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Educação UFSM

versión impresa ISSN 0101-9031versión On-line ISSN 1984-6444

Educação. Santa Maria vol.46  Santa Maria ene./dic 2021  Epub 01-Dic-2023

https://doi.org/10.5902/1984644447406 

Artigo Demanda Contínua

Acolhimento aos ingressantes na Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Florianópolis: percepção dos estudantes

Reception of new students to the Federal University of Santa Catarina, Florianópolis Campus: Students' Perception

Lara Simone Dias1  , Psicóloga educacional
http://orcid.org/0000-0002-6357-2052

Edmilson Rampazzo Klen2  , Professor Doutor
http://orcid.org/0000-0002-4701-8852

1Psicóloga educacional da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. lara.dias@ufsc.br

2Professor Doutor na Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. erklen@cce.ufsc.br


RESUMO

Práticas de acolhimento podem representar importante estratégia de prevenção à evasão no Ensino Superior. Opresente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de opinião com estudantes de uma universidade federal, realizada a fim de a conhecer a percepção dos mesmos a respeito destas ações e identificar fatores tidos como favoráveis e desfavoráveis à ambientação à universidade, tais como informações consideradas relevantes para a ambientação acadêmica, as formas de acesso a elas e os principais atores envolvidos neste processo. Participaram do estudo 718 estudantes - não identificados - de diversos cursos de graduação através de pesquisa de opinião por um questionário online. Os resultados indicam o protagonismo dos próprios estudantes no processo de acolhimento e uma parcela significativa de estudantes sem acesso às atividades de acolhimento. A partir da percepção dos estudantes, são discutidos o papel institucional no acolhimento aos ingressantes ao Ensino Superior e possíveis estratégias para sua melhoria.

Palavras-chave: Acolhimento; integração; estudantes universitários; ensino superior

ABSTRACT

Reception practices can represent important strategies to prevent evasion in higher education. This article presents the results of a research pool with students from a federal university that aimed at knowing the perception of them about activities of reception and identifying factors considered favorable and unfavorable to the university environment, such as information considered relevant to the environment, the ways of acessing them and the main actors involved in this process. Participating in the study were 718 students - not identified - from various undergraduate courses by means of an online questionnaire. The results indicate the protagonism of the students themselves in the reception process and a significant proportion of students without access to the reception activities. From the students' perception, the institutional role in the reception of incoming students and possible strategies for their improvement are also discussed.

Keywords: Reception; integration; university students; higher education

Introdução

A literatura científica sobre a integração acadêmica aponta o primeiro ano de graduação como período crítico para a ambientação dos estudantes à universidade (TEIXEIRA et al., 2008; SOUZA et al., 2016). Segundo Teixeira et al. (2008), a transição da escola para a universidade parece produzir inicialmente uma sensação de atordoamento, relacionada à perda de referências anteriores. A falta de orientação com relação aos processos burocráticos na universidade também é percebida como um obstáculo que dificulta a ambientação do estudante ingressante e suas rotinas. A forma como estes se integram ao contexto do Ensino Superior repercute no aproveitamento ou não das oportunidades oferecidas pela universidade, tanto para sua formação profissional quanto para seu desenvolvimento psicossocial (PACHANE, 2004, apud TEIXEIRA et al., 2012). Segundo Teixeira et al. (2012), o contexto universitário tem papel crucial a desempenhar na adaptação à universidade e no fornecimento de informações de qualidade, relativas à vida acadêmica, especialmente nas primeiras semanas.

Ações de integração social e acadêmica e de acolhimento aos estudantes ingressantes na universidade são importantes preditores da permanência no ambiente universitário e da conclusão do curso (CABRERA, CASTAÑEDA, NORA, & HENGSTLER, 1992, apud TEIXEIRA, CASTRO & ZOLTOWSKI, 2012). Como o primeiro ano universitário é considerado período crítico no qual ocorre a maior parte dos abandonos de curso (SILVA FILHO, MOTEJUNAS, HIPÓLITO, & LOBO, 2007; REASON et al., 2006, apud TEIXEIRA et al., 2012), fenômeno que impacta negativamente tanto os estudantes quanto as instituições de Ensino Superior (TEIXEIRA et al, 2012), há uma preocupação especial quanto a este período de ingresso. As políticas de acolhimento aos estudantes de graduação constituem, portanto, forma de prevenir a evasão neste nível de educação.

Sob uma perspectiva mais abrangente, cabe considerar a integração acadêmica não como um esforço particular a ser percorrido pelos estudantes e que depende de suas características pessoais, mas, tal como propõe Polydoro (2001, apud ALBANAES, 2014), como um processo multifacetado construído no cotidiano das relações estabelecidas entre os estudantes e a instituição.

Considera-se, portanto, a necessidade de uma postura ativa das instituições em acolher seus novos estudantes como forma de favorecer a integração acadêmica, promover maior sentimento de pertença, maior satisfação com o curso e a universidade e prevenir a evasão.

Os aspectos institucionais tem tanta relevância para o engajamento acadêmico dos estudantes universitários quanto os pessoais, portanto, preocupar-se com a criação de estratégias amplas e transversais de acolhimento aos estudantes ingressantes tendem a trazer grandes benefícios às universidades (ALBANAES et al, 2014) e também aos estudantes.

Conforme atentam Matte et al. (2019), as universidades nem sempre sabem acolher o estudante recém-chegado e, ao desconsiderarem os saberes pré-universitários e promoverem um saber superior, o “da ciência pura”, determinam escalas que tendem a ser menos humanizadas quanto mais alto o degrau alçado pelo sujeito.

Para Coulon (2017), a passagem do ensino médio ao superior é acompanhada por importantes mudanças em sua relação com o saber: as regras não são as mesmas, são mais sofisticadas, complexas e simbólicas e espera-se que sejam rapidamente assimiladas pelos novos estudantes. Os estudantes que não conseguem se afiliar a seu novo universo tendem à evasão, pois o sucesso universitário, segundo o autor, passa pela aprendizagem de um verdadeiro ofício de estudante, ofício este que não se aprende "naturalmente", mas é fruto de uma aprendizagem longa e complexa da qual nos "esquecemos". Uma das maiores razões dos abandonos e dos fracassos é a dificuldade de decifrar e incorporar esses códigos que o autor chama de marcadores de afiliação.

Também nesta perspectiva, fica evidente a relevância das práticas de acolhimento como momentos de apresentação deste universo, que é o Ensino Superior, vivenciado inicialmente com estranheza, tendo em vista as dificuldades encontradas pelos estudantes especialmente no primeiro ano da graduação.

O presente artigo descreve o percurso e os resultados de uma pesquisa de opinião com estudantes universitários a respeito das atividades de acolhimento das quais participaram. Pretende, assim, contribuir para a melhoria do processo de acolhimento nas universidades, a partir da percepção dos próprios estudantes.

Cenário da pesquisa

Nos últimos anos, a partir da implementação das políticas de ações afirmativas no País e da adesão dos institutos e universidades federais à Lei nº 12.711/2012, conhecida como Lei de Cotas, houve uma progressiva mudança do perfil do estudante universitário. As universidades, antes reservada às elites, passou a receber um público historicamente excluído deste nível de ensino, estudantes oriundos das escolas públicas (RISTOFF, 2011).

Porém, conforme observa Correio (2018), o acesso não garante a efetiva inclusão na educação superior, pois este deve ser acompanhado de políticas de permanência que permitam a conclusão dos cursos pelos estudantes de baixa renda e pelas populações historicamente excluídas do Ensino Superior.

Neste contexto, surge o Plano Nacional de Assistência Estudantil (DECRETO 7.234/2010), que traz linhas norteadoras para a acepção de programas e projetos para a assistência a estes estudantes.

A presente pesquisa partiu da identificação, por parte do Setor de Psicologia Educacional da Coordenadoria de Assistência Estudantil - que tem como foco estudantes de graduação de baixa renda - vinculada à Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFSC, através de seu fazer cotidiano de atendimentos de orientação e projetos voltados a este público, de falta de informações sobre a universidade, seus trâmites, normativas e rede interna de apoio por parte de parcela dos estudantes que procuram este setor, impactando o percurso acadêmico e a integração neste contexto.

Para uma melhor compreensão da situação do acolhimento na UFSC, foi realizada parceria do Setor de Psicologia Educacional com o PET Conexões de Saberes - Comunidades Populares Urbanas da UFSC,que faz parte do Programa PET do Ministério da Educação1, para a realização de uma pesquisa sobre a percepção dos estudantes sobre este tema. A colaboração entre ambos justifica-se pelo fato de que se alinham quanto ao foco de atuação - a permanência no Ensino Superior de estudantes de origem popular.

A presente de opinião teve por objetivo conhecer a percepção dos estudantes a respeito das práticas de acolhimento da UFSC. Seus objetivos específicos foram identificar as principais atividades de acolhimento a que os estudantes tiveram acesso, os aspectos favoráveis e desfavoráveis para a ambientação e acolhimento na universidade, as informações consideradas mais relevantes neste processo e os meios utilizados e os atores/setores acionados pelos estudantes para o acesso à informação na UFSC.

MÉTODO

Participantes

Na UFSC, campus Florianópolis, entram cerca de 3500 novos estudantes anualmente através do Sisu (Sistema de Seleção Unificada do MEC) e do vestibular (UFSC, 2020). Esta pesquisa buscou abranger estudantes independente da fase/período que estavam cursando e contou com a participação de 718 estudantes dos cursos presenciais da UFSC, campus Florianópolis, conforme a seguinte distribuição: 22,14% do Centro Tecnológico; 14,07% do Centro de Filosofia e Ciências Humanas; 12,26% do Centro Socioeconômico; 10,86% do Centro de Ciências da Saúde; 9,75% do Centro de Comunicação e Expressão; 9,05% do Centro de Educação; 6,56% de Ciências Físicas e Matemáticas; 5,57% do Centro de Ciências Biológicas; 4,73% do Centro de Ciências Agrárias; 3,48% do Centro de Ciências Jurídicas; 1,53% do Centro de Desportos. Na época da realização da pesquisa, o campus de Florianópolis da UFSC contava com 85 cursos e, à exceção de um, todos foram representados na amostra. Contudo, cursos que apresentam opções de turnos distintos ou de bacharelado e licenciatura foram agrupados.

Quanto à faixa etária dos respondentes, 60% deles são jovens entre 19 e 24 anos; 14,9% têm até 18 anos; 13,4% estão na faixa entre 25 e 30 anos e 11,7% têm mais de 30 anos.

Instrumento

Para a coleta de dados, foi elaborado um questionário online através da plataforma Google Docs, com 20 questões objetivas e uma questão aberta, a respeito do acolhimento na UFSC. A elaboração deste teve como norteador a identificação: das atividades de acolhimento às quais os ingressantes tiveram acesso e seus organizadores; os canais e recursos utilizados para obter informações; as informações consideradas mais relevantes para a ambientação e seus emissores; os atores/setores acionados no processo de ambientação e os aspectos favoráveis e desfavoráveis ao acolhimento na percepção dos estudantes.

Procedimentos

A aplicação do questionário foi dividida em dois momentos. No primeiro deles, organizou-se um questionário-piloto direcionado exclusivamente a estudantes com cadastro na Coordenadoria de Assistência Estudantil da PRAE e a bolsistas do PET Conexões de Saberes. Estas respostas foram coletadas no período de 06/06/2018 a 31/07/2018. Uma segunda etapa constituiu na disponibilização do questionário de forma ampla para todos os estudantes da UFSC, campus Florianópolis. Nesta etapa, as respostas foram coletadas no período de 14/08/18 a 09/09/18.O número de respondentes sugere receptividade para o tema da pesquisa. A coleta de dados foi encerrada antes de completado um mês, tendo em vista as possibilidades da equipe para a análise dos dados, considerando-se os recursos humanos e materiais.

A proposta da pesquisa e o questionário online foram divulgados e disponibilizados através de um dos canais oficiais de divulgação da UFSC, o “Divulga UFSC”, boletim de notícias eletrônico, que utiliza listagem de emails dos estudantes para a divulgação das notícias da instituição.

A resposta ao questionário foi totalmente livre e anônima. Os dados obtidos através das respostas das questões objetivas foram submetidos a análise quantitativa, através de estatística descritiva. A questão aberta foi submetida a análise qualitativa, que permitiu a identificação das principais pautas apresentadas pelos respondentes e definição de categorias para o agrupamento das respostas. O estudo configurou-se como pesquisa de opinião, sendo que, em nenhum momento e de nenhuma forma, os participantes foram identificados. Conforme resolução CNS 510/2016, que dispõe sobre a pesquisa em Ciências Humanas e Sociais, pesquisas de opinião pública com participantes não identificados estão dispensadas de registro e avaliação pelo sistema CEP/CONEP.

A análise dos dados foi realizada através da parceria entre o Setor de Psicologia Educacional da CoAEs/PRAE e o PET Conexões de Saberes, contando com a colaboração de estagiárias de Psicologia e petianos de diferentes cursos.

Resultados

Após a análise dos dados, os resultados foram agrupados em tópicos, por similaridade das questões a que correspondiam para uma melhor visualização e compreensão. Durante a geração do formulário, o sistema não vinculou a obrigatoriedade de resposta em algumas questões, como estava planejado inicialmente. Desta forma, na análise dos dados, o número de respondentes para as questões não obrigatórias estão identificados.

Atividades de acolhimento e seus organizadores

Dos estudantes da pesquisa, 55,8% afirmaram ter participado de atividades de integração; 22,1% informaram que tiveram conhecimento sobre elas, mas não participaram, 22,10% não tiveram informações sobre elas e não participaram.

Dos 400 estudantes que responderam ter participado de alguma atividade de acolhimento, 397 informaram as atividades de acolhimento das quais participaram, sendo possível mais de uma resposta. As atividades mais citadas foram: atividades sociais como festas e encontros (296 respostas); trote (288 respostas), atividades curriculares de integração (disciplinas introdutórias) (213 respostas); recepção realizada pela direção de centro ou coordenação do curso (203 respostas); palestras informativas (198 respostas); apadrinhamento (168 respostas), seguido por atividades culturais com (80 respostas). Outras atividades foram mencionadas em menor quantidade na opção “outros” (gincana, acolhimento pelo centro acadêmico, visita a projeto social, almoço de recepção, dança circular, aula inaugural, jogos integrativos, entre outros).

Aos estudantes que informaram ter participado de atividades de acolhimento, foi perguntado quem as organizou, sendo possível mais de uma resposta. Dois não souberam informar. Entre os demais, os principais organizadores indicados foram: estudantes veteranos (309 respostas); centros acadêmicos (278 respostas); coordenações de curso (145 respostas); atléticas (135 respostas); centros de ensino (44 respostas); departamentos de ensino (37 respostas), coletivos (40 respostas) e reitoria (36 respostas).

Acesso à informação

A respeito da facilidade de acesso à informação quando ingressaram na universidade, os estudantes a avaliaram através de escala de 0 a 5, sendo 0 “não tive acesso algum a informações” e 5 “tive acesso fácil e total a todas as informações que precisei”. Entre os respondentes, 74% atribuíram notas 3, 4 ou 5 para a facilidade de acesso à informação.

A respeito das informações consideradas mais relevantes para a ambientação à universidade, 702 estudantes responderam à questão, sendo possível mais de uma resposta. Foram elas: informações sobre o próprio curso - currículo, planos de ensino, etc. (533 respostas); informações sobre a Assistência Estudantil (228 respostas); estágios (223 respostas); projetos de pesquisa (201 respostas) e projetos de extensão (196 respostas).

Sobre o canal utilizado para o acesso às informações consideradas mais relevantes no ingresso à universidade, 22,1% informaram ser os espaços sociais de interação; seguido por página web oficial da UFSC (18,7%); Divulga UFSC - boletim eletrônico (14,1%); fórum de graduação - mensagens enviadas pelas coordenações de curso (13,4%) e centros acadêmicos (11,1%).

Do total de respondentes, 66,4% indicaram ter sentido falta de informações a respeito da universidade quando nela ingressaram e sinalizaram quais foram elas: Assistência Estudantil (bolsas, auxílios, benefícios, projetos de assistência, oficinas, etc.) (22,2%); suportes à saúde, apoio pedagógico, Serviço de Atenção Psicológica, Coordenadoria de Acessibilidade Educacional, Hospital Universitário e outros), (20,4%); estrutura administrativa da UFSC (14,3%); o curso (9,2%); estágios (6,9%); projetos de pesquisa (6%); projetos de extensão (5,9%); normativas internas (resoluções, portarias etc) (5%); outros (10,1%).

Quanto ao uso de redes sociais para o acesso a informações, a maior parte dos respondentes (75,7%) informou buscar informações sobre a UFSC nas redes sociais. Dentre estas, as mais citadas foram: Facebook (475 respostas), Instagram (237 respostas) e WhatsApp (191 respostas). Para esta questão, foi possível mais de uma resposta.

O local indicado como aquele em que há maior acesso à internet foi: residência (65,6%); a UFSC (29,4%) e o trabalho (4,9%). Parcela majoritária (79,7%) informou acessar a internet através do celular quando está na UFSC; 13,9% através de equipamentos pessoais (tablet, notebook ou computador) pessoal e 6,3% através de equipamento fornecido pela universidade. Apenas um estudante informou não ter acesso à internet quando está no campus.

Quanto às formas de divulgação de informações sobre a universidade, dentre os respondentes da questão (716), aquelas consideradas mais efetivas foram: boletim eletrônico da universidade (Divulga UFSC) (30,4%); fórum de graduação (19,4%); Facebook (11,2%); site da UFSC (10,9%); comunicação em sala de aula (9,9%); lista de emails da Coordenadoria de Assistência Estudantil/PRAE (6,1%); Moodle - software livre de apoio à aprendizagem (5,8%); grupos de Whatsapp (4,7%); cartazes pelo campus (1,5%) e canal telejornal TJ UFSC com apenas uma resposta.

A respeito da Resolução 017/Cun/97, que regulamenta sobre os cursos de graduação na UFSC, 65,1% informaram nunca ter tido conhecimento sobre ela; 19,3% ter tido conhecimento no meio do curso; 13,4% na recepção de calouros e 2,2% no fim do curso.

Quanto aos auxílios e benefícios fornecidos pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e suas formas de acesso, de 717 respondentes da questão, 43,5% informaram ter conhecimento a respeito dos auxílios e benefícios; 40,3% ter vago conhecimento e 16,2% não ter conhecimento a respeito.

Quanto ao papel informativo das atividades de integração, dos 400 estudantes que informaram ter participado de atividades de acolhimento, 50,8% consideraram que elas cumpriram o papel de informá-los sobre a universidade; 43,2% avaliaram que elas o fizeram de modo parcial e 6%, que a atividade não teve papel informativo.

Rede de apoio

Quanto às instâncias ou atores a que os estudantes recorrem em caso de necessidade, foi possível mais de uma resposta e as mais citadas foram: coordenação de curso (486 respostas); amigos e colegas (478); centros acadêmicos (243); PRAE (131) e direções de centro (95). Outros citados em menor número foram: Coordenadoria de Assistência Estudantil, Pró-Reitoria de Graduação, Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade, Ouvidoria, Diretório Central dos Estudantes, Centros Acadêmicos e Centros de Ensino.

Avaliação do acolhimento

Dos 718 respondes, 710 avaliaram o quanto, ao final do primeiro ano na UFSC, sentiram-se bem acolhidos, atribuindo notas em uma escala de 0 a 5, sendo, 0 - não me senti nada acolhido e ambientado e 5 - senti-me muito bem acolhido e ambientado. 71,9% avaliaram suas experiências com notas de 3 a 5, e 28,1% com notas de 0 a 2.

Dos 400 estudantes que relataram ter participado de alguma atividade de acolhimento, 395 a avaliaram, atribuindo à experiência notas de 0 a 5. Destes, 35,2% atribuíram nota 4; 27,3% nota 5; 21,1% nota 3; 9,1% nota 2; 4,8% nota 1; 2,5% nota 0.

Dos 199 estudantes que atribuíram notas de 0 a 2 para a experiência de acolhimento, 139 justificaram o motivo, sendo possível mais de uma resposta. As respostas referiram-se a: falta de informação ou de acesso a elas (56 respostas); falta de acolhimento (44 respostas); relações interpessoais (28 respostas); falta de informações sobre auxílios e benefícios (16 respostas); falta de suporte por parte da coordenação/departamento do curso (15 respostas); atendimento da PRAE (9 respostas); trote/recepção de calouros (9 respostas); infraestrutura (6 respostas); atendimento de técnicos-administrativos (5 respostas); falta de acesso às políticas de permanência (4 respostas); excesso de informação (3 respostas) e outros (2 respostas). As sugestões dos estudantes que atribuíram notas de 0 a 2 para a melhoria do acolhimento referiram-se, principalmente, ao aumento da divulgação de informações e de sua qualidade e do número de ações institucionais de acolhimento.

Dos 510 estudantes que atribuíram notas de 3 a 5 à experiência de acolhimento, 120 justificaram o motivo, sendo possível mais de uma resposta. As respostas referiram-se a: relação entre pares (veteranos, amigos, colegas) (63 respostas); relação com coordenação de curso, secretaria de curso e professores (33 respostas); representações estudantis (Centros Acadêmicos, Diretório Central dos Estudantes e Atléticas) (24 respostas); relação com técnicos administrativos (13 respostas); acesso a informações importantes (10 respostas); suporte da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (auxílios, benefícios, projetos, etc.) (7 respostas); apoio pedagógico (3 respostas); infraestrutura adequada (2 respostas) e acolhimento institucional (1 resposta). As principais sugestões deste grupo de estudantes para a melhoria do acolhimento foram: maior adequação das atividades complementares dos cursos aos horários de aulas e o fortalecimento de ações como o apadrinhamento, no qual estudantes mais experientes auxiliam e trocam experiências com estudantes ingressantes.

Considerações finais

Este estudo buscou realizar um levantamento das atividades de acolhimento das quais os estudantes tiveram acesso e suas percepções sobre elas no sentido de sua contribuição para a integração à vida acadêmica. Teve-se alcance significativo na instituição, uma vez que, à exceção de um, todos os cursos e departamentos foram representados na amostra (cursos que apresentam opções de turnos distintos ou de bacharelado e licenciatura foram agrupados), o que nos permite um retrato mais geral do acolhimento na Universidade Federal de Santa Catarina e da percepção dos estudantes.

A hipótese inicial desta pesquisa, levantada pelo Setor de Psicologia Educacional, era a de que informações relevantes pudessem não estar facilmente disponíveis a uma parcela significativa dos ingressantes, o que repercutiria negativamente em sua ambientação e trajetória acadêmica. No tocante à facilidade de acesso à informação, 74,1% dos participantes atribuíram notas de 3 a 5 numa escala de 0 a 5, o que sugere que esta parcela não encontra barreiras significativas para o acesso à informação na universidade. Contudo, parcela majoritária dos respondentes (65,9%) informaram ter sentido falta de informações, sobretudo relacionadas à assistência estudantil e aos suportes aos estudantes e à rede interna UFSC, quando nela ingressaram. Além disso, aqueles que avaliaram negativamente sua experiência de acolhimento na universidade, atribuíram o fato, principalmente, à falta de informação, seguida pela falta de acolhimento. Embora o acesso à informação não constitua barreira para grande parte dos estudantes da pesquisa, a falta dela foi relacionada a uma experiência negativa de acolhimento por parte daqueles que assim a avaliaram. A exemplo da falta de informação sobre os trâmites acadêmicos, a falta de conhecimento, por parte de 65% dos respondentes, sobre a Resolução 017/CUn/97, que regulamenta os cursos de graduação na UFSC e orienta sobre seus trâmites e procedimentos, merece destaque. Acredita-se que o conhecimento da mesma possa instrumentalizar os estudantes na ambientação à universidade e diante de possíveis dificuldades a serem enfrentadas, concorrendo para maior autonomia dos estudantes.

O percurso e o resultado da pesquisa ampliam o leque de fatores que repercutem sobre a ambientação, para além do acesso à informação, e remete-nos a reflexões sobre o acolhimento na universidade.

Em primeiro lugar, merece atenção o resultado que indica que parcela significativa dos estudantes (45,2%) não teve acesso às atividades de acolhimento da universidade. Metade desta informou não ter tido acesso à informação sobre as atividades de acolhimento e a outra referiu não ter participado, embora tenha tido informações sobre elas. Evidencia-se, portanto, que as atividades de acolhimento ainda não são de acesso comum ou universal aos estudantes ingressantes.

Embora não tenha sido o objetivo deste estudo identificar os motivos da não participação, sendo aspecto a ser considerado em pesquisas futuras, os resultados gerais fornecem algumas pistas. Os resultados evidenciam a necessidade de maior divulgação das atividades de acolhimento, uma vez que 22,6% dos estudantes responderam não ter tido informações sobre elas. Além disso, considerando que os resultados indicam que as atividades de acolhimento estão mais centradas em atividades sociais (festas e encontros) promovidas pelos próprios estudantes, há que se ponderar que a participação nelas requer disponibilidade de tempo e, na maioria das vezes, de recursos financeiros. Desta forma, estudantes de baixa renda e aqueles que trabalham ou têm filhos podem encontrar maior dificuldade de participar de tais atividades, ficando à parte das ações de acolhimento. Apesar da indiscutível importância do acolhimento entre pares, este, quando delegado ao corpo discente, encontra tais fragilidades. Tendo em vista o novo perfil dos estudantes universitários, a partir da implementação das políticas de ações afirmativas, considera-se oportuna, para pesquisas futuras, uma maior caracterização dos estudantes respondentes, de forma que sua origem, aspectos sociais e culturais possam ser relacionados ao processo de ambientação à universidade.

As atividades de integração que contaram com a maior participação dos estudantes foram as sociais (festas e encontros), o que corrobora os resultados encontrados por Albanaes et al. (2014). A importância da dimensão social na ambientação acadêmica foi encontrada nos resultados do estudo conduzido por Teixeira et al. (2008) sobre a experiência de ingresso na universidade. Neste, o grupo de colegas foi apontado como responsável pela satisfação com a vida acadêmica, indicando a relevância das relações interpessoais no processo de ambientação à universidade. Os resultados do presente estudo vão ao encontro destes achados, uma vez que estudantes que avaliaram positivamente o acolhimento atribuem o fato, principalmente, à participação de colegas e da coordenação de curso.

Verifica-se que o trote ainda ocupa posição de destaque. Atualmente, algumas iniciativas mantém a denominação “trote”, mas apresentam perspectiva diversa, por exemplo, os trotes solidários. Entretanto, o trote convencional parece, infelizmente, coexistir com outras práticas legitimamente de integração, havendo, como já indicado por Albanaes et al. (2014), necessidade de acompanhamento de sua condução por parte das unidades de ensino.

As atividades de acolhimento, na percepção dos estudantes, cumpriram papel informativo ou parcialmente informativo sobre a universidade, conforme a avaliação de 94% dos que delas participaram. Entre as informações consideradas pelos estudantes como mais relevantes para a ambientação, aquelas relacionadas ao próprio curso ocupam lugar de destaque, o que sinaliza a importância do envolvimento das coordenações de curso nas atividades de integração. Soma-se a isso o fato de que as coordenações de curso foram a instância mais citada como aquela a que os estudantes mais recorrem em caso de necessidade. A participação das coordenações de curso no processo de acolhimento aparece relacionada a uma experiência positiva dos estudantes no processo de ambientação. Estudantes que relataram experiências positivas no processo de acolhimento apontaram a participação das coordenações de curso como segundo principal motivo, atrás apenas da relação entre pares. De acordo com Teixeira et al. (2012), a construção de proximidade com o corpo docente, através de uma postura flexível e aberta por parte dos mesmos, parece confluir para a percepção de um ambiente acadêmico menos ansiogênico. Conforme Teixeira et al. (2012), na conclusão de seu estudo, a integração pode ser compreendida como um fenômeno multifacetado, que não se resume à descrição das pessoas ou contextos envolvidos, mas à maneira como as relações são percebidas pelo estudante, o que reitera o papel crucial das relações interpessoais na ambientação à universidade.

Quantos às atividades de integração, constata-se que estas também são, em grande medida, não institucionais e coordenadas pelos próprios estudantes. Os dados da presente pesquisa corroboram a conclusão do estudo de Albanaes et al. (2014) de que, na UFSC, o tema da integração de calouros, como prevenção à evasão e suporte à permanência, não parece ainda fazer parte da agenda institucional de forma efetiva.

Retomando o conceito de afiliação institucional de Coulon (1995a, apud Sampaio, 2011), o estudante afiliado é aquele que se torna membro e desenvolve as tarefas sem estranhamento ao novo universo ao qual ingressou, o que requer uma aprendizagem progressiva, que envolve diversas atividades vinculadas a esse ambiente (SAMPAIO, 2011). Para Coulon (2008, p. 81, apud SAMPAIO, 2011), “entrar na universidade é explorar e querer voluntariamente mergulhar nos códigos que definem esta organização, códigos estes, frequentemente, opacos ou ilegíveis”. Há, no entanto, que se pontuar a relevância do papel das instituições de Ensino Superior para a mediação das informações e como partícipe deste processo, uma vez que não se trata de um aprendizado "natural", mas processual das normas, regras formais e informais, ritos e trâmites e de uma linguagem própria, nem sempre explícita ou explicitada. A institucionalização de uma política de acolhimento implica o entendimento da dificuldade de ambientação ao novo universo não como uma responsabilidade individual, mas como uma condição compartilhada pelos estudantes que egressam do ensino médio e acessam a educação superior, considerando também os atravessamentos sociais deste processo.

A constatação da importância da ação estudantil não exime de responsabilidade as instituições como um todo quanto à necessidade de uma política forte e articulada de acolhimento, compreendida como um dos principais recursos para a prevenção da evasão. Autores como Clark, 2005 e Yazedjian et al., 2008 (apud TEIXEIRA et al, 2012) apontam a necessidade das universidades em investirem em políticas e ações que auxiliem o estudante.

No presente estudo, a identificação do papel de destaque dos próprios estudantes no acolhimento aos ingressantes sugere que organizações estudantis, como diretório acadêmico, centros acadêmicos, atléticas e coletivos, podem ser pontos de articulação para a melhoria de um processo institucional de acolhimento. Ações que contribuem para a institucionalização do acolhimento parecem vir de atividades curriculares de integração (disciplinas introdutórias) e recepção realizada pela direção de centro ou coordenação do curso, quarta e quinta atividades de integração mais citadas pelos estudantes. As iniciativas de apadrinhamento merecem atenção, não apenas pela posição que ocupam na menção pelos estudantes (sexta posição), mas por serem, potencialmente, um elo entre iniciativas dos próprios estudantes e outras com caráter mais institucional, uma vez que podem ser apoiadas e acompanhadas pelas coordenações de curso e também ao potencial que apresentam na mudança de cultura a respeito do acolhimento, fazendo frente à cultura do trote.

Outra questão que se coloca é a necessidade de se compreender o acolhimento como um processo e não apenas como um conjunto de atividades a serem ofertadas aos ingressantes. Isto porque as atividades ou informações, em si, não garantem a afiliação dos estudantes. Uma das conclusões do estudo de Sampaio (2011) a respeito da afiliação de estudantes de origem popular é de que é preciso, em um primeiro momento, situar-se, temporal e espacialmente, para, só então, apropriar-se das regras do ambiente e desenvolver novas formas de fruição, otimizando o cotidiano e aproximando-se de uma vivência universitária mais consistente. No momento em que ingressam na educação superior, estes estudantes apresentam dificuldades em compreender muitas das informações que são disponibilizadas pela instituição, pois a forma como as informações estão descritas costuma ser incompatível com a linguagem do estudante que ainda não detém os códigos da universidade. A dificuldade de compreensão das informações e regramentos existe justamente porque toda linguagem é significada a partir do contexto - é preciso fazer parte do contexto para se apropriar de determinada linguagem (Sampaio, 2011).

Os dados do presente estudo sugerem que a mediação entre os estudantes e as informações consideradas relevantes para o acolhimento vem sendo protagonizada pelos próprios estudantes, com indícios da iniciativa de algumas coordenações de curso e direções de centro. Entende-se como necessária que tal mediação seja ampliada aos demais atores da universidade, docentes e técnicos-administrativos, de forma institucional. Assim, esforços assumidos por estudantes para o acolhimento e integração dos calouros podem se somar e ganhar força através de uma política institucional de acolhimento que não apenas atente à necessidade de divulgação e acesso à informação, mas à mediação das mesmas, feita de forma processual, especialmente durante os primeiros semestres, e às relações interpessoais, incluindo as relações entre estudantes, entre técnicos e estudantes e entre professores e estudantes.

Agradecimentos

Nossos agradecimentos à psicóloga Michaela Ponzoni Accorsi, do Setor de Psicologia Educacional da Coordenadoria de Assistência Estudantil da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFSC, por sua participação e contribuições à pesquisa, também estendidosàs estagiárias e petianos participantes.

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Recebido: 16 de Julho de 2020; Aceito: 23 de Novembro de 2020; Publicado: Agosto de 2021

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