Introdução
Ativar a memória individual e coletiva constitui-se como uma mediação pedagógica emancipadora por excelência. O presente texto traz alguns registros como parte de um período de reflexão sobre uma história construída, que rende muitos aprendizados. Como egresso do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos, tive o prazer de participar de painel reflexivo e comemorativo aos 25 anos do Programa. A memória preparada teve como referência a experiência vivida desde 2004, quando iniciei o doutorado nesta instituição. Como toda a experiência individual incorpora as relações que permearam o processo vivido, evidentemente, os elementos destacados sintonizam com a experiência de outros e outras colegas também egressos.
Assim sendo, o texto, num primeiro momento, contextualiza essa implicação do autor com o PPG, destacando a dimensão sempre social da relação individualmente estabelecida com os variados espaços de interação oportunizados pelo Programa. Em um segundo momento, destaca os sujeitos protagonistas que fizeram com que o PPG fosse hoje o que é com valorização dos distintos participantes na construção da história de um quarto de século, celebrada no ano de 2019. A terceira parte do texto tece reflexões sobre conquistas em meio a contradições enfrentadas no decorrer do processo.
Um espaço de práxis solidária de pesquisa
Ninguém deixa seu mundo adentrado por suas raízes, com o corpo vazio ou seco. Carregamos conosco a memória de muitas tramas, o corpo molhado de nossa história, de nossa cultura; a memória, às vezes difusa, às vezes nítida, clara, de ruas da infância, da adolescência; a lembrança de algo distante que, de repente, se destaca límpido diante de nós, em nós, [...]. (Freire, 1994, p. 32-33).
Como já observado, mesmo que não se trate de falar somente em nome pessoal, tenho como referência a minha experiência como lugar de onde faço a reflexão sobre a história do PPG. Adentro nas raízes que me constituem, carregando um pedacinho do mundo por meio da memória de tramas que encharcaram o ser educador anterior e posterior ao doutorado. São lembranças, mesmo que por vezes distantes, que se reencontram contribuindo para a constituição de um ethos coletivo com um grupo muito especial de colegas.
Meu ingresso no doutorado ocorreu em 2004, na Linha de Pesquisa (LP) Educação e processos de exclusão - hoje Educação, Desenvolvimento e Tecnologias -, na qual tive a oportunidade de participar em um espaço de práxis investigativa e de produção de conhecimento, buscando responder aos desafios do atual contexto educacional, estimulado pelo espírito de cooperação entre professores/as e colegas doutorandos/as, num processo crítico de aprender a pesquisar, unindo intencionalidades em torno de projetos tecidos a muitas mãos (Brandão, 2003). Posso dizer que o compromisso orgânico com um grupo de pesquisa rendeu aprendizados essenciais para a nossa formação de pesquisadores/as, fato esse articulado com a realidade de diversos campos empíricos, em consonância com os focos de cada Linha de Pesquisa. Todas e todos aportavam contribuições e eram constituídos por elementos que os processos coletivos nos oportunizavam, sempre desafiados, estimulados por nossos inspiradores: os orientadores e orientadoras.
Cada professor/a pesquisador/a orientador/a articulava nossos focos de investigação com seus grupos de pesquisa, nos quais os variados campos empíricos suscitavam as temáticas a serem aprofundadas com distintos olhares teórico-metodológicos. Nossos registros de diários de campo foram valiosas mediações para a produção coletiva de conhecimento, sobretudo, quando compartilhados. Eles são, ainda hoje, registros de um conjunto de processos, vivências, aprendizados, perguntas, problematizações vividas que se constituíram mediações de dinâmicas colaborativas de aprendizados. Afinal,
Aprender é sempre aprender com outros, pois as estruturas de pensamento não são mais do que relações entre corpos que se interiorizam, afeições que, ao se tornarem estáveis, nos impõem um certo modelo de fechamento ou de abertura diante do mundo (Restrepo, 2001, p.33).
Em nosso grupo, priorizamos metodologias participativas em cujo processo o ato de pesquisar já se constituía, em si, em prática educativa. No meu caso, fazia as anotações a cada dia, a cada semana, atento às intuições que se não anotadas poderiam ser olvidadas. A cada encontro realizado com os participantes da pesquisa, a fim de aprofundar a reflexão sobre os temas geradores anteriormente organizados por meio de um processo participativo, registrava-se os principais aspectos. A roda de conversa seguinte iniciava com a leitura garantindo que a sequência da pesquisa se dava com base na retomada da reflexão anterior que era comentada, aprofundada e complementada, se fosse o caso.
Tratava-se de uma pesquisa cuja condição para realizá-la era a inserção social, produzindo resultados inesperados como, por exemplo, um lançamento de um livro comemorativo dos 10 anos da Associação de Recicladores de Dois Irmãos (hoje Cooperativa). São esses fatos marcantes, momentos colaborativos, que criaram relações de confiança entre pesquisadores/as e participantes como o registrado no diário investigativo:
UM LANÇAMENTO DIFERENTE. Aconteceu, às 16h do dia 11 de maio de 2005, o lançamento do livro sobre os 10 anos da Associação dos Recicladores de Dois Irmãos, no Galpão de Reciclagem da cidade. O ambiente: ao lado do lixo recém-chegado, um espaço limpíssimo, com folhagens, balões pendurados, paredes pintadas de branco, gente chegando, um quarteto de flautas acolhendo as pessoas com músicas como “Cio da Terra” (Milton Nascimento e Chico Buarque), “Os Cardeais” (Elton Saldanha), além de composições de Beethoven. Todos os membros da Associação uniformizados com camiseta verde, acolhendo com um carinho e alegria estampadas nos rostos. Autoridades do município: Prefeito, Secretárias da Saúde, da Educação e do Meio Ambiente, representantes da Câmara de Vereadores, do Conselho Municipal da Saúde e do Meio Ambiente, Federação das Associações de Recicladores do Estado do Rio Grande do Sul, visitantes de diversos municípios de Associações e Cooperativas de Reciclagem e Professores de Universidades.
O ato solene teve até hino nacional, que nesse ambiente não costumeiro foi emocionante. A fala de Roque Spies, sufocada várias vezes pela própria emoção e lágrimas que corriam pelas faces das trabalhadoras e trabalhadores, “esteios” dessa experiência - como o “Alemão”, o mais idoso do grupo. Como sistematizador do livro, limitei-me a narrar como surgiu a ideia e como sua elaboração foi se desenvolvendo, com a participação do grupo e outras pessoas; uma espécie de justificativa e valorização do conteúdo coletivamente construído. E disse: ‘Aqui estou como educador. Estamos sensibilizados por esse clima’. E perguntei às pessoas presentes (cerca de cem): “Alguém já participou de algum lançamento de livro num galpão de reciclagem?” Ninguém...
Após os pronunciamentos oficiais, a palavra foi posta à disposição e por mais meia hora ricas reflexões foram compartilhadas, com diversas intervenções das pessoas presentes que marcaram esse tempo ímpar em que estivemos nessa “escola popular e ambiental” no galpão de reciclagem, ao lado dos rejeitos da sociedade de consumo.
Seguiram-se, por fim, autógrafos meus e de representante da coordenação, testemunhando assim a participação ativa do grupo da Associação nesse processo de registro histórico e reflexivo. (Adams, 2005. Diário Investigativo, p. 32-33).
Assim, cada qual, doutorandos/as e mestrandos/as, carregam marcas das tramas que a formação no PPG oportunizou a todas e todos, seja dentro ou fora da universidade no decorrer do processo de pesquisa.
Mais que estruturas, um coletivo de pessoas engajadas
O Programa de Pós-Graduação em Educação, mais do que as estruturas, é constituído pelo ser, pelo agir e pelo relacionar-se das pessoas: professoras e professores, equipe de apoio da secretaria, doutorandas e doutorandos, mestrandos e mestrandas e bolsistas de iniciação científica. O PPGEdu é o que é pela contribuição efetiva de cada um e cada uma dos/as professores/as que estiveram e estão ainda hoje vinculados/as. São eles/as em ordem alfabética: Attico Inácio Chassot, Maria Augusta Salin Gonçalves, Beatriz Terezinha Daudt Fischer, Berenice Corsetti, Danilo R, Streck, Euclides Redin, Edla Eggert, Flávia Ôbino Corrêa Werle, Jaime José Zitkoski, Lúcio Kreutz, Gelsa Knijnik, Maria Isabel da Cunha, Mari Margarete dos Santos Foster, Maria Clara Bueno Fischer, Luís Henrique Sommer, Eliane Schlemmer, Maura Corcini Lopes, Rosane Kreusburg Molina (in memoria), Rute Vivian Angelo Baquero. E, no decorrer dessa história, outros/as colegas foram ingressando (por ordem de ingresso): Rosângela Fritsch, Telmo Adams, Betina Schuler, Luciane Sgarbi Grazziotin, Viviane Klaus, Rodrigo Manoel Dias da Silva, Roberto Rafael Dias da Silva e Isabel Aparecida Bilhão. O que é possível dizer desse grupo?
Entre as várias características desse grupo de professores e professoras, com maneiras diversas de embasamentos teóricos, destacam-se algumas como: a postura aberta e comprometida, a complementaridade e o espírito aberto de entreajuda. A qualidade desse grupo vai além de sua especialização acadêmica em determinada área de pesquisa, o que transparece por meio da postura de diálogo, da postura crítica que praticam um ethos democrático, de respeito ao diferente, mas com proposição de valores de uma sociedade mais justa, uma nação com menos desigualdade na qual caibam todas e todos. O modo de ser e atuar desse grupo tem repercutido em todas as instâncias da educação no Brasil. É necessário destacar que várias/os colegas já deram sua contribuição direta à CAPES e ao CNPq levando o nome da Universidade a outros espaços em que estivemos e estamos presentes. Exemplos disso é também a liderança exercida nos Grupos de Trabalho da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPED, nos quais um bom número de nossos professores e professoras já esteve ou estão na coordenação.
Mas o PPG Educação Unisinos é o que é, também, pelo grupo que dá suporte à dinâmica do Programa: a Secretaria compartilhada com os PPGs de Educação, História, Ciências Sociais e Filosofia. Sem um serviço de secretaria eficiente, em parceria com a coordenação, certamente esse Programa não teria chegado onde chegou.
Outro fator decisivo tem sido a maneira colegiada de organização e de ação sob a animação de uma coordenação participativa e um colegiado de professores/as que se reúne mensalmente para avaliar, acompanhar, propor caminhos, definir conjuntamente encaminhamentos da vida do Programa, bem como organizar atividades. Essa dinâmica de Gestão participativa se completa com o trabalho de variadas comissões, além da coordenação: a de gestão do PROEX, a de bolsas, a de currículo, a de seleção discente e a da revista do PPG. Essa forma horizontal ou circular de assumir a gestão, apesar dos tensionamentos com a forma piramidal de organização tendencialmente presente nas instituições, tem exigido uma postura corresponsável, de compromisso coletivo, que na prática não se ‘perde’ em disputas, vaidades ou preciosismos. Tal processo não ocorre sem momentos de tensão decorrentes de posturas distintas. Contudo, ao final prevalece o bom senso do espírito colaborativo, democrático voltado à construção de consensos, com posturas de complementaridade entre as LPs, por exemplo.
No que tange às limitações percebidas, é necessário indicar um limite, qual seja, a falta de priorização para organizar espaços mais consistentes de compartilhamento de pesquisas entre os professores das três Linhas. Aliás, por vezes, esse limite tem ocorrido internamente nas próprias LPs, em parte, tal fato se deva ao acúmulo de trabalho e correria do dia a dia.
Nessa memória não podíamos deixar de mencionar algumas contradições no âmbito do contexto institucional. Como parte da sociedade, as instituições como nossa Universidade, têm-se submetido às determinações das políticas neoliberais, trilhando um caminho de subserviência às demandas do mercado capitalista. Vivemos, assim, uma história de tensão entre uma Universidade como instituição social - que propõe uma educação voltada para um projeto de sociedade mais justo, solidário, buscando responder às demandas da sociedade; e uma universidade como organização empresarial a vender produtos no mercado. Como reflete Marilena Chauí (2003, p. 6),
A reforma do Estado definiu a universidade como uma organização social e não como uma instituição social. [...] Uma organização difere de uma instituição por definir-se por uma prática social determinada de acordo com sua instrumentalidade: está referida ao conjunto de meios (administrativos) particulares para obtenção de um objetivo particular. Não está referida a ações articuladas às ideias de reconhecimento externo e interno, de legitimidade interna e externa, mas a operações definidas como estratégias balizadas pelas ideias de eficácia e de sucesso no emprego de determinados meios para alcançar o objetivo particular que a define. Por ser uma administração, é regida pelas ideias de gestão, planejamento, previsão, controle e êxito.
Nessa lógica de mercantilização de tudo, inclusive das políticas sociais como a educação, a universidade tende a passar da condição de instituição social para a de uma organização gerida como um empreendimento mercantil com eficácia administrativa de acordo com as leis do mercado. E, nesse segundo modelo, ela assume o viés tecnicista, ou seja, busca dar ênfase para atender às demandas do mercado. Em vista disso, torna-se oportuno destacar que, mesmo sendo parte de uma instituição privada que tende a assumir o formato de organização empresarial em decorrência da pressão pela sobrevivência, nosso grupo buscou manter-se coerente.
O esforço do colegiado de professores/as tem sido o de manter-se na contracorrente e avançar em direção a um modelo de universidade como instituição social. Ainda que com limites, até o momento, continuamos defendendo uma formação humana integral na qual a pesquisa em educação volta-se para o ensino público, seja no espaço escolar como não escolar. Podemos afirmar que grande parte da pesquisa de nosso Programa de Pós-Graduação tem se focado na formação de professores/as ou nas políticas públicas, bem como na educação em movimentos sociais, entre outras pesquisas de inserção social nos mais diversos campos sociais como: universidades, escolas municipais e estaduais, organizações associativas de recicladores, de cooperativas de trabalho, de agricultores familiares; mas, também, pesquisas históricas dentro do campo da educação; sistematização de experiências alternativas de educação; história da educação, fontes da pedagogia latino-americana. Parte significativa dessas pesquisas estão publicadas em livros ou artigos em periódicos que buscaram registrar os resultados de muitas destas pesquisas.
Evidentemente, tal processo não ocorre sem contradições internas à Universidade. Uma delas refere-se às revistas científicas que em função da contenção de despesas, tiveram sua editoria suspensa. Para o nosso Programa, a Revista Educação pode ser comparada a um megafone a difundir conhecimentos científicos para dentro e fora do país. Pelas regras de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, as revistas não podem publicar um certo percentual de artigos de pesquisadores/as da própria instituição. Contudo, como pesquisadores/as de outras universidades publicam em nossa Revista, do mesmo modo nós publicamos nos periódicos de outras universidades. Assim, ocorre um compartilhamento solidário e difusão do conhecimento produzido.
Outra contradição tem sido a extrema burocratização e o frágil suporte institucional para a realização de eventos científicos. Enquanto as tecnologias digitais agilizam, facilitam e potencializam esforços na realização das diversas atividades, situações paradoxais têm dificultado crescentemente a viabilização de eventos. Por exemplo, nosso Programa tem realizado diversos Congressos internacionais de educação que possivelmente contribuíram para a conquista da nota seis, e depois nota máxima, além de ter deixado marcas no cenário da Pós-Graduação brasileira. Após o VIII Congresso, a decisão foi de não mais realizar eventos desse tipo em função das dificuldades geradas pela burocracia e pela falta de suporte para a organização e realização de eventos.
A submissão às demandas do mercado capitalista significaria estar conivente com um futuro em que a maioria da população estará excluída da possibilidade de viver com dignidade. Contudo, em meio a barreiras institucionais, tivemos e temos um colegiado de professores/as atuantes que resiste, tensiona e busca avançar dentro de suas possibilidades, com o compromisso criativo de todas e todos. Acreditamos que a experiência de assumir coletivamente a constante (re)elaboração e luta pela concretização de um projeto social radicalmente democrático e justo possibilita contribuir na produção de um pensamento crítico capaz de reagir ao fatalismo decorrente da lógica neoliberal e fortalecer caminhos de superação das desigualdades de toda ordem.
Conclusão
Em síntese, enfatizo que a história construída até aqui é resultado do empenho de muitas e muitos, pois cada qual tem dado o melhor de si, apesar de, por vezes, ter encontrado o amargo da falta de reconhecimento das ciências humanas, inclusive por dirigentes da instituição que contradizem o seu próprio carisma. Com base nisso, questiona-se: como “Promover a formação integral da pessoa humana e sua capacitação ao exercício profissional, mediante a produção de conhecimento, o aprendizado contínuo e a atuação solidária para o desenvolvimento da sociedade” (Missão). E como ser “uma universidade global de pesquisa”?.(Visão da universidade)2
As instituições têm suas contradições, sabemos disso! Por isso, se nesses 25 anos construímos louros conquistados com alegria, paixão e dedicação solidária de todas e todos, também é preciso reconhecer que tudo isso, muitas vezes, exigiu trabalho fora de hora, nos fins de semana, sacrifício de repousos, de convivência com nossas famílias.
Enfim, o ethos solidário do nosso PPG, em torno do qual assumimos o desafio de sua permanente (re)construção, traz a marca de uma educação compreendida com seu sentido ético, político, com uma atenção especial às maiorias sofridas, empobrecidas e marginalizadas da sociedade. Carrega viva uma UTOPIA que nos mantém sensibilizados para um horizonte que visa a contribuir na construção de uma sociedade radicalmente democrática, menos desigual, com vida digna para todas e todos.
Diante desse momento histórico, para celebrar a história dos 25 anos do PPG Educação, sintonizo o tempo de denúncia e de esperança com uma canção intitulada “Meu canto, minha arma” de Zé Vicente (Fortaleza/CE), cantador das Comunidades Eclesiais de Base e dos Movimentos Sociais Populares:
“O tempo é pesado, eu sei
Há fome de pão e de paz
Não é este o país que sonhei
Tá demais!
Já chega de medo e mentiras
Violência e roubo à nação
O sim é só para a verdade
O resto é não!
E eu vou por aí com meu canto
Abrindo estradas
Quebrando encantos
Rompendo as barreiras do coração
Rasgando mentiras e ilusão
Meu canto é arma, eu sei
E há tempos estou na luta
Quem diz que a dor é eterna
Que o cego não pode enxergar
Que a sorte é que nos governa
Vejam lá
Os raios do sol batem forte
A gente sabe, já vê
A força do amor vence a morte
Faz viver!”
A partir dos versos de Zé Vicente, concluo que cuidemos da vida. Que nos próximos anos que virão, dediquemos para o que, de fato, tem sentido: contribuir para uma sociedade mais justa, democrática e solidária. Que ao sermos pesquisadores/as educadores/as, continuemos cuidando, ao mesmo tempo, uns dos outros, cultivando sempre um ambiente solidário, de cumplicidade e bem querer entre nós colegas de trabalho. Que continuemos lutando por causas que acrescentem algo de melhor para este mundo tão transtornado
No espírito da história de muitas tramas desses 25 anos, vale a pena priorizar o que é essencial em nosso viver individual e coletivo, tendo em vista que a vida é preciosa, é frágil. Mas unindo esforços, tornamo-nos fortes e nossa contribuição educativa e pedagógica para a sociedade será ainda mais significativa.