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Motrivivência

versão On-line ISSN 2175-8042

Rev. Motriviv. vol.31 no.58 Florianópolis abr./jun 2019  Epub 11-Set-2019

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2019e56328 

Porta Aberta

O ensino do basquetebol e o espaço físico em questão: um relato de experiência a partir de uma escola pública do Norte

Basketball teaching and the physical space issue: an experience report from a public school in the North

La enseñanza del baloncesto y el espacio físico en cuestión: un relato de experiencia a partir de una escuela pública del Norte

1Doutorando em Ciências - Estudos Biodinâmicos da Educação Física e do Esporte Universidade de São Paulo - USP, Escola de Educação Física e Esporte, São Paulo, São Paulo, Brasil. marcelomarques@usp.br

2Mestranda em Ciências - Estudos Socioculturais e Comportamentais da Educação Física e do Esporte Universidade de São Paulo - USP, Escola de Educação Física e Esporte, São Paulo, São Paulo, Brasil. nayanaribeiro@usp.br

3Licenciada em Educação Física Universidade Federal do Amazonas - UFAM, Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Manaus, Amazonas, Brasil. jeisa_colares@yahoo.com.br


RESUMO

O basquetebol demanda um espaço físico escolar melhor estruturado e isso parece ser um fator limitante para o desenvolvimento deste nas escolas públicas brasileiras. O objetivo deste estudo é relatar a experiência prática de apresentar o basquetebol a alunos da sétima série nas aulas de educação física em uma escola pública da cidade de Manaus que não disponibiliza espaço apropriado para a prática. Quatro aulas (teóricas e práticas) abordando o basquetebol foram propostas a 36 alunos do ensino fundamental 2. Constatamos que, apesar de severas limitações, é possível apresentar o basquetebol aos alunos da escola pública mesmo sem espaço físico apropriado. Contudo, para um processo contínuo de aprendizado, é necessário viabilizar o acesso ao basquetebol com uma proposta pedagógica dinâmica, em alinhamento com a escola e a comunidade, indicando ainda que o professor deve ser agente central para costurar adaptações à realidade social e cultural da escola a partir de uma perspectiva crítica.

PALAVRAS-CHAVE: Basquetebol; Educação física escolar; Ensino púbico; Estrutura

ABSTRACT

Basketball demands a better-structured physical space and this seems to be a limiting factor for its development in Brazil public schools. The aim of this study is to report on the practical experience of presenting basketball to seventh-grade students in physical education classes in a public school in the city of Manaus that does not provide adequate space for practice. Four classes (theoretical and practical) addressing basketball were proposed to 36 elementary school students. We found that, despite severe limitations, it is possible to introduce basketball to public school students even without adequate physical space. However, for an ongoing process of learning, it is necessary to provide access to basketball with a dynamic pedagogical proposal, in alignment with the school and the community, indicating that the teacher should be a central agent to tailor adaptations to the social and cultural reality of the school from a critical perspective.

KEYWORDS: Basketball; Scholar physical education; Public education; Structure

RESUMEN

El baloncesto demanda un espacio físico escolar mejor estructurado y esto parece ser un factor limitante para el desarrollo de éste en las escuelas públicas brasileñas. El objetivo de este estudio es relatar la experiencia práctica de presentar el baloncesto a alumnos de la séptima serie en las clases de educación física en una escuela pública de la ciudad de Manaus que no ofrece espacio apropiado para la práctica. Cuatro clases (teóricas y prácticas) abordando el baloncesto fueron propuestas a 36 alumnos de la enseñanza fundamental. Constatamos que, a pesar de severas limitaciones, es posible presentar el baloncesto a los alumnos de la escuela pública incluso sin espacio físico apropiado. Sin embargo, para un proceso continuo de aprendizaje, es necesario viabilizar el acceso al baloncesto con una propuesta pedagógica dinámica, en alineación con la escuela y la comunidad, indicando además que el profesor debe ser agente central para coser adaptaciones a la realidad social y cultural de la escuela desde una perspectiva crítica.

PALABRAS-CLAVE: Boloncesto; Educación física escolar; Enseñanza pública; Sstructura

INTRODUÇÃO

A escola é vista como umas das principais instituições a promover o contato dos jovens com as diferentes modalidades esportivas, já que se faz presente em praticamente todas as comunidades, a frequência é obrigatória e há quase sempre a assistência de professores especializados (KANTERS et al., 2013). Contudo, nem sempre os conteúdos modalidades referentes a educação física são desenvolvidos de forma homogênea1 e a estrutura física das escolas (principalmente as públicas) parece ter papel determinante neste processo (PAULA et al., 2012; TAFFAREL; MACEDO e GOELLNER, 2012; TENÓRIO; TASSITANO e LIMA, 2013).

Considerando que a formação dos professores de educação física inclui diversas disciplinas esportivas, a falta de estrutura e materiais apropriados é um dos fatores que contribui para a pouca aplicação de diferentes conteúdos esportivos (BETTI, 1999). Neste contexto, algumas modalidades esportivas podem representar, dependendo da estrutura física da instituição, um desafio ao profissional de Educação Física.

Assim, buscando compreender quais os dilemas da Educação Física escolar no cotidiano, Bartholo; Soares e Salgado (2011) entrevistaram alunos, professores e agentes do corpo administrativo de escolas públicas nas cidade do Rio de Janeiro e Vitória. Os autores reportam que um dos fatores que contribuem para a desmotivação dos escolares com as aulas está relacionado a infraestrutura inadequada. Corroborando a ideia, um estudo com escolas americanas cujos ambientes físicos são mais adequados identificou que, algumas escolas possuem alunos mais ativos fisicamente quando comparadas a instituições menos estruturadas para as aulas de educação física (DOWDA et al., 2009). Assim, mesmo estando motivados a participar e integrar-se com o grupo, a estrutura física é componente essencial para que haja maior interesse no decorrer das aulas (CHICATI, 2008; COSTA et al., 2017).

Partindo desta limitação e a depender da dinâmica do esporte em si, algumas modalidades esportivas parecem ter mais limitações para sua aplicação em detrimento a outras. Neste sentido, é razoável afirmar que o Basquetebol é uma das modalidades menos aplicadas na escola pública quando comparada a outras ditas “populares” como o futsal/futebol. Ainda, o basquetebol brasileiro não atravessa um bom momento, induzindo assim a carência de novos valores, além de problemas acerca da própria estrutura organizacional da modalidade (RODRIGUES e DARIDO, 2012; SEVERINO; GONÇALVES e DARIDO, 2014).

Cabe aqui salientar que esta problemática não se restringe “apenas” às limitações de infraestrutura, contudo, estas poderiam ser melhor contornadas com uma estrutura física minimamente apropriada (p.ex.: local amplo, com o piso plano, uma tabela e um aro).

De fato, algumas pesquisas relacionando o basquetebol e o espaço físico escolar apontam que desenvolver o basquetebol no ensino público é desafiador. De acordo com o estudo desenvolvido por Volpato (2008), os professores citam problemas para trabalhar o basquetebol na escola exaltando a ausência de estrutura física adequada. Contudo, ressalta que este relato deve-se basicamente ao fato de os professores privilegiarem o rendimento atlético e a competição durante as aulas. Ademais, o mesmo autor propõe que é possível trabalhar o basquete mesmo que não se tenha quadras oficias e bolas, e finaliza afirmando que o basquetebol pode ser praticado nas aulas de educação física em uma perspectiva de inclusão e não de exclusão.

Suportando a ideia anterior, Severino; Gonçalves e Darido (2014) entrevistaram 60 docentes do ensino fundamental de um munícipio brasileiro. Entre outros achados, os autores concordam que o basquete deve ser desenvolvido não somente na condição de conteúdos das aulas, mas também em uma dimensão que transpõe os limites escolares, onde o esporte representa significativo papel na sociedade. Os autores sugerem ainda que para que a introjeção dessa dimensão apresente resultados voltados para a massificação e pulverização da modalidade torna-se relevante oferecer condições físicas e materiais, condições estas que dificilmente são atingidas pela rede pública de ensino.

Para o momento, cabem então algumas indagações: é possível desenvolver o basquetebol a nível escolar não competitivo sem estrutura física apropriada? E mais, tal estrutura teria maior “peso” apenas se a modalidade for com o viés competitivo? De acordo com Gonçalves et al. (2017), as práticas relacionadas ao basquetebol ocupam um amplo cenário de possibilidades que perpassam a prática física do jogo per si. Ao praticar o basquetebol nas escolas, os alunos têm a oportunidade de experimentar uma modalidade esportiva dinâmica, com estímulo motor significativo, respeitando a fase de cada aluno. Desse modo, é preciso que o professor vá além da prática e busque apresentar novas possibilidades, proporcionando aos alunos novas experiências e talvez assim, transpor a barreira da limitação estrutural como nas escolas públicas nacionais.

No entanto, o estado da arte acerca desta problemática ainda é limitado e pouco se conhece sobre os efeitos da estrutura física da escola pública no desenvolvimento do basquetebol, existindo assim a necessidade de estudos que avaliem esta relação (TENÓRIO; TASSITANO e LIMA, 2013). Ademais, a baixa produção científica relativa ao basquetebol como um conteúdo das aulas de educação física na escola indica que os pesquisadores ligados a essa vertente parecem não estar preocupados em tematizar essa modalidade (GONÇALVES et al., 2017).

Partindo destes pressupostos, pronuncia-se importante avançar o corpo de conhecimento acerca do basquetebol no âmbito escolar enquanto modalidade esportiva pouco aplicada e entender a influência da estrutura física no processo de ensino-aprendizagem da modalidade. Nessa perspectiva, o presente estudo visa relatar a experiência prática de apresentar o basquetebol a alunos da sétima série do ensino fundamental nas aulas de educação física em uma escola pública da cidade de Manaus que não disponibiliza espaço minimamente apropriado para a prática.

RELATO DA EXPERIÊNCIA: APRESENTANDO O BASQUETEBOL EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO NORTE DO BRASIL

Metodologia

O trabalho está constituído de um relato de experiência vivido dentro de uma escola pública do Norte do Brasil, baseado na prática do basquetebol e desenvolvido com alunos da 7a série, por meio de atividades com os materiais disponíveis e adaptados a modalidade.

Adicionalmente, o presente relato enquadra-se no espectro qualitativo proposto por Turato (2005), pois trabalha com valores, representações, hábitos, atitudes e opiniões buscando entender o contexto onde algum fenômeno ocorre. Coube então à pesquisadora principal adentrar na subjetividade do fenômeno apresentado no ambiente aqui estudado, a escola. Utilizamos a associação entre o fenômeno observado antes da execução das aulas com anotações de campo realizadas durante a aplicação das mesmas como instrumento para descrever e analisar os efeitos agudos da proposta.

No primeiro contato com a escola, fomos recebidos pelo gestor e encaminhados para apresentar a proposta as pedagogas. A partir daí o acesso a instituição foi viabilizado por escrito para o desenvolvimento da experiência. Assim, a pesquisadora e a professora de educação física responsável pela turma alinharam a proposta com o conteúdo programático previsto para aquele ano. Às pedagogas, foi apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido, sendo as mesmas responsáveis pelos alunos dentro da escola. Para o momento, é importante ressaltar que a função do gestor e das pedagogas foi meramente burocrática, viabilizando acessos e construindo a interface com a professora de educação física. Esta última, por sua vez, teve a função de acompanhar as aulas que foram aplicadas por um dos investigadores.

A experiência foi vivenciada em uma escola municipal localizada na zona leste (periférica) da cidade de Manaus. 36 alunos do 7o ano do Ensino Fundamental 2, com idades compreendidas entre 12 e 13 anos, de ambos os sexos participaram das aulas. Não houve qualquer exposição ou divulgação de imagens dos menores envolvidos nas aulas.

A escolha da turma do 7o ano foi feita de acordo com o cronograma de aulas da professora da escola, no qual essa era a turma que ela introduziria o basquetebol, visto que nunca tiveram experiências anteriores com a modalidade.

A escolha da escola foi feita por conveniência dada a proximidade da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas. Ademais, por ser uma escola pública que representa bem o perfil de estrutura física da maioria das escolas de regiões periféricas do Norte do Brasil, sendo uma escola que não possui espaços apropriados destinados as aulas de educação física. O único espaço utilizado e disponível a professora de educação física era um terreno desnivelado de barro compactado e descoberto, totalmente inapropriado para o desenvolvimento de aulas práticas.

Apresentando o Basquetebol

Foram apresentados a professora de educação física responsável pelas turmas os quatro planos de aulas sobre o tema basquetebol, estes que seguiam uma ordem cronológica, começando pela história do basquetebol até algumas regras básicas do jogo. Essa proposta baseia-se em abordagem básica de sistematização do conteúdo onde o esporte é trabalhado de forma que propiciem vantagens aos seus praticantes, sem que se caracterize o treinamento esportivo.

De acordo com o sugerido pelas pedagogas, os planos de aula foram aplicados por um dos pesquisadores sob o acompanhamento da professora de educação física responsável e respeitando o conteúdo programático previsto para as aulas. Ademais, na busca por uma situação mais próxima do dia a dia de uma escola pública, nenhum material externo foi adicionado pelos pesquisadores. Assim 4 momentos distintos foram propostos [(1) aula teórica 1; (2) aula prática 1; (3) aula teórica 2 e (4) aula prática 2] de acordo com o Quadro 1. As aulas aconteciam no turno vespertino, duas vezes na semana (sendo uma prática e outra teórica) com duração de 60 minutos cada. Sempre logo após as aulas teóricas, era conduzido um quiz de perguntas e respostas acerca do tema abordado. Assim, perfez-se uma carga horária total de quatro horas.

Quadro 1 Cronograma da aplicação das aulas 

1o Dia 2o Dia Horários Conteúdos
Aula 1 História do Basquetebol Aula 3 Regras do Basquetebol 13:45 Teórico
Aula 2 Aprendendo a usar os materiais do Basquetebol Aula 4 Brincando com as Regras 16:15 Prático

Fonte: Os autores.

Para a aplicação das aulas práticas, foram utilizadas bolas de borracha, bambolês e cestos plásticos. Estes são os materiais diariamente disponíveis a professora. Observamos que a escola possui uma estrutura física suficiente, com salas de aulas e espaços diversos, contudo, não há uma quadra/ginásio ou um espaço adequado para a prática das aulas de educação física. Existindo apenas um pequeno espaço de terra compactada, com mato baixo e sem cobertura. Vem sendo este o único espaço disponível para a professora realizar as atividades práticas de educação física.

Para melhor compreensão dos conteúdos apresentados em cada aula, apresenta-se a seguir descrição detalhada de cada aula aplicada:

Na aula 1 (teórica) foram relatados fatos históricos acerca da criação do basquetebol, com o objetivo de situar o enquadramento histórico do basquete. A aula foi iniciada com um diálogo entre a pesquisadora e alunos explicando como se deu a criação do jogo, a partir da necessidade de momento em criar um novo esporte a ser praticado em ambiente fechado para dias de frio e neve (DUARTE, 2003). Assim, a primeira atividade abordou o desenvolvimento do conteúdo através de relatos históricos; na segunda atividade foi construído um quebra-cabeça com perguntas e respostas. Neste, os alunos foram divididos em equipes onde cada equipe recebeu pequenos bilhetes com perguntas e respostas. O quebra-cabeça ia sendo montado conforme as perguntas iam sendo respondidas corretamente; na terceira e última atividade, algumas perguntas foram colocadas no quadro. A pesquisadora selecionava um aluno para responder à primeira pergunta, depois esse mesmo aluno escolhia outro aluno para responder a próxima pergunta e assim sucessivamente. Aos que responderam corretamente, foi atribuído 1,0 ponto de participação.

Na aula 2 (prática), o objetivo foi conhecer na prática os materiais utilizados nas primeiras fases do jogo de basquetebol. No primeiro momento, houve um aquecimento com o jogo denominado Jogo dos 10 Passes. Para tal, os alunos foram divididos em duas equipes distribuídas aleatoriamente no espaço disponível e uma bola foi lançada pro alto pela professora. O objetivo do jogo consistia em que cada equipe passasse a bola com as mãos apenas entre os membros da própria equipe e a cada passe deveriam contar em voz alta de 1 até 10. Quando chegassem a 10 passes consecutivos sem deixar a bola tocar o solo ou ter algum passe interceptado. No caso de uma interceptação pela equipe oposta, a mesma iniciaria contando os passes entre si do 1 ao 10. Ganharia um ponto a equipe que chegasse a 10 passes consecutivo primeiro. Após o aquecimento, foi proposto um jogo adaptado. Assim, foram posicionados dois cestos grandes (um em cada extremidade do espaço disponível) que representavam cestas de basquete. Foram formadas equipes de 5 alunos (de ambos os sexos) e, após a bola passar por todos os componentes da equipe, os alunos deveriam tentar colocar a bola dentro do cesto. Duas equipes vivenciavam a atividade ao mesmo tempo mas sem proposta competitiva. A aula foi finalizada com uma estafeta. Dispostas em filas, os alunos passavam a bola entre as próprias pernas um a um e quando a bola chegasse ao último aluno, este deveria correr para o início da fila e iniciar o mesmo exercício novamente. Era declarado vencedor a fila que chegasse a disposição inicial primeiro.

Na aula 3 (teórica) foram apresentadas algumas regras principais do basquetebol. No primeiro momento foi feito um diálogo a respeito das regras para entender se os alunos tinham noções básicas do jogo. Em seguida, algumas regras foram escritas no quadro para que eles escrevessem no caderno e depois lessem em voz alta para facilitar a fixação do conteúdo. Ao término da leitura foi passado um vídeo de um jogo oficial de basquetebol para que eles observassem as regras sendo executadas. No decorrer, dúvidas surgiram, demonstrando assim interesse pelo tema. Por outro lado, alguns alunos relataram que o assunto era um pouco confuso, possivelmente por se tratar de regras. Adicionalmente, como forma de avaliação os alunos escreveram no papel quais regras eles conseguiram perceber no jogo exposto em sala. Ao final da aula, o jogo de perguntas e respostas acerca do tema ali discutido.

Por fim, a aula 4 (prática) foi a hora de colocar em prática as regras aprendidas na aula anterior. A primeira atividade foi a bola ao ar, onde a pesquisadora escolheu um aluno, chamando-o em voz alta. Antes que a bola chegasse ao solo, o aluno selecionado tinha que correr, pegar a bola e passar aos colegas que tinham que se distribuir em um espaço pré definido. Por fim, quem pegasse a bola deveria jogar a bola no alto e chamar o nome de outro colega. A atividade principal foi o passe em dupla. Os alunos distribuídos em duas colunas dispostas lado a lado com o mesmo número de alunos em cada. Em duplas realizaram passes de peito e depois picado até que todos executem. A segunda atividade foi o jogo com bambolê, onde a pesquisadora iniciou explicando sobre as regras do jogo. Os alunos foram divididos equipes de 7 alunos e de cada equipe foram designados 2 alunos para ficarem nas extremidades do campo da equipe oposta com bambolês ao redor da cintura. Os componentes da equipe teriam que fazer com que a bola chegasse até o colega com o bambolê, convertendo assim um ponto. Para finalizar a aula, os alunos foram distribuídos no espaço e a cada 8 segundos um sinal sonoro era emitido para que eles conduzam a bola picando. No sinal seguinte, deveriam passar a bola para outro colega e assim sucessivamente. Nesta atividade final foram colocadas de fato as regras em prática, com algumas exigências por parte da pesquisadora para que eles respeitassem as regras do jogo. A aula 4 foi desenvolvida em sala de aula por conta de precipitação pluviométrica na área externa e o espaço do refeitório tinha sido lavado deixando assim o piso molhado e perigoso.

A EXPERIÊNCIA VIVENCIADA: BASQUETEBOL SEM ESTRUTURA?

O objetivo central do presente estudo foi relatar a experiência prática de apresentar o basquetebol a alunos da 7a série do ensino fundamental nas aulas de educação física em uma escola pública da cidade de Manaus que não disponibiliza espaço minimamente apropriado para a prática. Ao final desta experiência, relatamos que apesar da significativa dificuldade enfrentada, é possível apresentar o basquetebol aos alunos mesmo com as limitações físicas comuns às escolas da rede pública do norte do Brasil. Notamos ainda que a proposta de antever as dificuldades (planejamento) e adaptar os materiais a realidade da escola suplantou o efeito negativo da ausência de um espaço apropriado para o basquetebol escolar.

As aulas teóricas estavam pautadas na história desde a criação do basquetebol até a evolução de algumas regras. Assim, não foi privilegiando o rendimento atlético mas a acessibilidade do basquetebol na escola na realidade que se apresenta. Aprender a jogar é um dos aspectos fundamentais perseguidos pelas aulas de educação física, mas restringir-se a esses conhecimentos pode limitar a compreensão mais abrangente do basquetebol.

Desta feita, as aulas teóricas propostas neste estudo corroboram a ideia de Fraiha et al. (2016). Estes autores ressaltam a essencialidade de aprender a jogar, mas também de aprender sobre o esporte e como se relacionar no âmbito de sua prática. Ademais, Fraiha et al. (2016) reforçam que aprender perpassa conhecer as curiosidades do jogo, aspectos históricos, regras, questões de gênero, ética, valores e atitudes. No presente estudo, cabe destacar que nas aulas teóricas os alunos demonstraram mais interesse quando chegou o momento da dinâmica de perguntas e respostas (quiz). Momento que além de instigante, realçou a vontade de externar o conhecimento por parte dos alunos.

O trabalho no âmbito escolar exige a necessidade de planejar e seguir etapas. Ao projetar, são propostas também algumas soluções para possíveis problemas futuros, ou seja, há uma antecipação dos acontecimentos tornando o planejamento fundamental para as aulas de educação física (MACHADO, 1997; TAYLOR; NTOUMANIS e STANDAGE, 2008). Neste sentido, ao ministrar uma aula teórica e logo em seguida a prática, os alunos pareciam assimilar mais o conteúdo proposto, visto que este estava recente em suas mentes. Infere-se ainda que a pesquisadora tinha um facilitador para manter o foco dos alunos, dada a conexão entre os conteúdos teóricos e práticos.

Nesse contexto, é necessário selecionar os conteúdos a serem trabalhados nas aulas de educação física. É preciso que se tenha um acompanhamento do processo de ensino aprendizagem no sentido de qualificá-lo em busca de uma educação física escolar que busca atender às necessidades dos alunos e às perspectivas da escola na formação de cidadãos. Esta transformação deveria possibilitar que estes se mobilizem conscientemente, tendo conhecimento de suas habilidades e limitações, tornando-se capazes de refletir e buscar soluções para as relações intrínsecas, atuando de forma criativa e independente na sociedade.

Considerando o discutido ate aqui, acreditamos que nosso planejamento pareceu adequado e suplantou as dificuldades inicias da experiência vivenciada. De posse do conhecimento da estrutura física e de materiais da escola, as aulas foram pensadas para “dar certo”. Apesar da obviedade desta afirmação (nenhuma aula é pensada para dar errado), o contexto ali enfrentado era muito adverso. Então, conseguir antever os problemas e programar as aulas de basquetebol para uma escola sem estrutura, pode ser, no mínimo, um atenuador dos diferentes efeitos negativos da ausência de espaço estruturado.

Apesar de não possuir uma quadra poliesportiva e ter apenas um pequeno espaço de terra compactada para a realização das aulas práticas de educação física, as aulas práticas que foram planejadas sobre a modalidade foram ministradas. Após a escolha da escola, a ideia era utilizar o espaço de terra disponível para as aulas práticas, contudo, em nenhuma destas aulas isto foi possível. Assim, uma das aulas práticas foi conduzida no pátio (área em frente a lanchonete) e a outra em sala de aula.

Na aula 2, foi observado que os alunos e a professora não se sentiam confortáveis devido a movimentação das outros alunos que paravam para observar, tirando o foco da turma que estava em aula. No estudo conduzido por Damazio e Silva (2008), os autores buscaram analisar as aulas educação física e o espaço físico. Interessantemente, assim como no presente relato, os autores observaram que nas escolas os espaços delimitados para horários vagos ou intervalos se confundem com os espaços em que as aulas de educação física são realizadas, proporcionando interferências no trabalho pedagógico do professor. Corroborando, Paula et al. (2012) inferem que se a escola não possuir um espaço físico adequado, o ensino fica comprometido, limitando as capacidades físicas, motoras, sociais, afetivas e cognitiva dos alunos.

Neste sentido, acreditamos que estes comprometimentos poderão ocorrer daqui há algum tempo nesta escola. Considerando o espaço físico disponível para as aulas práticas, o desenvolvimento das capacidades físicas e motoras logo estarão comprometidos. Por outro lado, é importante salientar que este tipo de inferência apenas poderia ser confirmada com uma intervenção a longo prazo.

Para tentar suplantar tal dificuldade, sugerimos um melhor planejamento alinhando todas as disciplinas da escola, inserindo a disciplina educação física no primeiro tempo de aula, evitando assim o desconforto de outros alunos transitando no pátio por terem sido liberados mais cedo para o intervalo ou ao final do dia letivo. De maneira mais ousada, talvez buscar espaços nas proximidades (quadras poliesportivas de igrejas ou centros comunitários) talvez fosse uma opção para evitar o comprometimento da aprendizagem do gesto motor a longo prazo. Daqui, emerge ainda a importância de um processo crítico de mudanças acerca da amplitude do ambiente escolar e das condições para a atuação do professor de educação física.

A aula 4, prática que foi conduzida em sala de aula, também foi diretamente afetada pelo adaptação do espaço. Diferentes fatores como controlar os ânimos das crianças em ambiente limitado, barulhos que incomodam outras aulas e desorientação espacial foram questões presentes na aula 4 desta proposta. Questões acerca da aglomeração de alunos em aula adaptadas já foram reportadas em outros estudos (PAULA et al., 2012; SALGADO; SALLES e ALVES, 2012).

No estudo de Salgado; Salles e Alves (2012) acerca dos componentes estressores da prática acadêmica, os autores reportam que estas condições físicas limitadas estimulam a desordem e a agressividade por parte dos alunos, o que prejudica diretamente o aprendizado. Questões estas que foram identificadas na presente vivência. Corroborando, a investigação conduzida por Paula et al. (2012) sobre a educação física e a infraestrutura expõe relatos de professores de educação física que ministram aulas práticas em sala de aula que têm problemas com outros professores por conta do barulho e também por limitações de orientação espacial.

A aula 4 foi a mais complexa de todas. Como dito anteriormente, o cronograma foi cumprido, mas se aulas práticas tivessem de ser ministradas semanalmente em sala de aula, como bolas batendo no solo e crianças correndo, problemas maiores seriam causados. Após nossa experiência neste contexto, sugerimos que o professor tenha sempre uma “carta na manga”. Um tema interessante a ser abordado de forma teórica, de preferencia dentro da modalidade que esta sendo trabalhada (ex.: explicar o basquetebol 3x3 ou o mini-basquetebol) Conduzir aulas práticas dentro da sala de aula é improdutivo e pode desencadear problemas como os reportados acima.

A falta de espaços físicos destinados às aulas práticas de educação física nessa escola trouxeram uma série de dificuldades no processo ensino-aprendizagem dos conteúdos. Apesar de o basquetebol ser uma das modalidades esportivas pertencente aos conteúdos da educação física escolar e sua prática contribuir para o desenvolvimento físico, psicológico, moral e social dos praticantes (DE ROSE e TRICOLI, 2005), muitas escolas têm deixado de ministrar essa modalidade esportiva. Na escola onde vivenciamos esta experiência, apresentar o basquetebol foi possível, mas enfrentar diariamente tal contexto exige empenho.

Após vivenciar estes momentos, acreditamos que cabe ao professor realizar as adaptações necessárias para que as aulas práticas não deixem de ser ministradas, visto que não só nesta escola mas a maioria das escolas públicas da periferia de Manaus sofre com esta limitação. Assim, aparados na proposta de Galvão (2002), o professor deve ser o agente de transformação da realidade imposta no contexto escolar e, a partir de sua ação, possibilitar a dinamicidade do aluno. Neste sentido, desenvolver o basquetebol neste tipo de ambiente depende muito do professor. Este deve se mobilizar e fazer as adaptações necessárias, assim como realizamos nesta experiência. A modalidade esportiva foi apresentada para os alunos e com adaptação do local, as aulas foram ministradas.

Ressaltamos ainda que não defendemos o ambiente perfeito, talvez utópico na maior parte do Brasil. Acreditamos que uma quadra poliesportiva com tabelas de basquete, aros e demarcações no solo otimizaria o processo e ofereceria mais oportunidades aos alunos e dinamismo aos professores. Nosso relato de experiência esta pautado na busca por externar a realidade desta modalidade neste tipo de ambiente em vista de discutir alternativas para superar o contexto imposto.

Não obstante, para responder as duas questões propostas na introdução deste relado de experiência, seria necessário aplicar mais aulas com os materiais disponíveis na escola e enfrentar por mais tempo os desafios diários deste ambiente. Porém, a partir das discussões conduzidas até aqui, nos apropriando das percepções obtidas desde os primeiros contatos com as escolas até o final das 4 aulas aplicadas, nos arriscamos a inferir que desenvolver a modalidade de forma não competitiva é possível, mas organizar as crianças para competir (ex.: jogos escolares do Amazonas; JEAS) seria inviável dentro do contexto vivido nesta escola.

Por fim, apesar de o objetivo desta experiência ter sido atingido, é importante reconhecer as limitações deste relato. Assim, elencamos abaixo algumas limitações seguidas de possíveis sugestões para atenuar tais problemas.

Em um contexto ideal, aplicar mais aulas de forma contínua poderia ser mais interessante para trabalhar melhor o conteúdo proposto, responder melhor as questões colocadas e planejar com maior exatidão o enfrentamento deste contexto comum nas escolas públicas. Contudo, devido ao calendário da escola não foi possível realizar mais atividades. Tínhamos apenas 4 aulas a nossa disposição. Então, para o objetivo proposto (apresentar a modalidade) as 4 aulas foram suficientes, mas para o aprendizado (compreender os gestos e fixar as regras básicas), sugerimos um tempo muito maior de experiência (~12 aulas).

Apesar de nosso planejamento ter antevisto as dificuldades, algumas surpresas (ex.: chuva) surgiram. Conforme levantado anteriormente, estar de posse de um tema intercorrente dentro da modalidade que esta sendo desenvolvida pode ser importante quando da ocorrência inesperada. Se disponível, o uso de material audiovisual pode ser também uma alternativa.

Ademais, é possível inferir que apesar de a presente experiência ter validade ecológica considerável - pois as limitações estruturais do ambiente relatadas refletem o contexto de muitas escolas públicas nacionais - limita-se ao contexto escolar aqui explorado, dificultando a generalização das conclusões. A partir destas limitações, deixamos aqui algumas possibilidades para que novas pesquisas sejam conduzidas com a intenção de contribuir com o corpo de conhecimento acerca do basquetebol escolar.

A partir da proposta de Ramos; Graça e Nascimento (2006), as modalidades coletivas podem ser consideradas sistemas sociais complexos, caracterizados a partir de um grupo de elementos (jogadores), ligados por interações internas entre si (interpessoal) e interações externas entre o grupo e o meio externo (espaço físico), todos atuando sobre a finalidade do sistema (obtenção do ponto, no caso do basquetebol), colocamos como sugestão final para estudos futuros abordagem acerca destas dimensões sociais complexas e suas interações.

CONCLUSÃO

Após a experiência vivenciada, confirmamos que objetivo proposto pela experiência foi atingido, mesmo sem estrutura minimamente apropriada, o basquetebol foi apresentado as crianças. Viver e relatar tal experiência foi fundamental para entender in loco a realidade de muitas escolas públicas do Norte do Brasil e nos fez pensar sobre como suplantar as limitações além de construir sugestões aplicáveis para os atuais e futuros profissionais de educação física do ensino básico público do Brasil.

AGRADECIMENTOS

Os autores gostariam de agradecer a Escola Municipal Dr. Vicente Mendonça Júnior pelo acesso às dependências bem como todo o suporte prestado aos pesquisadores.

REFERÊNCIAS

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1O futsal é o esporte mais praticado nas escolas públicas em detrimento a outros esportes, como o basquetebol.

FINANCIAMENTO Não se aplica.

CONSENTIMENTO DE USO DE IMAGEM Não se aplica.

APROVAÇÃO DE COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA Não se aplica.

PUBLISHER Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. LaboMídia - Laboratório e Observatório da Mídia Esportiva. Publicado no Portal de Periódicos UFSC. As ideias expressadas neste artigo são de responsabilidade de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores ou da universidade.

Recebido: 11 de Abril de 2018; Aceito: 18 de Julho de 2018

CONTRIBUIÇÃO DE AUTORIA

Não se aplica.

CONFLITO DE INTERESSES

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

EDITORES

Mauricio Roberto da Silva, Giovani de Lorenzi Pires, Rogério Santos Pereira.

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