106

Educ. Teoria Prática vol.30 no.63 Rio Claro  2020  Epub 01-Jul-2020

https://doi.org/10.18675/1981-8106.v30.n.63.s12136 

Artigos

COMUNICAÇÃO ORAL E ESCRITA NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS: EXPERIÊNCIAS NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM

ORAL AND WRITTEN COMMUNICATION IN ACCOUNTING SCIENCES: EXPERIENCES IN TEACHING AND LEARNING

COMUNICACIÓN ORAL Y ESCRITA EN EL CURSO DE CONTABILIDAD: EXPERIENCIA EN LA ENSEÑANZA Y EN EL APRENDIZAJE

Evelyn Iris Leite Morales Conde1 
http://orcid.org/0000-0002-4315-6465

1Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, Rondônia – Brasil. E-mail: evelyn.morales@unir.br


Resumo

Trata-se de um relato descritivo que contempla a observação acerca da disciplina Comunicação Oral e Escrita, componente da área de Humanas e Sociais do Plano Pedagógico do Curso de Ciências Contábeis da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Câmpus José Ribeiro Filho, e sua correlação com a forma interativa de apreensão dos acadêmicos durante as atividades propostas em 2016. Com suporte em revisão bibliográfica e observação participante, o objetivo desse trabalho é demonstrar a apreensão dos estudantes acerca dos conteúdos debatidos e assimilar o alcance não apenas das teorias, mas da prática cotidiana relacionada às experiências dos sujeitos, suas necessidades e seus interesses à área de formação profissional. Dessa forma, os resultados inferem a construção de saberes compartilhados no processo de ensino e aprendizagem entre docente e discentes e a apreensão do conteúdo estudado para além do âmbito das Ciências Contábeis.

Palavras-chave Comunicação; Ensino; Ciências Contábeis

Abstract

This is a descriptive report that includes the observation about the discipline Oral and Written Communication, component of the Human and Social area of the Pedagogical Plan of the Accounting Course of the Rondônia’s Federal University, and its correlation with the interactive form of apprehension during the proposed activities in 2016. Supported by bibliographic review and participant observation, the objective of this work is to demonstrate the students' apprehension about the debated contents and to assimilate the scope not only of theories, but of daily practice related to the subjects experiences, their needs and their interests in the area of vocational training. Thus, the results infer the construction of shared knowledge in the teaching and learning process between teacher and students and the apprehension of the studied content beyond the scope of Accounting Sciences.

Keywords Communication; Teaching; Accounting Sciences

Resumen

Este es un informe descriptivo que incluye la observación sobre la disciplina Comunicación Oral y Escrita, componente del área Humana y Social del Plan Pedagógico del Curso de Contabilidad de la Fundación Universidad Federal de Rondônia, campus José Ribeiro Filho, y su correlación con la forma interactiva de aprehensión de los académicos durante las actividades propuestas en 2016. Con el apoyo de la revisión bibliográfica y la observación participante, el objetivo de este trabajo es demostrar la aprensión de los estudiantes sobre los contenidos debatidos y asimilar el alcance no solo de las teorías, sino también de práctica diaria relacionada con las experiencias de los sujetos, sus necesidades y sus intereses en el área de la formación profesional. Por lo tanto, los resultados infieren la construcción de conocimiento compartido en el proceso de enseñanza y aprendizaje entre docentes y estudiantes y la comprensión del contenido estudiado más allá del alcance de las Ciencias Contables.

Palabras clave Comunicación; Educación; Ciencias Contable

1 Introdução

Ao considerar que a evolução da Contabilidade tem estreita ligação com o progresso da humanidade (CHIROTTO et al., 2007), observa-se a relevância do tema descrito neste trabalho, justamente pela efetividade da comunicação como processo inerente às relações humanas em suas respectivas complexidades.

Cabe salientar a referência de Melis (1950), citado por Chirotto et al. (2007), de que a Contabilidade tem a conta como principal característica de manifestação e é tão antiga quanto a civilização construída pelos homens. “Dessa forma, a história da Contabilidade é, em certo ponto, uma consequência da história da civilização, de suas vicissitudes às mais altas manifestações, sobretudo no campo econômico” (MELIS, 1950, p. 3); dado correspondente à ciência em tela.

Para além da conta, Schmidt (2000, p. 12) defende que a Contabilidade se manifestou antes do homem desenvolver a civilidade. Com o progresso deste, também progrediu a Contabilidade, o que é asseverado pelo autor como necessária ao progresso da humanidade.

A influência das Ciências Jurídicas também é descrita no histórico da Contabilidade no Brasil. Conforme Bacci (2002), há registros históricos da legislação na profissão contábil, dos esforços para o reconhecimento da profissão e para a criação dos órgãos de classe. O autor aponta as consequências da legislação sobre a profissão, a padronização das demonstrações contábeis, a necessidade da fiscalização do exercício da profissão pelos órgãos de classe e a criação, no século XX, dos cursos técnicos, profissionalizantes e superiores da área.

Houve, então, a preocupação com a profissionalização, sobretudo por meio da educação superior e pela publicação da Resolução do Conselho Federal de Educação nº 03, de 5 de outubro de 1992, já extinta, que fixou os conteúdos mínimos e a duração dos cursos de graduação de Ciências Contábeis. A carga horária total do curso foi estabelecida à época em 2.700 horas/aula, integralizadas, no máximo, em sete e, no mínimo, em quatro anos, para o período diurno e cinco, para o noturno.

Na referida Resolução, coube ainda fixar normas para que as instituições de ensino superior elaborassem os currículos para o curso de Ciências Contábeis, com definição do perfil do profissional a ser formado. Foi nesse documento que o estímulo ao conhecimento teórico e prático foi acionado, com o agrupamento de disciplinas em três categorias de conhecimentos. São essas: Categoria I: conhecimentos de formação geral e de natureza humanística; Categoria II: conhecimentos de formação profissional; e Categoria III: conhecimentos ou atividades de formação complementar.

A partir da Resolução do Conselho Nacional de Educação nº 2 de 18 de junho de 2007, a carga horária passa a ser de 3.000 horas/aula, mencionando ainda a inclusão de estágio supervisionado orientado pela Resolução CNE/Câmara de Ensino Superior nº 10, de 16 de dezembro de 2004, e compreendido como “componente curricular direcionado para a consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando” (BRASIL, 2004).

Adentrando no contexto do currículo dos cursos superiores, explana-se sobre a sua definição, como “[...] um conjunto de disciplinas, organizadas em uma sequência lógica de conteúdo, que busca atender as necessidades e as expectativas da sociedade em relação ao indivíduo a ser formado por ela” (TECHEOU, 2002, p. 77).

Peleias (2006) complementa que é o currículo que norteia o processo de ensino aprendizagem. Entretanto, cumpre destacar a crítica de Libâneo (2004) sobre tal organização disciplinar, pois, de certo modo, “[...] ela lida com o conhecimento de forma estanque, fechada, fragmentada e, por isso, põe dificuldades ao conhecimento interdisciplinar” (LIBÂNEO, 2004, p. 31).

A indicação de conteúdo, a organização das disciplinas, bem como suas correlações com a área de formação - atentando-se não apenas à forma mecânica ou compartimentada sobre elas - são elementos fundamentais para atingir os objetivos de determinado curso. Porém, é necessário relevar que, para além de uma formação tecnicista, deve haver o estímulo ao perfil crítico desse acadêmico, enquanto ser social diante das relações sociais e, consequentemente, profissionais.

Nesse sentido, observa-se o currículo do curso de Ciências Contábeis da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Câmpus José Ribeiro Filho, para tal reflexão, especificamente sobre o componente Comunicação Oral e Escrita. A disciplina não tem relação direta com as contas em si, mas se torna relevante no contexto das assimilações para além das contas do universo contábil, conforme ementa apresentada no Plano Pedagógico do curso em questão, sobretudo, ao ressaltar as Tecnologias da Inteligência (LÈVY, 2004).

O que Lèvy (2004) sustenta sobre a forma interativa de como é explorado o modelo digital, muito tem a ver com a troca de experiências em sala de aula – nesse contexto, por vezes, de modo analógico, mas, ainda assim, real. Certamente, o contexto de máquina que o autor apresenta é diferente da situação relacionada à educação tratada neste trabalho. Entretanto, conforme o objetivo proposto para a disciplina Comunicação Oral e Escrita, a dinâmica se assemelha pela autonomia de ação e reação na referência do conhecimento por assimilação.

Com o auxílio das facilidades da comunicação e da apreensão de informações não mais limitadas apenas aos livros indicados em planos de ensino, a tecnologia proporciona o alargamento dos caminhos do conhecimento. Outrossim, pela questão pedagógica, o docente e o discente podem usufruir dessa possibilidade para facilitar a aquisição de conteúdo ao conhecimento, e, assim, proporcionar um percurso de aprendizado sem tanta dificuldade (WEISZ, 2004).

As observações traçadas sobre as atividades de aprendizagem na disciplina Comunicação Oral e Escrita, no curso de Ciências Contábeis, valem-se da junção das experiências do sujeito em contínua construção do conhecimento. Opõe-se, destarte, ao aprendizado consequente apenas do autoritarismo do professor ou à responsabilização de essência do estudante (COLL, MARTI, 1996).

A didática diante do componente curricular analisado abriga a Pedagogia Relacional (BECKER, 2001), pela oportunidade de construção de um novo saber a partir das relações entre o sujeito e o objeto a ser explorado, ou seja, de um intercâmbio de saberes entre professor e aluno, com base no conteúdo apreendido. Porém, vale ressaltar que se trata de adultos em sala de aula, que desejam suas necessidades e interesses satisfeitos. Com isso, idealiza-se o aprendizado centrado nas experiências da vida pessoal para que o que for absorvido possa refletir e ser aplicável nos âmbitos pessoal e profissional de cada acadêmico.

Mediante essa breve explanação, consideram-se, ainda, as orientações do próprio Plano Pedagógico do Curso de Ciências Contábeis, no tocante aos componentes curriculares da área de Humanas e Sociais, que valorizam o instrumental e a arte da comunicação; a filosofia, como ação de pensar e aprender; e a sociologia, como disciplina de consciência. Afunilando à disciplina Comunicação Oral e Escrita, descreve-se o seu objetivo no ementário pedagógico do curso, que enfatiza a compreensão “[...] como uma importante habilidade da função contábil, as formas de linguagens: oral e escrita, bem como, aspectos contemporâneos destas linguagens no contexto das tecnologias de inteligências” (RONDÔNIA, 2004, p. 37).

Contudo, para que haja tal formação, o docente deve observar as características humanísticas da disciplina com valorização do indivíduo em suas particularidades e, assim, estimulando a troca de experiências inerentes aos interesses de sua área de formação; compreendendo a educação como um “[...] processo de formação humana, como o contínuo movimento de apropriação das objetivações humanas produzidas ao longo da história [...]”, legitimada, então, “[...] como uma comunicação entre pessoas livres em graus diferentes de maturação humana” (SAVIANI; DUARTE, 2010, p. 423).

Nesse sentido, a construção do plano de aula do componente curricular supramencionado, no período do primeiro semestre de 2016, priorizou unidades de ensino teóricas e práticas sobre comunicação, oratória, interpessoalidade, interpretação de realidades, com a aquisição de saberes atinentes à profissão contábil e, ainda, ao ambiente educacional presencial e virtual da área para leitura, análise, reflexão e compartilhamento de ideias entre os acadêmicos e a docente.

2 Procedimentos didáticos e metodológicos

No universo acadêmico, a participação de professores e alunos em eventos, como colóquios, congressos, seminários, da área de formação, é salutar. A proposta da disciplina, para além do cumprimento da ementa presente no plano de curso, foi proporcionar o conhecimento de temas debatidos no âmbito externo da universidade, em um contexto de troca de experiências. Tratou-se de conhecer as publicações dos anais eletrônicos do XIX Congresso Brasileiro de Contabilidade, como uma forma de explorar os assuntos mais recentes discutidos científica ou empiricamente, por meio das comunicações depositadas nos links dos Grupos de Trabalho desse evento nacional.

Portanto, o objetivo deste artigo é demonstrar a apreensão dos estudantes acerca dos conteúdos debatidos na referida disciplina, alcançando, assim, não apenas o contexto teórico das discussões, mas a prática cotidiana relacionada às experiências dos sujeitos, suas necessidades e interesses relacionados à área de formação profissional.

Pesquisou-se, especialmente, o Grupo de Trabalho Educação e Pesquisa em Contabilidade, temática condizente com a proposta da atividade de aprendizagem em tela. Por se tratar de acadêmicos de segundo período, a intenção foi proporcionar a apreciação de trabalhos científicos, bem como o conhecimento sobre eventos da área. Os acadêmicos foram divididos em cinco grupos de seis integrantes, e, em sorteio, houve a distribuição de artigos relacionados à Educação. As apresentações contemplaram a análise dos artigos, a elaboração da apresentação visual e oral, e a relação dos temas com a realidade de cada grupo para posteriores discussões e troca de experiências.

Os temas para estudo e apresentação oral contemplaram a educação a distância em Ciências Contábeis; o ensino da Teoria da Contabilidade nas universidades federais brasileiras; a percepção de alunos sobre as competências profissionais do contador; o exame de suficiência na área contábil; e a formação profissional do contador.

Utilizou-se o método expositivo-participativo nas atividades, com a efetivação de um seminário com apresentação oral e escrita. Para maior estímulo ao conhecimento dos conteúdos tratados, todos tiveram acesso ao trabalho de cada grupo participante para a realização dos debates em sala, após as apresentações orais. A forma de análise da atividade realizada pela docente responsável da disciplina teve, como escopo, a observação participante e a mediação entre os sujeitos, com contribuições quando havia dúvida ou contrapontos específicos. No decorrer do texto, apresentam-se a descrição das ações no seminário, os enunciados generalistas apontados pelos discentes de cada grupo temático e as considerações pedagógicas diante da experiência.

3 Resultados e discussões

Destacam-se, nesses resultados, recortes dos resumos dos trabalhos originais apresentados em sala, com o objetivo de demonstrar, de forma breve, a relevância das discussões efetivadas no seminário proposto, bem como balizar a descrição sobre as observações dos discentes participantes da atividade e as impressões da docente responsável durante as apresentações.

Os temas foram ordenados de modo intencional, com base no conteúdo dos artigos selecionados para estudo, reflexão grupal e posterior apresentação oral. O primeiro documento apresentado foi o artigo Teoria da Contabilidade: o que se ensina nos cursos de Ciências Contábeis das universidades federais brasileiras? (SOARES et al., 2012). O estudo, elaborado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), apontou que a Teoria da Contabilidade é uma das disciplinas sugeridas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Ciências Contábeis, sendo encontrada em currículos de graduação e de pós-graduação. O artigo traça um histórico de resoluções sobre a matéria em tela e indica a sua classificação como componente do núcleo de disciplinas de Formação Profissional.

Seu objetivo foi analisar o conteúdo de trabalhos anteriores sobre a disciplina Teoria da Contabilidade dos cursos de Ciências Contábeis das Universidades Federais Brasileiras, no período compreendido entre 1994 e 2009. O foco para atingir os objetivos foi o ementário do componente curricular, carga-horária, pré-requisitos e bibliografia. Nos resultados, constatou-se que 17 de 26 cursos alocam a disciplina em questão entre o quinto e o oitavo semestres, em sua maioria, com 60 horas de aula semestrais e bibliografia com variações entre as instituições pesquisadas.

Finda a apresentação dos dados da pesquisa sobre a disciplina Teoria de Contabilidade, os acadêmicos teceram comentários positivos acerca do tema, sobretudo, com a menção positiva da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Os discentes destacaram a composição da ementa, da bibliografia do componente curricular de seu próprio curso e, especialmente, a oferta da disciplina mencionada no terceiro semestre da graduação. A observação de alguns acadêmicos refere-se à necessidade de compreender as disciplinas mais teóricas logo no início do curso, para realizar as correlações teórico-práticas no decorrer dos semestres seguintes, e, assim, aliar a teoria à prática contábil. Em um comentário durante a apresentação, foi destacado que essa é uma condição relevante até mesmo para contribuir no diálogo com os docentes das disciplinas de cunho mais prático, ao tratar sobre a contabilidade em seus diversos segmentos.

Nesse sentido, pode-se inferir sobre a preocupação do acadêmico com o aspecto formativo para além do tecnicismo, corroborando, assim, conforme Saviani (2012, p. 132), a “[...] referência ontológica para se compreender e reconhecer a educação como formação humana”. Fato que vai ao encontro do processo de produção do homem e do seu processo de formação, que, segundo o autor, tende a se tornar complexo ao longo da história.

Quanto à forma de exposição das informações, os discentes se apresentaram com segurança e preparo oral. Considerando a disciplina de avaliação - Comunicação Oral e Escrita - esses itens são avaliativos e consideram a premissa de Bordenave (2002), discutida nas aulas anteriores, ao apontar que a “[...] comunicação humana é apenas uma parte de um processo mais amplo: o processo da informação que, por sua vez, é só um aspecto de um processo ainda mais básico, o processo de organização” (BORDENAVE, 2002, p. 15). A contribuição da disciplina se inclinou para o estímulo ao processo de apreensão das informações para transformá-las, de forma organizada, em comunicação aos seus pares.

Na segunda apresentação do seminário, o enfoque foi o trabalho EaD aplicada ao ensino de Ciências Contábeis no Brasil (BRAGA et al., 2012), realizado por pesquisadores na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) e Universidade Federal de Goiás (UFG). Os pesquisadores expuseram que o objetivo foi avaliar a inserção da EaD em cursos de Ciências Contábeis no Brasil, abordando tópicos relacionados à sua definição, às vantagens e desvantagens de sua adoção, ao histórico do emprego do EaD no curso de Ciências Contábeis, bem como sua utilização e os indicadores de qualidade.

Foi realizada uma pesquisa exploratória descritiva, desenvolvida a partir dos sites e portais das Instituições de Ensino Superior (IES) e do Ministério de Educação e Cultura (MEC). Os resultados indicaram que não reconhecer a EaD como uma forma de ensino que apresenta benefícios ao processo educacional é, no mínimo, uma posição conservadora que trará prejuízos à sociedade.

Ao término da apresentação dos dados do artigo analisado, a surpresa do grupo foi referente ao número de cursos registrados no Brasil: 1.236 cursos de Ciências Contábeis, sendo 97,6% (1.206) de caráter presencial e 2,4% (32), virtuais; bem como o universo das médias deles: a EaD obteve médias superiores (3,15 pontos) ao ensino presencial (2,75 pontos) (BRAGA et al., 2012).

Alguns acadêmicos, de forma tímida, porém pertinente, levantaram a questão de cursos virtuais terem notas superiores, nos indicadores de avaliação, na comparação com os cursos presenciais. Essa indagação gerou debate entre os participantes do seminário, confirmando assim o contexto de comunicação de Berlo (2003), ao caracterizar a interdependência entre fonte e receptor como uma condição necessária à comunicação humana, tanto pela influência entre um e outro, quanto pela ação e reação no processo em si.

Com o conflito de ideias, o principal objetivo do seminário veio à tona, com a demonstração de interesse sobre o que foi pesquisado e a troca de experiências e opiniões. Considerando suas experiências e suas concepções acerca dos cursos de educação presencial e a distância, os discentes demonstraram, de certo modo, descontentamento com os dados expostos no trabalho apresentado na época, sobremaneira, quando houve o questionamento sobre o critério de avaliação, a consequente pontuação dos cursos e a dinâmica das aulas virtuais, em relação às presenciais.

Apesar do questionamento, cumpre informar que o Ministério da Educação (MEC), conforme comunicação publicada em maio de 2016, destacou que “[...] todos os cursos a distância passam por avaliação, seguindo o mesmo rigor aplicado aos cursos presenciais [...]” (FACULDADES..., 2016); e esses cursos reúnem uma série de atividades e avaliações inerentes à EaD que exigem um perfil de maior disciplina e organização dos estudantes. Dessa forma, infere-se que a problematização acerca do assunto se deu, em parte, pelo desconhecimento do rigor, no que se refere à avaliação dos cursos ofertados por meio dessa modalidade de ensino.

Na terceira apresentação, foram destacados dados do artigo científico elaborado por pesquisadores do Centro Universitário Álvares Penteado (FECAP) intitulado Percepções de alunos do curso de Ciências Contábeis sobre competências profissionais requeridas e já desenvolvidas (PEREIRA et al., 2012).

O estudo teve como objetivo conhecer as principais percepções de alunos concluintes do curso de Ciências Contábeis de uma instituição de ensino superior da cidade de São Paulo, sobre competências profissionais requeridas e já desenvolvidas, procurando identificar limitações e capacidades que possam impactar no desempenho desses estudantes diante dos desafios da profissão contábil. Para tanto, realizou-se uma pesquisa descritivo-quantitativa, e os dados foram coletados por meio de questionário com perguntas fechadas aplicado aos alunos concluintes do curso. Concluiu-se que o perfil do profissional exigido pelas empresas, conforme a opinião dos alunos pesquisados, está centrado em qualificações tácitas ou sociais e, também, nas habilidades cognitivas e comportamentais do profissional.

Ao fim dessa apresentação, o debate foi mais intenso que os anteriores. O assunto foi comentado como relevante no tocante à prática profissional e, sobremaneira, aos estímulos de exercícios práticos e à visão empreendedora, proporcionados, em sala de aula, ao futuro bacharel em Ciências Contábeis. O que vai ao encontro do Plano Pedagógico do curso em tela.

[...] Elaborar pareceres e relatórios que contribuam para o desempenho eficiente e eficaz de seus usuários, quaisquer que sejam os modelos organizacionais [...] Desenvolver, com motivação e permanente articulação, a liderança entre equipes multidisciplinares para a captação de insumos necessários aos controles técnicos, à geração e disseminação de informações contábeis, com reconhecido nível de precisão [...] Desenvolver, analisar e implantar sistemas de informação contábil e de controle gerencial, revelando capacidade crítico analítica para avaliar as implicações organizacionais decorrentes da tecnologia da informação

(RONDÔNIA, 2006, p. 9).

O grupo foi incisivo ao comentar que a realidade do que se aprende em sala de aula pode ser diferente daquela do mercado de trabalho, considerando o estado obsoleto de algumas práticas acadêmicas, bem como a deficiente didática de alguns docentes e bibliografias desatualizadas. Entre os enunciados da troca de experiência está o reconhecimento da falta de ação e/ou estímulo que envolvam a prática da realidade contábil, sobretudo, pelas peculiaridades das disciplinas que exigem o acompanhamento da evolução profissional do contador, como habilidades com softwares e linguagens próprias da carreira.

Ao apontarem os dados referentes ao descompasso da realidade de aprendizado com o mercado de trabalho, alguns acadêmicos declararam preocupação na busca de alternativas para o alcance das prerrogativas da profissão, antes mesmo de sua formação como bacharel.

Sob o título Relação educativa: uma análise da formação profissional do contador (OLIVEIRA; CRIVELLARI, 2012), o estudo realizado por pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) demonstrou que o cenário profissional do contador é alterado constantemente por leis, procedimentos de arrecadação, padronização das normas internacionais e alteração de sistemas de informação. Manter a atualização no ensino é um desafio que carece da interação de vários atores sociais. Para as pesquisadoras, a formação profissional do contador precisa de uma relação educativa e cooperativa para que a articulação entre estado, instituições de ensino, empregados e empregadores seja profícua. Nos resultados do artigo, o foco foi dado aos contadores que apresentam forte atuação política e expressivo envolvimento no conselho profissional e nos sindicatos.

Bem como na preocupação com o tema do grupo anterior, a equipe que apresentou o referido artigo destacou, ao final da exposição, o seguinte enunciado do texto analisado: “Insatisfação dos empregadores quanto à qualificação do egresso no curso de Ciências Contábeis das instituições de ensino superior”, e ainda, a expressão: “contabilidade se aprende na prática” (OLIVEIRA; CRIVELLARI, 2012, p. 14).

A partir desse recorte, a docente levantou a crítica sobre a visão apresentada no trabalho, atentando no reducionismo na concepção sobre a formação, com enfoque apenas em seu aspecto técnico. Compreende-se que deve haver a aliança de um ensino comprometido com a realidade concreta, para sua efetiva realização, mas, valorizando-se o “[...] ensino formativo, cultural, entendido como união da ciência e da técnica, aos fins do homem [...]”, conforme dispõe Manacorda (2011, p. 10), propondo, assim, uma formação menos neotecnicista, e mais humana.

Entretanto, os discentes demonstraram a compreensão de que o universo acadêmico é importante, mas necessita de maior relação com o mercado de trabalho, no tocante à formação de profissionais que atuam com aplicações práticas. Não foram mencionados aspectos da cultura local no conteúdo, mas, novamente, o foco da discussão foi o processo de ensino e aprendizagem contemplar também a realidade prática do profissional contábil.

Uma crítica acrescida no debate tem relação com as articulações entre a classe profissional contábil e a universidade, para que, assim, possam ser vivenciadas ou, ao menos, compartilhadas as informações da praxis contábil pelos acadêmicos do referido curso.

Quanto à postura dos apresentadores/emissores e dos receptores da informação no debate sobre o tema, ressalta-se o que as autoras Martins e Zilberknop (2007) definem: “Todas as atividades procuram desenvolver e ampliar as habilidades comunicatórias através de experiências reais de comunicação” (MARTINS; ZILBERKNOP, 2007, p. 32). Fato que ocorreu nas apresentações a cada tema suscitado sobre a profissão, teoria e práticas contábeis.

Na finalização do seminário, outro ponto relevante e de interesse profissional foi levantado na apresentação do artigo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), intitulado Um estudo da relação do Exame de Suficiência com a qualidade do profissional de contabilidade: percepção dos docentes do ensino superior de Ciências Contábeis de Mato Grosso do Sul (SANTOS et al., 2012).

Os pesquisadores destacaram que a classe contábil possui um papel fundamental no crescimento econômico-social do Brasil, fornecendo aos mais diversos usuários informações relevantes sobre o patrimônio das entidades. Em busca de aumentar a credibilidade da profissão, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) implantou, em 1999, o Exame de Suficiência para o registro profissional, com proposta de avaliar o conteúdo apreendido pelos estudantes de Ciências Contábeis. No ano de 2004, por decisão judicial, o Exame foi suspenso por ter sido considerado inconstitucional. No ano de 2010, a Presidência da República sancionou a Lei nº 12.249 de 11 de junho de 2010, que tornou novamente obrigatório o Exame de Suficiência.

Nos resultados do referido artigo, verificou-se que uma considerável parcela dos docentes de Ciências Contábeis de Mato Grosso do Sul, entrevistados para a pesquisa, acreditou que o Exame de Suficiência era necessário e que deveria ser obrigatório, servindo como instrumento para mensurar o conhecimento adquirido na instituição de ensino superior em que se formou. A mesma opinião foi expressa pela maioria dos discentes presentes na apresentação do referido trabalho.

O grupo de acadêmicos concordou que o Exame de Suficiência é um elemento obrigatório à atuação profissional contábil e expôs que a suficiência nas Contábeis é como um exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que habilita o profissional ao exercício em sua respectiva área.

Na continuidade do debate, os discentes discorreram sobre a ausência de compromisso ou de responsabilidade - termos anunciados pelos participantes - da maioria dos cursos dos estados apontados no artigo apresentado, que não tomaram a decisão de incluir nas disciplinas, questões ou assuntos do Exame de Suficiência, para que, assim, pudessem auxiliar nos estudos prévios à avaliação. Para os acadêmicos, essa seria uma forma de preparar o discente ao exame. Fato esse apontado ainda com a constatação da necessidade de reestruturação curricular dos cursos.

Na troca de experiência entre os acadêmicos, considerando-se as diferentes perspectivas de cada sujeito naquela atividade de ensino, levantou-se a dúvida acerca da obrigatoriedade do exame e a justificativa de comprovação da qualidade do profissional contábil. Nas palavras de alguns discentes, uma prova não afere as competências e habilidades do indivíduo para o exercício da profissão, sobretudo, se esse estudou por quatro anos e, ainda, elaborou e defendeu um trabalho de conclusão de curso sob avaliação de uma banca de especialistas.

4 Considerações

Descreveu-se sobre a atividade de aprendizagem da disciplina Comunicação Oral e Escrita em uma perspectiva diferente da abordagem anunciada em sua ementa no Plano Pedagógico do Curso de Ciências Contábeis da Fundação Universidade Federal de Rondônia, Câmpus José Ribeiro Filho. Fora oportunizado aos acadêmicos do segundo semestre do referido curso, o conhecimento de artigos científicos sobre a área contábil, e, para além de sua leitura ou interpretação, estimulou-se sua apresentação e crítica, considerando as experiências pessoais e a concepção de cada discente acerca do que compreendia de cada objeto exposto.

O objetivo de partilhar saberes, envolvendo a comunicação como instrumento de diálogo diante de textos produzidos sobre o campo contábil, foi alcançado ao serem presenciadas as diferentes abordagens críticas dos acadêmicos e suas correlações tanto com os temas apresentados quanto com a realidade de suas experiências, enquanto acadêmicos e futuros profissionais da área.

No âmbito da prática da comunicação oral, os acadêmicos de cada grupo tiveram a oportunidade de expor suas habilidades comunicacionais, por meio da interpretação das informações dos artigos científicos selecionados e da interlocução de ideias com os demais acadêmicos em sala, efetivando, assim, um interessante intercâmbio de saberes.

Nesse sentido, além da promoção de conhecimento recíproco entre docente e discentes e seus pares, a proposta pedagógica levou em conta o caráter provocador ao acadêmico, no que se refere à absorção de conteúdo para além do referencial obrigatório nos planos de curso previamente elaborados. Trata-se de uma oportunidade de conhecer outras realidades sobre diferentes contextos da profissão contábil, e, sobremaneira, contribuir para uma parcela da formação acadêmica mais humana, considerando-se a união da ciência e da técnica.

Referências

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Recebido: 18 de Janeiro de 2017; Revisado: 07 de Dezembro de 2019; Aceito: 21 de Janeiro de 2020; Publicado: 30 de Junho de 2020

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