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História da Educação

versão impressa ISSN 1414-3518versão On-line ISSN 2236-3459

Hist. Educ. vol.23  Santa Maria  2019  Epub 07-Mar-2019

https://doi.org/10.1590/2236-3459/88290 

Acervo

TATU MAGAZINE : OS MODOS DE SER E FAZER DO REPOSITÓRIO DIGITAL TATU

TATU MAGAZINE : THE WAYS OF BEING AND DOING THE TATU DIGITAL REPOSITORY

Alessandro Carvalho Bica1 
http://orcid.org/0000-0003-2532-5007

Tobias de Medeiros Rodrigues2 
http://orcid.org/0000-0003-4719-583X

Simôni Costa Monteiro Gervasio3 
http://orcid.org/0000-0003-1554-1726

1Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Bagé/RS, Brasil.

2Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Bagé/RS, Brasil.

3Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Bagé/RS, Brasil.


O trabalho desenvolvido pelo Repositório Digital Tatu se inscreve entre as iniciativas que visam colaborar para a preservação e divulgação de acervos relacionados à história da educação, caracterizando-se como uma ferramenta de aproximação entre fontes históricas e historiadores interessados em pesquisar, produzir conhecimento e colaborar para o fortalecimento da educação, da cultura e da justiça social por meio de movimentos de aproximação de tempos pretéritos.

Algumas questões teóricas ajudam a nortear o trabalho desenvolvido, começando pela categorização do site como um repositório digital, questão que se ancora no entendimento de que repositórios digitais são bases de dados online que reúnem, de maneira organizada, a produção científica de uma instituição ou área temática. Assim, repositórios digitais podem ser entendidos, por meio de Zucatto e Júnior (2014), como coleções de informação digital construídas de diferentes formas e com diferentes propósitos, contemplando produções históricas e trabalhos contemporâneos e, sendo assim, compreendidos como uma possibilidade de armazenamento para diferentes formatos de mídias e tipos de arquivos.

Outro argumento que justifica a importância de iniciativas como o Repositório Digital Tatu está entrelaçado com a responsabilidade que os grupos de pesquisa possuem na contribuição para a produção de conhecimentos sobre a história da educação e do ensino por meio de fontes documentais. Neste sentido, Rodrígues (2010) destaca que embora haja, na atualidade, maior interesse em desenvolver pesquisas históricas, “em geral, os arquivos e os locais onde se guardam essas fontes apresentam muitos problemas de acesso e conservação” (RODRÍGUES, 2010, p. 38), sendo fundamentais propostas que possibilitem espaços de preservação de memórias e de patrimônios históricos e educativos.

Assim, os esforços do Grupo de Estudos em Educação, História e Narrativas (Geehn) em propor e desenvolver o Repositório Digital Tatu como um espaço de preservação e novas possibilidades para a manipulação de fontes, poderá facilitar o acesso aos diversos contextos, nuances e cenários que situam o documento histórico, permitindo a elaboração de hipóteses e, inclusive, a ordenação do material em suas infinitas possibilidades de exploração, conforme as intenções da pesquisa.

Ainda que com objetivos e perspectivas de trabalho bastante definidas, o Repositório Digital Tatu é um projeto em construção e, neste sentido, muitos dos seus processos e organização estão sendo definidos na medida em que surgem novas demandas. Como uma alternativa organizacional do trabalho desenvolvido, é que foi proposta a Tatu Magazine, documento explorado nesta sessão. A revista, que também está disponível para acesso no site (Fig. 1), foi elaborada a partir da percepção pela necessidade de produzir um material que contivesse todo o procedimento de triagem, catalogação, limpeza, digitalização e publicação dos acervos que fazem parte do Repositório, baseando-se nas informações e instruções que dão ordenamento ao site.

Fonte: Repositório Digital Tatu. Disponível em: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/index.php/2018/10/21/tatu-magazine/.

Figura 1 Capa e contracapa da Tatu Magazine

Assim, a Tatu Magazine pode ser entendida como um manual para consultas, com informações básicas e o histórico do site para que, tanto os bolsistas que integram o projeto, como outros pesquisadores interessados em entender a lógica do funcionamento do Repositório Digital Tatu, possam consultar e ter acesso ao detalhamento sobre do trabalho desenvolvido. Na concepção do material, além do conteúdo, que considera pressupostos sobre o manuseio e problematização de fontes documentais relacionadas à história da educação, foram considerados aspectos relacionados com a concepção visual, uma vez que havia a intenção de produzir um material atrativo e de design amigável, seguindo a lógica e proposta do Repositório Digital Tatu. Também considera-se que a Tatu Magazine é uma revista digital e, por isso, sua produção considera concepções necessárias em um material de comunicação e que possui um público leitor.

Neste sentido, como diz o editorial da Tatu Magazine, a primeira edição da revista contém o modus operandi do Repositório Digital Tatu, aproximando-se de um manual de instruções sobre o trabalho que, a partir da Tatu Magazine, torna-se disponível de ser replicado por outros grupos interessados em juntar-se aos esforços pela preservação e divulgação de acervos por meio da internet.

A expectativa é que novos números da Tatu Magazine possam ser publicados no decorrer do trabalho que vem sendo desenvolvido, com o objetivo, novamente, de normatizar os procedimentos e servir de subsídio de informações. A Tatu Magazine está disponível para acesso e download no site do Repositório Digital Tatu por meio do link: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/ index.php/2018/10/21/tatu-magazine.

Ainda que o trabalho no Repositório Digital Tatu esteja em andamento, é possível concluir, preliminarmente, que o site possui o potencial de ser uma proposta de inovação tecnológica e uma ferramenta eficiente para o ensino e para a pesquisa em história da educação, tendo a Tatu Magazine, documento transcrito nesta sessão (Repositório Digital Tatu: do Pampa para o mundo), como mais uma ferramenta para a disseminação do pacote de soluções tecnológicas utilizado e dos pressupostos que norteiam o trabalho desenvolvido.

EDITORIAL BY TATU

Esta primeira edição da Tatu Magazine é especial não somente por representar o lançamento de mais um produto que se relaciona ao Repositório Digital Tatu (Fig. 2), mas por apresentar o histórico de criação do site e servir quase como um manual de instruções sobre o modus operandi de todo o processo de catalogação, limpeza, armazenamento, digitalização e compartilhamento dos documentos que compõem nosso acervo. Com isso, mais do que dar as boas-vindas aos leitores, este material visa apresentar o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Estudos em Educação, História e Narrativas (Geehn) no Repositório Digital Tatu com o objetivo de conquistar novos acessos, fortalecendo a iniciativa do repositório e da preservação de fontes documentais relacionadas à história da educação.

Fonte: Repositório Digital Tatu. Disponível em: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/index.php/2018/10/21/tatu-magazine/.

Figura 2 Página 3 da Tatu Magazine: Editorial by Tatu

Antes ainda de você, nosso querido leitor, continuar sua leitura, vale ressaltar que o Repositório Digital se aliar as iniciativas de preservação de documentos históricos por meio da digitalização e compartilhamento online porque acredita na importância e urgência de pensarmos alternativas para resguardar nossas conquistas e histórias do passado para além da ação do tempo e do homem.

Agora, então, boa leitura! E, quando terminar, não deixe de acessar o Repositório Digital Tatu e navegar pelo nosso acervo. Dúvidas, sugestões, contribuições ou solicitações de materiais podem ser realizadas por meio do “Fale conosco” disponível no site.

PRIMEIROS CAMINHOS ATÉ O TATU

O Repositório Digital Tatu é fruto das iniciativas do projeto “As Políticas Públicas de Formação de Professores em impressos pedagógicos: O caso da Revista do Ensino do Rio Grande do Sul (1951-1978)”, que desde 2015 tem desenvolvido ações que permitiram a digitalização e disponibilização online de algumas edições da Revista do Ensino do Rio Grande do Sul.

A partir de 2018, situado no contexto do projeto “Educação, História e Políticas na região de abrangência da Universidade Federal do Pampa” e como resultado dos esforços do Grupo de Estudos em Educação, História e Narrativas (Geehn) da Universidade Federal do Pampa, campus Bagé, a proposta foi ampliada com a disponibilização de versões digitais de outros acervos e a criação do Repositório Digital Tatu.

Assim, o espaço tem como objetivo inventariar fontes de pesquisa relacionadas à história da educação, compondo um acervo digital acessível para outros pesquisadores. Além disso, imagina-se auxiliar na preservação e divulgação destes materiais.

POR QUE TATU ?

O Tatu-mulita é um animal característico do Bioma Pampa, região que se vincula com a atuação da Unipampa. Conhecido pelo seu precioso faro, ele cava com suas patas anatomicamente desenvolvidas até alcançar sua presa, sendo um ótimo caçador e escavador, capaz de localizar e buscar suas presas. Ele bem representa o trabalho do historiador que busca, cavouca ou garimpa suas fontes e por isso é a mascote que dá nome a este repositório digital (Fig. 3).

Fonte: Repositório Digital Tatu. Disponível em: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/index.php/2018/10/21/tatu-magazine/.

Figura 3 Página 4 da Tatu Magazine: Primeiros caminhos até o Tatu

CONSTITUIÇÃO DO REPOSITÓRIO DIGITAL TATU

A iniciativa do Geehn com o Repositório Digital Tatu está relacionada com a necessidade de preservação e o compartilhamento de fontes históricas, representando a percepção sobre a potencialidade de acervos digitais que, com a criação do Repositório Digital Tatu, passaram a ser armazenados um novo site, com design mais atrativo e repleto de soluções que valorizam a sua organização e disponibilização, por meio de um pacote de soluções com aplicativos e plug-ins gratuitos que facilmente poderão ser replicados por outros grupos interessados em digitalizar seus acervos e os disponibilizar na internet.

O grupo de trabalho conta, atualmente, com quatro bolsistas de Iniciação Científica da Unipampa, um bolsista Probic/Fapergs, um bolsista Pibic/CNPq e mais dois bolsistas Pibic-EM/CNPq, além de reunir sete alunos do Programa de Pós-Graduação do Mestrado Acadêmico em Ensino (PPGMAE) da Unipampa, e alunos dos cursos de licenciaturas da universidade e que atuam como voluntários, todos coordenados pelo professor Alessandro Carvalho Bica, e vinculados ao projeto “Educação, História e Políticas na região de abrangência da Universidade Federal do Pampa”.

O site reúne livros, cartilhas, revistas, acervos iconográficos, coleções, além de disponibilizar as produções acadêmicas dos integrantes do Geehn, sendo que seu acervo é constantemente atualizado pelos participantes do projeto, estes materiais podem ser acessados por meio do endereço eletrônico: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/. (Fig. 4).

Fonte: Repositório Digital Tatu. Disponível em: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/index.php/2018/10/21/tatu-magazine/.

Figura 4 Página 5 da Tatu Magazine - Constituição do Repositório Digital Tatu

ACERVO

O acervo físico do Geehn está em permanente construção e a doação de materiais de todas as épocas e em qualquer estado de conservação é sempre bem-vinda. O contato para as doações poderá ser feito diretamente com os integrantes do Geehn, pelo formulário de contato disponível no site do Repositório Digital Tatu ou, ainda, via Facebook. É possível ainda emprestar obras (sejam livros, revistas, periódicos educacionais, cartilhas, fotografias, mapas, representações, etc) para que elas sejam digitalizadas e disponibilizadas no site e, após, voltem ao acervo de origem.

OUTRAS POSSIBILIDADES

O Geehn, responsável pelo desenvolvimento e manutenção do Repositório Digital Tatu, é também um grupo de trabalho interessado em intercâmbios de conhecimentos e trocas de experiências com outros grupos de pesquisa que estejam interessados em conhecer o trabalho desenvolvido ou compartilhar experiências semelhantes. Com isso, encontros presenciais ou via internet podem ser previamente agendados.

ETAPAS DO PROCESSO DE DIGITALIZAÇÃO E COMPARTILHAMENTO

Todo o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Repositório Digital Tatu está sendo construído coletivamente, baseando-se nas necessidades e dificuldades enfrentadas no cotidiano do trabalho. Assim, o processo de digitalização e disponibilizando on-line precisa ser pensado desde a organização dos processos de triagem, catalogação, limpeza e digitalização dos acervos, seguindo algumas questões que são fundamentais para dar qualidade, segurança e agilidade ao trabalho. Para tal, algumas informações importantes são disponibilizadas aos bolsistas do projeto visando sanar dúvidas e padronizar o trabalho (Fig. 5).

Fonte: Repositório Digital Tatu. Disponível em: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/index.php/2018/10/21/tatu-magazine/.

Figura 5 Página 6 da Tatu Magazine: Etapas do processo de digitalização e compartilhamento (01 - Triagem; 02 - Catalogação). 

1º: TRIAGEM

Neste primeiro momento, priorizamos documentos com, aproximadamente, 100 páginas. Pretende-se, com isto, garantir a agilidade no processo e preservar o espaço de armazenamento que temos disponível no site (que é limitado). Documentos com mais de 100 páginas, deverão ser digitalizados em uma segunda etapa (após esgotarem os menores) e, quando este momento chegar, optamos por digitalizar somente as 10 primeiras páginas para que os pesquisadores interessados saibam da possibilidade de acesso neste documento, mas façam contato solicitando o restante do material.

2º: CATALOGAÇÃO

A etapa de catalogação é fundamental para a organização e futura localização dos acervos. Ela é iniciada pela identificação da categoria dos documentos. Esta categorização precisa ser feita com exatidão já na catalogação, conforme a seguintes descrições (Fig. 6):

Fonte: Repositório Digital Tatu. Disponível em: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/index.php/2018/10/21/tatu-magazine/.

Figura 6 Página 7 da Tatu Magazine: Etapas do processo de digitalização e compartilhamento (Categorização dos acervos). 

  • LIVROS são materiais com objetivo de discutir uma temática, problematizar um assunto, apresentar propostas. Possuem poucas ilustrações e a organização das informações é mais tradicional.

  • CARTILHAS são materiais educativos com um objetivo bastante específico (ensinar a ler, por exemplo), instruções diretas, sem problematização sobre o que se está fazendo, baseada em instruções objetivas. Normalmente são mais breves, com bastante ilustrações, eram utilizadas e distribuídas entre os alunos, para que eles pudessem “praticar” os ensinamentos. São mais parecidas com os livros didáticos, mas em menor tamanho e com foco mais específico.

  • REVISTAS são materiais que reúnem características de materiais de comunicação, mas que tratam de temas ligados à educação. Assim, elas poderão ter apelo visual (capa colorida, elaborada, atrativa), páginas diagramadas em colunas ou de maneira mais visual, papel de melhor qualidade, tamanho diferenciado, periodicidade marcada, entre outras características que se assemelham as revistas da atualidade que conhecemos.

  • COLEÇÕES são grupos de documentos de uma determinada instituição. São materiais que contam a história, o modo de funcionamento, de organização, de divulgação, de trabalho de um determinado local, grupo de pessoas, escola, instituto e outros. A intenção é que as coleções ajudem a resguardar a história deste local e, por isso, seus documentos serão armazenados em conjunto, pois fazem parte de um todo.

  • ACERVO ICONOGRÁFICO são imagens, fotografias, desenhos, representações. Elas devem ser acompanhadas de breve descrição, sendo é fundamental a informação sobre a fonte (o local de onde foi retirada), pois ajudará o pesquisador a entender o contexto de onde o material foi resgatado.

Para concluir a catalogação são necessárias outras informações (como tipo, área, data, páginas, palavras-chave) que estarão disponíveis no próprio documento.

Todas essas informações são incluídas em uma planilha do Google Docs. Neste arquivo há também uma aba chamada “Tipo do acervo” onde deve se incluir informações como: “Físico - próprio”, para documentos que são de propriedade do Repositório Digital Tatu; ou “Digital - doação”, para documentos que foram emprestados para serem digitalizados e que, por esta razão, não ficarão disponíveis na versão física do acervo (neste caso, deverá ser incluído o nome do “emprestante”).

Quando todas as informações forem fornecidas, é gerada automaticamente a ficha catalográfica que deverá ser impressa e guardada junto com o documento.

3º: LIMPEZA

A etapa seguinte é a de limpeza do documento. A orientação neste momento é para que seja utilizada a máscara de proteção das vias aéreas e as luvas (que auxiliarão também na preservação do documento evitando que o suor das mãos deteriore o material), os pincéis e um tecido para que a mesa de limpeza seja forrada. Cada página deverá ser limpa com o pincel de baixo para cima, por toda a extensão da página e em todas as páginas. Esse processo deverá remover todas as sujeiras, poeiras ou restos de outros materiais do documento, mas é fundamental delicadeza em sua realização para que as páginas não sejam estragadas. Terminado o processo em todas as páginas, o documento deverá ser acondicionado em saco plástico apropriado junto com a ficha catalográfica gerada pelo sistema e impressa, contudo o processo de acondicionamento destes materiais está sendo revisto, de acordo as normas específicas de documentos históricos.

4º: DIGITALIZAÇÃO

Todos os documentos, após a triagem do número de páginas, irão para catalogação e limpeza, e devem ser digitalizados utilizando o aplicativo Android NoteBloc (disponível para download gratuito). Todas as páginas devem ser fotografadas (inclusive as em branco), tendo muito cuidado para que nenhum canto das páginas fique cortado da foto ou que ela fique sem foco (não fique nítida). O aplicativo permitirá a edição das imagens fotografadas fazendo as correções necessárias para publicação, essas imagens devem ser compartilhadas no drive do Tatu para que possam ser criados os arquivos PDF’s para publicização no site. Terminado o trabalho com o documento, ele deverá ser recolocado na embalagem própria (junto com a ficha catalográfica) e guardado (Fig. 7).

Fonte: Repositório Digital Tatu. Disponível em: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/index.php/2018/10/21/tatu-magazine/.

Figura 7 Página 8 da Tatu Magazine: Etapas do processo de digitalização e compartilhamento (03 - Limpeza; 04 - Digitalização). 

5º: PUBLICAÇÃO

A última etapa do processo é o trabalho de transformação das fotos em um arquivo PDF, pronto para ser publicado no site.

SOBRE SER UM TATUZENTO

O trabalho do Repositório Digital Tatu se caracteriza por ser interdisciplinar e cooperativo. Assim, todos os seus integrantes precisam ser comprometidos com a qualidade, segurança e agilidade do trabalho. O processo para ser completo depende de várias etapas, então não basta estar encarregado de uma e não perceber que as demais não estão funcionando porque isso impactará no resultado final e na diminuição no fluxo de novos documentos no site (Fig. 8).

Fonte: Repositório Digital Tatu. Disponível em: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/index.php/2018/10/21/tatu-magazine/.

Figura 8 Página 9 da Tatu Magazine: Etapas do processo de digitalização e compartilhamento (05 - Publicação; Sobre ser um Tatuzento). 

O Repositório Digital Tatu não é apenas uma oportunidade de trabalho (bolsa), mas também um espaço para a reflexão sobre a importância da atividade desenvolvida e do manuseio, preservação e divulgação dos documentos que estão sendo tratados. Por isso, além do processo de digitalização, os Tatuzentos serão convidados para momentos de debate, reflexão teórica, produção acadêmica e participação em eventos científicos, pois entende-se a importância dessas iniciativas para a formação de pesquisadores.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ponderamos que o ofício do historiador está em constante transformação, assim como as possibilidades de pesquisa são infinitas e, se por muitos anos os esforços foram concentrados em buscar fontes e possibilidades para a pesquisa, hoje as oportunidades trazidas pela tecnologia lançam novos desafios aos pesquisadores da história da educação que precisam trabalhar para a preservação das fontes e seu compartilhamento, tendo nos repositórios digitais aliados à técnicas de preservação que resguardem a segurança dos arquivos originais, uma excelente alternativa para políticas de valorização do documento como fonte da história e da memória de um determinado período, lugar ou segmento.

Neste sentido, o Repositório Digital Tatu é um espaço para preservação e divulgação de acervos sobre a história da educação, disponibilizando seu trabalho e ideias para todos os demais pesquisadores, com a expectativa de colaborar para a ampliação e fortalecimento da área de pesquisa.

REFERÊNCIAS

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UNIPAMPA. Repositório Digital Tatu. Disponível em: http://sistemas.bage.unipampa.edu.br/tatu/. Acesso em: 19 nov. 2018. [ Links ]

VIDAL, Diana Gonçalves. O livro e a biblioteca, o documento e o arquivo na era digital. História da Educação, v. 6, n. 11, p. 1-11, 2002. [ Links ]

WERLE, Flávia Obino Corrêa. Documentos escolares: impactos das novas tecnologias. História da Educação, v. 6, n. 11, p. 1-20, 2002. [ Links ]

ZUCATTO, Andreza Caroline Possenti; RIBEIRO JÚNIOR, Divino Ignacio. Bibliotecas e repositórios digitais: reflexões, tecnologias e aplicações. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS, 18., 2014, Belo Horizonte/MG. Anais [...]. Belo Horizonte: SNBU, 2014. p. 1-20. [ Links ]

Recebido: 19 de Novembro de 2018; Aceito: 15 de Janeiro de 2019

E-mail: alessandrobica@unipampa.edu.br

E-mail: tobias.medeiros@unipampa.edu.br

E-mail: si_costa@msn.com

ALESSANDRO CARVALHO BICA

é licenciado em História pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mestre em Educação pela UFPel e doutor em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).

TOBIAS DE MEDEIROS RODRIGUES

é bacharel em Informática pela Universidade da Região da Campanha (Urcamp), especialista em Sistema de Informação pela Universidade Gama Filho (UGF) e mestrando em Ensino na Universidade Federal do Pampa (Unipampa).

SIMÔNI COSTA MONTEIRO GERVASIO

é bacharel em Jornalismo pela Universidade da Região da Campanha (Urcamp), licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), especialista em Linguagem e Docência pela Universidade Federal do Pampa (Unipampa), especialista em Educação e Diversidade Cultural pela Unipampa e mestranda em Ensino na mesma instituição.

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