INTRODUÇÃO
A imagem corporal é um construto multidimensional, definido como o conceito de si próprio em relação ao outro (ADAMI et al., 2005). Este fenômeno também pode ser definido como processos cognitivos, emocionais, fisiológicos e sociais, que estão em constantes alterações (SIMAS et al., 2014). Essas mudanças são influenciadas a partir de variáveis como o sexo biológico, idade, crenças, valores e comportamentos referentes à cultura no qual o indivíduo esteja inserido (ALMEIDA et al., 2005; FERREIRA; LEITE, 2002).
Nesse sentido, é possível perceber a imagem corporal como um fator influenciador das atividades da vida humana, intervindo nos processos de escolha, partindo desde as roupas, vestimentas ou adornos, bem como os interesses estéticos e as habilidades de empatizar as emoções do outro (RIBEIRO; OLIVEIRA, 2011). Sendo assim, a partir dessas escolhas o indivíduo passa a moldar a sua percepção sobre a sua autoimagem, podendo estar satisfeito ou não com a própria imagem corporal.
Deste modo, a satisfação com a imagem corporal pode ser percebida de formas diferentes, quando comparada entre o sexo biológico, os homens/machos almejam um corpo musculoso, ou seja, com grande volume muscular, e em sua maioria apresentam insatisfação pela falta de massa corporal (MANTOVANI et al., 2009), enquanto as mulheres/fêmeas em sua maioria, buscam um corpo magro, priorizando uma cintura mais fina, quadris largos e seios avantajados, e demonstram insatisfação pelo excesso de massa corporal (MATSUDO et al., 2009; REBOLHO et al., 2014; DE AZEVENDO et al., 2017)
Essas diferenças também têm sido evidenciadas em relação à orientação sexual, e identidade de gênero, em que os homens homossexuais apontam insatisfação com a sua autoimagem pela falta de massa corporal (TEIXEIRA et al., 2013), tendo em vista a figura do homem/macho como uma identidade de gênero tipicamente masculina tem maior valor nos ambientes homossexuais.
Nesse sentido, diversos estudos estão sendo realizados com objetivo de verificar essas diferenças em grupos e contextos específicos, como atletas (FORTES et al., 2013), crianças e adolescentes (MOCKDECE et al., 2017). No contexto da dança a preocupação com a imagem corporal é evidenciada tanto em homens quanto em mulheres, que vivem em constante busca por uma imagem corporal perfeita e ideal (HAAS, et al., 2010; RIBEIRO; DA VIEGA, 2010; REIS et al., 2014). No entanto, essas comparações em bailarinos têm sido realizadas somente em relação ao sexo biológico.
Nessa perspectiva, a dança pode ser observada como uma prática socialmente instruída, na qual o corpo do indivíduo/bailarino está associado à sua identidade de gênero, ou seja, o corpo é observado dentro das várias modalidades de como um parâmetro de normatização e aplicação das normas de gênero, estimulando diversos tipos de corpos, sejam eles masculinos ou femininos e andróginos (ANDREOLI, 2010).
Assim os indivíduos que praticam determinada modalidade, são estereotipados por aquelas características, fortemente relacionadas aos sexos, sendo muitas vezes classificados com uma orientação sexual divergente da sua, por estar em uma modalidade que rompe com as barreiras de gênero entre homens e mulheres (MELO et al., 2015).
Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é verificar de forma sistematizada a literatura buscando estudos que apresentem comparações da satisfação da imagem corporal entre as variáveis: sexo biológico, identidade de gênero, orientação sexual e esquemas de gênero do autoconceito em bailarinos.
MÉTODO
O presente estudo apresenta uma revisão sistemática de literatura, com o intuito de identificar, selecionar, extrair dados, analisar e avaliar criteriosamente todos os estudos que abordem a satisfação da imagem corporal em relação ao sexo biológico, orientação sexual, identidade de gênero e esquema de gênero do autoconceito em bailarinos, seguindo rigorosamente métodos sistemáticos claros em cada etapa realizada. A revisão foi realizada no ano de 2018, em sete conceituadas bases de dados eletrônicas, PubMed, Scopus, PsycINFO, Scielo, Web of Science e Lilacs. Não foi definido período para publicações, a fim de buscar o máximo de estudos dentro da literatura, porém estabeleceu-se o limite dos estudos publicados até dezembro de 2018, nas línguas Portuguesa, Inglesa e Espanhola.
Foram incluídos estudos que apresentaram textos completos com amostra de bailarinos. Excluiu-se da pesquisa os estudos caracterizados metodologicamente como revisões sistemáticas ou de literatura, estudos-piloto, estudo de caso, estudos de protocolos, dissertações, teses, capítulos de livros, artigos repetidos, artigos sem pertinência (que fogem do objetivo principal proposto no estudo, e que não descreveram com clareza o método utilizado no estudo).
Os descritores utilizados foram pré-selecionados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) da BVS. Sendo aplicados os seguintes blocos de pesquisa: Body Image/ Satisfaction body/, dancers/ gender identity/ role of Gender/ Gender Psychological Profile, seguindo as seguintes estratégias de busca: (“body image”) OR (“satisfaction image”) OR (“dancers”) OR (“Gender Identity”) OR (“Role of Gender”) and (“Gender Psychological Profile”).
O processo de busca foi realizado separadamente, por dois pesquisadores, que ao fazer as buscas nas bases de dados averiguavam o número exato de estudos encontrados e os compararam, a fim de obter os mesmos resultados encontrados. Com os estudos já selecionados deu-se início a leitura dos títulos, elencando os artigos que seguiriam no processo de seleção. Em casos de divergência nos títulos selecionados entre pesquisadores, um terceiro pesquisador realizou a leitura dos títulos e tomou a decisão final.
Posteriormente, os estudos foram submetidos a análises qualitativas e quantitativas, utilizando o instrumento adaptado de Ursi (2005), que mostra de fato os dados a serem extraídos e analisados, buscando organizar e categorizar as informações de forma mais precisa, incluído principalmente título do estudo, ano, principais resultados e conclusões. Bem como o Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE), o qual é constituído por 22 itens com pontuação de (zero) a 1, que analisa a qualidade metodológica dos estudos selecionados. Os itens que constituem o STROBE são relacionados às informações que devem estar presentes na elaboração do estudo, tais como o título, resumo, introdução, metodologia, resultados e discussão (VON ELM et al., 2008).
Para melhor avaliar a qualidade dos artigos a pontuação do instrumento foi transformada em percentual. Estabelecendo-se três categorias para avaliação da qualidade: A - quando o estudo atende mais de 80% dos critérios estabelecidos; B - quando 50-79% dos critérios foram preenchidos, e C - quando menos de 49% dos critérios foram preenchidos.
RESULTADOS
As buscas resultaram em um total de 237 artigos, sendo incluídos ao final da revisão 4 estudos, o processo de revisão com a exclusão dos artigos pelo título, resumo e palavras chaves, como mostra a Figura 1.
Na tabela 1 são apresentadas as principais características metodológicas dos 4 estudos finais que fazem parte dessa revisão, contendo o autor, ano, título, local do estudo, população, sexo, média de idade, fator de impacto e o periódico onde foi publicado.
Autor / Ano | Título | Local de Estudo | População (n, e Média de Idade) | Fator de Impacto | Periódico |
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Ravaldi et al. 2003 | Eating Disorders and Body Image Disturbances among Ballet Dancers, Gymnasium Users and Body Builders | Itália | 113 BN, 16.2 ± 4.1 | NI | Psychopathology |
Hartmann et al. 2017 | Sintomas de transtornos alimentares em bailarinos profissionais | Brasil | 35 BP, 22,2 ± 6,8. | SJR 0.22 | Nutrición Clínica Dietética Hospitalaria |
Reis et al. 2013 | Imagem corporal, estado nutricional e sintomas de transtornos alimentares em bailarinos | Brasil | 156 BP, NI 21,7 ± 20,3 | NI | Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde |
Ravaldi et al. 2006 | Gender role, eating disorder symptomos, and body image concern in ballet dancers. | Itália | 110 BP,59 GC 16,5 ± 17,4 | JCR 1.954 | Journal of Psychosomatic Research |
BN=Bailarinos não profissionais; BP= Bailarinos profissionais; GC= Grupo Controle; PD=Pole Dance; U= Universitárias.
Os resultados apontam que as publicações foram realizadas de 2003 a 2017. O estudo com maior número de participantes foi o conduzido por Reis et al. (2013) com 156 participantes, enquanto com menor número foi no estudo realizado por Hartmann et al. (2017), contando apenas com 35 participantes. Entre os bailarinos a idade mínima encontrada foi de 16 anos, enquanto que a maior foi 22 anos. Os estudos foram realizados em dois países: Brasil e Itália.
Na tabela 2 apresenta-se os objetivos, instrumentos e principais resultados encontrados nos estudos incluídos na revisão, além disso é apresentada a classificação quanto a qualidade de cada estudo por meio do STROBE.
Objetivos | Instrumentos utilizados | Principais resultados | Strobe |
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Avaliar o grau de insatisfação da imagem corporal e distúrbios alimentares. | Beck Depression Inventory (BDI), State-Trait Anxiety Inventory (IDATE) e Corpo Uneasiness Test (MAS) | Bailarinas não profissionais apresentaram maior prevalência de distúrbios alimentares (anorexia nervosa 1,8%; bulimia nervosa 2,7%; desordens sem outra especificação de 22,1% de comer) | B |
Conhecer a frequência do comportamento alimentar anormal e insatisfação da imagem corporal de bailarinos profissionais de uma companhia de ballet. | Eating Attitudes Test (EAT-26), Bulimic Investigatory Test Edinburgh (BITE), Body Shape Questionnarie (BSQ) | Risco de desenvolvimento de anorexia no sexo feminino,75% do sexo feminino apresentou comportamentos bulímico e 14% no sexo masculino. A distorção da imagem corporal foi encontrada apenas no sexo feminino, em 75% das bailarinas. | B |
Analisar a percepção de imagem corporal, estado nutricional e sintomas de transtornos alimentares de bailarinos. | Escala de silhuetas proposta por Stunkard, Sorenson e Schlusinger; O Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26); Bulimic Inventory Test Edinburgh (BITE); | A prevalência de insatisfação da imagem corporal foi de 72% em que homens encontram-se insatisfeitos pela magreza e as mulheres insatisfeitas pelo excesso de peso. Os bailarinos ainda presentaram sintomas de anorexia e bulimia nervosa, a associação negativa foi observada pela magreza, sexo e sintomas de bulimia nervosa. | B |
Avaliar a relação entre o papel de gênero, comportamento alimentar e imagem corporal em bailarinas não profissionais. | Bem Sex Role Inventory (BSRI); Eating Disorder Examination (EDE); Body Uneasiniss Test (BUT); Beck Depression Inventory (BDI). | Os bailarinos apontam ter uma maior distorção da imagem corporal e possíveis distúrbios alimentares em relação ao grupo controle. Ainda nesse estudo os bailarinos em sua maioria apresentaram um papel indiferenciado de gênero. | B |
De modo geral todos os estudos buscaram avaliar a imagem corporal, bem como os distúrbios e transtornos alimentares nos bailarinos. Os artigos 1, 2 e 3, compararam a satisfação com a imagem corporal somente entre os sexos. Por outro lado, o artigo 3, realizado por Ravaldi et al., (2006), apresentou seus resultados comparando a satisfação com a imagem corporal entre identidade de gênero, classificando as bailarinas em masculinas, femininas, andróginas e indiferenciadas. Os artigos 2 e 3 utilizaram do mesmo instrumento Bulimic Inventory Test Edinburgh (BITE) para avaliar os transtornos alimentares em suas pesquisas. Ao observar a qualidade metodológica dos estudos, verificou-se que todos as pesquisas que constituem esta revisão foram classificadas com a categoria B, em que 50-79% dos critérios foram preenchidos.
DISCUSSÃO
O objetivo do presente estudo foi verificar de forma sistematizada a literatura buscando estudos que realizaram comparações da satisfação da imagem corporal entre as variáveis como sexo biológico, identidade de gênero, orientação sexual e esquemas de gênero do autoconceito em bailarinos. Em vista disso, percebe-se que profissionalmente no mundo da dança, o bailarino passa por um processo de formação desde o início de sua carreira, a disciplina, dedicação e perfeccionismo passam a ser presente em todos os sentidos, principalmente quando se trata da forma física, uma vez que a busca pelo corpo perfeito é uma busca diária (BOLLING; PINHEIRO, 2010). Assim, avaliando os resultados apontados pelos estudos incluídos nesta revisão é constatado que bailarinos profissionais, independentemente da modalidade, apresentam insatisfação com a imagem corporal, sendo que a maior insatisfação está presente nas mulheres/ fêmeas.
Neste sentido, o estudo realizado por Ravaldi et al., (2003), ao avaliarem os transtornos alimentares e distúrbios da imagem corporal entre bailarinos, usuários de ginásio e praticantes de fisiculturismo, revelou que o grupo de bailarinas apontou maior insatisfação com sua própria imagem corporal, em relação aos grupos presentes no estudo. Os autores ainda apontam que a insatisfação com a imagem corporal está presente em todos os grupos pesquisados, porém com diferentes níveis e graus de insatisfação, o grupo controle, constituído por não praticantes de nenhum tipo de atividade física, demonstrou que o mal-estar com o próprio corpo está diretamente relacionado com o peso corporal. Já nos fisiculturistas a insatisfação está relacionada com falta de massa corporal.
Em relação aos bailarinos a insatisfação com a imagem corporal está diretamente relacionada com o excesso de massa corporal, já que eles sofrem pressão por parte das escolas de ballet, com o intuito de propor um padrão de corpo perfeito e ideal como sinônimo de sucesso, bem como a influência dos pais, para que seus filhos busquem o sucesso e um bom desempenho no meio artístico.
Com relação à comparação da percepção da imagem corporal de bailarinos entre o sexo biológico Hartmann et al., (2017), apontam que as bailarinas apresentam maior distorção da imagem corporal, risco de desenvolvimento de anorexia e comportamento bulímico quando comparadas aos homens. Ao encontro desse achado, Reis et al., (2013), ao investigarem 156 bailarinos, verificaram que 72 % apresentaram insatisfação com a imagem corporal, sendo que os homens/machos possuíam insatisfação pela falta de massa corporal e as mulheres/fêmeas pelo excesso de massa corporal.
De forma mais específica, o estudo conduzido por Ravaldi et al., (2006) investigou as relações entre o papel de gênero, comportamento alimentar e distúrbios da imagem corporal em 110 bailarinas do sexo feminino, e 59 estudantes. De modo geral, as bailarinas pontuaram mais do que as estudantes nos itens que avaliavam a percepção da imagem corporal e o comportamento alimentar. Por outro lado, observou-se que em suma as bailarinas se classificaram com papel de gênero indiferenciado, porém as bailarinas tipificadas como masculinas apresentaram maiores níveis de sintomas de desordem alimentar e insatisfação corporal.
A partir dos estudos incluídos na presente revisão, pode-se perceber que o enfoque das pesquisas na área da imagem corporal no contexto das danças, está nas associações deste construto com distúrbios e transtornos alimentares. Observa-se também, que essas associações se dão somente em função da variável sexo biológico, o que explica uma pequena parte desse construto, tendo em vista que, outros fatores podem ser determinantes para a percepção da imagem corporal. Morrinson et al., (2004) por exemplo realizaram uma meta-análise de 27 estudos que investigavam a orientação sexual e um aspecto específico da imagem corporal, a satisfação corporal, isto é, quanto gays e lésbicas diferiam de heterossexuais masculinos e femininos em termos de atitude e comportamento corporal.
Seus resultados indicam que gays aparentam ser mais propensos a ter insatisfação com a sua imagem corporal que heterossexuais masculinos, e um número menor de estudos apontou que lésbicas parecem ser ligeiramente mais satisfeitas com seus corpos do que heterossexuais femininas. Afirma ainda que, no universo da satisfação corporal, a orientação sexual parece influenciar mais os homens do que as mulheres. Deste modo, nota-se que a orientação sexual, bem como outras variáveis relacionadas à identidade sexual pode ajudar em uma melhor compreensão do fenômeno imagem corporal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreender o universo dos bailarinos é compreender as inquietações presentes no seu dia-a-dia. A imagem corporal é um fator que requer atenção por parte dos bailarinos, das escolas de dança e até mesmo da família. Nesse sentido, buscou-se assimilar as relações entre percepção da imagem corporal com o sexo biológico, orientação sexual, identidade de gênero e os esquemas de gênero do autoconceito em bailarinos especificamente e muito pouco se encontrou.
Os resultados dessa revisão demonstram que área que estuda a percepção da imagem corporal em bailarinos ainda não percebeu a importância de outras dimensões da Identidade (identidade de gênero, orientação sexual e os esquemas de gênero do autoconceito), que podem ter maior impacto do que apenas o critério sexo biológico. O sexo biológico ainda é a principal variável de controle na comparação nos estudos entre os bailarinos, sendo urgente a necessidade de outras dimensões da identidade incorporadas nos próximos estudos, como as citadas acima, para ampliar a capacidade de explicarmos a satisfação corporal humana.
Quanto à qualidade metodológica dos estudos avaliados pela escala STROBE, nota-se que a maioria foram classificados como bons, apesar de terem sidos realizados com um número relevantes de bailarinos participantes. Os estudos não obtiveram classificação máxima porque não apresentaram informações como: não explicou o método de seleção dos participantes e nem definiu os critérios de tamanho amostral, não explicaram como foram tratadas as variáveis quantitativas na análise dos estudos, não descreveram as categorias de análises que foram adotadas, não apresentaram estimativas estatísticas não ajustadas e não expuseram as estimativas ajustadas por variáveis confundidoras e suas respectivas precisões, não deixaram claro quais foram as variáveis confundidoras utilizadas na análise ajustada e o motivo por terem sido incluídas e, por último não especificaram a fonte de financiamento dos estudos e o respectivo papel dos financiadores. Também não informaram o ponto de corte utilizado para categorizar variáveis contínuas e não transformaram as estimativas de risco relativo em termos de risco absoluto, para um período de tempo relevante. Desse modo, nem um dos estudos explicou a percepção da imagem corporal em sua totalidade, limitando-se a explicá-la apenas pelo sexo biológico, mas por outras variáveis.
Dessa forma, sugere-se que novos estudos sejam realizados com essa população, tendo em vista, os dados alarmantes de insatisfação corporal atrelado aos transtornos alimentares, dando ênfase em outras variáveis a serem controladas, como a orientação sexual, as identidades de gênero, tais quais os esquemas de gênero do autoconceito que poderão estruturar novas hipóteses.