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Educação: Teoria e Prática

versión impresa ISSN 1993-2010versión On-line ISSN 1981-8106

Educ. Teoria Prática vol.32 no.65 Rio Claro  2022

https://doi.org/10.18675/1981-8106.v32.n.65.s14458 

Resenhas

A salvação do belo

The salvation of the beautiful

La salvación de lo bello

1Universidade La Salle, Canoas, Rio Grande do Sul – Brasil. E-mail: elaineconte@yahoo.com.br

2Universidade La Salle, Canoas, Rio Grande do Sul – Brasil. E-mail: adilsonhabowski@hotmail.com

HAN, Byung-Chul. A salvação do belo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019. 126 p.p.


A obra possui quatorze capítulos e aborda as questões do belo nos dias de hoje, passando pelos efeitos estéticos da sociedade atual (belo como uma pseudopresença no mundo), corporificados na positividade dos likes e na negação ou extinção de seus contrários. Han dá visibilidade a uma mistura de linguagens que desperta nossos sentidos, sem recair em esquemas sedutores de idolatria da imagem, que substitui o belo da vida concreta pela paralisia, pela ilusão e pelo fetiche do tempo, tecendo uma crítica social aos véus de fumaça que causam a atrofia da criatividade humana.

Desde o primeiro capítulo, intitulado O liso, o autor faz severas críticas à nossa época justificadas no caráter artificial da estética autorregenerativa, esvaziada de sentido, que faz desaparecer rapidamente qualquer risco, negatividade, aprofundamento, distanciamento ou entrave à comunicação acelerada pelo seu caráter adaptável, fruível, consumível e de ausência de resistência (HAN, 2019). O efeito da imediaticidade e do espelhamento da realidade “não dá nada a interpretar, a descodificar ou a pensar. É uma arte para dar like”, reproduzir e consumir informações, sem confrontar-se com o outro (HAN, 2019, p. 09). Com o smartphone, o si mesmo resume a própria história convertida em uma espécie de anestesiamento e banalidade da vida cuja experiência fica esmorecida, eliminando totalmente a alteridade e a contaminação de uma distância estética. Ao mencionar Gadamer, afirma que a negatividade é essencial para a arte, visto que a obra de arte pressupõe o diverso e as ambivalências. A visibilidade do sempre igual exaustivo arruína o olhar provocativo e desperto, tornando alisado o “movimento oscilatório do imaginário [pois], não há nada a ser visto. [...]. Dados e informações ficam à disposição da visibilidade total e tornam tudo visível”. (HAN, 2019, p. 16-20). As ações operacionais tornam transparentes as coisas estéreis ao submeterem tudo ao utilitarismo e ao imediatismo de ações controláveis, vazias de diálogo cultural.

Soma-se a essa discussão o processo de deslinguajamento trazido no capítulo 2 – O corpo liso, desfocado, inexpressivo e aprisionado em si pela autorreferencialidade (desidentificada, fixa e vazia do selfie viciante) em tempos de ausência de relação profunda com o mundo. Justamente essa inquietação, esse medo de si, conformado e assujeitado ao espírito utilitário e narcísico, leva a um funcionamento em vazio, em looping, que não é capaz de cessar. Em face disso, a hiperestimulação viciante da selfie reproduz o vazio da própria corporeidade humana em registros de dados digitais. “O quantified self transforma o corpo em uma tela de controle e vigilância. Dados são reunidos para serem colocados e trocados na internet. [...]. O corpo transparente não é mais uma cena narrativa do imaginário”, mas algo que permanece no retorno imediato da parcialidade de dados que não transforma as formas de pensar quem somos em diálogo com a globalidade (HAN, 2019, p. 25-26).

A estética do liso é abordada no capítulo 3 como um fenômeno genuinamente contemporâneo que torna o belo e o sublime impotentes e arruinados porque ficam isolados em positividades de expressão do sujeito, sem a dimensão da contradição, da negatividade que aprofunda a beleza. “Os corpos que dão o prazer ao tato não deveriam opor resistência. Devem ser lisos. O liso é, portanto, uma superfície otimizada sem negatividade. Provoca uma sensação completamente sem dor e resistência” da cultura do consumo (HAN, 2019, p. 29).

O autor discute O belo digital no capítulo 4, que bane a negatividade do não idêntico, visto que não consegue descentrar-se para o “totalmente outro de si mesmo. Ela (a negatividade) arranca o sujeito de seu aprisionamento em si mesmo” (HAN, 2019, p. 38). O processo criativo é uma ação transformadora que muda o belo natural e o próprio sujeito em formação, cuja temporalidade da vida é processual, é um devir imaginativo, e não mera contingência, como ocorre na temporalidade do belo digital, do presente imediato, a-histórico e sem futuro. Nas palavras de HAN (2019, p. 42), “permite apenas diferenças consumíveis, úteis. A alteridade dá lugar à diversidade. O mundo digital é um mundo que os humanos distenderam, por assim dizer, com sua própria pele-rede, com sua própria retina [o] conectado leva a um autoespelhamento permanente”. Em contrapartida, no belo natural reside uma distância a partir da qual a natureza consegue falar. No capítulo 5, Han projeta a Estética do velamento, que traduz o belo como algo oculto, tendo no encobrimento a provocação essencial da beleza. Cabe notar que a transparência, assim como a revelação, desencanta o sentido espaço-temporal do belo, exigindo, assim, uma hermenêutica do velamento aos críticos de arte. A beleza permite ao sujeito olhar para o incomunicável e o indecifrável segredo da contemplação de tal modo que nem a empatia nem a observação ingênua do conhecimento conseguem desvelar. A transparência das (des)informações, no entanto, necessariamente não oculta metáforas, mas torna presente o caráter instrumental de produzir alguma coisa e revelar/adorar a aparência do que se fez.

No capítulo 6, Han aborda a Estética do ferimento para desmistificar a sociedade da positividade que cada vez mais diminui a negatividade (os esconderijos, as rupturas, inquietações e fissuras), para evitar a vulnerabilidade e o estranhamento de aprender a ver na experimentação perigosa (estética do ferimento, da resistência e do reconhecimento) com o outro. “Sensibilidade é vulnerabilidade. O ferimento é, seria possível dizer, o momento da verdade da vista. Sem ferimento não há verdade nem percepção verdadeira (do desconhecido). Não há verdade no inferno do igual”, das coisas homogêneas (HAN, 2019, p. 52). O consumo voraz das imagens midiáticas torna impossível desacelerar e apreciar a temporalidade da imaginação criadora, porque é exigido que tudo seja acessível imediatamente.

No capítulo 7, Estética do desastre, é percebida a violência projetada na interioridade da razão ou do espírito quando o sujeito fica sem limites e esvaziado dos estímulos externos a si, do totalmente outro. Por isso a negatividade e o indiferenciado formam as diferenças do belo, e é isso que constitui a ambivalência entre o belo e o horrível. “A imagem do belo como de um uno e diferente surge com a emancipação do medo diante do todo violento e do caráter indivisível da natureza”. (HAN, 2019, p. 64-65). As formulações paradoxais da estética permanecem na sombra e no encantamento, e isso nos faz lembrar de que, sem a negatividade e as inconformidades no relacionamento com a vida, o belo da dimensão pedagógica, órfão de percepção da própria utopia e esperança concreta, atrofia-se em liso (morto-vivo, sem divergência e resistência do seu outro). “A negatividade é a força viva da vida. Ela forma também a essência do belo. No belo reside uma fraqueza, uma fragilidade, uma fratura” (HAN, 2019, p. 67).

No capítulo 8, Han problematiza O ideal do belo de Kant (da beleza contemplativa desinteressada e isolada em sua positividade ético-estética) até chegar a uma estética do consumo. “No regime estético atual, ao contrário, é produzido muito estímulo. Justamente nessa enxurrada de estímulo e excitação, o belo desaparece. Ela não permite uma distância contemplativa do objeto, levando ao consumo” (HAN, 2019, p. 69). O ideal do belo em Kant expressava beleza moral e caráter despojado do consumo (belo como a sexualização do corpo), isto é, o belo era concebido em bases racionais. O consumo mistifica a solidez da cultura, tornando as pessoas imersas em informações sobre consumo de tudo, sem caráter, sinceridade ou sensibilidade com o outro. Na verdade, o consumo indiscriminado faz que exijamos muita imaginação, consistência e empenho do outro, mas não temos moral para exigir do outro o que não fazemos. “Uma solidez de caráter não permite uma dualidade de inimigos. [...] Assim, o inimigo é nossa própria pergunta como figura. Um único amigo verdadeiro seria também a prova de que se tem um caráter sólido [...]. O Facebook é o mercado da falta de caráter” (HAN, 2019, p. 73-74). Parece que perdemos a capacidade de desmistificar, de imaginar em proveito da economia da imagem pronta e da ordem (mar sem caráter do acesso) sem fronteiras do digital. “O caráter sólido não consegue se conectar bem. [...]. Na era da conexão, globalização e comunicação, um caráter sólido é apenas obstáculo e desvantagem. A ordem digital celebra um novo ideal. Chama-se o homem sem caráter, o liso sem caráter” (HAN, 2019, p. 75).

O segredo dos segredos está inscrito no capítulo 9, A beleza como verdade, que manifesta, no verdadeiro, o bonito, o ético e a unidade com a realidade e permite uma dupla leitura, tendo como base o pensamento de Hegel. “Por um lado, é possível lê-la pela interioridade subjetiva que não conhece nenhum exterior, nenhum desastre. É possível, por outro, uma leitura que se movimenta ao longo da dimensão da liberdade e da reconciliação”. (HAN, 2019, p. 76). O conflito e o acordo livre movimentam a ação na totalidade do mundo, que é abertura e direito à liberdade (não aniquila ou domina as singulares), porque tem na pluralidade e heterogeneidade a unidade harmônica (ideia de totalidade, da mediação e da reconciliação) hegeliana. “A verdade é a reconciliação. A verdade é a liberdade. [...] O conceito produz uma totalidade harmônica. Bela é a disposição conjunta a-coercitiva das partes em sua totalidade” (HAN, 2019, p. 78). O universo das artes confere autonomia, liberdade e confronta o homem com os seus impulsos consumistas (nenhuma mercadoria seria bela, excluem-se mutuamente, pois a posse é a morte do desejo e a arte não se submete ao consumo, ao interesse e à especulação), limites, inacabamentos e paixões, no sentido de que há resistência do próprio sujeito na relação com os objetos de arte, pois “apenas o belo ensina a demorar-se sem-interesse. [...] Perante o belo desaparece também a separação entre o sujeito e objeto [Objekt], entre eu e o que me põe [Gegenstand]. O sujeito afunda-se contemplativo no objeto e se une, conciliando-se com ele” (HAN, 2019, p. 81). Para o autor, sem verdade e apenas convivendo com uma massa ruidosa e aditiva do digital que é oposta à narração, o belo transforma-se em pseudomorfose – indício de reificação da cultura e do tempo de pensar subordinadas ao capital.

No capítulo 10 orienta-se uma discussão sobre a Política do belo na antropologia em sentido pragmático de Kant e no sentido aristotélico do homem livre de necessidades, urgências da vida e obrigações de qualquer economia, ou seja, é oposta ao trabalho e ao negócio. O autor inaugura o termo sexydade para explicar que toda forma de coerção ou de necessidade instituída pela utilidade sabota e priva a ação de beleza e acrescenta: “o orçamento ou a gestão, necessários para a conservação de uma comunidade, não são atividades genuinamente políticas” (HAN, 2019, p. 87). O autor afirma que, atualmente, nenhuma política do belo é possível porque está subordinada às coerções sistêmicas que desvinculam a justiça da beleza. “Ela não age, trabalha. A política deve oferecer uma alternativa, uma escolha real. Senão ela se deteriora, tornando-se uma ditadura. O político como lacaio do sistema não é um homem livre em sentido aristotélico, mas um servo” que sofre de insônia porque dele é retirada toda a energia necessária ao exercício da cidadania participativa pela sobrecarga de trabalho (HAN, 2019, p. 88). Há o risco de retirar os direitos de convívio ético-moral, do belo de convivência no espaço público, que tem a alegria estética da justiça social em benefício de todos em vez de experiências narcísicas e anestesiantes do consumível. “Perante o objeto de consumo, toma-se uma posição central. Essa postura consumista dilapida a outridade do outro, em prol da qual se fica ao lado ou se retira. Ela aniquila a outridade do outro, a alteridade” (HAN, 2019, p. 91).

No capítulo 11 é discutido O teatro pornográfico que evita desvios temporais, dialógicos, porque tudo revela, distinguindo-se do erótico, que tem uma sinuosidade indireta, irrevelável e preza pelas distâncias cênicas que circulam, mas que “se diferenciam das informações ocultas, retidas, que podem ser reveladas. Pornográfico é justamente a revelação progressiva até à verdade ou à transparência” (HAN, 2019, p. 93). O conteúdo dessa experiência teatral leva o autor a afirmar que “a habilidade de diálogo, a habilidade de outridade, de escuta atrofia-se hoje em todos os níveis. O sujeito narcísico de hoje percebe tudo apenas ainda nas sombras de seu self. É incapaz de ver o outro [...]” (HAN, 2019, p. 93).

Nesse mundo digital com diferentes línguas existentes, há um enfraquecimento da ligação dialógica e da melodia das línguas no palco narrativo do espaço democrático, fazendo surgir o vazio de ações justas (um teatro-afeto) em determinados âmbitos do utilitarismo, que reduzem até a cultura à corrupção. “Afetos não são estruturados dialogicamente. Neles está inscrita uma negação do outro” pela fugacidade dos sentimentos duradouros por isolamentos e monólogos (HAN, 2019, p. 94). Os patrimônios da humanidade – arte, cultura, música e a defesa da natureza – precisam de espaços de jogo teatral e de humanização porque o belo da natureza também é cultura, que implica transcender o si mesmo em direção ao outro. Afinal de contas, quando eliminamos a cultura, cultivamos só a barbárie.

Han, no capítulo 12, traz a questão do Demorar-se no belo a partir da súplica de Fausto (demora-te ainda, és tão belo), que convida à permanência contemplativa do belo. Ao se observar o belo, também traz a concepção da arte de Schopenhauer, assim referida: “que a alegria estética no belo consiste em que, alcançando o estado da contemplação pura, dispensamos por um momento todo querer, ou seja, todos os desejos e inquietações, desfazendo-nos igualmente de nós mesmos”; ao mergulharmos no belo, saímos de uma vida domesticada e somos cativados pelas relações (HAN, 2019, p. 96). A humanidade e a cultura necessitam reconhecer que não somos ilhas e que a demora que supera o tempo da violência e do consumo aplica-se ao outro, pois dependemos uns dos outros. “A tarefa da arte consiste, desse modo, na salvação do outro. Salvação do belo é salvação do outro. [...] na medida em que se defende contra a fixação na subsistência [Vorhandenheit]” (HAN, 2019, p. 98). O autor tece duras críticas ao tempo totalizador do trabalho que converte as pausas em novas disposições integradas ao outro trabalho sem melhorar a qualidade do tempo. Cita a obra A atualidade do belo (Gadamer) para relacionar a arte com a união e faz analogias com a celebração da festa em sua particularidade linguística, que não está submetida ao valor especulativo do capital.

No capítulo 13, A beleza como reminiscência, é desenvolvida a ideia inspirada em Benjamin (2009) de que a lembrança é a força da existência humana, uma arte bela de rememorar (escolher caminhos de ligação narráveis e reconhecimentos que nos unem à arte de educar e aprender), e não apenas como algo agradável voltado para o consumo. O autor defende a criação de vínculos para metaforizar o mundo, ou seja, poetizar e descobrir as ligações ocultas entre os acontecimentos históricos como reminiscências da experiência com os outros e com as condições de possibilidade de indagar-se, explorar, expressar e conhecer-se. Assim, surge o belo como (re)encontro e (re)conhecimento que desbloqueiam a comunicação singular com o mundo na experiência da arte que transcende a própria realidade. Cabe destacar que, na obra, Han contextualiza a internet das coisas como uma abordagem que conecta as coisas, mas que não é narrativa, visto que há somente uma adição e troca de informações numéricas. “Belas são ligações narrativas. [...] Metáforas são relações narrativas. Levam, uns com outros, coisas e acontecimentos à linguagem” (HAN, 2019, p. 106).

O último capítulo encerra onde verdadeiramente se inicia o diálogo indeterminado e criativo com a arte, a Criação no belo (teoria platônica). “Diante do belo, a alma é levada a produzir ela mesma algo belo. Ao se olhar o belo, o eros desperta uma força criadora na alma. Por isso se chama ‘criação no belo’” (HAN, 2019, p. 109). O pensamento de Heidegger soma-se à argumentação quando coloca o belo na condição ontológica e poética do ser que modifica a compreensão da realidade na relação vinculativa com o mundo, no entanto uma nova verdade desloca o belo do acontecimento poético da diferença ontológica para um mero existente, disponível, utilitário e autoevidente pela curtida imediata. “A criação no belo dá lugar ao belo como produto, como objeto do consumo e do gosto estético, da curtida. [...]. A crescente estetização do cotidiano torna impossível agora a experiência do belo como experiência da vinculação” e da curtição volátil (HAN, 2019, p. 112).

A discussão realizada evidenciou uma obra que é inspiradora e sensível ao nosso tempo, porque traz diálogos em torno da sociedade e metáforas com diferentes pensadores da história para defender o belo de toda forma de dependência e coerção. O autor traz, nesse livro, uma temática difícil de ser abordada, mas consegue chamar a atenção para secretas analogias da arte, organizando formas de harmonizar a lembrança da vinculação da linguagem falada (em sua expressão e liberdade) e a miséria sintetizada pela crise do belo objetificado (liso da curtida) e consumido. A obra é um convite para pensar a atualidade da arte que, com a mistura de linguagens, pode substituir o contato com os problemas vitais. Trata-se de um brilhante trabalho para entender o universo digital da confrontação e vinculação com o outro na vida em sociedade.

Referências

BENJAMIN, W. As afinidades eletivas de Goethe. In: BENJAMIN, W. Ensaios reunidos: escritos sobre Goethe. São Paulo: 34 ed. 2009. p. 114-115. [ Links ]

Recebido: 04 de Outubro de 2019; Aceito: 03 de Julho de 2021

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