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Revista Teias

versão impressa ISSN 1518-5370versão On-line ISSN 1982-0305

Revista Teias vol.23 no.71 Rio de Janeiro out./dez 2022  Epub 28-Fev-2023

https://doi.org/10.12957/teias.2022.64326 

Artigos de Demanda Contínua

FEEDBACKS E AUTORREGULAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO ENSINO SUPERIOR: uma revisão de escopo

FEEDBACKS AND SELF-REGULATION ON LEARNING IN HIGHER EDUCATION: a scope review

RETROALIMENTACIONES Y AUTORREGULACIÓN DEL APRENDIZAJE EN LA EDUCACIÓN SUPERIOR: una revisión de escopo

Anna Laura Kerkhoff Cristofari1 
http://orcid.org/0000-0002-7233-6000; lattes: 2286702134186774

Valesca Brasil Irala2 
http://orcid.org/0000-0001-6190-8440; lattes: 7316864301240506

1Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)

2Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)


Resumo

Os processos avaliativos ganharam destaque nas pesquisas sobre o ensino superior, em âmbito internacional, nos últimos anos. Este trabalho apresenta uma revisão de escopo, a partir de artigos publicados na literatura internacional entre os anos de 2016 a 2021. Realizamos uma pesquisa na Plataforma Dimensions, com foco nas produções acadêmicas direcionadas a feedback e autorregulação no ensino superior. Com a finalidade de especificar a análise realizada, compartimento dos estudos foram divididos em três categorias: os que se referem às pesquisas que abordam a avaliação formativa; às pesquisas que abordam o feedback e a autorregulação da aprendizagem dos alunos e aos estudos sobre feedback dialógico. Conclui-se que a avaliação formativa não tem caráter classificatório, não se detém somente na nota final do processo e sim possui um papel de acompanhar a trajetória do ensino e da aprendizagem. Outra análise é o impacto do feedback entre pares, que melhora a escrita e o diálogo. Destacamos a avaliação formativa como meio de acompanhar o estado da aprendizagem.

Palavras-chave: educação superior; avaliação formativa; autoavaliação

Abstract

The evaluation processes have gained prominence in higher education research in the international line in recent years. This work presents a scope review, based on articles published in the international literature in the years (2016 to 2021). We carried out a research on the Dimensions Platform, focusing on academic productions aimed at feedback and self-regulation in higher education. In order to specify the analysis carried out the compartment of the studies, they were divided into three categories: those referring to research that address Formative Assessment; researches that address feedback and self-regulation of student learning; and studies on dialogic feedback. It is concluded that the formative assessment does not have a classification character, it does not only hold the final grade of the process, but has a role to follow the trajectory of teaching and learning. Another analysis is the impact of peer feedback that improves writing and dialogue. We highlight formative assessment as a means of monitoring the state of learning.

Keywords: higher education; formative assessment; self-assessment

Resumen

Los procesos de evaluación han ganado protagonismo en la educación superior internacionalmente en los últimos años. Este trabajo presenta una revisión de alcance, a partir de artículos publicados en la literatura internacional en los años (2016 a 2021). Realizamos una investigación sobre la Plataforma Dimensions, enfocándonos en producciones académicas orientadas a la retroalimentación y autorregulación en la educación superior. Para concretar el análisis realizado, el compartimento de los estudios se dividió en tres categorías: los referidos a investigaciones que abordan la Evaluación Formativa; investigaciones que abordan la retroalimentación y la autorregulación del aprendizaje de los estudiantes y estudios sobre retroalimentación dialógica. Se concluye que la evaluación formativa no tiene un carácter clasificador. Mo solo tiene en cuenta la nota final del proceso, sino que tiene un rol para seguir la trayectoria de la enseñanza y el aprendizaje. Otro análisis es el impacto de la retroalimentación de los compañeros, que mejora la escritura y el diálogo. Destacamos la evaluación formativa como medio de seguimiento del estado de aprendizaje.

Palabras clave educación superior; evaluación formativa; autoevaluación

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Os processos avaliativos formais estão presentes na vida desde os primeiros anos escolares. Ao longo do percurso escolar e acadêmico, os estudantes vão se deparando com uma diversidade de formatos e instrumentos utilizados no campo avaliativo com o intuito de acompanhar o conhecimento adquirido, mas ainda há um forte domínio e valorização social de formatos tradicionais, calcados exclusivamente no uso de provas e testes.

Todavia, esses processos avaliativos vêm paulatinamente dando espaço para abordagens alternativas sobre esse campo, buscando caminhos mais viáveis para qualificar o ensino. Neste artigo, buscamos analisar pesquisas internacionais entre os anos de 2016 a 2021, visando estudos que respectivamente abordavam a utilização de feedbacks e que se referiam à autorregulação da aprendizagem, por entendermos ambos os conceitos como cruciais em uma compreensão adequada do processo avaliativo, em alinhamento com as demandas contemporâneas, que não entendem mais o sentido de uma avaliação pautada apenas em resultados, sem nenhuma perspectiva sobre percurso.

Segundo Sadler (1989), o feedback pode ser percebido como uma prática de avaliação formativa, que tenta fechar a lacuna entre o desempenho atual e o desejado. O feedback dialógico interfere nas interações entre acadêmicos e docentes (ARINDA; SADIKIN, 2021). Em consonância, as perguntas formuladas pelos docentes soam como uma lacuna esclarecedora (PITT; NORTON, 2017), havendo uma percepção positiva de que as utilizações dos feedbacks realizados melhoram as habilidades de comunicação (ION et al., 2019).

Conforme Schunk e Greene (2018), as orientações das metas dos discentes são fatores cruciais da aprendizagem autorregulada (SRL), como indicadores importantes de sua motivação e desempenho em ambientes acadêmicos (ZIMMERMAN; MOYLAN, 2009). Ainda, afirmamos que “[...]a autoavaliação inclui todos os três domínios do SRL: cognitivo, motivacional e afetivo” (PARIS; PARIS, 2001, p. 95).

Com isso, fizemos uma Revisão de Escopo (PETERS et al., 2020) com artigos selecionados na base de dados Dimensions, considerada uma base emergente e robusta atualmente. Nesse sentido, a questão que norteou nosso estudo foi: quais tendências têm sido apresentadas na literatura internacional recente a respeito de feedback e autorregulação da aprendizagem no âmbito das pesquisas sobre avaliação no Ensino Superior? Na seção seguinte, será detalhado o protocolo de pesquisa adotado e, na sequência, a análise dos dados investigados.

PROTOCOLO DE PESQUISA NA REVISÃO DE ESCOPO

Para a elaboração dessa pesquisa, aplicamos uma Revisão de Escopo, que reúne informações referentes às principais tendências da literatura internacional a respeito de feedback e autorregulação da aprendizagem no Ensino Superior. No sentido de realizar a análise, cumprimos as orientações do PRISMA-ScR para scoping review, que é a extensão do PRISMA para revisões de escopo (TRICCO et al., 2018). Esse modelo de revisão pretende mapear os principais conceitos que apoiam determinada área de conhecimento, examinar a extensão, alcance e natureza da investigação, sumarizar e divulgar os dados da investigação e identificar as lacunas de pesquisas existentes (ARKSEY; O’MALLEY, 2005). Assumimos como frameworks a estratégia PCC, População (P), Conceito (C) e Contexto (C) (PETERS et al., 2020).

Realizamos uma pesquisa na Plataforma Dimensions no dia 26 de maio de 2021. Além disso, optamos por ponderar os dados completos e o período determinado para a busca entre os anos de 2016 a 2021, sendo incluídos os filtros para pesquisa somente de documentos que fossem artigos e de acesso aberto. Utilizamos esta base de dados por possuir o maior conjunto de informações de pesquisa veiculados do mundo (DIGITAL SCIENCE, 2021). A plataforma tornou-se uma grande ferramenta, podendo ser comparada com a Web of Science e a Scopus (THELWALL, 2018). Além de tudo, publicações, citações, conjuntos de dados e o contexto em torno dessas publicações são todas as peças-chaves de informações quando se trata de compreender as atividades e resultados de pesquisas (DIGITAL SCIENCE, 2021).

Utilizamos as palavras: avaliação AND autoavaliação AND Ensino superior AND aprendizagem autorregulada AND avaliação formativa AND feedback AND feedback formativo em dados completos. Visto que o estudo visa saber quais as tendências apresentadas na literatura internacional, os termos foram pesquisados em inglês, com o uso do operador booleano AND. A quantidade de dados identificados na base de dados Dimensions foi de n=323 (trezentos e vinte e três artigos). Os artigos selecionados para esta revisão possuem como população (P) os discentes; quanto ao conceito (C), feedback e autorregulação da aprendizagem (C), o contexto, restrito a pesquisas realizadas no ao ensino superior.

Todavia, após essa pesquisa na base de dados, foi realizada a seleção dos trabalhos para responder à questão de pesquisa com exatidão, a partir da leitura do título, resumo e palavras-chave, além dos critérios de inclusão e exclusão apresentados na tabela a seguir:

Tabela 1 Critérios de inclusão e exclusão utilizados 

Critérios de inclusão (CI) Critérios de exclusão (CE)
CI1-Títulos e resumos dos artigos; CE1- Artigos que abordavam outra modalidade de ensino;
CI2- Artigos com temáticas sobre Avaliação e
Avaliação no Ensino Superior;
CE2- Artigos do Ensino Fundamental;
CI3- Artigos sobre feedback e autorregulação da
Aprendizagem;
CE3- Artigos sobre Ensino Médio;
CI4- Análise dos critérios como Benefícios e
Desafios;
CE4- Artigos de Pós-graduação, Mestrado e
Doutorado;
CI5- Metodologia e Instrumento; CE5- Artigos que evidenciavam a avaliação, mas não direcionavam seus estudos para a utilização de feedbacks e aprendizagem autorregulada;
CI6- Conceitos e autores. CE6- Artigos duplicados, os de acesso restrito e os que estavam fora do contexto.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2021).

Para a seleção, os artigos deveriam abarcar todos os critérios de inclusão e os que foram excluídos estavam enquadrados em algum dos critérios de exclusão. Contudo, restaram 43 (quarenta e três) artigos para leitura completa. A seguir, apresentaremos a análise do estudo realizado e as três categorias de subdivisão, com o intuito de facilitar a compreensão das tendências internacionais sobre a avaliação no Ensino Superior.

ANÁLISE DOS ARTIGOS SELECIONADOS

Após a leitura e aproximação aos dados, os artigos foram subdivididos em três categorias de análise. Cabe salientar que um número significativo de trabalhos selecionados abrange a temática da Avaliação Formativa e a uso de feedbacks para auxiliar e reforçar a autorregulação da aprendizagem. Nos trabalhos qualitativos e quantitativos, foram utilizadas as técnicas de questionários e entrevistas. Em um número menor, encontramos outras técnicas de coleta de dados, tais como observação e grupos focais.

A separação dos quadros foi obtida de forma criteriosa, as quais são denominadas da seguinte forma: Categoria A, refere-se às pesquisas que abordam a Avaliação Formativa; Categoria B, pesquisas que abordam o feedback e a autorregulação da aprendizagem dos alunos; Categoria C, feedback dialógico. Com a finalidade de especificar a análise realizada e o compartimento dos estudos em cada categoria, serão retratados, três quadros-sínteses que desenham a revisão de escopo realizada:

Quadro 1 Pesquisas que abordam a avaliação formativa - Categoria A 

Autores País Foco Justificativa para a
inserção nesta categoria
Paul B. K.,
Sarkar S.,
Nandi S.,
Alim M. A., Biswas S.
Bangladesh A revisão foi conduzida para determinar como a avaliação formativa é usada atualmente no ensino superior para informar a instituição sobre as práticas de prestação de avaliação formativa para os O artigo conceituou a avaliação formativa e definiu uma gama de práticas de avaliação formativa e modelos disponíveis na literatura educacional.
K., Rahman
M. A.
alunos.
Diana
Pereira,
Maria
Assunção
Flores e
Alexandra
Barros
Portugal Este artigo focaliza a avaliação em ensino superior, especialmente com foco em contrastar os métodos tradicionais e os métodos de avaliação centrados no estudante. A classificação do artigo nesta categoria justifica-se por evidenciar a prevalência dos estudantes por métodos mais adequados as suas necessidades do que os métodos tradicionais.
Ana
Muñoz-
Restrepo
Colômbia A avaliação, quando usada para a aprendizagem, pode servir como um guia para análise, discussão e feedback no processo de avaliação. O artigo enfatiza a necessidade de mudar as crenças sobre a natureza e o papel da avaliação no processo de aprendizagem.
Susan J.
Deeley
Reino Unido Baseando-se na literatura e na evidência empírica em um universidade escocesa, são estudadas as vantagens e desvantagens do uso da tecnologia na avaliação. Ao adotar uma abordagem flexível, o uso de diferentes tipos de tecnologia pode ser benéfico para facilitar a avaliação eficaz para a aprendizagem.
Ernesto
Panadero,
Anders
Jonsson,
Juan
Botella.
Espanha Esta revisão meta-analítica explora os efeitos da autoavaliação na aprendizagem regulada (SRL) e autoeficácia.
Ao reforçar a importância da autoavaliação dos alunos, o artigo problematiza uma outra visão acerca da avaliação no ensino superior, sendo relevante para compor esta categoria.
Joanna
Tai, Rola Ajjawi, Dav id Boud, Phillip
Dawson e
Ernesto
Panadero.
Madri, Reino Unido,
Austrália e
Austrália
O desenvolvimento do julgamento avaliativo dos alunos deve ser uma meta do ensino superior, para permitir que os alunos melhorem seus trabalhos e atendam suas futuras necessidades de aprendizagem. Uma vez que o estudo apresenta um método relacionado à aprendizagem e avaliação no ensino superior foi incluído nesta categoria, por contribuir com tal discussão.
Ernesto
Panadero,
Heidi
Andrade,
Susan Brookhart.
Barcelona/ Espanha Apresenta e discute publicações fundamentais que informam as compreensões atuais acerca da relação entre Avaliação Formativa e aprendizagem autorregulada. Propõe um roteiro do desenvolvimento do campo e direções para o futuro das pesquisas nessa área, sendo um material produtivo para pensar o campo avaliativo.
Helen Mc
Lean
Austrália Avaliação e aprendizagem são reconceituadas como um sistema integrado e um processo dialógico. Este estudo contribui para a compreensão da avaliação, oferecendo sua reconceituação como um sistema integrado e todo dialógico.
Birgit
Schütze,
Elmar
Souvignier,
Marcus
Hasselhorn
Hasselhorn,
Marcus
(Instituto
Alemão de
Pesquisa
Educacional
Internacional)
Descreve o estado atual da pesquisa sobre avaliação formativa, caracterizando a estrutura, apresentando resultados sobre sua eficácia e abordando os desenvolvimentos associados à sua implementação. Por abordar a avaliação formativa na atualidade, é importante para esta categoria.
Zeng,
Wenjie;
Huang,
Fuquan;
Yu, Lu;
Chen, Siyu
China O artigo estuda a avaliação orientada para a aprendizagem (LOA), um conceito cunhado por Carless. Em razão de explorar uma proposta diferenciada de avaliação (LOA), o artigo classificase nesta categoria.
Liesbeth K. J. Baartman e Frans J. Prins

Holanda Explora como designers, professores e alunos experimentam a construção de significados nos critérios de avaliação.
Ao abordar algumas facilidades e desafios desta estratégia avaliativa no ensino superior, o estudo insere-se nesta categoria por contribuir com tais discussões.
Katrin
Rakoczy,
Petra
Alemanha Intervenção de avaliação formativa para o ensino, investigando se teria Tal proposta enquadrouse nesta categoria ao
analisar as
Pinger,
Hochweber,
Eckhard
Klieme,
Birgit
Schütz,
Michael Besser.
efeitos sobre o interesse e desempenho dos alunos.
potencialidades da avaliação formativa na motivação dos alunos e sua autoeficácia.
Bayrak,
Fatma;
Yurdugül, Halil
Turquia
Examinou a relação entre a consciência metacognitiva dos alunos e suas percepções de auto intervenção e criação de um perfil de aluno com base nesta informação. A autoavaliação é uma temática essencial no contexto do ensino superior, e por isso, tal artigo contempla esta categoria.
Eachempati
Prashanti e
Komattil Ramnaraya
n.

Índia Nesse artigo, apresentamse 10 máximas que mostram maneiras que as avaliações formativas podem ser mais bem compreendidas, apreciadas e implementadas. Tal revisão de literatura classifica-se nesta categoria, ao discutir a respeito da avaliação no ensino superior, expondo as 10 máximas neste sentido.
J. David Cabedo
e Amparo MasetLlaudes

Espanha


Este estudo apresenta uma autoavaliação formativa no
programa que foi implementado, tendo resultados positivos na aprendizagem.
Esta experiência no referido Programa representa um artigo importante para esta categoria.
Heidi L.
Andrade
NY, Estados Unidos A revisão de 76 estudos empíricos oferece uma perspectiva crítica sobre a relação entre autoavaliação e as percepções dos alunos sobre a autoavaliação e a Autoavaliação, avaliação formativa, avaliação em sala de aula, autoavaliação, aprendizagem autorregulada (SRL) são aspectos analisados.
associação entre autoavaliação e aprendizagem autorregulada.
Naomi E. Winstone a e David Boud
Reino Unido
Nesse artigo, é apresentado um exame crítico das questões criadas pelo emaranhado entre avaliação e feedback. Diferenciar esses conceitos é essencial para garantir sua efetividade no ensino superior, evitando usos inadequados dos mesmos.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2021).

Evidenciamos os dezenove artigos selecionados nessa categoria, pois eles trazem reflexões gerais a respeito da avaliação formativa e não utilizam especificamente o feedback. Ressaltando a importância da avaliação no Ensino Superior, notamos variedades de países que realizam estudos na temática. Compreendemos que a avaliação formativa não tem caráter classificatório, não se detém somente na nota final do processo e sim possui um papel de acompanhar a trajetória do ensino e da aprendizagem. Os artigos da categoria A possuem uma mescla de estudos referentes à avaliação formativa, inclusive citamos o artigo denominado Dez máximas da avaliação formativa (PRASHANT; RAMNARAYAN, 2019), que auxilia na compreensão da temática e reflete que a avaliação formativa é construída diariamente, a partir de passos amigáveis.

Parte-se do embasamento de que as considerações a respeito da avaliação no ensino superior são melhoradas e estudadas à proporção que conversam e analisam como fazer, por que fazer e quais são as implicações das metodologias adotadas para execução e sucesso acadêmico dos estudantes, de modo a auxiliar na permanência e finalização da formação acadêmica (TINTO, 2012). A avaliação formativa pode ser mensurada como uma avaliação colaborativa, a qual docentes e discentes alinham seus pensamentos e andam igualmente com objetivos e responsabilidades de compartilhar ensinamentos através de diálogos contínuos. Cabe salientar, que as tabelas foram organizadas para facilitar a visão sobre a escolha dos trabalhos e está subdividida em autores, país, foco e justificativa. No Quadro 2, apresentamos as pesquisas classificadas na Categoria B:

Quadro 2 Pesquisas que abordam o feedback e a autorregulação da aprendizagem dos discentes - Categoria B 

Autores País Foco Justificativa para a inserção nesta categoria
Yueting Xu e David Carless China O construto trata do letramento em feedback do professor, o qual precisa se tornar parte de programas de formação de professores. O estudo aborda o letramento em feedback do professor, dialogando acerca de sua importância para a avaliação no ensino superior.
Gavin TL
Brown,
Elizabeth R. Peterson e Esther S.
Yao
Nova
Zelândia
Concepções de feedback dos alunos (SCoF), aprendizagem autorregulada (SRL), autoeficácia acadêmica (ASE) e média de notas (GPA) tiveram o foco deste estudo. O modelo indica a centralidade de acreditar que o feedback existe para orientar os próximos passos na aprendizagem.
Georgeta Ion, Elena CanoGarcía, Maite
FernándezFerrer.
Espanha Este artigo tem como objetivo analisar o feedback fornecido pelos docentes (com ênfase no feedback escrito), a fim de valorizar a autorregulação da aprendizagem. O protagonismo dos tutores deve passar para os alunos a busca de um feedback mais dialógico, em que cada estudante se torne o juíz de seu próprio processo de aprendizagem.
Ricky Lam China Revisão sobre o feedback na visão de diferentes pesquisas científicas recentemente publicadas. Os caminhos apontados para a realização de um feedback sustentável e de qualidade são pertinentes para esta categoria de análise.
Wei Wei e
Yanmei Xie.
China
Este estudo investigou as mudanças nas práticas de feedback dos professores de uma universidade de elite na China. Ao investigar o feedback na perspectiva do desempenho dos alunos, o artigo classifica-se nesta categoria.
David
Carless e David Boud.

Austrália
Neste artigo conceitual, as respostas dos alunos ao feedback são revisadas e uma série de barreiras para a compreensão dos alunos sobre o feedback são discutidas. Professores são identificados desempenhando papéis facilitadores importantes na promoção do letramento em feedback do aluno.
Christine
Ossenberg,
Amanda
Henderson,
Marion
Mitchell.
Austrália Uma revisão do escopo seguindo a metodologia de Arksey e O'Malley foi conduzida, onde elementos de feedback foram extraídos das publicações incluídas e categorizados em 11 atributos principais. Esta revisão de escopo apresenta material atual para analisar os referidos elementos que compõem o feedback.
Georgeta
Ion,
Angelina
Sánchez
Martí e
Ingrid Agud Morell.

Espanha Este estudo visa analisar os benefícios que dar e receber feedback têm para o desenvolvimento cognitivo e metacognitivo dos alunos. Uma descoberta importante deste estudo foi o papel dos alunos na sua própria aprendizagem. Nesse sentido, este artigo se classifica nesta categoria sobre feedback.
Laura M. Dooley e Nicholas J. Bamford

Austrália
Fornece uma visão geral das evidências atuais sobre o feedback dos pares sobre as atividades de aprendizagem colaborativa no ensino superior. O feedback formativo de pares pode fornecer uma oportunidade o desenvolvimento de competências essenciais e, diante disso, o artigo foi selecionado na presente categoria.
Marisa E. Crisostomo e Rahul S. Chauhan
Texas, EUA Este artigo apresenta uma breve revisão das melhores práticas para a construção de feedback do aluno e considera os problemas que os docentes enfrentam ao fornecer esse feedback. Esta abordagem individualizada do feedback consiste numa pesquisa bastante importante para explorar as possibilidades do feedback, representando uma razão para fazer parte desta categoria.
Jennifer Hill e Harry West.
Reino
Unido
Explora as percepções dos alunos sobre a abordagem dialógica de feedforward e se houve melhora no desempenho e aumento da satisfação dos estudantes. Este estudo apresenta resultados inovadores sobre o feedback e o feedforward (orientado ao futuro), sendo atual e tecendo contribuições para este estudo e para pesquisas futuras.
Whitney J. Bevan
Austrália
A pesquisa apresenta um estudo de caso universitário, que explora opiniões de feedback Os resultados elevados iluminam a complexidade associada ao feedback dos alunos, a diversidade das percepções dos alunos sobre o
fornecido aos alunos do ambiente construído (BE).
feedback e uma gama de preferências dos alunos ocorrências associadas ao feedback fornecido.
Catherine
Paterson, Nathan
Paterson,
William
Jackson e
Fiona
Austrália Esta revisão sistemática tem como objetivo identificar nos alunos necessidades e preferências de feedback acadêmico no ensino superior.
Esta revisão informou várias implicações importantes para a prática exclusivamente na perspectiva dos alunos. Os educadores são incentivados a implementar o método baseado em evidências de feedback dos alunos em sua prática diária.
Bas T. Agricola, Frans J.
Prins e
Dominique M. A.
Sluijsmans.
Holanda
Neste estudo, um experimento fatorial 2 × 2 (N = 128) foi conduzido para examinar os efeitos de uma solicitação de feedback formulário (com versus sem) e modo de feedback (escrito vs. comentários verbais). Os resultados mostraram que o feedback verbal teve uma significativa maior impacto na percepção de feedback dos alunos do que feedback escrito.
Shutao
Wang e
Demei
Zhang
China
O objetivo deste estudo foi determinar o efeito mediador da aprendizagem na relação entre o feedback do professor percebido e o desempenho acadêmico de estudantes universitários. Os resultados indicaram que o feedback do professor percebido teve um impacto positivo no engajamento de aprendizagem dos alunos.
Anne Malar
Selvaraj,
Hazita
Azman
Malásia
Discute revisões escritas por professores e obstáculos ao feedback, a fim de reconhecer a utilidade do feedback no domínio da educação. Feedback adequado ajuda os alunos a aprenderem como cumprir seus objetivos de aprendizagem.
Cecilia Ka
Yuk Chan e Jiahui Luo
China Neste estudo, dez oficinas de formação de professores foram realizadas com a intenção de aprimorar a competência dos professores em avaliação e feedback. Assim, o estudo atentou para a importância de os professores reconhecerem as práticas avaliativas como possibilidades de autorregulação da aprendizagem.
Intisar
Mohamed
El-Sayed
Arábia
Saudita

(*o artigo está escrito em árabe)
Aborda a eficácia do uso do ciclo de feedback formativo para o desenvolvimento da compreensão profunda e as habilidades de autorregulação. A pesquisa constatou a eficácia do ciclo de feedback formativo que acompanha a perspectiva da avaliação para a aprendizagem.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2021).

Os dezoito trabalhos apresentados no Quadro 2, que compõem a Categoria B, trazem uma importante contribuição para qualificação da perspectiva da avaliação formativa. Entendemos que nessa forma de avaliação o docente planeja as atividades definindo os objetivos de cada proposta e seleciona os melhores instrumentos educativos, possibilitando um feedback construtivo para os discentes, bem como, preparando o indivíduo que frequenta o ensino superior para fazer sua autoavaliação.

Observamos que autoavaliação deve ser utilizada como estratégia instrucional, cujo objetivo final é orientar os discentes para que aprendam a se avaliar, compreendendo que a aprendizagem repercute em sua autorregulação (PANADERO; ALONSO-TAPIA, 2017). Ou seja, usar a autoavaliação não é exclusivamente uma decisão pedagógica sem enormes repercussões. Inclusive, os docentes devem ter consciência de todos esses processos, buscando maneiras de fazer com que os discentes se sintam instigados a avaliar seus próprios desempenhos, melhor dizendo, passem a desenvolver uma série de processos metacognitivos como planejamento, monitoramento e avaliação (WINNE; HADWIN, 1998).

Dessa forma, os dois conseguem regular a aprendizagem. O docente acompanha e dialoga (verbal ou escrita) com os discentes para verificar a melhor maneira de qualificar o ensino. A literatura internacional apresenta uma variedade de investigações que utilizam o feedback como meio de acompanhamento da aprendizagem e autorregulação. Através dessa análise, evidenciamos que o feedback do docente tem um impacto positivo no engajamento da aprendizagem dos discentes, inclusive uma mentoria adequada possibilita que os discentes aprendam como cumprir seus objetivos de aprendizagem, tornando-se responsáveis pela sua evolução. No Quadro 3, apresentamos as pesquisas classificadas na Categoria C:

Quadro 3 Feedback dialógico- Categoria C 

Autores País Foco Justificativa para a inserção nesta categoria
Kimberly
Baker
USA Este estudo enfoca o momento da revisão por pares, um formulário de feedback altamente estruturado e as revisões dos escritos dos alunos após se envolverem na revisão por pares. O artigo classifica-se nesta categoria por promover uma discussão pertinente acerca do feedback e da revisão por pares.
Stan van
Ginkel,
Judith
Gulikers,
Harm
Biemans e
Martin
Mulder
Holanda Este estudo examina os processos de feedback conduzidos diretamente após 95 apresentações dos alunos nas seguintes condições: feedback do professor, feedback dos colegas, feedback dos pares guiados pelo tutor. A condição de feedback do professor teve pontuação nos critérios de qualidade significativamente mais alta do que feedback dos pares com orientação do tutor e sem orientação.
Bart
Huisman,
Nadira Saab, Paul van den Broek e Jan van Driel.
Austrália
O estudo faz uma metaanálise que sintetiza a pesquisa empírica quantitativa disponível sobre o impacto de feedback dos pares sobre o desempenho da redação acadêmica de alunos do ensino superior.
O feedback dos colegas resultou em melhoria da escrita dos alunos, sendo tal estudo um material atual para analisar o feedback dos pares.
James W.
Gaynor
Reino
Unido
A pesquisa investiga a qualidade do feedback dos pares, a importância da avaliação e as percepções dos alunos sobre o que é mais útil. Em razão do feedback por pares consistir em uma estratégia de feedback dialógico, tal trabalho classifica-se na presente categoria.
Angela
Choi Fung Tam
China
Entrevistas semiestruturadas, observações em sala de aula e diários reflexivos foram usados para coletar dados. Alunos relataram benefícios e desafios da discussão baseada em exemplares, que depende muito da qualidade do feedback dialógico. Reconceitualização de feedback dialógico e pedagógico são temáticas abordadas neste artigo e inserem-se no âmbito desta categoria.
Gabrielle Hansen
Noruega
O estudo explora o valor do diálogo como meio de facilitar o alinhamento entre a compreensão do professor e do aluno de um processo formativo de avaliação. Em virtude da ênfase neste viés dialógico de avaliação, este artigo se justifica por inserir-se nesta categoria.
James
Wood
Coreia do Sul
Este artigo conceitual baseia-se em uma síntese da captação de feedback existente, a partir da coregulação do processo em ambientes digitais Este estudo é importante para analisar as potencialidades de um modelo dialógico de feedback potencializado pelas tecnologias.
Charlie Smith
Reino
Unido
O estudo fornece uma visão sobre as percepções dos alunos a respeito da utilidade de diversos métodos de feedback, com atenção às abordagens dialógicas. O artigo traz um modelo que contém: o ambiente do feedback, o discurso do feedback e o conteúdo da mensagem.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2021).

Os oito trabalhos agrupados na categoria C são sobre feedbacks dialógico (entre pares e entre docentes e discentes), pesquisas sobre diálogos de acompanhamento possibilitam a autorregulação da aprendizagem. Alunos que realizaram essa modalidade de avaliação formativa relataram benefícios e desafios da discussão baseada na qualidade do feedback dialógico. Outra análise é o impacto do feedback entre pares, que melhora a escrita dos alunos. Também, destacamos nos artigos dessa categoria a valorização do diálogo como meio de facilitar o alinhamento entre a compreensão do docente e do discente de um processo formativo de avaliação.

No mesmo sentido, Luckesi (2011, p. 263) afirma que “[...] a eficiência na aprendizagem não depende só do aprendiz, mas, em simultâneo, do ensinante e do sistema”. Cabe ao docente também ter empatia, ser um bom observador e um comunicador competente, dessa forma a aprendizagem torna-se positiva (DULFER; KOOPAEI, 2021).

REFLEXÕES FINAIS

Resgatamos a pergunta inicial: quais tendências têm sido apresentadas na literatura internacional recente a respeito de feedback e autorregulação da aprendizagem no âmbito das pesquisas sobre avaliação no Ensino Superior? Verificamos uma grande variedade de estudos na literatura internacional sobre a temática de feedback, autorregularão e avaliação no ensino superior. Destacamos a avaliação formativa como meio acompanhar o estado da aprendizagem, visando a utilização de feedbacks formativos e dialógicos. Nos artigos, verificamos um leque de métodos para proporcionar comentários, sejam entre pares ou dos docentes para seus discentes, incluindo, em em alguns casos, o auxílio de softwares específicos que auxiliam nesta finalidade.

Observamos, também, que a autorregulação está interligada à autoavaliação e torna-se uma das principais metas da avaliação formativa. Quando o discente consegue analisar seu aprendizado, com estratégias metacognitivas, compreenderá como são realizados os processos de internalização dos seus pensamentos, tendo consciência das competências e de suas dificuldades. Com a autoavaliação, também passa a obter mais autonomia, sendo protagonista do estudo, compartilhando experiências e responsabilidades com os docentes. Consideramos, inclusive, que a avaliação formativa é indissociável do feedback, e que, para ser eficaz, ele precisa ser positivo e estimulador para a realização das tarefas.

Além disso, artigos que abordam tendências de prática de feedback de qualidade, que resultam no maior impacto para o sucesso dos indivíduos no ensino superior. Realçam que o feedback deve ser positivo, específico, oportuno e encorajar o acadêmico para o engajamento ativo (HAUGHNEY; WAKEMAN, HART, 2020). Desse modo, destaca-se que as mudanças em avaliação são indispensáveis de serem realizadas, tendo claro que o caminho é mais importante que o resultado (IRALA; MENA, 2021). Nesse sentido, é importante mencionar a necessidade de contemplar na formação do docente do Ensino Superior uma gama de conhecimentos específicos relacionados ao letramento em avaliação e ao letramento em feedback, como forma de qualificar as práticas de ensino e a compreensão dos processos de aprendizagem dos discentes.

Temos potencial de reiterar, como conclusão dessa revisão de escopo, efetuada com artigos recentes da literatura internacional dos anos de 2016 a 2021, que seria interessante pesquisas crescentes sobre feedforward (que pode ser traduzido como proalimentação), para dar continuidade ao ciclo total do feedback. Relatamos muitos artigos que associam o feedback como método que converge para o desempenho atual do aluno. No entanto, o feedforward possibilita uma prévia de ações subsequentes, orientadas ao futuro, realizadas em prol de sucessivas melhorias subsequentes.

Por fim, é possível observar que as principais tendências da literatura internacional a respeito da avaliação no ensino superior estão articuladas entre avaliação formativa, autorregulação da aprendizagem e feedback (especialmente o dialógico). Na avaliação formativa, as atividades e os objetivos guiam os feedbacks construtivos, além da existência da prática da autoavaliação.

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Recebido: 1 de Dezembro de 2021; Aceito: 1 de Julho de 2022

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