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Motrivivência

versión On-line ISSN 2175-8042

Rev. Motriviv. vol.32 no.63 Florianópolis  2020  Epub 01-Sep-2020

https://doi.org/10.5007/2175-8042.2020.e72387 

Porta Aberta

Possibilidades do ensino do voleibol no contexto da educação profissional

Possibilities of volleyball teaching in the context of professional education

Posibilidades de la enseñanza de voleibol en el contexto de la educación profesional

Néri Emílio Soares Júnior1 
http://orcid.org/0000-0001-7841-2097

1Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - IFGO, Goiânia, Goiás, Brasil.


RESUMO

O presente trabalho tem o objetivo de apresentar o relato de experiência do ensino de voleibol desenvolvido no contexto da Educação Profissional. A experiência foi realizada em cursos de Agroindústria, Edificações e Química, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, Campus Aparecida de Goiânia. A ação pedagógica foi desenvolvida em três momentos, o planejamento, a intervenção e a avaliação. O conteúdo foi organizado com o objetivo de enfatizar os aspectos técnicos e táticos, históricos do voleibol e a relação entre o voleibol e sociedade. Nesta experiência, o voleibol foi apresentado como uma manifestação social que, a partir de diferentes determinações sociais, passou por alterações em sua forma de jogo.

PALAVRAS-CHAVE: Educação profissional; Ensino médio; Educação física; Voleibol

ABSTRACT

This works aim to present the experience of volleyball teaching developed in the context of Professional Education. The experiment was carried in courses in Agribusiness, Buildings and Chemistry, at the Federal Institute of Education, Science and Technology of Goiás, Aparecida de Goiânia Campus. The pedagogical action was developed in three moments, the planning, the intervention and the evaluation. The content was organized with the aim of emphasizing the technical and tactical, historical aspects of volleyball and the relationship between volleyball and society. In this experience, volleyball was presented as a social manifestation that, from different social determinations, has undergone changes in its form of play.

KEYWORDS: Professional education; High school; Physical education; Volleyball

RESUMEN

Este artículo tiene como objetivo presentar la experiencia de la enseñanza del voleibol desarrollada en el contexto de la Educación Profesional. El experimento se realizó en cursos de Agronegocios, Edificios y Química, en el Instituto Federal de Educación, Ciencia y Tecnología de Goiás, Campus Aparecida de Goiânia. La acción pedagógica se desarrolló en tres momentos, la planificación, la intervención y la evaluación. El contenido fue organizado con el objetivo de enfatizar los aspectos técnicos y tácticos, históricos del voleibol y la relación entre el voleibol y la sociedad. En esta experiencia, el voleibol se presentó como una manifestación social que, desde diferentes determinaciones sociales, ha sufrido cambios en su forma de juego.

PALABRAS-CLAVE: Educación profesional; Escuela secundaria; Educación física; Voleibol

APRESENTAÇÃO

O voleibol é um esporte que possui um grande destaque na sociedade e na escola brasileira. Na atualidade é considerado uma das modalidades esportivas mais populares no Brasil, principalmente após o processo de transformação que a modalidade sofreu no Brasil, nos anos de 1980, o que contribuiu para sua expansão para diversas camadas sociais (MARCHI JÚNIOR, 2004). Pode-se perceber a prática do voleibol em diferentes contextos socioculturais com finalidades distintas, desde o treinamento de alto rendimento de atletas de voleibol até a prática em momentos de lazer em diversos espaços sociais. Em âmbito escolar, o voleibol é um dos conteúdos tematizado nas aulas de Educação Física e também contemplado em jogos e campeonatos escolares, tendo grande aceitação por parte dos estudantes.

Tendo em vista sua importância, o voleibol vem sendo objeto de estudos e pesquisas em diferentes perspectivas no campo da Educação Física. Em um estudo realizado por Lopez, Silveira e Stigger (2013) sobre a produção sobre voleibol em periódicos acadêmicos relacionados a área da Educação Física, foram identificados estudos sobre voleibol relacionados com diferentes áreas como a Biodinâmica, Sociocultural e a área Pedagógica. Foram identificados 27 artigos sobre o voleibol, sendo que 20 abordaram a temática relacionado a área da Biodinâmica; 6 relacionaram com a área Sociocultural e apenas 1 artigo relacionou a área Pedagógica. Em estudo mais recente, Moraes et al. (2018) analisou a produção científica sobre voleibol em periódicos da América Latina e Caribe, no período de 2010 a 2016. Foram encontrados 94 artigos publicados em 25 diferentes periódicos, sendo 21 brasileiros, 2 colombianos, 1 chileno e 1 cubano. Foi evidenciado a predominância da produção em periódicos brasileiros e do eixo temático “treinamento” com o total de 48 artigos (51,06%) da produção encontrada. Outros temas encontrados foram: aspectos psicológicos 18 (19,15%), saúde 18 (19,15%), aspectos sociais, culturais e históricos 5 (5,32%), iniciação esportiva e categoria de base 3 (3,19%), aspectos nutricionais 2 (2,13%).

Foi possível identificar nos estudos que existe um maior predomínio de pesquisas sobre voleibol relacionadas com a área da Biodinâmica e com o Treinamento, respectivamente, e com o olhar mais voltado para o voleibol como modalidade esportiva de alto rendimento. Outra evidência importante que estes estudos apresentam é uma carência de pesquisas relacionadas à prática pedagógica, que foi somente um artigo, encontrado no estudo de Lopez, Silveira e Stigger (2013). Vale salientar que a pesquisa em questão não trata do contexto escolar e, sim, de uma pesquisa procurou caracterizar a organização pedagógica do processo ensino aprendizagem da categoria mirim de três clubes catarinenses de voleibol (COLLET; DONEGÁ; NASCIMENTO, 2009).

Neste cenário, de escassez de estudos sobre o voleibol no contexto escolar, o presente trabalho tem o objetivo de apresentar um relato de experiência do ensino de voleibol em cursos de Educação Profissional técnico integrado ao Ensino Médio. O intuito de tomar o contexto da Educação Profissional está vinculado ao fato de que o autor do presente artigo atua como docente desta modalidade de ensino.

O texto está organizado da seguinte forma. No primeiro momento será exposto o método utilizado na realização do relato de experiência. Em seguida é apresentado o lugar do componente curricular Educação Física no contexto dos cursos técnicos de nível médio da Instituição em que foi realizada a prática de ensino. No terceiro momento, é abordado a lógica da seleção, organização e sistematização do conhecimento. Posteriormente, é relatado a experiência das aulas ministradas e o processo de avaliação da aprendizagem.

1º SET: o procedimento do relato de experiência

O trabalho de intervenção foi realizado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), campus Aparecida de Goiânia. Os cursos que foram ministradas as aulas foram os técnicos em Agroindústria, Edificações e Química, que são integrados ao Ensino Médio. O desenvolvimento do trabalho foi realizado em três etapas, a saber:

  1. Planejamento: que foi realizado a elaboração do plano de ensino e do sequenciador das aulas. Na estruturação do sequenciador das aulas teve-se como orientação a sistemática de planejamento denominada Planejamento Coletivo do Trabalho Pedagógico desenvolvido no contexto da formação continuada de professores da rede municipal da cidade de Uberlândia, Minas Gerais (PALAFOX, 2004). O planejamento foi concebido como processo de reflexão sobre o processo pedagógico (FUSARI, 1990). Esse processo está relacionado o ato de retomar, revisar, e por esse motivo, o planejamento foi realizado no início e durante as intervenções como um processo de reflexão e (re) organização do trabalho realizado;

  2. Intervenção: que foi o desenvolvimento das estratégias de ensino que foram elaboradas e reelaboradas no planejamento;

  3. Avaliação: que foi realizado a avalição da intervenção. Foi desenvolvido por meio de diálogos com os estudantes sobre as aulas ministradas; anotações do professor sobre a participação da turma nas aulas desenvolvidas e; utilização dos instrumentos de avaliação que foram desenvolvidos na intervenção.

  4. As experiências de prática de ensino do tema voleibol no contexto da Educação Profissional foi realizada em um bimestre do ano letivo de 2019, o que confere um total de 36 aulas em cada curso. O motivo de tematizar o voleibol somente em um bimestre foi pela previsão de abordar outros temas da cultura corporal no currículo do Ensino Médio, tais como ginástica, esporte, jogo, entre outros. As práticas de ensino foram organizadas e implementadas procurando contemplar a vivência e a reflexão crítica sobre o voleibol.

O processo de levantamento dos dados foi realizado a partir da análise documental e da observação das aulas ministradas. Foram analisados o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFG (BRASIL, 2014), os planos de ensino e o sequenciador de aulas de voleibol, e as avaliações realizadas pelos estudantes no desenvolvimento da prática de ensino. Os procedimentos utilizados na análise dos dados obtidos a partir da experiência foram: a) a organização dos dados e b) o confronto dos achados com a literatura (TRIVIÑOS, 2008) e elaboração do relatório do projeto de intervenção.

2º SET: a educação física no contexto da educação profissional

Como já foi indicado, o presente relato de experiência toma como foco o ensino de voleibol no contexto de três cursos de Educação Profissional integrados ao Ensino Médio: Agroindústria, Edificações e Química. De acordo com as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional Técnica de Nível (DCNEP) (Parecer n. 11/2012 e Resolução n. 06/12) a finalidade dos cursos de Educação Profissional técnica de nível médio de “[...] proporcionar ao estudante conhecimentos, saberes e competências profissionais necessárias ao exercício profissional e da cidadania, com base nos fundamentos científicos-tecnológicos, sócio históricos e culturais” (BRASIL, 2012, art. 5º). Nessa perspectiva, a Educação Profissional de nível médio está indicada a ser desenvolvida integrada ou concomitante com o Ensino Médio. Também foi estabelecida a articulação da educação, trabalho ciência e tecnologia e princípios da Educação Profissional o trabalho como princípio educativo e a indissociabilidade teoria e prática, entre outros, o que se percebe uma aproximação com uma formação ampliada do trabalhador.

Neste contexto, o IFG apresenta em seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) do IFG (BRASIL, 2014) um projeto de formação humana que compreende o homem como sujeito histórico e que deve ser realizada a partir de vários saberes, tais como: arte, ciência e a tecnologia. Defende, portanto, uma educação integral que relacione diferentes dimensões do saber, tais como as dimensões da técnica, da política, do social e artístico-cultural. Nesta perspectiva, compreende-se que deve acontecer integração entre conhecimento geral e específico e entre teoria e prática; formação técnica e tecnológica, com desenvolvimento da capacidade investigativa, reflexiva e crítica, devidamente articuladas às questões artístico-culturais; formação básica sólida e formação profissional abrangente. Essa perspectiva está relacionada com a defesa da formação omnilateral, por meio da articulação entre educação, cultura, arte, ciência e tecnologia, nos enunciados teóricos, metodológicos, políticos e pedagógicos da ação educativa institucional.

No IFG, o componente curricular Educação Física, assim como as demais, possui como orientação a organização por ementas, pelas quais os professores devem elaborar o plano de ensino. No caso da Educação Profissional integrado ao Ensino Médio, as ementas de cada ano são:

  • 1º ano: Introdução e ampliação ao estudo, vivência e reflexão crítica dos temas da cultura corporal de movimento, abordados pela Educação Física, compreendendo seus aspectos biológicos, históricos, psicológicos, sociais, filosóficos e culturais, e suas relações com o meio ambiente e a diversidade humana, em uma perspectiva omnilateral.

  • 2º ano: Aprofundamento ao estudo, vivência e reflexão crítica dos temas da cultura corporal de movimento abordados pela Educação Física, compreendendo seus aspectos biológicos, históricos, psicológicos, sociais, filosóficos e culturais, e suas relações com o meio ambiente e a diversidade humana, em uma perspectiva omnilateral.

Diante deste contexto, a Educação Física é considerada um componente curricular, assim como indica o artigo 26, parágrafo 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n.º 9.394/96 (BRASIL, 1996). Nesta perspectiva, a Educação Física tem a função de transmitir conhecimentos da cultura, privilegiando o conhecimento científico e estabelecendo nexos com a vida cotidiana. Assim, este componente curricular é responsável pelo trato pedagógico dos conhecimentos relacionados às práticas corporais construídas historicamente pela humanidade, que são: a luta, o esporte, a dança, a ginástica, entre outras manifestações.

Nesta proposta, o objeto de estudo da Educação Física é a cultura corporal (COLETIVO DE AUTORES, 1992; ESCOBAR; TAFFAREL, 2009) que está configurada em temas como: dança, esporte, ginástica, jogo, luta e outras práticas corporais. Esses temas foram elaborados no percurso histórico da sociedade e existem nas formas de atividade do homem. A criação dessas atividades são respostas as necessidades humanas e foram elaboradas com articulação ao processo produtivo. Assim, o homem se apropria da cultura corporal com intencionalidade para atender os seus sentidos, lúdicos, estéticos, artísticos, agonísticos, competitivos, cooperativos entre outros, relacionados a sua realidade e as suas motivações. (COLETIVO DE AUTORES, 1992; ESCOBAR; TAFFAREL, 2009).

Em síntese, a Educação Física no contexto do IFG visa contribuir com a formação do trabalhador em uma perspectiva ampliada e, sendo assim, procura contextualizar os temas da cultura corporal no âmbito da realidade concreta e proporcionar a análise científica a partir de diferentes áreas tais como a as ciências sociais tais como a sociologia, a filosofia, a história, as ciências biológicas, entre outras áreas.

3º SET: a seleção, organização e sistematização do conhecimento

No processo de ensino aprendizagem no contexto escolar é realizado um complexo processo parar se estabelecer as condições para a transmissão e assimilação do saber sistematizado. Nessa ação, dosar e sequenciar o saber são importantes para que os estudantes tenham condições para assimilar o conhecimento ensinado. Nesse contexto, a seleção, a organização e a sistematização dos conhecimentos escolares são ações centrais a serem desenvolvidas no processo de ensino-aprendizagem (SOUZA JÚNIOR; SANTIAGO; TAVARES, 2011).

A seleção do conhecimento refere-se à escolha do que será ensinado. Como a escola não consegue ensinar toda a cultura produzida pela humanidade ou todo conhecimento científico, é necessário selecionar o que será ensinado. Vale lembrar que essa escolha não é neutra, visto que pressupõe um tipo de sujeito que se pretende formar. A organização refere-se à disposição dos conhecimentos para o aprendizado, ou seja, a sequência dos conteúdos. E, por fim, a sistematização do conhecimento refere-se à estruturação do componente curricular, segundo determinadas características, como, por exemplo, o estágio de desenvolvimento dos estudantes. De outro modo, refere-se à dosagem do conteúdo (SOUZA JÚNIOR; SANTIAGO; TAVARES, 2011; SAVIANI, 2010).

Para a organização e sistematização do conhecimento, utilizou-se como fundamento teórico a tendência pedagógica da Educação Física “Crítico-Superadora” (COLETIVO DE AUTORES, 1992) e a Pedagogia Histórico-Crítica (SAVIANI, 2008), teoria pedagógica desenvolvida, inicialmente, por Demerval Saviani. Utilizou-se ainda a obra do campo da didática, desenvolvida por João Luiz Gasparin, a partir da pedagogia histórico-crítica (GASPARIN, 2003).

No processo de seleção, organização e sistematização do conhecimento foram utilizados os princípios de orientação da dinâmica curricular estabelecidos pelo Coletivo de Autores (1992), a saber: a) relevância social do conteúdo: os conteúdos devem estar relacionados com a realidade sociocultural dos estudantes; b) simultaneidade dos conteúdos enquanto dados da realidade; c) contemporaneidade dos conteúdos e d) adequação a capacidade sóciocognocitiva dos estudantes. Estes princípios se configuraram como direcionamento para a ação pedagógica no intuito de compreender o conhecimento que será apreendido enquanto fenômeno sociocultural.

A partir dos fundamentos teóricos apresentados o trato pedagógico dos temas abordados pela Educação Física, teve a ênfase em três dimensões: a) dimensão histórica das práticas corporais; b) dimensão da técnica e da tática relacionado as práticas corporais e, c) dimensão da sociedade, que relaciona os conhecimentos específicos que aborda a Educação Física com temas relacionados com a sociedade, tais como ética, trabalho, lazer, mídia, política, entre outros. Como pode-se perceber o processo de seleção, organização e sistematização da Educação Física no Ensino Médio procura considerar pressupostos lógicos, psicológicos e didáticos e epistemológicos.

4º SET: as aulas de voleibol

O tema “voleibol” foi desenvolvido nas turmas de 2º ano dos cursos integrados de Agroindústria, Edificações e Química. Os objetivos elencados para o desenvolvimento das aulas foram: a) compreender e caracterizar as teses sobre a origem do esporte; b) conhecer a história do voleibol no que se refere a sua origem e expansão inicial nos EUA, sua chegada ao Brasil e desenvolvimento até os dias atuais; c) conceituar, caracterizar, vivenciar o voleibol; d) identificar, caracterizar e vivenciar os fundamentos técnicos do voleibol; e) identificar os sistemas de jogo 6x0, 4x2 e 5x1; f) identificar e caracterizar as modalidades de voleibol: voleibol de quadra e voleibol de areia; e g) refletir sobre as transformações sofridas pelo voleibol em seu processo de profissionalização e espetacularização no Brasil. Os objetivos foram elaborados com a finalidade de contemplar diferentes dimensões do saber relacionado ao voleibol, tais como, a dimensão da técnica, da política, do aspecto social e cultural. Essa perspectiva procurou contribuir com a concepção pedagógica de formação no Ensino Médio integrado a partir da articulação entre trabalho a ciência e cultura (RAMOS, 2012). Assim, o voleibol foi tematizado como uma manifestação social e cultural (MATTHLESEN, 1994), que sofre influências de diferentes determinantes sociais, culturais, econômicos e políticos.

No primeiro momento, teve o propósito de enfatizar o voleibol como uma modalidade esportiva e, nessa perspectiva, nas primeiras aulas foi discutido o conceito de esporte e a sua origem. Como aponta Stigger (2005), não é tarefa fácil conceituar o esporte, isso porque essa prática corporal apresenta caraterísticas heterogêneas, o que torna difícil delimitá-lo a partir de rígidos critérios. Sendo assim, a escolha para desenvolver o conceito de esporte com os estudantes foi a partir de uma perspectiva histórica. Desse modo, foram discutidas duas teorias sobre a origem do esporte apresentada por Raymond Thomas, que foram citadas nas obras de Bracht (2005) e de Stigger (2005), a tese da continuidade e a tese da ruptura. De forma sintética, a tese da continuidade advoga que o esporte atual é o resultado de um processo de desenvolvimento de outros “tipos de esportes” de outros períodos históricos. Entre os autores que defendem esta perspectiva estão Alen Gutman e o historiador Richard Mandel. Já a tese da ruptura defende que a origem do esporte é datada no século XVIII, na Inglaterra, no momento em que vários jogos e passatempos populares foram “transformados” em esporte. Autores como Norbert Elias, Eric Dunning e Eric Hobsbawm são defensores desta tese.

Após o debate sobre as teses da origem do esporte foi discutido o conceito de esporte apresentado por Bracht (2005, p. 13), a saber: “[...] atividade corporal de movimento com caráter competitivo surgida no âmbito da cultura europeia, por volta do século XVIII, e que com esta, expandiu-se para o resto do mundo”.

Após esse momento, as aulas tiveram como foco a origem do voleibol e seu desenvolvimento inicial como uma prática esportiva voltada para a burguesia americana (MATTHLESEN, 1994). Inicialmente, foi problematizada a criação da modalidade esportiva pelo diretor de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM) da cidade Holyoke (EUA) no ano de 1895, William George Morgan, com o nome Minonette. Também foi enfatizado que o esporte surgiu diante da necessidade de um grupo de associados da faixa etária entre 40 e 50 anos, conhecidos como "homens de negócios", uma vez que os exercícios físicos ofertados na instituição (exercícios calistênicos) não eram considerados agradáveis para eles (MARCHI JÚNIOR, 2004). Sobre o desenvolvimento do voleibol, enfatizou-se que foram realizadas, primeiramente, instalação de quadras nas praias, estações de veraneio, que permitiram uma expansão inicial da prática do voleibol nos EUA.

Após esse momento, foi realizada uma partida de voleibol com aproximações da forma da prática de acordo com as primeiras regras publicadas em 1896 em um artigo da revista norte-americana Physical Education. De acordo com Carneloço (s.d.), as regras publicadas eram as seguintes:

Primeira: jogo - o jogo deve consistir de (nove) pontos. Segunda: pontos - um ponto consiste de: a) quando uma pessoa joga de cada lado, um saque para cada lado; b) quando 3 ou mais estão jogando de cada lado, o jogador sacando, continua a fazê-lo até que seu time falhe no retorno da bola para o outro lado. Cada um sacará por seu turno. Terceiro: campo - 15,250 m de comprimento por 7,65 de largura. Quarta: rede - 60 centímetros de largura por 8,235 metros de comprimento a uma altura de 1,90 metros aproximadamente. Quinta: bola - A bola deve ser uma câmara de borracha coberta de couro ou lona. Deve medir não menos que 0.625 ou mais que 0.675 metros de circunferência e deve pesar não menos que 255 gramas nem mais que 340 gramas aproximadamente. Sexta: sacador e saque - O sacador precisa manter-se com um pé sobre a linha de fundo. A bola precisa ser batida com a mão. Dois saques ou tentativas são permitidas para colocar a bola no campo contrário (como no tênis). O saque que for tocar a rede, mas que for tocado por um outro jogador do mesmo time antes de tocar a rede, se passar para o lado oposto, será bom. Se for fora, o sacador não terá segunda tentativa. Sétima: pontos - cada bom saque que não voltar ou bola em jogo não devolvida pelo time que a recebe, conta ponto para o time que saca. Um time somente marca ponto quando estiver sacando. Oitava: bola na rede - Bola que toca na rede, excetuando a do primeiro saque, é contada como bola morta. Nona: bola na linha - A bola que tocar na linha é considerada fora. Décima: jogo e jogadores - qualquer número de jogadores. Rede tocada pelos jogadores põe a bola fora de jogo. Preencher a bola é falta. A bola tocando qualquer objeto fora da quadra e voltando para esta é contada como boa bola. O drible é permitido dentro do espaço de 1,20 metros da rede. (CARNELOÇO, s.d., p. 2-3).

Então, a partir das regras apresentadas, foi definida, em conjunto com os estudantes, uma forma de prática do voleibol. Não foi realizada uma reprodução na íntegra. De uma forma geral, a partida foi desenvolvida da seguinte forma:

  1. Divisão de equipes com o mesmo número de participantes em cada equipe, mas sem limitação de jogadores.

  2. Rodízio para que todos os jogadores passassem em todas as posições.

  3. O saque deveria ser realizado com o pé na linha.

  4. A bola deveria ser rebatida sem utilização da manchete, uma vez que este gesto técnico só passou a ser utilizado a partir do ano de 1938.

  5. Se a bola tocasse na rede seria falta e a pontuação seria creditado para equipe adversária.

  6. As demarcações de linha na quadra eram consideradas fora.

Os estudantes consideraram que o jogo de voleibol, nesse formato, ficou muito cadenciado e sem a dinâmica de jogo e a velocidade em que se joga atualmente.

Logo após esse momento, foram apresentados os fundamentos técnicos do voleibol. Inicialmente, foi realizada uma discussão sobre a “técnica” e sua função em uma partida de voleibol. Foi debatida a compreensão da técnica esportiva como uma elaboração cultural (DAÓLIO; VELOZO, 2008). Nesta perspectiva, a “técnica corporal” é concebida como “[...] formas de uso do corpo criada pelos seres humanos em sociedade ao longo do tempo” (Ibidem, p. 13), cujo procedimento objetiva um determinado fim. Também foi enfatizado que as técnicas esportivas são instrumentos fundamentais para o desenvolvimento das diferentes modalidades esportivas. Sendo assim, cada modalidade esportiva é dotada de determinados gestos técnicos.

Nas aulas, foram enfatizados os seguintes fundamentos técnicos do voleibol: a) saque; b) passe (toque e manchete); c) bloqueio; e d) ataque: cortada (BIZZOCCHI, 2016). Também foi apresentada a posição de expectativa como elemento facilitador do deslocamento e da execução de diferentes gestos técnicos. Como as aulas eram realizadas em um piso de pedra (paver), não foi possível a prática de elementos de contato com o solo, como mergulhos e rolamentos. De fato, a falta de uma estrutura adequada influenciou a organização das aulas. Como a escola não apresentava um local adequado para as aulas de voleibol, um espaço com proteção dos raios solares e um piso que, com o seu contato, não desenvolvesse lesões corporais, tais como uma quadra com cobertura, vários temas foram desenvolvidos de forma improvisada em sala de aula ou em outros espaços.

Para o desenvolvimento dos “fundamentos técnicos” do voleibol, foi solicitado aos estudantes que apresentassem jogos populares relacionados com o voleibol. Então, a partir da apresentação desses jogos, foram elaboradas situações para o ensino dos fundamentos técnicos. O objetivo era que a vivência desses gestos técnicos se aproximasse das situações de uma partida de voleibol. Desse modo, foram utilizadas atividades como: minivoleibol, a rede humana, três cortes, cinco cortes, controle, entre outros. No ensino dos fundamentos técnicos, também foram utilizadas situações de ataque e defesa. Um dos desafios relacionados a essa temática foi a falta de conhecimento que os estudantes apresentaram sobre o voleibol e sobre alguns dos gestos técnicos acerca dessa modalidade esportiva. Muitos estudantes que não tiveram contato com o voleibol na escola no ensino fundamental demonstraram falta de conhecimento quanto a sua prática e execução dos gestos técnicos. Esse fato gerou um desdobramento de aulas, pois foi necessário um maior número de aulas para que os estudantes pudessem apreender os gestos técnicos do voleibol, que lhes possibilitassem minimamente o desenvolvimento de uma partida de voleibol. Cabe aqui considerar que o voleibol é uma modalidade esportiva cuja falta de domínio mínimo de alguns gestos técnicos, tais como o passe (toque por cima e manchete), não possibilita um desenvolvimento da partida e a falta de conhecimento desses gestos torna a atividade monótona. Devido às dificuldades apresentadas pelos estudantes, foi utilizado, em alguns momentos das aulas, o método parcial de ensino para que houvesse momentos de orientação quanto à realização dos gestos técnicos. No entanto, ao utilizar essas estratégias, os estudantes demonstravam falta de interesse pelas atividades propostas.

Sobre os fundamentos técnicos, foi enfatizada a participação de jogadores do Brasil na “criação” de diferentes tipos de saque, tais como o saque viagem e o saque jornadas nas estrelas. Foram exibidos vídeos documentários mostrando a criação desses tipos de saque. Também foi apresentado aos estudantes como a utilização do saque viagem alterou a forma de “jogar” o voleibol, isso porque, com a inclusão desse tipo de saque, o fundamento técnico em questão deixou de ser um simples momento de início de rally para ser a primeira ação de ataque. Enfatizar esses aspectos foi considerado importante nas aulas, com o intuito de enfatizar o esporte como uma criação humana. E, como produto cultural, ele é passível de alterações em diferentes períodos históricos.

Quanto aos aspectos táticos, foram apresentados os sistemas 6x0, 4x2 e 5x1. No entanto, devido ao tempo limitado das aulas, foi desenvolvido com os estudantes o sistema 6x0. O principal fator que prejudicou o trabalho dos sistemas táticos foram as dificuldades apontadas pelos estudantes no que se refere às técnicas do voleibol.

Também foram apresentadas as modalidades de voleibol: o voleibol de quadra e o vôlei de areia, e enfatizadas suas principais diferenças na forma de jogo e suas regras. Neste trabalho, foram exibidos vídeos de jogos de vôlei de areia contendo uma descrição da história da modalidade. Nesse exercício, também foram demonstradas as diferenças existentes no voleibol de quadra.

Após esse momento, foi enfatizada a trajetória do voleibol no Brasil, desde sua chegada até os dias atuais. Sobre este tema, foi abordado, de forma sucinta, o desenvolvimento do esporte no Brasil. Inicialmente, foi retomada a história das primeiras manifestações esportivas no Brasil Império, a saber, a prática do turfe e do remo e a sua prática ligada, respectivamente, às elites agrária e urbana no Brasil (MELO, 2009). Sobre o voleibol, foi debatida a história de sua chegada no Brasil a partir da apresentação de duas versões citadas por Matthlesen (1994). A primeira versão advoga que a primeira partida de voleibol aconteceu em 1915, no Colégio Marista de Pernambuco, relacionada com as atividades militares; e a segunda versão aponta que o início e a divulgação do voleibol no Brasil aconteceram na ACM de São Paulo, aproximadamente entre os anos de 1916 e 1917. Após a chegada ao território nacional, o voleibol não teve uma difusão imediata. Mas, com o passar dos anos, houve um processo de expansão que possibilitou a chegada do número de participantes de 65 milhões de jogadores registrados em um levantamento estatístico realizado pelo Comitê Olímpico Internacional. No entanto, nesse período, a prática do voleibol era sobretudo amadora em sua totalidade com a prática realizada em clubes.

Posteriormente, foi enfatizado nas aulas o período de ressignificação do voleibol nos anos pós-1980, a partir do processo de profissionalização e espetacularização desta modalidade esportiva no Brasil. Esse processo teve como uma das figuras principais o dirigente esportivo Carlos Arthur Nuzman (presidente da Confederação Brasileira de Voleibol de 1975 a 1995), que propôs um modelo de gestão do voleibol brasileiro a partir da interação entre mercado, empresa e esporte. A grosso modo, o modelo de gerenciamento foi estabelecido com a articulação de estruturas empresariais de financiamento aos clubes articulados com investimentos da televisão.

Foi apresentada uma síntese do processo de metamorfose vivida no voleibol brasileiro, que teve influências de mudanças ocorridas nesse esporte no contexto internacional, e como este processo alterou a forma de realização de uma partida de voleibol. Algumas alterações foram tratadas com os estudantes, tais como a cor da bola e da quadra, para facilitar a visualização dos telespectadores, o aumento da área de saque e inclusão do tempo da TV para possibilitar uma maior visualização das propagandas de produtos relacionados às empresas patrocinadoras das equipes, inclusão do líbero, alteração da forma do jogo do sistema de vantagem para o sistema de pontos, que possibilita uma maior previsibilidade quanto à duração de uma partida de voleibol, fundamental para inclusão dessa modalidade esportiva na programação das redes de televisão, entre outros.

Por fim, procurando dar continuidade à relação - sociedade e esporte - foi realizado um trabalho de análise dos uniformes usados pelas jogadoras de voleibol profissional. O ponto que sensibilizou essa atividade foi a reportagem sobre o uso de minissaias pelas jogadoras de uma equipe da cidade de Osasco em 2013. Então, foram apresentadas, em formato de slides, fotos de diferentes tipos de uniformes femininos de voleibol, para que os estudantes analisassem o sentido da mudança do uniforme. Foi identificado que os uniformes, a partir dos anos de 1980, foram confeccionados em modelos que permitissem uma exposição exacerbada do corpo feminino, tais como o uso de maiôs, biquínis e shorts curtos. Esta perspectiva está em acordo com o que Goellner (2009) considera sobre as mulheres. Para a autora, no período contemporâneo, tem se observado, no âmbito do esporte e da cultura fitness, uma espetacularização do corpo feminino relacionado a uma imagem de mulher esportiva e saudável.

O que vemos são mulheres atléticas e sorridentes, cujas imagens integram uma rede de saberes e poderes que desenha uma estética visual, na qual o corpo feminino é concebido como objeto de consumo de uma sociedade que tem na aparência corporal como um dos marcadores da identidade dos sujeitos (Ibidem, p. 285).

Essas análises envolvendo a trajetória do voleibol e sua relação com os aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos ajudaram na desconstrução, por parte dos estudantes, de um ideal de esporte como elemento de redenção social. Contribuíram ainda para a construção de uma perspectiva de esporte como produção humana e que reproduz diferentes valores, códigos, conceitos e preconceitos sociais.

5º SET: o processo de avaliação da aprendizagem

A avaliação é um importante elemento do processo de ensino-aprendizagem, pois tem a função de subsidiar esta ação pedagógica em um projeto de pedagógico. Nesta perspectiva a avaliação “[...] configurar-se como um ato de investigar a qualidade da aprendizagem dos educandos a fim de diagnosticar impasses e consequentemente, se necessário propôs soluções que viabilizem os resultados satisfatórios” (LUCKESI, 2011, p. 175).

Com o propósito de desenvolver essa concepção de avaliação foi realizado de o processo de avaliação da aprendizagem de forma processual e formativa. Para alcançar tal objetivo foram utilizados diferentes instrumentos avaliativos que permitiram auxiliar na identificação e na superação das dificuldades da aprendizagem dos estudantes. Assim, os instrumentos de avalição foram: a) avaliação escrita; b) atividades de interpretação e análise de textos; c) produção de textos; d) questionários, e) atividades de pesquisas f) participação e compreensão nas aulas. Esses instrumentos foram utilizados para avaliar tanto a compreensão dos conhecimentos ensinados quanto para avaliar o processo de aprendizagem dos gestos técnicos e da forma de participar da partida de voleibol. Foram utilizados como critérios das avaliações o confronto com os objetivos estabelecidos para prática de ensino, ou seja, identificar em que medida os estudantes estavam conseguindo alcançar os objetivos propostos sobre o desenvolvimento do tema voleibol. Também foi considerado o processo de apropriação dos estudantes do conhecimento ensinado, para isso os instrumentos de avaliação foram importantes para fornecer informações sobre o “momento” ou “estágio” de apropriação do conhecimento que os estudantes apresentavam.

No geral, houve envolvimento e participação dos estudantes nas aulas realizadas, sendo que foi demonstrado maior interesse nos aspectos técnicos e táticos do voleibol. Sobre estas questões os estudantes demonstraram dificuldades no aprendizado dos gestos técnicos e sobre o desenvolvimento da partida de voleibol. Para sanar as dificuldades foram propostas atividades a partir de jogos com ênfase no ensino das técnicas do voleibol.

Um fato intrigante e preocupante que acorreu foi que muitos estudantes informaram que durante o desenvolvimento da prática de ensino que tiveram o primeiro contato com aulas sistematizadas de voleibol em âmbito escolar. Cabe questionar o lugar de um componente curricular na escolar que não propicia um contato com um conteúdo tão tradicional e conhecido como o voleibol no ensino fundamental. Sobre esse fato questiona-se qual é o conhecimento que a Educação Física proporcionou para esses estudantes nas séries anteriores?

Os estudantes demonstraram compreensão e interesses em temas como a influência da mídia nas alterações regras do voleibol e as alterações do uniforme feminino. No entanto, quando havia momentos de leitura e discussão em sala de aula, era comum o tensionamento dos estudantes para a realização de atividades de vivência da partida de voleibol.

CONSIDERAÇÕES SOBRE AS AULAS DE VOLEIBOL

A experiência de prática de ensino teve como enfoque o tema “voleibol” como uma manifestação social que, a partir de diferentes determinações de ordem social, passou por diferentes alterações em suas regras e formas de jogo. Foi possível perceber que o desenvolvimento das aulas apresentou contribuições no processo de aprendizagem dos estudantes, como a maior compreensão dos aspectos históricos, sociais, políticos e culturais relacionados ao voleibol como uma modalidade esportiva. Esse enfoque contribuiu com o desenvolvimento de um olhar sobre o fenômeno esportivo como uma produção humana que na prática social é dotada de contradições.

Os desafios encontrados nas aulas foram o pouco conhecimento que os estudantes apresentavam sobre o voleibol, principalmente nos aspectos técnicos e sistemas de jogo, e a falta de estrutura física para desenvolvimento das aulas. Muitos estudantes tiveram o primeiro contato com a modalidade esportiva nas aulas de Educação Física, não apresentando, dessa forma, nenhum contato anterior. Desse fato, questiona-se: Como os estudantes chegam ao Ensino Médio sem ter tido qualquer tipo de contato com um conhecimento que é tão tradicional para a Educação Física?

De um modo geral, fica uma avaliação positiva da experiência desenvolvida, pois foi possível identificar que os estudantes conseguiram compreender o voleibol em sua manifestação social com influência de diferentes determinantes históricos, sociais e culturais.

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PUBLISHER Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Educação Física. LaboMídia - Laboratório e Observatório da Mídia Esportiva. Publicado no Portal de Periódicos UFSC. As ideias expressadas neste artigo são de responsabilidade de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores ou da universidade

EDITORES Mauricio Roberto da Silva, Giovani De Lorenzi Pires, Rogério Santos Pereira

Recebido: 24 de Março de 2020; Aceito: 22 de Julho de 2020

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