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Educação e Filosofia

versión impresa ISSN 0102-6801versión On-line ISSN 1982-596X

Educação e Filosofia vol.31 no.63 Uberlândia set./dic 2017  Epub 09-Mar-2021

 

Dossiê Artes e Oficinas: incursões na filosofia de Deleuze-Guattari

Apresentação

Juliana Soares Bom Tempo

Humberto Guido


O ano de 2015 marcou os vinte anos da morte de Gilles Deleuze (1925-1995), a data foi celebrada com a realização de eventos promovidos pelos núcleos de pesquisa vinculados à filosofia de Deleuze, cuja obra comporta também os livros escritos em coautoria com Félix Guattari. O Dossiê Artes e Oficinas: incursões na filosofia de Deleuze-Guattari foi concebido no mesmo movimento de discussão do legado do pensamento deleuziano, cujo propósito ultrapassa o ensejo de uma simples homenagem e pretende intensificar as experimentações conceituais para vislumbrar, na criação artística, um disparador de encontros ético-político-estéticos, o que confere ao Dossiê uma abordagem transdisciplinar da filosofia de Deleuze - e também Guattari - com vias a favorecer as interfaces entre a filosofia e as artes, recuperando a junção dos afectos e dos perceptos, tal como foram apresentados pelos autores em muitas dos seus escritos, dentre os quais destacamos Qu’est-ce que la filosophie? (1991).

O motivo dos artigos que compõem o presente Dossiê são as artes, considerando que essas manifestações são abordadas conforme dois eixos: das oficinas de criação e da lógica do sentido; ou seja, a poiética é considerada em sua autonomia na produção de experimentações do pensamento, por isso, não se trata de uma leitura estética, aliás, não é a intepretação das obras de arte que estão em discussão, mas, antes, a possibilidade das artes esgotarem as fixações de sentidos do mundo contemporâneo que instauram a crise nas mais variadas esferas da vida. Deleuze e Guattari vislumbram nas artes uma política menor, pertinente a mobilização dos afectos e dos perceptos graças as mobilizações engendradas pelos signos artísticos. Assim, apostamos na articulação da clínica, da crítica, das artes e da política, tendo em vista a abertura de novos espaços, contribuindo para o aparecimento de práticas de liberação dos fluxos que poderão fazer variar o pensamento.

O que pode ser esperado das oficinas de criação em artes é a invenção de procedimentos diferentes que potencializem os corpos, mobilizando-os para encontrar nos blocos de perceptos e afectos da criação artística o arrancar “o percepto das percepções do objeto, [...], arrancar o afecto das afecções”, provocando fluxos de desejo a abrirem a realidade a novos possíveis (DELEUZE; GUATTARI, 1991, p. 217). Os pensadores franceses oferecem uma rica abrangência com relação as artes e que acreditamos estar contemplada nos artigos do Dossiê, a saber, que a filosofia como criação de conceitos está conectada - ousamos dizer: acoplada - ao plano de imanência “que deve ser considerado pré-filosófico” (DELEUZE; GUATTARI, 1991, p. 57), porque a atividade conceitual vislumbra a apreensão de uma realidade não conceitual composta pelas criações artísticas, por isso, os pensadores concluíram afirmando que “o não-filosófico está talvez mais no coração da filosofia do que a própria filosofia”.

A aglutinação dos artigos, que apresentaremos a seguir, propõe a composição de zonas de vizinhança entre conceitos da filosofia em conexões com os perceptos e os afectos com relação as artes, não os confundindo com percepções e sentimentos. Ora, longe da ambição do dogmatismo filosófico, aqui a filosofia é tomada como conceito e devir, permitindo vislumbrar experimentações do pensamento, no encontro com o seu fora, ao entrar na composição de um plano de imanência, que poderá ser construído junto às criações artísticas. As escritas reunias neste Dossiê se processam em meio a produção de um pensar teórico-poiético a partir das artes e das oficinas, traçando divergências convergentes com a filosofia da diferença.

A interface proposta entre Artes e Oficinas, junto a filosofia deleuze-guattariana, pretende forçar o ideário que circula a concepção tanto das dimensões artísticas, quanto das práticas político-pedagógicas nomeadas oficinas, para colocarmos o agir vinculado às imediações que acessam de modo direto e imediato o corpo entre signos e afectos, forçando o pensamento.

As afecções e os perceptos, enquanto aquilo que faz pensar, convoca Artes e Oficinas a precipitar o fazer filosófico junto ao não-filosófico. Práticas transdisciplinares que propõe redimensionar o corpo e o pensamento, colocando-os em devires inauditos.

Afectos e perceptos1 se apresentam como conceitos-chave para a presente produção. Estes se tratam de um tipo de “visão” e de “audição” - em última análise um tipo de sensação e de percepção - colocados em sentido muito especial, compreendendo que essas novas sensações e percepções são construídas; daí a articulação entre Artes e Oficinas. Os perceptos e os afectos se distinguem de uma simples percepção e de um sentimento, engendrando-se nos encontros entre os corpos, os signos e os mundos.

Mas do que se trata um percepto? “Uma percepção em devir”, responde Deleuze (1993, p. 112). Nesse caso, não se trata de um objeto que se transforma ou se desloca, mas é a própria percepção, a capacidade de perceber, o poder e a maneira de perceber que se metamorfoseiam. A percepção se transforma elevando o ver a outra potência, tornando o ver potente, o visível que, nas relações com o ordinário, é separado da sua própria potência. A produção de um devir da própria visão: um percepto. Dar a ver o invisível, o imperceptível daquilo que não se pode cotidianamente ver e perceber.

Zourabichivili em um texto intitulado Six notes sur le percept: sur le rapport de la critique et de la clinique chez Deleuze publicado em 2013 na França2, pensa junto a obras de Deleuze e Guattari, a relação entre os perceptos e a produção de uma clínica, de certa saúde e da criação. Com relação ao percepto, o autor afirma: “o ver de uma segunda visão, de um terceiro olho, de um n-ézima potência, é necessário que o invisível veja o invisível do visível mesmo” (p. 379).

Ver o invisível do próprio visível se dá na produção da criação de sensibilidades às relações de forças que formatam o visível, dar visibilidade e sensibilidade aos jogos de forças que não estavam visíveis até então, criar uma visibilidade que só se tornam visíveis pela existência com as Artes. A produção de certa vidência3 das forças, nisso opera um fazer Oficina. As coisas elas mesmas já são forças, encontros e relações de forças que se expressão. São relações de forças invisíveis que exitem no visível e que convocam as forças de existir das coisas. As dinâmicas espaço-temporais exprimem tais maneiras de existir. Uma maneira de existir se constrói nas relações estabelecidas, nas afecções que engendram tal maneira de existir. Esse rapport de forças ressoa nos corpos, nas subjetividades e nos mundos, enquanto signos em devir, despotencializados pelas relações enrijecidas no ordinário.

Ao potencializar o devir das coisas, ao misturá-las e desacoplá-las de suas utilidades e funcionalidades, ao colocar as relações nas interfaces Arte e Oficinas, tornam-se visíveis os campos de relações que engendram as coisas no mundo e que engendram o próprio mundo, fazendo-as devir-outras, desatarraxando os signos de um campo de significados e significantes, transformando as coisas em pura sensação. Nesse sentido, um percepto é uma relação crítica e clínica como nos propõe Zourabichivili (2013) ao pensar junto à filosofia de Gilles Deleuze. Crítica por que faz discernir certo tipo de relações de forças e clínica por que faz avaliar sua inclinação, sua amplitude a se desdobrar e a se dobrar a partir do modo o qual cada coisa se expressa. Assim, as interfaces entre Artes e Oficinas passam pela construção de perceptos que fazem a percepção entrar em devir, em condições construídas na imanência das experimentações entre as coisas, os signos, os corpos e o mundo.

Nos campos do ordinário, o visível é produzido retirando as potências, interditando as coisas com relação aos devires e as ligando diretamente ao dizível; para desfazer essa vinculação é preciso operar um corte das correspondências que estão no mundo entre o dizível e o visível, entre o falar e o ver, entre as palavras e as coisas4.

Deleuze (1986) em seu livro intitulado Foucault, pensa nas relações e disjunções do visível e do dizível. Deleuze, junto às obras5 de Foucault, analisa o visível como um campo técno-sensorial que produz certa economia das percepções e das sensações enquanto equipamentos de poder e máquinas sociais, dando a ver o visível e o dizível enquanto um regime de enunciação sistematizado que atarraxa o enunciado a uma produção de funções dos objetos e dos sujeitos. Nesse sentido, entre os enunciados e os visíveis, as palavras e as coisas existem reciprocidades co-criativas em que um produz o outro ao mesmo tempo, gerando agenciamentos coletivos de enunciação e também máquinas de corpos. Esses planos de correspondências entre o visível e o dizível, entre os enunciados e os corpos se constroem a partir de diagramas que se compõem nas relações entre forças e funções.

É nessas relações de reciprocidade que as interfaces Artes e Oficinas intervêm. Essas interfaces produzem disparates entre ver e falar, entre o que se vê e o que se fala junto às coisas, aos corpos e aos mundos. Um tipo de ruptura a-significante entre o enunciável e o visível, entre as expressões e os conteúdos. Essa é a dimensão política de Artes e Oficinas enquanto protutoras de pensamentos, modificando as relações de correspondências entre ver e dizer, entre conteúdo e expressão. Desse modo, criam outras formas de sensibilidade e de experimentação com a vida e com o mundo. Quebram os clichês de correspondências e fissuram as coisas e as palavras para se reinventarem, criando campos problemáticos e zonas de riscos que desatarraxam o visível e o dizível. Uma disjunção inclusiva que produz um povo por vir, um povo impessoal e nômade.

Desfazer a relação entre ver e falar, fazer a disjunção entre as formas de expressão e as formas de conteúdo. Para isso é necessário abrir as palavras e as coisas, abrir os visíveis e os enunciáveis, produzir um povo nômade. Nesse prisma, há uma inseparabilidade entre estética e política; criar é criar, dentro das impossibilidades, um campo de possíveis. Desfazer os objetos para recriá-los e desfazer também os seres que se relacionam, a partir de um dado regime, com os objetos.

Criar um povo por vir, um povo que habita o deserto (DELEUZE, 1950/2002), um povo nômade. Criar esse povo, a partir da filosofia de Deleuze, se dá na invenção de um deserto, de uma ilha deserta, que é também uma terra não humana, é um terreno de forças. Desfazer as pressuposições entre ver e dizer é desfazer os objetos vistos e os sujeitos que falam. Criar um povo nômade em uma não correspondência entre ver e falar é desfazer os objetos para recriá-los e desmontar os sujeitos que falam para recriar uma nova terra.

Quebrar o rapport entre o visível e o dizível, desformar tal reciprocidade se dá em um processo de corte e de abertura das palavras e das coisas. Esse procedimento, esse desfazer é uma operação produzida por um curto-circuito próprio das Artes e das Oficinas enquanto produtoras de pensamentos. Fazer falar um povo nômade que vai experimentar o mundo e recriar as coisas, um povo que não preexiste, mas que é construído na criação e na experimentação, um povo gestado com a desterritorialização de um mundo codificado. Criar uma disjunção entre ver e falar é criar um povo nômade, uma população molecular, uma multiplicidade. É nas experimentações que criam tal população que operamos as interfaces Artes e Oficinas, acoplamento que se dá na criação de um povo que produz também uma nova terra.

***

Diante do desafio em articular Artes e Oficinas junto aos pensamentos de Deleuze e Guattari, convidamos autores, que compuseram sete textos, para nos agraciar com a mobilização de pensamentos diante da questão: o que pode o encontro de Artes e Oficinas junto às concepções deleuze-guattarianas?

Assim, na montagem desse Dossiê apresentamos o artigo “Ciranda de experimentações: giros que ressoam forças”, de Alda Romaguera, Alik Wunder e Davina Marques, que nos apresentam um texto produzido junto a atravessamentos, pensamentos e experimentações que circularam nas oficinas de criação com imagens e escritas literárias do Núcleo de Leitura “Fabulografias” da Associação de Leitura do Brasil. Na articulação com os conceitos de acontecimento e fabulação de Gilles Deleuze, e com o desejo de, pelas imagens e palavras, extrair forças-áfricas, as autoras propõem gerar movimentos de criação coletiva, elegendo como tema das oficinas as africanidades que se fabulam na literatura, no cinema e na fotografia brasileira e de países africanos lusófonos: Angola, Moçambique, Guiné-bissau, Cabo-Verde.

Incluímos, também, as propostas do texto intitulado “das escritas, dos corpos. afetos e entretempos”, de Ana Godoy e Vivian Marina Redi Pontin. Articulações produzidas pelo encontro entre uma escrita e seu acompanhamento e partindo da afirmação de que uma escrita nunca se faz só e é vital habitá-la, seu acompanhamento diz de um como se faz, diz de uma preparação, diz da feitura de um corpo que opera na escrita. Assim, as autoras propõem uma escrita-oficina que possa cuidar da pergunta ativadora: como produzir uma oficina que mobilize encontros em tempos desprovidos de poesia? Alguns gestos foram escolhidos para tal composição, dentre eles: a partilha enquanto forma de criação por aquilo que se fragmenta sem efetivamente quebrar, destroçar; outro gesto foi pontilhar por ocasião de desenhar um corpo-a-corpo e, não por último, uma vez que os gestos são multiplicadores, a ideia de caça na composição de territórios e suas disposições para desabituar o previsível. Dessa escrita-oficina de um encontro afetivo e que faz funcionar uma produção, o que se busca é potencializar movimentos na experimentação e indagação daquilo que pode um corpo qualquer.

Outro escrito tem por título “Alquimias de Escrever/Ler: Experimentações (na produção de pesquisas) em Educação”, de Cristian Poletti Mossi. O autor utiliza como disparador uma oficina com a temática escrita/ leitura inventiva (na produção de pesquisas) em educação ministrada em ocasião do término de sua tese de doutorado, a qual teve como um de seus motes investigativos a escrita/leitura de textos de pesquisa no tensionamento com imagens. O objetivo principal da oficina foi que os participantes, a partir de alguns propulsores do pensamento, construíssem seus próprios intuitos investigativos, bem como estratégias para uma escrita/leitura que não se prestasse apenas a um caráter representacional do escrito/lido/vivido.

Segue-se com as proposições de “Corpo(i)ética: educação dos afetos e produção de modos expressivos”, de Fernando Yonezawa. Este compartilha trabalhos de experimentação corporais-artísticas, as quais estão baseadas em conceitos deleuze-guattarianos e spinozanos. O texto apresenta o acompanhamento de experimentações oferecidas para grupos de pessoas de diversas faixas etárias e formações. No acompanhar destes trabalhos, o autor propõe a noção conceitual de educação dos afetos, a qual denomina a produção de um conhecimento acerca dos insuspeitos afetos engendrados nas experimentações. Trata-se de uma forma de educação constituída a partir da problematização de tais afetos em conexão com os modos de vida instituídos e respectivas maneiras de sentir, mover-se, expressar-se. Baseado em conceitos de Guattari e Deleuze, o autor afirma que a força expressiva dos corpos sempre se constitui sobre uma problemática estético-artística e não fisiológico-funcional.

Ainda nos valemos das contribuições do artigo “Oficinas de criação do e no pensamento: o acontecimento como abertura da filosofia às artes”, de Juliana Soares Bom-Tempo e Humberto Guido ao afirmarem o pensar como acontecimento sendo inseparável de uma oficina de criação que opera em funcionamento maquínico. Uma oficina de criação do e no pensamento aposta em práticas interdisciplinares que lançam a filosofia no domínio do não discursivo na relação com as artes. Assim, essa maquinação desloca a filosofia do seu lugar estático e a instala em terrenos rizomáticos, abrindo os domínios do pensar à criação. O atravessamento dos territórios entre artes e filosofias exige a adoção de uma postura não-filosófica - inclusive e principalmente do filósofo - sem a qual a oficina incorrerá num risco de ser uma experimentação estéril, ainda presa às territorialidades previamente fixadas em especialidades. Os autores propõem a operação de uma oficina de criação do e no pensamento a partir das interfaces construídas entre literatura, cinema e teatro junto às obras de Sacher-Masoch e Roman Polanski, ambas intituladas A Vênus das Peles.

O texto “Aprender, pesquisar e filmar: dimensões de atuação do documentarista-cartógrafo em oficinas de cinema”, de Cristiano Barbosa, discorre sobre um processo de filmagem-aprendizagem a partir da concepção de oficina de cinema documentário voltada para o contexto escolar, em que o oficineiro opera o acoplamento documentarista-cartógrafo. Um movimento criativo com e através do cinema que o autor considera ser cartográfico. Cartográfico, pois, na experimentação apresentada, o documentarista encontrou-se imerso na realidade a qual ele intentava pesquisar/cartografar, procurando dar expressão a um mapa de relações espaço-temporais tecidos nesses encontros. Nessa perspectiva, o documentarista-cartógrafo pode ser o pesquisador, ou mesmo o diretor, pode ser o cinegrafista, e, em alguns momentos, os alunos, pais, professores e funcionários que se envolveram na criação documental. O documentarista-cartógrafo ainda pode ser um emaranhado de conexão dessas trajetórias em jogo e em negociação diante de uma produção documental com a escola. Essa posição flutuante que o personagem documentarista-cartógrafo ocupa produz um tipo de operação atravessada por três dimensões de atuação: aprendizagem, pesquisa e cinema; todas as três co-implicadas nesse fazer documental com a escola.

Para finalizar a composição do Dossiê, apresentamos o artigo “Os paradoxos da representação na era da informação”, de Juan Guillermo Diaz Bernal, onde apresenta uma tentativa de vincular a imagem como objeto virtual, não somente como aquele utilizado nas tecnologias da informação e comunicação, mas, também, como na perspectiva da representação. A partir de uma perspectiva crítica, as inúmeras dimensões de abordagem foram limitadas a três: a imagem-máquina, como construção histórica; o signo que representa a imagem das múltiplas linguagens artísticas, como expressões diversas; e os limites da arte como possibilidades extremas entre a visibilidade e a incivilidade.

Deste modo, buscamos compor as relações entre Artes e Oficinas buscando a transdisciplinaridade como modo operante, entre afectos e perceptos produzir filosofia junto ao não-filosófico, fazer variar o pensamento no encontro com os entremeios das Artes. Apostamos que as quebras de correspondências entre dizíveis e visíveis possam esgotar os possíveis para o intermezzo Filosofia e Educação, inaugurando novas terras e, quem sabe, abrir nossas percepções e sensibilidades a um povo por vir. Esperamos que tenham uma boa leitura.

Juliana Soares Bom Tempo
Humberto Guido
Organizadores do Dossiê

Referências

DELEUZE, Gilles. Qu’est-ce que la philosophie? Les Editions de Minuit, Paris, 1991. [ Links ]

______. Critique et clinique. Paris: Les Éditions de Minuit, 1993. [ Links ]

______. L’Image-temps. Cinéma 2. Paris: Les Éditions de Munuit, 1985. [ Links ]

DELEUZE, Gilles. Foucault. Paris: Les Éditions de Munuit, 1986. [ Links ]

FOUCAULT, Michel. Les mots et les choses, La prose du monde. Éditions Gallimard, 1966. [ Links ]

______. L’Archeologie du savoir. Paris: Gallimard, 1969. [ Links ]

FOUCAULT, Michel. Surveiller et punir: naissance de la prison. Paris: Éditions Gallimard, 1975. [ Links ]

ZOURABICHIVILI, François. Six notes sur le percept : sur le rapport de la critique et de la clinique chez Deleuze. En: Gilles Deleuze, La logique du sensible: esthétique & clinique. Direction d’Adnen Jdey. Rhône-Alpes, France: De L’Incidence Éditeur, 2013, p. 375-404. [ Links ]

1Ambos os conceitos encontram-se presentes tanto no livro Qu-est-ce que la philosophie? de Deleuze e Guattari (1991), quanto em Critique et Clinique de Deleuze (1993).

2Publicado em Gilles Deleuze, la logique du sensible: esthétique & clinique, sob a direção de Adnen Jdey. Paris: de l’incidence éditeur, 2013, p. 375 - 403. Uma primeira versão desse texto foi traduzida para o inglês e publicada na obra coletiva, Deleuze: a critical reader (P. Patton ed.), Oxford, Blackwell Publishers, 1996, p. 188 - 216; ficando inédita na França até a publicação em 2013.

3Como propõe Deleuze (1985, p. 340) no livro L’image-temps. Cinéma 2. Deleuze chama de “la voyance”.

4Pensando junto a Michel Foucault (1966) em Les mots et les choses: une archéologie des sciences humaine.

5Especificamente Les mots et les chose (1966), L’archéoligie du savoir (1969) e Suveiller et punir: naissance de la prison (1975).

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