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Motrivivência

versão On-line ISSN 2175-8042

Rev. Motriviv. vol.32 no.61 Florianópolis  2020  Epub 01-Jan-2020

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020.e62787 

Artigo Original

O jogo de três toques: apontamentos histórico-sociais da estrutura do voleibol em Curitiba (1932-2015)

The game of three touch: an analysis of the structure of volleyball in Curitiba (1932-2015)

El juego de tres toques: un análisis de la estructura del voleibol en Curitiba (1932-2015)

Kelwin Santos da Cruz1 
http://orcid.org/0000-0003-3861-1715

Leila Salvini1 
http://orcid.org/0000-0002-8881-7255

Wanderley Marchi Júnior1 
http://orcid.org/0000-0002-4911-9702

1Universidade Federal do Paraná - UFPR, Departamento de Educação Física, Curitiba, Paraná, Brasil


RESUMO

A partir de uma perspectiva histórico-social do voleibol na cidade de Curitiba/PR, o presente artigo tem por objetivo principal identificar e analisar os processos que levaram a estruturação de instituições e associações esportivas paralelas à Federação Paranaense de Voleibol, e como essas instituições influenciaram o desenvolvimento da modalidade, inclusive suas competições, em nível regional. Metodologicamente, pautamos o estudo numa pesquisa qualitativa, de cunho descritivo e análise documental. Como recorte temporal, delimitamos inicialmente o ano de 1932, ano em que encontramos o primeiro registro sobre o desenvolvimento da modalidade no Paraná, até o ano de 2015. A guisa de conclusões, constatamos que o surgimento de novas instituições fomentadoras do voleibol no estado do Paraná, aliadas à parcerias entre os poderes públicos e privados, tornou possível um aprimoramento de novas formas e estratégias de organização e gestão do voleibol que, por sua vez, acarretou numa qualificação e desenvolvimento da modalidade em âmbito regional.

PALAVRAS-CHAVE: Voleibol; Gestão esportiva; História do esporte; Curitiba

ABSTRACT

From a historical-social perspective of volleyball in the city of Curitiba / PR, this article aims to identify and analyze the processes that led to the structuring of sports institutions and associations parallel to the Paraná Volleyball Federation, and how these institutions influenced the development of the sport, including its competitions, at the regional level. Methodologically, we base the study on a qualitative research, of a descriptive nature and documentary analysis. As a time frame, we initially delimited the year 1932, the year in which we found the first record on the development of the sport in Paraná, until the year 2015. As a conclusion, we found that the emergence of new institutions that promote volleyball in the state of Paraná, together with partnerships between public and private powers, made it possible to improve new forms and strategies for organizing and managing volleyball, which, in turn, led to a qualification and development of the sport at the regional level.

KEYWORDS: Volleyball; Sports management; History of sport; Curitiba

RESUMEN

Desde una perspectiva histórico-social del voleibol en la ciudad de Curitiba / PR, este artículo tiene como objetivo identificar y analizar los procesos que condujeron a la estructuración de instituciones y asociaciones deportivas paralelas a la Federación de Voleibol de Paraná, y cómo estas instituciones influyeron El desarrollo del deporte, incluidas sus competiciones, a nivel regional. Metodológicamente, basamos el estudio en una investigación cualitativa, de naturaleza descriptiva y análisis documental. Como marco de tiempo, delimitamos inicialmente el año 1932, año en el que encontramos el primer registro sobre el desarrollo del deporte en Paraná, hasta el año 2015. Como conclusión, encontramos la aparición de nuevas instituciones que promueven el voleibol en el estado de Paraná, junto con las alianzas entre los poderes públicos y privados, permitió mejorar nuevas formas y estrategias para organizar y gestionar el voleibol, lo que, a su vez, condujo a una calificación y desarrollo del deporte a nivel regional.

PALABRAS-CLAVE: Voleibol; Gestión deportiva; Historia del deporte; Curitiba

INTRODUÇÃO

O voleibol passou por uma ascensão no Brasil nas décadas de 80 e 90, tende-se reconhecer que essa mesma ascensão também ocorre em relação a produção intelectual sócio-histórica que se debruça sobre a discussão dessa modalidade (MARCHI JÚNIOR, 2001), no entanto algumas lacunas podem ser evidenciadas no que se refere a algumas especificidades dessa temática, como por exemplo o fomento da modalidade em âmbito regional, bem como a composição das estruturas de gestão de instituições, associações e competições que englobam o universo do voleibol em dimensões regionais.

Tendo em vista contribuir para maiores debates e reflexões acerca das dinâmicas envolvendo instituições e grupos que objetivam organizar, fomentar e influenciar o desenvolvimento do esporte, esse artigo tem como objetivo analisar de que forma a gestão de projetos e ações para o voleibol, desenvolvidos entre o período de 1997 a 2015, pela Federação Paranaense de Voleibol (FPV), Projeto Rexona, Taça Paraná Asics de Voleibol e Associação de Voleibol do Paraná (AVP) tem influenciado a modalidade em Curitiba/PR. Bem como, analisar os processos histórico-sociais entre 1932 a 2015, que levaram ao surgimento e estruturação dessas instituições.

Adotamos para esse estudo uma metodologia de caráter qualitativo, documental e descritivo. Nos utilizamos de fontes como, websites e matérias publicadas em jornais da cidade que fizessem referência as instituições estudadas dentro do período proposto, os documentos analisados foram os regulamentos, boletins e notas oficiais presentes nos sites das instituições estudadas.

Dessa forma dividimos o artigo em cinco partes, na primeira delas procuramos delinear uma cronologia dos processos históricos do voleibol no Paraná, na segunda apresentamos o surgimento do projeto Rexona e da Taça Paraná Asics de Voleibol, na terceira o desenvolvimento de projetos e ações realizados pela FPV e AVP, na quarta analisamos o contexto do voleibol no Paraná a partir do embasamento teórico da Teoria dos Sistemas, entendendo a estrutura do voleibol em Curitiba, como um sistema aberto e por fim as conclusões alcançadas.

Elementos históricos do esporte no Paraná: da burocratização a mercantilização

O primeiro registro de uma instituição que procurava regulamentar uma modalidade esportiva no Paraná é datado de 1909, no qual surge a associação “Tiro de Guerra 19 Rio Branco”, também chamada de “Sociedade Rio Branco”, que regulava a modalidade chama “Tiro” (SILVA E CAPRARO, 2015). Alguns anos depois em 1913, é formada a Liga Paranaense de foot-ball (CAPRARO, 2002).

Com a ascensão de algumas modalidades no interior dos clubes é criado em 23 de maio de 1932, a Liga Atlética Paranaense (LAP), que anos depois se transformaria em Federação Desportiva Paranaense (FDP). Nessa entidade estavam estruturados, numa primeira fase, os departamentos de Atletismo, Bola ao Cesto, Vollev Ball e Hand - Ball e posteriormente vieram os departamentos de Natação, Halterofilismo, Ginástica, Pugilismo e Punhobol (PILATTI, 2000). Segundo Pilatti (2006) a única atividade desenvolvida pelo departamento de voleibol naquele ano teria sido a montagem de uma equipe para representar a Liga em um torneio interestadual. Antes disso não se tem evidências na bibliografia de quando o voleibol chegou ao Paraná.

Movidos pelo aumento da disseminação esportiva no estado durante as décadas de 1930 e 1940, vários departamentos da FDP começam se desmembrar da instituição, esse percurso leva a criação de federações específicas de determinadas modalidades. É assim que em 10 de abril de 1953, é criada a Federação Paranaense de Voleibol, pelos seguintes clubes e associações: Associação Atlética Acadêmica de Filosofia, Associação Atlética Acadêmica de Educação Física, Círculo Militar do Paraná, Coritiba Foot Ball Club, Clube Atlético Ferroviário, Clube Atlético Seleto, Esporte Clube Universal, Ícaro Atlético Clube e Sociedade de Cultura Física Duque de Caxias (NIEDWIESKI, 2005), sendo Orlando Brasil Soldati o primeiro presidente do órgão responsável exclusivamente pela organização e difusão do voleibol no estado do Paraná.

O surgimento da FPV marca uma ascensão do voleibol paranaense, principalmente pela participação dos clubes e dirigentes na regulamentação e organização de competições (NIEDWIESKI, 2005). Ainda assim a estrutura de organização era exclusivamente amadora até o início dos anos 80, algo que não era exclusivo só no Paraná, outros estados passam por processos semelhantes (MARCHI JÚNIOR, 2005). Somente na década de 70 que o voleibol se torna uma modalidade pioneira no Brasil a trilhar um caminho que passaria do amadorismo para a profissionalização, esse processo de mudança começa a ocorrer, mas precisamente em 1975, quando Carlos Arthur Nuzman assume a presidência da CBV, adotando uma nova forma de gerenciar o esporte no país (MARCHI JÚNIOR, 2001).

Algumas ações administrativas constituíram maior autonomia para as federações, tais como, demissões de funcionários inoperantes, organização de arquivos, canalização de recursos, emprego de especialistas em administração, aumento quantitativo e qualitativo dos cargos das comissões técnicas, dos materiais e das formas de treinamento. Essas ações atraíram o interesse da mídia e por consequência o interesse de patrocinadores (ALMEIDA et al, 2012). Vlastuin, Almeida e Marchi Júnior (2008, p.21) afirmam que “as mudanças nas organizações esportivas, no âmbito macro e microestrutural (confederações, federações e clubes), sinalizam que as relações mercantis passaram a desempenhar um papel protagonista na condução do voleibol profissional brasileiro”. “O voleibol brasileiro nos últimos 30 anos deixou de ser uma prática esportiva exclusiva de escolas e clubes e passou a ser tratada como uma modalidade provida de características pertinentes ao mercado de trabalho” (MARCHI JÚNIOR, 2005, p.149).

Durante os anos de 1950 e 1980 o estado tomou para si a responsabilidade de organizar o esporte em geral, algo que veio a enfraquecer as confederações, federações, ligas e clubes esportivos, no Paraná em particular. Essa hipótese se confirma pelas ações realizadas nas administrações estaduais a partir dos anos 50, quando nos projetos desenvolvidos pelo governo buscavam-se incentivos às confederações e federações, o que na prática nem sempre era executado (MEZZADRI, 2000).

Mezzadri (2000) aponta que na década de 1950 os clubes que participavam de competições esportivas estavam ligados a um processo embrionário de espetacularização, a participação desses clubes é bastante tímida até o início da década de 1980, quando os clubes retomam a sua posição no cenário Estadual. Um clube pioneiro nesse processo de mudança no Paraná era o Clube Cristalino, de Curitiba, que desenvolvia suas atividades ligadas ao voleibol, o clube é fundado em 1984, em um período em que o voleibol estava em franca ascensão no país, no cenário nacional o Esporte Clube Cristalino não teve grande repercussão, mas para o cenário paranaense ele desempenhou um papel fundamental, para criação de clubes empresas no estado.

Os tempos mudaram. Paramos de sonhar e passamos para a realidade do esporte amador brasileiro, com passo firme e seguro. O futuro já chegou ao Paraná, e a partir deste ano o Esporte Clube Cristalino proporcionará muitas emoções. Emoções estas que estavam sufocadas em nós, naquele grito de não podermos competir de igual para igual com boas equipes nacionais. A história do Esporte amador inicia sua nova era. Seguramente, todos estão vibrando com o surgimento do Cristalino, uma equipe que reúne dezesseis jogadores sendo cinco de outros Estados. Os demais são todos "pratas da casa" (REVISTA ESPORTE E AÇÃO, 1985 apud MEZZADRI, 2000, p. 129).

O Clube Cristalino manteve suas atividades até o final da década de 1980, podendo ser considerado um clube amador, quando comparado suas condições com outros clubes empresas espalhados pelo Brasil, seus atletas recebiam apenas uma ajuda de custo, hospedagem e alimentação. No entanto essa primeira experiência impulsionou o surgimento de diversas entidades que tinham um formato similar, como o basquetebol de Londrina e Ponta Grossa, o futebol de salão na maioria das cidades do Estado, a natação em clubes de Curitiba, Londrina, Maringá e Ponta Grossa, o handebol feminino em Cambé e o masculino em Maringá, o voleibol masculino em Maringá e o feminino em Curitiba, e o Atletismo, que também foi relativamente estruturado em diferentes cidades. Mesmo com a criação desses clubes não ocorreu um fortalecimento das federações, das ligas ou de outras instituições das modalidades esportivas envolvidas (MEZZADRI, 2000). Pouco antes da fundação do Clube Cristalino, foi eleito Neuri Barbieri para presidir a FPV, ficando no cargo até 2019, quando então Jandrey Vicentin assumiu a função (FPV, 2019).

Projeto Rexona e Taça Paraná Asics de Voleibol: o fortalecimento do voleibol de base

Com a intensificação do esporte espetáculo nas décadas de 1980 e 1990, o governo do estado busca uma aproximação entre o poder público e a iniciativa privada com o objetivo de projetar o Paraná no cenário nacional esportivo. Para efetivação dessa proposta o Governo do Estado do Paraná passa a investir em projetos de criação de Centros de Excelência, mais uma vez o voleibol aparece como uma modalidade pioneira quando o governo do estado faz uma parceria com a Gessy-Lever, empresa multinacional com grande inserção nos produtos higiênicos. A marca utilizada pela Gessy-Lever foi a Rexona (MEZZADRI, 2000). Na tese de Pilatti (2000) foi realizada uma entrevista com Marcos Schemberger secretário de estado naquele momento que cita a criação de centros de excelências como uma forma de ascensão do estado no cenário esportivo nacional:

O Paraná necessitava antes de tudo de uma representatividade no esporte amador nacional, deixando de ser "2' divisão" do esporte nacional para passar para a 1°. Criou-se o primeiro projeto: o Centro de Excelência do Voleibol. Depois de estar no papel, foi buscado uma pessoa que servisse como vitrine do projeto. Chegou-se no Bernardinho, que na época estava assumindo uma coordenação no Comitê Olímpico Brasileiro. O Bernardinho também tinha um projeto, nesse projeto ele pretendia não só trabalhar com uma equipe adulta, mas também com crianças. Existiu um casamento dos projetos e foi-se buscar uma marca para ser a mantenedora do projeto, que veio a ser a Gessy Lever com o desodorante 24 horas feminino Rexona. (SCHEMBERGER 23 nov. 1999 apud PILATTI, 2000, p. 169).

O ginásio Tarumã em Curitiba, era a sede do projeto. E suas instalações eram utilizadas tanto por crianças e adolescentes1(a entrada dessas crianças e adolescentes se dava através de seletivas) como pela equipe adulta feminina2. A parceria definiu que a Paraná Esportes (nome dado a secretaria de esportes), deveria fornecer toda infraestrutura necessária para montagem de uma equipe de voleibol feminino de alto rendimento e incentivar a prática do voleibol em várias cidades do estado. Enquanto a empresa Gessy-Lever ficaria com a responsabilidade de arcar com o pagamento das atletas, técnicos e demais despesas com a equipe principal, além das estratégias para as escolinhas de voleibol (MEZZADRI, 2000).

Mezzadri (2000) chama atenção para ausência da Federação Paranaense de Voleibol na participação do projeto:

Com a consolidação da parceria, projetou-se tanto o voleibol feminino quanto o Estado no cenário nacional. Está exemplificada no primeiro Centro de Excelência a relação mais sólida entre o poder público e a iniciativa privada. Entretanto, no documento elaborado pelo Centro Rexona de Excelência de Voleibol e pela Paraná Esporte, a Federação Paranaense de Voleibol não está presente, o que demonstra uma certa distância da Federação de Voleibol nas decisões tomadas acerca da evolução do voleibol no Estado (MEZZADRI, 2000, p. 147).

Segundo MEZZADRI (2000), a FPV não exerceu tanta influência para inserção do projeto Rexona no Paraná. No histórico da FPV é enaltecida a revelação de atletas e técnicos que tiveram grande destaque nacional e internacional e também projetos como da equipe de voleibol de Maringá na década de 1990, justificando que o projeto em Maringá teria aberto possibilidades para que futuramente e equipe Rexona escolhesse Curitiba como sede, não deixando claro as possíveis relações diretas ou indiretas entre os projetos:

Ao longo dos seus mais de 61 anos de história o Paraná revelou grandes nomes e grandes projetos vitoriosos no voleibol. O maior jogador de vôlei de praia de todos os tempos, o paranaense Emanuel Rego se mantém federado junto a FPV até os dias atuais.

Dos projetos que deram certo, destaque para a equipe de Maringá que encantou a torcida na década de 90 e que abriram portas para o Rexona se instalar em Curitiba e se tornar o maior vencedor do voleibol brasileiro (FPV, 2014).

A equipe Rexona revolucionou a gestão esportiva no cenário do Voleibol feminino paranaense, conquistando o primeiro título brasileiro na história da modalidade para o Estado. Se sagrando campeã da Superliga de Voleibol nas edições de 97/98, 99/00 e vice-campeã em 98/99. Em 2003, depois do término da parceria entre equipe profissional e Governo do Estado. A marca Rexona, em nova parceria firmada com a marca AdeS, da Unilever, se une no patrocínio para formar a equipe de Voleibol Rexona-AdeS, passando a ter a cidade do Rio de Janeiro como sede. (VLASTUIN, 2008).

O fato da equipe Rexona ser campeã, com elevado sucesso e apoio de sua torcida não garantiu que a equipe permanecesse no Paraná, o que a princípio não caracteriza um fato normal, mas próximo de uma estratégia instauradora e mantenedora de investimento social para a produção e reprodução das relações úteis, que perspectiva uma geração de lucros materiais e simbólicos (VLASTUIN, 2008, p. 5).

Mesmo com a transferência da equipe profissional para o Rio de Janeiro o projeto social foi mantido e patrocinando até 2008, pelas marcas Rexona/AdeS. Em 2011, todo o seu plano orçamentário foi preparado para receber, pela primeira vez, recursos aprovados pela Lei Federal de Incentivo ao Esporte. O programa atendeu 1.700 crianças e adolescentes de 9 a 15 anos nas cidades de Curitiba, Guaratuba, Campo Largo, Ponta Grossa, Castro, Pato Branco, Guarapuava, Pitanga, Londrina, Cornélio Procópio, Maringá, Cianorte, Toledo, Cascavel e Francisco Beltrão, sendo 670 alunos desse total atendidos pelo núcleo central que tem sua sede em Curitiba (INSTITUTO COMPARTILHAR, 2015). Podemos afirmar que esse programa consolidou um dos maiores projetos de difusão e fomento de uma modalidade esportiva no Paraná.

A parceria firmada entre Governo do Estado, instituição privada e Bernardinho, deixou um legado, depois da transferência da equipe profissional. A manutenção do projeto social permitiu que mais crianças e adolescentes iniciassem a prática do voleibol, outro ponto que teve expressiva relevância para o contexto da modalidade em Curitiba e merece destaque é a formação e especialização de diversos profissionais de Educação Física, que assim como seus alunos viriam a se introduzir em vários clubes do estado para atuarem com a prática do voleibol (CARON, 2018). Alguns desses profissionais foram responsáveis por criar a Taça Paraná Asics de Voleibol, competição que com o passar do tempo veio a se tornar a maior competição de base do voleibol brasileiro.

Acompanhando o voleibol de alto nível da equipe Rexona, os professores do projeto social, Josmar Coelho e Gerson Amorim (Gersinho) idealizaram no ano de 2001, a Taça Paraná de Voleibol, com o objetivo de encerrar o ano esportivo para atletas da cidade de Curitiba e proporcionar o aprimoramento de técnicas através do intercâmbio com escolas do voleibol de outros estados (SILVA, 2013).

Na primeira edição, foram convidadas as equipes de Mira Flores de Niterói (RJ) e Jaraguá do Sul (SC), além dessas também participaram as equipes femininas do Cancun Vôlei Clube, Sports 2000 e Quadra Sete, enquanto no masculino participaram AABB, Quadra Sete, Santa Mônica, no ano seguinte novamente houve o interesse dos clubes em realizar a competição que contou com dez equipes e ano a ano os números foram aumentando chegando em 2013, com a inscrição de 139 equipes de vários estados do País (SILVA, 2013). Inicialmente, a competição era um pequeno torneio que marcava o final da temporada, à medida que foi crescendo seus organizadores firmaram uma parceria com a FPV que passou a realizar o evento com a organização da empresa Prospection Eventos que foi criada por Josmar Coelho somente para esse fim.

Aparentemente, a participação na Taça Paraná é bem simples, estando aberto para clubes, associações, estabelecimento de ensino, prefeituras e demais entidades filiadas ou não nas Federações de seus Estados (REGULAMENTO TAÇA PARANÁ, 2015). A não obrigatoriedade de filiação a federações regionais torna o processo menos burocrático facilitando a inclusão de várias instituições do país. Com a realização de 429 jogos em vários ginásios de São José dos Pinhais e Curitiba a Taça Paraná terminava sua edição do ano de 2014, com status de maior competição de base do voleibol brasileiro (SILVA, 2013).

Associação de Voleibol do Paraná: a emergência do voleibol master

Com a ausência de competições que contemplassem a categoria master em Curitiba, um grupo de amigos se reuni com a intenção de fundar uma associação que objetivava fomentar o voleibol para essa categoria, assim no dia 4 de junho de 2005 é criada a Associação de Voleibol do Paraná (AVP), quando Eduardo Catto Gallina passa a ser o primeiro presidente da instituição. Já no primeiro ano são organizadas competições para as categorias acima de 30 e 40 anos para mulheres e homens e 50 anos somente na categoria masculina (AVP, 2019)

Quando a AVP começou suas atividades em 2005, suas categorias iniciavam a partir dos 30 anos chegando até os 50, em 2011, uma nova categoria é inaugurada compreendendo atletas acima de 25 anos (AVP, 2019).

As ações da AVP não ficaram restritas só ao voleibol máster, no dia 15 de março de 2011, a associação lança o projeto “AVP Social” de voleibol, tendo como objetivo promover a modalidade para meninos entre 12 e 17 anos, por entender que Curitiba e região sofria uma dificuldade em oferecer opções para jovens desenvolverem potencialidades ao nível de alto rendimento. Dado que no momento de sua fundação do projeto social, apenas o clube Círculo Militar contava com equipes masculinas de voleibol na cidade de Curitiba que disputavam as principais competições regionais e estaduais (FPV, 2015).

Inicialmente o projeto contava com o apoio da Secretária de Esportes do Paraná que sedia um ginásio para o treino das equipes, da empresa de planos odontológicos DentalUni e da prefeitura de Curitiba que disponibilizava recursos através da Lei de Incentivo ao Esporte Municipal, vinculando o projeto à Seleção Masculina de Voleibol de Curitiba, seleção essa que disputa anualmente os jogos da Juventude organizados pela Paraná Esportes3. No ano de 2014, o projeto firmaria uma parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR, passando assim a criar uma equipe Sub-19 que disputa atualmente o Campeonato Estadual da categoria. A Universidade passava a disponibilizar seus recursos estruturais e científicos para aprimorar o desempenho dos atletas pertencentes a equipe (AVP, 2019).

A criação da associação acabou ficando a frente da organização do voleibol master, sendo a principal fomentadora de competições para essas categorias na cidade. Já o projeto social idealizado pela mesma, passou a realizar seletivas para entrada de novos atletas, participando das principais competições do Estado e do país. Alguns de seus atletas, nos anos seguintes passaram a integrar as seleções estaduais e as seleções nacionais (AVP, 2019).

Federação Paranaense de Voleibol: um olhar a partir da gestão esportiva

As principais atividades da FPV, desde sua criação em 10 de abril de 1953, consistiam em fomentar a modalidade nas categorias de base, bem como para as categorias adultas através de competições regionais e estaduais, trabalhar na seleção de atletas para representar o estado em competições nacionais organizadas pela CBV, articular cursos para formação de árbitros que atuam tanto nas suas competições como também em outros eventos que necessitem desses profissionais (FPV, 2015).

Com o crescimento da modalidade novas ações foram sendo incorporadas em seus processos de gestão, uma que se destaca é o projeto intitulado FPVTV, projeto esse que tinha como objetivo transmitir os jogos do campeonato juvenil com a intenção de atrair investidores para as categorias de base, a FPV inovou sendo a primeira federação regional a transmitir partidas locais via internet (FPV, 2015), querendo dar mais visibilidade para as competições estaduais devidas às dificuldades para transmitir as partidas em TV aberta. Na época em entrevista a Gazeta do Povo Olegário Stinglin declarou:

Nesse início, estamos bancando a iniciativa, pois queremos vendê-la nos próximos eventos. Para os patrocinadores dos times é uma oportunidade de divulgação das marcas. Queremos chamar a atenção de empresas que trabalham com o público de até 18 anos, como escolas de inglês (STINGLIN em entrevista a THOMAZINI, 2011).

As transmissões contavam com narração, comentários e replays dos lances, para que isso pudesse ser viabilizado a FPV fez um investimento de aproximadamente R$ 8 mil na contratação de uma produtora especializada que contava com uma equipe de seis profissionais e três câmeras ((THOMAZINI, 2011). O projeto FPVTV permanece com a cobertura dos campeonatos juvenis e adultos (FPV, 2019). Iniciativa que até então não havia acontecido em nenhuma outra federação de voleibol do país4.

Em 2014, a FPV relata que registra anualmente mais de 1350 atletas, que são treinados por aproximadamente 50 técnicos que estão no comando de várias equipes sediadas no estado, em 2012, a CBV fez uma avaliação com as federações estaduais e a FPV foi a que apresentou os maiores índices de produtividade, compreendendo resultados das seleções estaduais, número de registros de atletas, volume de jogos e saúde financeira (FPV, 2014)5

Analisando o cenário do voleibol paranaense

Poderíamos delimitar o cenário do voleibol em Curitiba como um sistema aberto que é delimitando em um primeiro momento pela FPV, um outro sistema que fornece produtos/resultados (o fomento do voleibol) para um ambiente que também se utiliza e fornece respostas/feedbacks para essa instituição, mas que com o tempo altera sua conformação para atender as demandas que lhe foram encaminhadas. No entanto, essas mudanças de conformação não ficam restritas só ao primeiro sistema FPV, essas mudanças também tendem a se alterar no ambiente, que modifica sua conformação a cada produto/resultado que recebe. Essa alteração no ambiente pode até mesmo acarretar na formação de novos sistemas similares ao primeiro que podem ou não interagir entre si.

Quando observamos o desenvolvimento do esporte no Paraná fica evidenciado que em um dado momento várias modalidades começaram a formar sistemas próprios, em decorrência de uma demanda que o ambiente prescreve devido ao aumento populacional e a procura por atividades de lazer impulsionadas pelo aumento da disseminação esportiva. O voleibol é uma dessas modalidades que passa a se organizar de forma independente, deixando de ser representado pela FDP e passando agora a ser representado pela FPV que teve sua fundação em 10 de abril de 1953 (FPV, 2019; NIEDWIESKI, 2005).

No referido contexto a FPV passa a ser o primeiro sistema exclusivo a oferecer de forma institucionalizada o voleibol para outras instituições (clubes e associações), com o “boom” do voleibol no Brasil na década de 1980 e 1990, o interesse pela modalidade aumenta significativamente, deixando de ser uma modalidade meramente amadora e atingindo o status do profissionalismo, em âmbito regional essa ascensão aparece com o surgimento do Clube Cristalino que tinha o formato de um clube empresa (MEZZADRI, 200), mais tarde a cidade de Curitiba se tornava o endereço da equipe Rexona (VLASTUIN, 2008).

O projeto da equipe transformaria significativamente o ambiente do voleibol em Curitiba, não só pela aproximação que os habitantes da região passaram a ter com a modalidade devido ao sucesso da equipe profissional em âmbito nacional, mas também pelo projeto social que tinha seu núcleo central localizado em Curitiba. Desse projeto saíram vários professores que começariam a atuar como técnicos em clubes da cidade e da região metropolitana, assim como os professores, diversos alunos/atletas passaram a integrar as equipes de clubes da cidade.

No início dos anos 2000, professores oriundos do projeto Rexona criam a Taça Paraná, projeto que inicialmente se configurava como uma pequena competição para equipes das categorias de base, mas que com o passar dos anos se transformaria na maior competição do voleibol de base do Brasil6.

Com o crescimento cada vez maior do voleibol em Curitiba sua demanda aumenta ainda mais provocando alterações na conformação do ambiente, fazendo com que o ambiente exigisse modificações da estrutura da FPV. O aumento da demanda pelo fomento da modalidade em várias categorias faz com que um grupo de ex-atletas crie a AVP, instituição que inicialmente organizaria o voleibol máster na cidade, e também tornando-se independente da organização da FPV.

Todas essas estruturas se consolidaram como sistemas tão importantes quanto a própria FPV, a atuação desses sistemas impactou direta e indiretamente na estrutura e nos processos organizacionais e administrativos da FPV, além de exercem influências umas às outras, como intentamos ilustrar nas imagens a seguir:

Fontes: Os autores

Figura 1 Voleibol em Curitiba Pré-demandas 

Fontes: Os autores

Figura 2 Respostas do ambiente do Voleibol em Curitiba 

A partir do momento que o ambiente vai exigindo novos “produtos”, modificações na estrutura da FPV podem acontecer ou novos sistemas podem se formar a tal ponto que o principal sistema responsável pelo fomento deixa de se tornar tão necessário.

Na (figura 1), temos um ambiente/sistema com um número reduzido de instituições. No decorrer do processo histórico as demandas foram aumentadas, levando a criação de novas instituições no ambiente/sistema (figura 2). A noção de sistemas compreende que todo ambiente/sistema tende a se modificar quando novas demandas são empreendidas, essas modificações são uma resposta do próprio sistema, que acaba aumentando sua complexidade de organização.

Um sistema aberto pode tender “ativamente” para um estado de organização superior, isto é, pode passar de um estado inferior de ordem para um superior de ordem, devido as condições do sistema. Um mecanismo de retroação pode alcançar “reativamente” um estado de organização superior devido a “aprendizagem”, isto é, a informação introduzida no sistema (BERTALANFFY, 2013, p. 196).

Quando analisamos o desenvolvimento do voleibol em Curitiba fica perceptível que esse melhoramento para um estado de organização superior devido às informações que o sistema recebe se faz presente tanto para FPV como para os outros sistemas que constituem o ambiente do voleibol na cidade. Esse melhoramento é ainda mais importante quando o sistema procura legitimar suas reais funções e objetivos no âmbito organizacional do voleibol na cidade.

Após a introdução de novos sistemas no ambiente fica notável a busca por melhoras na administração da FPV, como por exemplo, a divulgação realizada com a comunidade paranaense através da FPVTV, site, redes sociais, a incorporação da própria Taça Paraná além de uma melhor organização de suas competições, tanto em qualidade como em quantidade.

No entanto é evidenciado que os aspectos que contribuíram para a cidade de Curitiba se tornar uma referência no fomento do voleibol de base no Brasil envolvem várias instituições além da própria FPV, como: Governo do Estado, com apoio a projetos sociais vinculados ao voleibol, Prefeitura de Curitiba com o aporte financeiro através de lei de incentivo ao esporte, Projeto Rexona com a equipe profissional e as escolinhas de iniciação ao voleibol, Taça Paraná pela organização de uma grande competição sediada em Curitiba e região metropolitana e AVP responsável pela fortificação do voleibol máster e desenvolvimento de um projeto social.

Conclusões

No quadro apresentado até aqui fica perceptível que a rápida disseminação da prática do voleibol pelo estado, principalmente em Curitiba, e o desenvolvimento ao longo das últimas décadas possibilitaram o surgimento de novas organizações fomentadoras da modalidade enquanto a FPV tinha dificuldades de atender a todos.

Concluímos que com o surgimento de novas instituições fomentadoras do voleibol na cidade aliadas à parcerias entre os poderes públicos e privados houve um aprimoramento de novas formas e estratégias de organização e gestão, que por sua vez propiciaram um maior desenvolvimento da modalidade em âmbito regional para as categorias de base tornando-se uma referência nacional.

Em alguns momentos, a principal instituição fomentadora do voleibol no Paraná demostrou fragilidade e ineficiência em atender a uma demanda de pessoas interessadas pela prática da modalidade que antes não existia. O surgimento de outras instituições exerceu um papel de suma importância para o aprimoramento dos processos de organização e gestão desenvolvidos pela FPV.

REFERÊNCIAS

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1 A área principal do ginásio ganhou dimensões capazes de comportar três quadras oficiais. Em dias de jogo, o espaço se transformava em uma só quadra central. Nos horários de treinos, a área ganhava divisórias e passava a ter duas quadras oficiais e duas de mini-vôlei (modalidade criada para crianças menores de 12 anos). Além dessa área principal, o ginásio contava, ainda, com um outro espaço que comportava mais duas quadras de mini-vôlei e quatro quadras de baby-vôlei, modalidade criada para crianças até 10 anos (VLASTUIN, 2008).

2Resultado de uma parceria firmada entre a Divisão Elida Gibbs, da Unilever, através da marca Rexona e o Governo do Estado do Paraná e municípios, que escolheram as escolas públicas onde o projeto social seria implantado, a equipe profissional Rexona se constituiria na única formação com um título brasileiro na história do Voleibol paranaense. Até então, tanto no masculino quanto no feminino, nenhuma equipe do Estado tinha conquistado um título nacional (VLASTUIN, 2008).

3Disponível em: http://www.avp.org.br/avpsocial.html. Acesso em: 08. dez. 2015.

4Em matéria da Secretaria de Esportes do Paraná a ação ganha destaque. “A transmissão de eventos esportivos pela internet iniciou no ano passado com a Federação Paranaense de Voleibol que experimentou da nova tecnologia no Campeonato Estadual da Juventude e conseguiu resultados expressivos, conquistando inclusive a CBV - Confederação Brasileira de Voleibol, que transmitiu em caráter experimental um Brasileiro de Seleções. O sucesso do voleibol atraiu o interesse da Secretaria do Esporte. Agora, com o Campeonato Mundial de Futevolei sendo realizado em Curitiba, surgiu a oportunidade da SEES experimentar a sua WebTV. Nesta sexta-feira a SEESTV entra no ar com as mesmas condições de uma TV convencional: várias câmeras, replay, narrador, comentaristas, repórteres de quadra e a facilidade que a internet proporciona, já que não tem limite de tempo no ar e sem a necessidade de inúmeros blocos comerciais” (SECRETARIA DO ESPORTE E DO TURISMO DO PARANÁ, AUTOR Jandrey Vicentin, 2012). Disponível em: http://www.esporte.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=3341. Acesso em: 08. dez. 2015.

5Disponível em: http://voleiparana.com.br/index.php/institucional/historico. Acesso em: 20. set. 2015.

6A Confederação Brasileira de Voleibol destacou em seu site a proporção da competição: “Os números comprovam a proporção que a competição vem tomando a cada edição. Neste ano, em cinco dias de disputas serão realizados 568 jogos, 33 a mais que em 2017. Os jogos acontecem em 15 quadras divididas em sete praças esportivas... Realizada nas categorias Sub-14, Sub-16, Sub-18 e Sub-21” (Publicado em 2018). Disponível em: http://2018.cbv.com.br/noticia/25442/maior-competicao-das-categorias-de-base-do-voleibol-do-pais-comeca-neste-domingo-. Acesso em: 08. ago. 2019.

AGRADECIMENTOS Agradecemos o apoio do grupo de pesquisa CEPELS/Centro de Pesquisas em Esporte, Lazer e Sociedade/UFPR

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PUBLISHER Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. LaboMídia - Laboratório e Observatório da Mídia Esportiva. Publicado no Portal de Periódicos UFSC. As ideias expressadas neste artigo são de responsabilidade de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores ou da universidade

EDITORES Mauricio Roberto da Silva, Giovani De Lorenzi Pires, Rogério Santos Pereira

Recebido: 29 de Março de 2019; Aceito: 22 de Setembro de 2019

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