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Revista Brasileira de História da Educação

versão impressa ISSN 1519-5902versão On-line ISSN 2238-0094

Rev. Bras. Hist. Educ vol.20  Maringá  2020  Epub 01-Nov-2020

https://doi.org/10.4025/rbhe.v19.2020.e139 

Editorial

2020 na História da Educação: 20 anos da RBHE, 100 anos da UFRJ e ano da pandemia COVID-19

Alicia Civera Cerecedo1  * 
http://orcid.org/0000-0003-0021-2911

Ana Clara Bortoleto Nery2 
http://orcid.org/0000-0001-6316-3243

Cláudia Engler Cury3 
http://orcid.org/0000-0003-2540-2949

Evelyn de Almeida Orlando4 
http://orcid.org/0000-0001-5795-943X

José Gonçalves Gondra5 
http://orcid.org/0000-0002-0669-1661

1Centro de Investigación y de Estudios Avanzados del Instituto Politécnico Nacional, Cidade do México, México.

2Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Marília, Brasil.

3Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Brasil.

4Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Brasil.

5Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.


Guardar

Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela. Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro Do que pássaros sem vôos. Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declama um poema: Para guardá-lo: Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda: Guarde o que quer que guarda um poema: Por isso o lance do poema: Por guardar-se o que se quer guardar

Cícero (2008, p. 11).

Este ano é certamente um marco para a História da Educação. Diferentes acontecimentos caracterizam o ano e a revista em um momento ambíguo. Temos conquistas que merecem ser relembradas e comemoradas pelo que representam em nossa história, conquistas divulgadas e guardadas nas tantas páginas da revista ao longo desses 20 anos, que inspiram a comunidade de historiadoras e historiadores da educação a continuar no ofício de interrogar, produzir e divulgar conhecimento.

Lamentavelmente, a comemoração de duas décadas de existência da RBHE se dá em meio a um tempo obscuro, permeado de dramas de naturezas muito distintas. Em meio a uma crise sanitária que solapou o mundo em 2020, infligindo a necessidade de isolamento social e outras tantas rotinas de prevenção, vivemos no Brasil uma crise política, acentuada com o resultado das últimas eleições presidenciais de 2018, com uma agenda composta por série de medidas voltadas para supressão e/ou redução de direitos de crianças, jovens, trabalhadores e cidadãos com os mais diversos pertencimentos; bem como para a negação do valor da ciência. Essa crise vem produzindo fortes rebatimentos na sociedade, na educação, na cultura, na economia; evidenciando um projeto de governo que não apenas ignora o valor da vida, como age cotidianamente contra ela, sobretudo em relação aos mais vulneráveis.

Em 2020, a Revista Brasileira de História da Educação comemora seus 20 anos, portanto, em meio a crises que já produzem efeitos lamentáveis, como o número de contaminados e de óbitos decorrentes da pandemia do coronavírus. Este acontecimento requer de todos nós um exercício difícil e redobrado para compreender este momento em seu processo histórico.

A RBHE foi criada pela Sociedade Brasileira de História da Educação, após o I Congresso Brasileiro de História da Educação, ocorrido em 2000, no Rio de Janeiro, na UFRJ, que, neste ano, completou 100 anos de sua fundação.

Após algumas tentativas de criação de universidade no Brasil, a primeira considerada a ter, de ‘forma duradoura’, essa denominação.

[...] foi a Universidade do Rio de Janeiro, criada em 1920, pelo governo federal (embora desde 1915 essa criação já estivesse autorizada), através da agregação de algumas escolas profissionais preexistentes, a saber, a Escola Politécnica, a Escola de Medicina e a Faculdade de Direito que resultou da junção de duas escolas livres já anteriormente constituídas (Mendonça, 2000, p. 136).

Criada em 7 de setembro de 1920, como Universidade do Rio de Janeiro (URJ), foi transforada em Universidade do Brasil (UB) em 1937 e, em 1965, teve alterada sua denominação para Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), como é até hoje. Nas páginas da RBHE, o tema aparece no volume 8, no artigo ‘A universidade brasileira na Reforma Francisco Campos de 1931’ (Rothen, 2012). De lá pra cá, a Universidade Federal do Rio de Janeiro tem participado de modo muito ativo das mudanças do campo educacional brasileiro e protagonizado diversos acontecimentos como a criação da revista oficial da SBHE, bem como a realização das atividades preparatórias de fundação da SBHE e a organização e realização do I Congresso Brasileiro de História da Educação. Sobre este último, em particular, e sobre os demais CBHE foram publicados, especialmente, 2 textos que merecem ser rememorados. O primeiro, artigo publicado na RBHE, é um balanço sobre o I CBHE, de autoria de Libânea Xavier (2001) O segundo, escrito por José Gondra como capítulo de livro publicado pela SBHE, analisa os CBHE (Gondra, 2019).

O primeiro número da RBHE veio à lume em junho de 2001, no formato semestral, e já no primeiro editorial indicava os desafios assumidos pela comunidade científica organizada em torno da SBHE, em relação à criação do periódico:

Para viabilizar o desenho da revista foi preciso vencer inúmeros obstáculos desde a composição de sua comissão editorial e conselho consultivo, até a elaboração do projeto gráfico com a definição das seções. Dada a prioridade que conferimos à RBHE, foi preciso encontrar meios de contornar todos os obstáculos (Editorial, 2001, p. 7).

Nessa longa e exitosa trajetória é possível afirmar que a RBHE tem participado das alterações do campo científico e do campo editorial chegando, após muita labuta, finalmente, em 2018, a pertencer ao seleto grupo de periódicos abrigados pela SciELO, adotando-se o formato contínuo de publicação, com volume único anual.

Um primeiro balanço sobre a RBHE foi realizado pela Comissão Editorial - gestão 2005-2007 - e publicado em 2008 com o título ‘Difusão, apropriação e produção do saber histórico: a Revista Brasileira de História da Educação (2001-2007), “[...] em que se sistematiza e se organiza informações sobre o processo de publicação da revista” (Galvão, Moraes, Gondra, & Biccas, 2008, p. 171). Neste inventário é possível visualizar o papel do periódico na organização do campo científico: temas, espaços, períodos, fontes e referenciais teórico-metodológicos eleitos pelos autores, demarcando, deste modo, o lugar institucional ocupado pela revista.

Nesses 20 anos, muitos outros obstáculos e desafios foram vencidos pelos editores da RBHE. Pesquisadores associados à SBHE compuseram as comissões editoriais e ajudaram a construir, passo a passo, o periódico que hoje representa suporte e meio de divulgação dos resultados de pesquisas em História da Educação, figurando entre os mais importantes do país e reconhecido internacionalmente. Nas avaliações de periódicos da CAPES, o Qualis Capes, a revista conquistou o topo da classificação em 2013, passando a figurar no estrato A1.

Atualmente, o Comitê Editorial é composto por Cláudia Engler Cury, como Editora-chefe, e pelos Editores Associados Alicia Civera, Ana Clara Nery, Evelyn Orlando e José Gondra. Sob a batuta da editora chefe, que vem encaminhando e construindo o trabalho de modo muito coletivo e democrático com todo o comitê editorial, esta equipe tem envidado ações para qualificá-la ainda mais, consolidando-a no SciELO, renovando o corpo de avaliadores, agilizando o processo de avaliação, discutindo as possibilidades do preprint, da Ciência Aberta, participando ativamente dos debates do campo editorial e estimulando a abertura de diálogo com outras comunidades do campo; de modo a manter o compromisso com a comunicação científica altamente qualificada.

Para festejar os 20 anos, homenageamos e agradecemos a todos os que participaram desta história: os ‘autores’ que submeteram seus textos; os ‘leitores’ que constantemente leem, citam e recomendam o conteúdo; os ‘avaliadores’ ad hoc que com cuidado, respeito e rigor fazem as análises dos textos submetidos; os ‘técnicos’ que eficazmente operacionalizam o projeto editorial da RBHE, tornando-a possível, as instituições que a acolheram como a Universidade Estadual de Maringá (UEM) por abrigá-la no Portal de Periódicos da UEM; a todos os que participaram do Corpo Editorial e, em especial, os ‘editores’1que apostaram e disponibilizaram para a RBHE seu tempo, suas ferramentas e seus conhecimentos para torná-la o que ela é hoje

Por fim, 2020 é um ano que certamente ficará marcado na história. Ano em que a vida como a conhecemos ficou em suspensão. A pandemia provocada pelo vírus Sars-Cov-2 e sua consequente doença, COVID19, colocou a população mundial em alerta e, ao menos aqueles que puderam, em isolamento. As escolas e universidades foram os primeiros locais a fechar e as aulas, após alguns meses, começaram a acontecer remotamente, por meio das plataformas digitais. Neste momento, os países mais afetados pelo referido vírus ainda não retornaram as aulas presenciais totalmente.

Tal acontecimento tem e terá implicações diretas na escolarização e já vem sendo objeto de estudo da História da Educação (Honorato & Nery, 2020), seja pela ausência da aulas presenciais, como pelas questões sanitárias que resultam do retorno das mesmas aulas ou pelas novas questões e desafios que apresentam ao campo e à vida.

Os eventos da área de História da Educação (CIHELA, em Portugal, COLUBHE, no Brasil e ISCHE, na Suécia) foram adiados, bem como boa parte das pesquisas estão sendo revistas e/ou interrompidas, pois escolas, arquivos e museus se encontram fechados.

Os periódicos em geral, e a RBHE em especial, estão com demanda alta de artigos e demais textos, afetando sobremaneira o trabalho dos editores. É digno de nota que, neste período, a produção das mulheres cientistas vem caindo, reforçando a permanência da dupla, tripla função que as mulheres exercem em seus cotidianos, acentuadas no confinamento.

No plano político, no país, vivemos em estado de tensão e atenção. A crise política atinge sobremaneira a Ciência, com diminuição drástica dos recursos e consequente diminuição do financiamento das pesquisas e dos periódicos além dos ataques de outra natureza.

Com os esforços de todos os envolvidos, publicamos o presente volume da RBHE. Ele é composto por 24 artigos nacionais e internacionais, submetidos de forma espontânea; 3 Resenhas, 1 entrevista e 2 Dossiês, com 16 artigos no total. Neste ano, pela segunda vez, a chamada de dossiês se deu em formato de chamada aberta, ampliando o diálogo com o campo e possibilitando a participação de um número maior de pesquisadores de diferentes regiões do país e da comunidade científica internacional, de modo mais democrático.

O Dossiê 1 - ainda no formato anterior, de dossiê coordenado pelos proponentes - ‘Questões metodológicas em manualística’, organizado por Marcelo Pinheiro Cigales e Ana Maria Badaneli Rubio, é composto por 06 artigos que discutem propostas metodológicas para o estudo dos textos escolares, com enfoque privilegiado no Brasil, na Espanha e na Argentina.

O Dossiê 2 - no novo formato - inaugura, na RBHE, o período dos debates a respeito do bicentenário da independência política do Brasil. ‘Processos de emancipação e educação na América: história, política e cultura (séculos XIX e XX)’, organizado por Aline Pasche e Cláudia Cury, reúne 12 artigos sobre os processos de emancipação e suas complexas relações com as questões da formação das populações em quatro países da América Latina.

Além dos dossiês com chamada aberta, cujos temas podem ser propostos ou pela Comissão Editorial ou pelos próprios colaboradores do periódico, pertencentes à comunidade da História da Educação, a RBHE recebe artigos, entrevistas e resenhas submetidos na sua plataforma de forma contínua. No presente volume20 artigos publicados são provenientes de investigadores vinculados a instituições de quatro regiões do Brasil - 3 do Norte, 3 do Nordeste, 8 do Sudeste e 6 do Sul - com 3 desses artigos também na versão em inglês. Os demais artigos, 4 no total, são de autoria de pesquisadores de instituições da Argentina e de Espanha., atendendo a diversidade de regiões e critérios de internacionalização. A entrevista, por autoras do nordeste brasileiro, foi realizada com Joaquim Pintassilgo, investigador do campo da História da Educação, vinculado à Universidade de Lisboa. Por fim, das3 resenhas, 2 são de autoria de investigadores brasileiros das regiões sudeste e sul e 1 mexicana. Assim sendo, em todas as seções da revista há textos nacionais e estrangeiros.

Para a publicação no volume 20, sua elaboração começou no 2o semestre de 2019, tendo sido finalizada no 1o semestre de 2020. O levantamento estatístico desses períodos indica que de julho a dezembro de 2019 foram recebidos, em média, 38 trabalhos, dos quais foram aprovados 20. Nesse mesmo período, 24 trabalhos foram reprovados, pois a revista contava ainda com saldo remanescente de artigos cujas avaliações ainda não haviam sido concluídas até o fim do primeiro semestre de 2019. Seguindo esse mesmo fluxo, que conta sempre com algum saldo do período anterior para concluir as avaliações, de janeiro a junho de 2020, foram recebidos 70 trabalhos, dos quais 41 foram aprovados e 41 reprovados.

O aumento significativo do número de trabalhos submetidos coincidiu com os primeiros meses da pandemia do COVID19, que começou em meados de março de 2020, mas também pela hipervalorização dos periódicos na área de educação, fórmula definida em dezembro de 2019, em detrimento de outras estratégias de divulgação científica. Deste então, temos tido uma demanda crescente por publicação na RBHE, intensificada com os debates no campo editorial que se acentuam e indicam novos horizontes e possibilidades para o periodismo especializado em diversos campos do saber.

Esperamos que o sentimento de comemoração, que nos move a olhar para as conquistas alcançadas, alimente nossa energia e nossa força para continuarmos seguindo apesar de todas as dificuldades que se impõem para as Ciências, em especial para as Humanas e Sociais nesta conjuntura. E que continuemos a registrar os caminhos da educação, para divulgá-la, para guardá-la, para resistirmos, para existirmos como sujeitos dessa história.

Agradecemos a todos os que colaboraram com o volume 20 por mais um ano de parceria. Feliz Aniversário a todos(as) nós. Sigamos juntos!

Referências

Cícero, A. Guardar. Rio de Janeiro: Record, 2008. [ Links ]

Editorial. Revista Brasileira De História Da Educação,1(1[1] ), 7-8. Recuperado de: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38748Links ]

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Gondra, J. G. (2019). Uma história sem espectadores: pensar os CBHEs como acontecimento. In: C. E. Cury, C. E. Vieira & R. H. S. Simões (Orgs.), História da educação: global, nacional e regional (1a ed., Vol. 15, p. 153-184). Vitória, ES: EDUFES. [ Links ]

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Rothen, J. C. (2012). A universidade brasileira na Reforma Francisco Campos de 1931. Revista Brasileira De História Da Educação , 8(2 [17]), 141-160. Recuperado de: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/article/view/38581Links ]

Xavier, L. N. (2001). Particularidades de um campo disciplinar em consolidação: balanço do I Congresso Brasileiro de História da Educação. In: SBHE (Org.), Educação no Brasil (1a ed., Vol. 1, p. 206-217). São Paulo: Autores Associados. [ Links ]

1 O histórico das Comissões editoriais da RBHE se encontra disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/rbhe/historicocomissoes.

7Como citar este editorial: Cerecedo, A. et al. 2020 na História da Educação: 20 anos da RBHE, 100 anos da UFRJ e ano da pandemia COVID19. Revista Brasileira de História da Educação, 20. DOI: http://dx.doi.org/10.4025/rbhe.v20.2020.e139 Este artigo é publicado na modalidade Acesso Aberto sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 (CC-BY 4).

*Autora para correspondência. E-mail: malixa44@hotmail.com

Alicia Civera Cerecedo é licenciada em Pedagogia (Universidade Nacional Autônoma do México), mestre e doutora em Ciências com especialidade em Educação pelo Cinvestav (México). Atuou como professora de licenciatura e pós-graduação em diversas instituições do México e América Latina, além de ter realizado pesquisa na Espanha, Chile e Brasil. É editora da RBHE. E-mail: malixa44@hotmail.com https://orcid.org/0000-0003-0021-2911

Ana Clara Bortoleto Nery possui doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (1999). Atualmente é professor adjunto (livre-docente) da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, atuando na Graduação e na Pós-graduação, cujo Programa foi coordenadora. É bolsista Pq/CNPq. É editora da RBHE. E-mail: neryanaclara@gmail.com

https://orcid.org/0000-0001-6316-3243

Cláudia Engler Cury é doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atuou como Tesoureira da Sociedade Brasileira de História da Educação nos biênios (2013-2015 e 2015-2017), professora associada IV do departamento de história da Universidade Federal da Paraíba. Membro efetivo dos Programas de Pós-Graduação em História e em Educação da UFPB. É editora-chefe da RBHE. E-mail: claudiaenglercury73@gmail.com https://orcid.org/0000-0003-2540-2949

Evelyn de Almeida Orlando é doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professora da Escola de Educação e Humanidades e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. É vice coordenadora do GT de História da Educação da ANPUH/PR. É editora da RBHE. E-mail: evelynorlando@gmail.com https://orcid.org/0000-0001-5795-943X

José Gonçalves Gondra é doutor em Educação (USP). Professor titular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É bolsista produtividade de pesquisa do CNPq. É editor da RBHE. E-mail: gondra.uerj@gmail.com https://orcid.org/0000-0002-0669-1661

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