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Psicologia da Educação

Print version ISSN 1414-6975On-line version ISSN 2175-3520

Psic. da Ed.  no.53 São Paulo July/Dec 2021  Epub June 24, 2022

https://doi.org/10.23925/2175-3520.2021i53p118-122 

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A REVOLUÇÃO DE VIGOTSKI

Luciana de Oliveira Rocha Magalhães1 
http://orcid.org/0000-0002-7677-6337

Wanda Maria Junqueira de Aguiar2 
http://orcid.org/0000-0003-0265-9354

1 Universidade de Taubaté - UNITAU - Taubaté-SP - Brasil; luciana.magalhaes@unitau.br

2 Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP - São Paulo-SP; Brasil; iajunqueira@uol.com.br


Estes escritos têm a intenção e a pretensão de reavivar Vigotski, mas não de forma reducionista e apenas como autor da “zona de desenvolvimento proximal”, a ZDP; muito menos como o autor enviesadamente conhecido pela abordagem liberal que considera a ZDP como a construção de etapas para o desenvolvimento humano. É nossa tarefa, como pesquisadoras e pesquisadores na área da Psicologia da Educação, trazer à vista e ao conhecimento a amplitude de estudos e atuação de Vigotski que, mesmo tendo vivido tão pouco, produziu elementos essenciais para a Educação e para o Desenvolvimento Humano. Assumindo criticamente nossa incompletude podemos dizer que, hoje, temos mais possibilidades de compreender Vigotski e nos aprofundarmos em seus textos. Agora, com traduções mais fidedignas e estudos críticos que nos dão maior aporte teórico-metodológico, podemos apreender seu método e utilizá-lo apropriadamente em nossas pesquisas. Podemos trazer à tona o que realmente foi e tem sido revolucionário em Vigotski!

Estas reflexões referem-se a uma parte da tese “A Dimensão Subjetiva dos processos de inclusão escolar no movimento da Pesquisa-Trans-Formação” (Magalhães, 2021, pp.150-156), que enfatiza a contribuição de Vigotski para esta pesquisa. Por sua postura revolucionária na busca por uma psicologia que explicasse os fenômenos de forma não causal e dicotômica; por sua crítica a modelos dogmáticos, pragmáticos e manualescos a que a teoria de Marx foi submetida, principalmente no regime de Stálin; por sua atuação na Pedologia, relacionando Psicologia, Desenvolvimento da criança, Pedagogia e outras áreas do conhecimento com o objetivo de “criar uma ciência específica sobre a criança para orientar professores” (Prestes, 2010, p. 51) e, principalmente, por seus estudos sobre a deficiência, inovadores à época, tão atuais ainda hoje, que nos mostram uma concepção não biologizante da deficiência, apontando caminhos sociais e culturais para a sua compensação: por estes motivos e desdobramentos, é imprescindível esta retomada crítica aos princípios de Vigotski.

A Revolução de Vigotski

Tudo que já li de Vigotski ou sobre Vigotski me encoraja a seguir nos propósitos educacionais inclusivos, ainda repletos de barreiras. Carregamos muitas reminiscências formalistas e positivistas que levam muitas professoras e professores a acreditarem na linearidade do desenvolvimento e em respostas prontas e generalizáveis. Felizmente, junto a essas concepções, formas diferentes de atuação se desenvolvem, por pessoas conscientes criticamente de seu papel na educação, cientes dos condicionamentos da materialidade e do enfrentamento necessário. Devemos entender esse movimento da contradição como sinais da superação dialética!

Vigotski era destas obstinadas pessoas não conformadas com a realidade posta; buscava continuadamente a superação e o aprofundamento em suas pesquisas à sua época! Prestes (2010) nos conta que Kozulin (autor russo, estudioso de Vigotski), analisando Vigotski, afirma que este não era pragmático, nunca trazia respostas prontas, mas, ao contrário, transformava as respostas encontradas em “questões novas e mais profundas” (Prestes, 2010, p. 54). No texto publicado em 1927, em que analisa os rumos da Psicologia da época - “O significado histórico da crise da Psicologia” -, Vigotski já inicia o que chamamos aqui de sua revolução! Revolveu as bases da Psicologia, uma ciência que não trazia caminhos suficientes para a explicação do ser humano. “A nova psicologia devia partir da filosofia do materialismo histórico e dialético, tinha que se converter numa psicologia marxista” (Leontiev, 2004, p. 428).

Tendo sido seu trabalho censurado durante todo o regime stalinista (1927-1953) ou equivocadamente traduzido (vide estudos de Zoia Prestes: Prestes, 2010, 2011, 2014), os desdobramentos advindos de novas e coerentes traduções que somente agora, século XXI, estão sendo feitas, estão nos possibilitando conhecer realmente Vigotski e a potência de seus estudos. Finalmente compreendemos que, para a Educação, Vigotski não se reduz ao etapismo e evolucionismo que por tanto tempo falsamente o aproximou de Piaget e o afastou de suas bases marxistas.

[...] tem até um outro texto que eu li na pós, que fala sobre essa coisa de mediar aquele... acho que ela usou mais ou menos assim, né? O menos experiente junto com o mais experiente, estão juntos ali para fazer as trocas, para ver o desenvolvimento, para que ele saia daquele patamar de aprendizado e ele evolua (trecho selecionado das falas das participantes da pesquisa: Encontro on-line 20.jul. de 2020).

Esse apagamento intencional de cunho neoliberal, obedece a concepções simplistas, mercantilistas, mecanicistas. São concepções centradas nos moldes do self made man, formas culpabilizantes do sujeito que não se esforçou o suficiente para lograr seu próprio desenvolvimento. Dentre outros adjetivos dessa linha - em que nossa Educação está mergulhada e, tentando sair, ainda encharcada destas concepções - está a face “sociointeracionista” dada a Vigotski. Essa falsa concepção sobre Vigotski tem gerado consequências vergonhosas, as quais constatamos, por exemplo, ao fazemos consultas na página da Google com o descritor “zona de desenvolvimento proximal”. Sites de coaching nos ensinam a galgar degraus em direção ao nosso potencial e dão dicas de “como conquistar o nível de desenvolvimento real”?! Existem outros tantos sites desse tipo em outras áreas do conhecimento e, o que é pior, na própria área da Educação! Temos uma tarefa árdua na desnaturalização deste “perfil fake” de Vigotski, que foi criado e foi sendo sedimentado! Resgatemos a revolução de Vigotski!

[...] Vygotski (1995) defendeu que a característica fundante de qualquer explicação científica é exatamente a superação de procedimentos descritivos, fenomênicos, com vista à descoberta das relações e dos nexos dinâmico-causais que sustentam a existência objetiva dos fenômenos (Pasqualini & Martins, 2015, p. 363).

Inquieto, buscava a superação do que se sabia sobre desenvolvimento humano até então... Na União Soviética da época, “a ciência psicológica oficial que era cultivada nas universidades e colégios de antes da revolução estava impregnada por um espírito idealista” (Leontiev, 2004, p. 427). Em 1917 Vigotski termina a faculdade - participa dessa nova concepção de sociedade, sensação e perspectiva de liberdade que vieram com a Revolução Russa. Cursou Medicina, mas formou-se em Direito e em Humanidades (Literatura), esta última em uma faculdade comunitária, na qual experienciou vivências interessantes junto a intelectuais engajados com a transformação social e política. Não fez Pedagogia, nem Psicologia, mas atuou intensamente nessas áreas (Prestes, 2010).

Sua monografia sobre Hamlet que, quarenta anos depois, é publicada como Psicologia da Arte, nos mostra claramente sua indignação e sua tentativa de superar concepções subjetivistas, “interpretação idealista da inclusão do indivíduo no mundo de suas criações” (Iarochevski & Gurguenidze, 2004, p. 474). Em sua primeira intentada revolucionária na transformação da psicologia vigente, pretendia criar a Psicologia Objetiva da Arte.

Vigotski considerava que sua principal tarefa consistia em descobrir os mecanismos psicológicos da reação estética [...] unir o estudo da arte com a psicologia pressupunha, de acordo com sua concepção inicial, a reforma radical da psicologia; sua transformação de subjetiva em objetiva, de individual em social (Iarochevski & Gurguenidze, 2004, p. 474).

Vigotski parte da arte para compreender a gênese social da subjetividade humana. A arte como forma de conhecimento científico, como um conhecimento que orienta a produção humana. Vigotski, trabalhando como crítico de teatro, avaliava as peças com um olhar sagaz para todo o conjunto da obra: não apenas os atores, enredo etc., mas a reação do público, para compreender as formas de impacto do espetáculo sobre a plateia, as formas como a arte pode provocar reações estéticas junto ao público.

Do grego, arte é a articulação entre Mimesis, Techné e Poiésis. A arte imita a vida e a vida imita a arte: a poiésis como força criativa e criadora encontra inspiração na mimesis e para isso se utiliza da techné. Vigotski compreende a arte ligada visceralmente à vida, imbricada inter-relacionalmente à realidade objetiva, fruto das determinações espaciais, materiais e históricas ressurtidas em um momentum, apreendendo da realidade o conteúdo (mimesis) e utilizando das técnicas que conhece e elege (techné) para criar a sua obra e seu estilo artístico (poiésis). Dessa forma, Vigotski ressalva que a arte não é cópia da realidade objetiva, mas, a partir dela, mediante trabalho absolutamente humano, terreno, cria algo que irá incorporar-se na produção cultural da humanidade.

“A arte está para a vida como o vinho para a uva” (Vigotski, 1925/1999, p. 307). Tal como o vinho, o que resulta da arte - a obra, seus efeitos e o que a orbita - atinge de diversas formas o próprio corpo do artista, da artista, bem como de todas as pessoas que entrarem em contato com ela. “[...] A arte recolhe da vida o seu material, mas produz acima desse material algo que ainda não está nas propriedades desse material” (p. 308). Vigotski acredita que, ao contrário do que se fala, a arte não contagia quem com ela entra em contato, mas provoca modificações mais ou menos significativas nas mentes, corações e afetos das pessoas, na organização do psiquismo dos sujeitos: “Ela não é um simples meio de contágio e sim um meio infinitamente mais importante para o homem” (p. 309), inclusive para a Educação! O poder da arte de romper equilíbrios internos, de mobilizar sentidos, de impulsionar vontades, promove uma verdadeira reorganização de significações. Diz ele: “Não é por acaso que, desde a remota Antiguidade, a arte tem sido considerada como um meio e um recurso da educação, isto é, como certa modificação duradoura do nosso comportamento e do nosso organismo” (Vigotski, 1925/1999, p. 321).

Neste caminho da busca por revolver o status quo das bases do conhecimento, Vigotski traz uma nova concepção em psicologia e desenvolvimento humano - o estudo da Pedologia, que se alia e contribui com a Educação: “O objetivo principal da pedologia era criar uma ciência específica sobre a criança, para orientar professores” (Prestes, 2010, p. 51). Vigotski não poupava esforços em sua atuação acadêmica e social, participava de vários “Comitês do Povo”, em várias frentes de formação de base da população. Formava professores, dava palestras para familiares de estudantes; muitos de seus escritos são oriundos de anotações de alunos participantes de suas aulas e palestras (vide “Sete Aulas sobre os Fundamentos da Pedologia”).

Revolvendo as bases da Psicologia em andamento, Vigotski, com seus experimentos, com sua forma dialética de compreender a realidade, propõe uma atuação crítica e militante na psicologia. Baseando-se nos trabalhos de Marx a que teve acesso, afirma que a Psicologia necessita criar seu “O Capital”. Assim como Marx, que presenteia a humanidade com concepções impactantes e revolucionárias para a compreensão da sociedade burguesa e do capitalismo, Vigotski considera que a Psicologia também precisa de novas concepções, uma Psicologia Marxista.

Fazendo jus ao nome que depois seria dado por seus companheiros de pesquisa, Vigotski funda uma teoria histórica e cultural. Explica o desenvolvimento humano por meio das mediações históricas, entendendo o ser humano como síntese de múltiplas determinações. Estuda os fenômenos em seu processo, em seu movimento histórico: “Estudar alguma coisa historicamente significa estudá-la em seu processo de mudança” (Vigotski, 1929/2010, p. 68).

Esse processo é engendrado pela produção humana, com artifícios culturais criados pelos próprios seres humanos. Traz de Marx o termo Homo Faber que, segundo Sirgado:

Afirmar que o desenvolvimento humano é cultural equivale, portanto, a dizer que é histórico, ou seja, traduz o longo processo de transformação que o homem opera na natureza e nele mesmo como parte dessa natureza. Isso faz do homem o artífice de si mesmo (2000, p. 51).

Com sua base marxista, a concepção social aparece com muita força em seus escritos. “[...] a sóciogênese é o ponto de vista unicamente verdadeiro, isto é, os mecanismos criam-se no meio ambiente” (Vigotski, 1929/2000, p. 35). Inova ao afirmar a dupla constituição do ser humano - Homo Duplex - o natural (biológico) e o social. Nesse sentido, nos tornamos humanos na vida social, no “drama” da constituição social da realidade, no movimento incessante de subjetivação-objetivação. Afirma ele: “Qualquer função psicológica superior foi externa - significa que ela foi social; antes de se tornar função, ela foi uma relação social entre duas pessoas” (Vigotski, 1929/2000, p. 24).

Desta forma, Vigotski é enfático, em toda sua obra, acerca da relevância da constituição social humana. Com uma abordagem ontológica, sempre baseado em Marx, Vigotski estuda o psiquismo humano (não usava a palavra subjetividade) considerando que homens e mulheres são pessoas sociais; o social torna-se pessoal; cada ser é uma unidade na totalidade de relações sociais das quais ele é feito (Vigotski, 1929/2000).

Ao mesmo tempo, Vigotski nos intriga quando afirma: o ser humano é quase social?! (Vigotski, 1929/2000, p. 27). Sim!! Precisamos atentar para essa armadilha “interacionista” para podermos efetivamente compreender o que é o social para Vigotski. Seres humanos não são cópias ou reflexos das coletividades nas quais se inserem. As determinações sociais se transformam em significações individuais (Sirgado, 2000), mas são constituídas de diferentes maneiras: “uma forma superior de sociabilidade” (Vigotski, 1929/2000, p. 27). É o movimento dialético da superação por incorporação: não se joga fora o bebê com a água do banho, como afirma Leóntiev (2004), o novo não surge do nada, mas sim de um processo incessante e continuado de constituição de sínteses de múltiplas determinações. Este é o movimento da dialética, constituinte de nosso desenvolvimento, primordial para a compreensão da concepção de mundo e de ser humano em Vigotski. Primordial para mais uma vez reconhecermos sua revolução!

Nos primeiros anos pós-revolução de 1917 (Revolução Russa), Vigotski pôde lançar mão de uma liberdade criadora, participando da construção de uma nova sociedade, tão aspirada pelo povo. “A intenção de usufruir das ideias marxistas para apresentar reflexões importantes para a área educacional estava ligada ao compromisso com os ideais da revolução” (Prestes, 2010, p. 56).

Mas este veio revolucionário foi extinto no cenário stalinista, com o qual Vigotski conviveu por quase dez anos antes de morrer. Nesse quadro, Marx foi reeditado, numa versão mecanicista, anticientificista, manualesca. Era obrigatória a utilização destes textos de Marx e Engels, nesta forma enviesada que a gestão Stálin determinava: nasce aí o marxismo vulgar, manuais com respostas prontas, as “leis” da dialética... Dissidentes são mortos; outros que se rendem, passam a escrever nestes termos impostos. Prestes (2010) relata que Maiakovski, famoso poeta russo, criticando as “encomendas sociais”, demandas do governo para que intelectuais relatassem as “maravilhas” do regime, denuncia essa prática autoritária, “névoa romântica” que tudo encobria.

Vigotski não teve tempo suficiente para completar várias de suas obras, experimentos e teorias. Escreveu até demais neste pouco tempo, segundo Leóntiev (2004): “Sua fecundidade foi extraordinária: em menos de dez anos de atividade como psicólogo profissional escreveu por volta de 180 trabalhos, dos quais 135 foram publicados e 45 ainda não viram a luz do dia” (p. 425).

Deixou-nos manuscritos, aulas, relatos, anotações para si, as quais, para nós, em nossa curiosidade de melhor compreender esse legado, são pistas fabulosas!! Já sabia que iria morrer cedo - com tuberculose, havia assistido outras pessoas da família fenecerem do mesmo mal. Aos 37 anos falece acometido desta doença, mas, dizem os contadores de histórias, conspiradores de plantão - não sem razão - que talvez Vigotski pudesse igualmente morrer cedo como dissidente e que claramente estava descontente com os rumos políticos de seu país...

Uma teoria interrompida? Penso que podemos dizer que nos deixa um caminho em construção, dialeticamente aberto a superações, tarefa que seus colaboradores que com ele formavam a famosa Troika, Leontiev (1903-1979) e Luria (1902-1977), assim como estudantes, alguns contemporâneos, outros posteriores, como Elkonin (1904-1984), Davidov (1930-1998), Kozulin (1949), dentre outros, fizeram. Também pesquisadoras e pesquisadores, grupos de pesquisas acadêmicas espalhados pelo mundo têm dado continuidade a essa herança vigotskiana. Grupos que se desdobraram e focaram nas diferentes temáticas advindas de Vigotski e em sua base materialista histórico-dialética, como o nosso caso, o grupo da PUC de São Paulo, da Psicologia Sócio-histórica.

(Re)Conhecendo Vigotski e sua revolução: algumas considerações

Vigotski repudia respostas prontas e generalizáveis, pois carregam em si reminiscências formalistas, mecanicistas, associacionistas, atomistas, que, ao fim e ao cabo, são deterministas. Ao contrário, não trabalha com pensamentos prontos, abre-se para o amplo espectro que a totalidade proporciona, produzindo crítica e criativamente novos e mais elaborados questionamentos advindos do imbricamento da ciência com a realidade concreta, para além de processos descritivos ou fenomênicos. É a partir daí que Vigotski consubstancia sua revolução materialista histórico-dialética, quando começa a se aprofundar nos estudos da obra de Marx e percebe, inequivocamente, a necessidade de desenvolvimento de uma teoria que permitisse compreender o ser humano em sua gênese social, diferente de concepções desenvolvidas até então. Funda o desenvolvimento de uma teoria histórica e cultural que proporciona o estudo dos fenômenos em seu movimento e processo de formação, mediados pela totalidade social, na perspectiva das transformações sociais radicais.

Após 1924, mesmo com o cerceamento de sua atuação e censura de seus trabalhos em decorrência do stalinismo, Vigotski construiu uma teoria que hoje ainda revoluciona a produção do conhecimento em muitos campos de estudo. Hoje, temos condições de (re)conhecer Vigotski para podermos desfrutar de seu legado e andar pelos caminhos que ele nos deixou, que nos inspiram e apontam para o devir, para importantes perspectivas na Educação!

Referências

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Recebido: 22 de Dezembro de 2021; Aceito: 10 de Fevereiro de 2022

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