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Série-Estudos

versión impresa ISSN 1414-5138versión On-line ISSN 2318-1982

Sér.-Estud. vol.26 no.56 Campo Grande ene./apr 2021  Epub 22-Jul-2021

https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v26i56.1429 

Artigos

Trajetória formativa dos educadores de jovens e adultos: o estado do conhecimento

Formative trajectory of youth and adult educators: the state of knowledge

Trayectoria formativa de educadores de jóvenes y adultos: el estado del conocimiento

Marileide Lima Moutinho Pamponet Lima1 
http://orcid.org/0000-0002-1688-6892

Adenilson Souza Cunha Júnior1 
http://orcid.org/0000-0003-3622-1799

1Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Itapetinga, Bahia, Brasil.


Resumo:

O artigo apresenta uma análise acerca das produções acadêmicas no âmbito de mestrado e doutorado no que diz respeito à formação docente dos educadores de jovens e adultos. Partindo da constatação de que o desenvolvimento profissional docente voltado para o público da Educação de Jovens e Adultos (EJA) vem acontecendo de uma maneira espontânea, “nas fronteiras”, em que, no Brasil, não existe um perfil de educador de jovens e adultos, nem um parâmetro específico de formação destes educadores, fomos instigados a pesquisar o que tem sido produzido nessa temática, objetivando entender os processos formativos da EJA, bem como as realidades, possibilidades e dificuldades encontradas pelos professores dessa modalidade de ensino. Para tanto, lançamos o desafio de realizar uma pesquisa bibliográfica do tipo estado do conhecimento, com o recorte temporal de dez anos (2008-2018), utilizando os bancos digitais do Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), dos anais das reuniões da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) e dos Simpósios da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE). O trabalho em tela retrata uma investida exploratória, em teses e dissertações e trabalhos apresentados em eventos, resultando numa pesquisa quantitativa com recorte temporal, analisando como estão os estudos acerca da temática citada anteriormente.

Palavras-chave: trajetória formativa; Educação de Jovens e Adultos (EJA); estado do conhecimento

Abstract:

The article presents an analysis of academic productions under master and doctorate concerning the formative path of youth and adult educators. Based on the observation that professional teacher training aimed at the Youth and Adult Education (EJA) public has been happening spontaneously, “at the borders”, in which, in Brazil, there is no profile of youth and adult educators, nor a training parameter for these educators, we were encouraged to research what has been produced in this theme, aiming to understand the training processes of Youth and Adult Education, as well as the realities, possibilities, and difficulties encountered by teachers in this type of teaching. To this end, we launched the challenge of conducting bibliographic methodological research called: state of knowledge, with the time frame of ten years (2008-2018), through the Periodic Banks of the Catalog of Theses and Dissertations of the Coordination for the Improvement of Higher Degree Personnel (CAPES) and Brazilian Institute of Information in Science and Technology (IBICT), annals of the National Association of Graduate Studies and Research in Education (ANPED), and publications of Symposia of the National Association for Education Policy and Administration (ANPAE). The work depicts an informative search, in theses dissertations and works, resulting in quantitative research with a time frame, analyzing how the studies on the theme mentioned above are.

Keywords: Formative Path; Youth and Adult Education (EJA); Systematization of knowledge

Resumen:

El artículo presenta un análisis de producciones académicas dentro del alcance del máster y doctorado con respecto a la trayectoria formativa de los educadores de jóvenes y adultos. Partiendo de la constatación de que la formación profesional de docentes dirigida al público de la Educación de Jóvenes y Adultos (EJA) se realiza de forma espontánea, “en las fronteras”, en que, en Brasil, no existe un perfil de educadores de jóvenes y adultos, ni un parámetro de formación de educadores, nosotros fuimos instigados a investigar lo que se ha producido en esta temática, con el objetivo de comprender los procesos de capacitación de EJA, así como las realidades, posibilidades y dificultades que enfrentan los docentes en esta forma de enseñanza. Con este fin, lanzamos el desafío de llevar a cabo una investigación metodológica bibliográfica llamada estado del conocimiento, con un retorno de diez años (2008-2018), a través de los bancos periódicos del Catálogo de Tesis y Disertaciones de la Coordinación para el Mejoramiento del Personal de Educación Superior (CAPES) y el Instituto Brasileño de Información en Ciencia y Tecnología (IBICT), Actas de la Asociación Nacional de Estudios de Posgrado e Investigación en Educación (ANPED) y publicaciones de Simposios de la Asociación Nacional de Política y Administración de Educación (ANPAE). El trabajo en la pantalla retrata una investigación exploratoria, en tesis y disertaciones y trabajos, que resulta en una investigación cuantitativa con un marco de tiempo, analizando cómo son los estudios sobre la temática mencionada anteriormente.

Palabras clave: trayectoria formativa; Educación de Jóvenes y Adultos (EJA); estado del conocimiento

1 INTRODUÇÃO

Este estudo é parte integrante de uma pesquisa de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), que tem por objetivo principal analisar a trajetória formativa do educador de jovens e adultos no médio sudoeste da Bahia.

A escolha da temática parte da constatação de uma vivência profissional da autora enquanto docente da Educação de Jovens e Adultos (EJA), quando foi ­possível observar o fato de ser recorrente certa dificuldade quanto ao desenvolvimento profissional docente de atividades pedagógicas na modalidade de ensino EJA.

Para o desenvolvimento deste artigo, apresentaremos resultados levantados, de como andam as pesquisas sobre formação docente do educador de jovens e adultos. Elas serão identificadas a partir dos seguintes descritores de busca: “formação docente do educador de EJA”; “atuação docente na EJA”; “políticas educacionais para Educação de Jovens e Adultos (EJA)”.

Os descritores foram definidos a partir de uma análise feita no projeto de pesquisa, e estes apresentados no parágrafo anterior foram os que melhor satisfizeram às necessidades semânticas da área e às especificidades da Educação de Jovens e Adultos no âmbito da pesquisa da autora.

O trabalho do tipo estado do conhecimento2, adotado nesta etapa, apresenta um caráter bibliográfico quantitativo e tem sua relevância como pesquisa, pois permite o contato do pesquisador com as produções existentes quanto à temática analisada, evitando, assim, que se incorra no erro de repetir aquelas já anteriormente realizadas e possibilitando, também, uma melhor percepção acerca das lacunas relacionadas ao conhecimento sobre o tema. Soares (1989) aponta outras vantagens, informando que o estado do conhecimento:

É necessário no processo de evolução da ciência, a fim de que se ordene periodicamente o conjunto de informações e resultados já obtidos, ordenação que permita indicação das possibilidades de integração de diferentes perspectivas, aparentemente autônomas, a identificação de duplicações ou contradições, e a determinação de lacunas e vieses. (SOARES, 1989, p. 3).

Com o objetivo de mapear a quantidade de trabalhos de pós-graduação no campo de formação docente e das políticas públicas voltadas para a modalidade de ensino EJA, realizou-se, num primeiro momento, uma pesquisa sem recorte temporal; porém, ao fazer uma análise mais detalhada, optou-se pelo recorte temporal compreendido entre os anos de 2008 e 2018.

A escolha referente à década para coleta de dados do estado do conhecimento se deu pelo fato de ser um período em que as discussões em torno das expressões das questões sociais e das políticas educacionais assumiram grandes proporções no Brasil; a EJA se efetivou de maneira mais consistente, como vinha sendo pretendida, desde a década de 1930, e, também, em virtude do tempo em que a autora teve o primeiro contato com a Pedagogia na área da Educação de Jovens e Adultos.

A pesquisa compreendeu trabalhos que abordam as concepções, metodologias e práticas da EJA, envolvendo questões relativas à formação dos educadores, à atuação docente e às políticas públicas voltadas para essa modalidade de ensino. Como a EJA frequentemente reconhece o educando enquanto trabalhador e remete às relações com o mundo do trabalho, foram considerados também estudos relacionados a essa temática.

Partindo deste ponto de vista, buscamos, por meio deste estudo, estabelecer um elo entre o conhecimento posto e aquele que ainda não foi produzido, o qual, por sua vez, torna-se necessário para sistematizar um determinado campo de conhecimento, reconhecendo os principais resultados da investigação, identificando temáticas, abordagens dominantes e emergentes, bem como lacunas e campos inexplorados abertos à pesquisa futura.

Para efeito de organização deste artigo, apresentaremos, numa primeira etapa, os dados quantitativos dos descritores desta pesquisa e, em seguida, faremos uma discussão com as informações importantes levantadas sobre o tema nos textos selecionados para análise.

Ao apresentarmos os dvescritores a seguir, faz-se necessário esclarecer que, no Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), foram aplicados os seguintes filtros: tipo (mestrado e doutorado); ano (2008-2018); grande área de conhecimento (Ciências Humanas); área de conhecimento (Educação de Adultos); área de avaliação e área de concentração (Educação). Já na busca avançada na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD) e no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), a pesquisa foi refinada a partir da aplicação dos seguintes filtros: programa (pós-graduação em Educação); tipo (dissertação e tese); a­ssunto (Educação de Jovens e Adultos); área de conhecimento (Ciências Humanas) e ano de defesa (2008-2018). E, por sua vez, fica claro que fora utilizada a mesma metodologia de pesquisa na CAPES. Assim, as tabelas a seguir, separadas por descritor, mostram o quantitativo das produções encontradas nos bancos de pesquisa mencionados anteriormente.

2 FORMAÇÃO DOCENTE DO EDUCADOR DE JOVENS E ADULTOS: LEVANTAMENTO QUANTITATIVO

Quadro 1 Formação docente do educador de jovens e adultos 

FORMAÇÃO DOCENTE DO EDUCADOR DE JOVENS E ADULTOS
DESCRITORES CAPES Dissertação Tese Total Relação/tema
“Formação docente do educador de jovens e adultos” 53 33 86 05
“Formação docente” AND “Educação de Jovens e Adultos” 35 08 43 08
DESCRITORES IBICT Dissertação Tese Total Relação/tema
“Formação docente” + “Educação de Jovens e Adultos” 45 18 63 02
“Formação docente” “Educador de Jovens e Adultos” 25 09 34 05

Fonte: dados coletados no Banco de Teses e Dissertações da CAPES e IBICT, jan./2020. Elaboração dos autores.

2.1 Atuação docente na educação de jovens e adultos: levantamento quantitativo

Quadro 2 Atuação docente na EJA/Jovens e Adultos 

ATUAÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
DESCRITORES CAPES Dissertação Tese Total Relação/tema
“Atuação docente na Educação de Jovens e Adultos” 54 33 87 03
“Atuação docente” AND “Educação de Jovens e Adultos” 12 05 17 03
DESCRITORES IBICT Dissertação Tese Total Relação/tema
“Atuação docente” + “Educação de Jovens e Adultos” 42 11 53 04
“Atuação docente na Educação de Jovens e Adultos” 01 00 01 01

Fonte: dados coletados no Banco de Teses e Dissertações da CAPES e IBICT, jan./2020. Elaboração dos autores.

2.2 Políticas educacionais para Educação de Jovens e Adultos: levantamento quantitativo

Quadro 3 Políticas educacionais para Educação de Jovens e Adultos 

POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
DESCRITORES CAPES Dissertação Tese Total Relação/tema
“Políticas educacionais para Educação de Jovens e Adultos” 71 33 104 02
“Políticas educacionais” AND “Educação de Jovens e Adultos” 23 14 37 01
DESCRITORES IBICT Dissertação Tese Total Relação/tema
“Políticas educacionais” + “Educação de Jovens e Adultos” 03 04 07 04
“Políticas educacionais para Educação de Jovens e Adultos” 04 05 09 03

Fonte: dados coletados no Banco de Teses e Dissertações da CAPES e IBICT, jan./2020. Elaboração dos autores.

Inicialmente, as produções na CAPES e no IBICT foram localizadas por conterem em seus títulos o termo de busca definido. Posteriormente, fora realizada a leitura dos resumos, metodologias e referências, o que possibilitou identificar as informações sobre os objetivos das pesquisas. Quando, em alguns casos, essas informações não apareciam de forma clara, era necessária a leitura do trabalho inteiro para identificar as informações desejadas.

Os dados expostos nas tabelas acima já foram inseridos após a utilização de filtros operacionais de pesquisa. Ao se utilizarem as pesquisas sem a aplicação de nenhum tipo de filtro, na CAPES, totalizaram-se 3.605 produções, em que o primeiro descritor apresentava o total de 1.416 produções; o segundo, 1.349; e o terceiro descritor, 840 produções, divididas entre teses e dissertações. No IBICT, somou-se o total de 643 produções sem aplicação de filtros, contabilizados por 317 no primeiro descritor, 80 no segundo e 246 no terceiro, respectivamente.

A utilização dos filtros é importante por possibilitar ao pesquisador definir as pesquisas que mais se aproximam do seu objeto de estudo; sem a aplicação desses, encontramos produções de diversas áreas, como Saúde, Educação Especial, Educação do Campo, entre outras, que, apesar de serem importantes pesquisas, fogem do objeto de dissertação da pesquisadora.

Observando os descritores no que diz respeito ao recorte temporal definido e, após a aplicação de filtros, os trabalhos publicados entre os anos de 2008 e 2018, depois da triagem, conseguimos levantar no site da CAPES, com a soma dos três descritores, 374 publicações. O primeiro descritor contabilizava o total de 129 produções; o segundo, 104; e o terceiro, 141, conforme exposto no quadro a seguir.

Neste trabalho de estado do conhecimento, no recorte temporal estabelecido (2008-2012), sobretudo quando observada a quantidade da produção nos anos compreendidos entre 2008 e 2012 no banco de dados da CAPES, conforme exposto na Tabela 4, é importante destacar que ainda era pouco expressivo o número de iniciativas voltadas para a pesquisa da formação docente, atuação docente e políticas públicas docente na EJA, mesmo apresentando uma crescente quantidade de trabalhos nos anos posteriores. Podemos observar que são limitadas as contribuições que discutem a temática da formação docente com enfoque na modalidade EJA.

Quadro 4 Dados quantitativos CAPES 2008-2018 

Descritor 1: Formação docente do educador de jovens e adultos
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
07 14 00 00 00 23 18 15 11 22 19
Descritor 2: Atuação docente na Educação de Jovens e Adultos
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
00 00 00 00 00 26 15 25 20 12 06
Descritor 3: Políticas educacionais para Educação de Jovens e Adultos
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
10 14 00 00 00 22 20 22 17 16 20

Fonte: dados coletados no Banco de Teses e Dissertações da CAPES, jan./2020. Elaboração dos autores.

Dando sequência à pesquisa qualitativa, analisando agora as publicações na BDTD vendo o quantitativo das produções acadêmicas com o recorte temporal estabelecido, utilizando os mesmos descritores da CAPES, pode-se contabilizar no recorte temporal, após a aplicação de filtros, que o levantamento com a soma dos três descritores foi de 167 publicações. O primeiro descritor contabilizava o total de 97 produções; o segundo, 54; e o terceiro, 16.

Diante da produção acadêmica na BDTD, a totalidade dos estudos que atendiam aos critérios preestabelecidos era semelhante à da CAPES. E, tendo esses resultados como pressuposto, ratifica-se que a produção sobre os descritores já mencionados acima, no âmbito acadêmico, ainda é pequena; sobretudo quando comparada aos resultados da CAPES, podemos ver que a maioria dos anos analisados apresenta estudos. Mas, principalmente, não se pode associar a ausência da temática na produção acadêmica aos seus resultados, pois estes são inegáveis no contexto em que se legitima a ciência, contemplando a sua forma teórico-metodológica de análise. Os dados quantitativos encontrados podem ser vistos no Quadro 5, exibido a seguir.

Quadro 5 Dados quantitativos BDTD 2008-2018 

Descritor 1: Formação docente do educador de jovens e adultos
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
07 09 14 08 11 08 06 09 06 09 10
Descritor 2: Atuação docente na Educação de Jovens e Adultos
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
06 02 04 07 05 01 02 02 07 08 09
Descritor 3: Políticas educacionais para Educação de Jovens e Adultos
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
02 03 02 03 00 02 00 02 00 01 01

Fonte: dados coletados no Banco de Teses e Dissertações da BTDT, jan./2020. Elaboração dos autores.

Fazendo uma análise geográfica das produções somando os três descritores, podemos concluir que, no recorte temporal e nos filtros aplicados, a CAPES concentra a maior parte de suas produções na região Nordeste, 149; seguida da região Sudeste, com 140; e Sul, com 85 produções. Já no IBICT, as produções se concentram na região Sudeste, 67; seguida pela região Nordeste, 63; Centro-Oeste, 24; e região Sul, 14. Juntando os dois bancos de dados, as pesquisas totalizam por regiões em 1º lugar: a região Nordeste, com 212 produções; seguida da região Sudeste, com 207; Sul, com 99; e Centro-Oeste, com 24 produções. Essas pesquisas foram produzidas, em sua maioria, nas instituições públicas federais e estaduais.

As pesquisas produzidas demonstram um decréscimo na área de Políticas Públicas Educacionais nas regiões Norte, Sul e Centro-Oeste. A combinação entre as duas plataformas de pesquisa nas regiões e no espaço temporal de análise resultou em uma nítida tendência de ampliação das pesquisas na região Nordeste, destacando os Estados da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A seguir, apresentamos duas tabelas com dados das produções selecionadas nas plataformas CAPES e IBICIT:

Quadro 6 Seleção das produções analisadas na CAPES 

Tipo Produção Autor Ano Instituição Região
1. Diss. A prática do planejamento de ensino na educação de jovens e adultos NASCIMENTO, João Maria P. do 2010 UFPB Nordeste
2. Diss. Saberes construídos pelos professores nas práticas docentes da educação de jovens e adultos JÚNIOR, Adenilson Souza Cunha 2012 UFS Nordeste
3. Diss. Educação de jovens e adultos: uma reflexão sobre os saberes escolares e cotidianidade BEZERRA, Andrezza Raquel Cirne 2013 UFPB Nordeste
4. Diss. O enunciado da educação de jovens e adultos no curso de pedagogia da ufpb/campus i ALCANTARA, Marcos Angelus Miranda de 2013 UFPB Nordeste
5. Diss. Alfabetização de Jovens e Adultos no Estado da Paraíba: uma análise político-pedagógica das experiências da campanha de Educação Popular-CEPLAR FAÇANHA, Sabrina Carla Mateus 2013 UFPB Nordeste
6. Diss. Políticas de formação do pedagogo para atuação em espaços não escolares: o projeto político pedagógico da autarquia municipal do Ensino Superior de Goiana-PE CABRAL, Angela Ninfa Mendes de Andrade 2013 UFPB Nordeste
7. Diss. Políticas públicas para a Educação Profissional: estudo da formação/profissionalização e do trabalho do professor do programa especial de formação pedagógica de docentes FARIA, Vanessa Piedade Gontijo 2014 PUC-MG Sudeste
8. Diss. Olhares atentos, detalhes orientadores: o lugar da inteligência popular na Alfabetização de Jovens e Adultos MELO, Elma Nunes de 2015 UFPB Nordeste
9. Diss. Histórias de vida: percursos de formação de licenciados em pedagogia no campo da EJA MASSENA, Renata da Silva 2015 UNEB Nordeste
10. Diss. A dor e a delícia de tornar-se... Professor da EJA: narrativas de si na construção formativa de educadores do juvenil do município de Catu-BA ARAÚJO, Margareth da Conceição Almeida de 2015 UNEB Nordeste
11. Diss. Estudo dos saberes da experiência docente no contexto da Educação de Jovens e Adultos SILVA, Alexandre Alves da 2016 UESB Nordeste
12. Diss. A formação docente e o fenômeno da na Educação de Jovens e Adultos: desafios formativos MACEDO, Nubia Sueli Silva 2017 UNEB Nordeste
13. Diss. Formação de professor da educação de jovens e adultos: um olhar reflexivo sobre os saberes docentes em uma escola estadual no município de Itamaraju-Bahia SANTOS, Maria Madalena da Conceição 2017 UNEB Nordeste
14. Diss. Análise das práticas pedagógicas dos professores da EJA, à luz das políticas educacionais em um contexto sociocultural SANTOS, Priscila Morgana Galdino dos 2018 UFPB Nordeste
15. Diss. Narrativas (auto)biográficas e formação de professores: tessituras sobre as trajetórias formativas de professoras da Educação de Jovens e Adultos CARDOSO, Jackeline Silva 2018 UNEB Nordeste
16. Diss. Políticas públicas de EJA no município de Souto Soares-Bahia: uma luta colaborativa pela continuidade dos estudos de Jovens e Adultos no âmbito da Educação Básica BISPO, Sonia Vieira de Souza 2018 UNEB Nordeste
17. Diss. A formação inicial do curso de Pedagogia da FE/UERN para atuar na EJA SOARES, Maria Cleoneide 2018 UERN Nordeste
18. Tese Razão e formação docente: uma análise das racionalidades subjacentes às políticas de formação docente pós-LDB/96 FONSECA, Fábio do Nascimento 2008 UFPB Nordeste
19. Tese Educação de Jovens e Adultos nas vozes dos sujeitos do campo no Pará: da lógica de compensação às perspectivas emancipatórias NASCIMENTO, Eula Regina Lima 2014 UFPB Nordeste
20. Tese Trajetórias formativas de educadores da EJA: fios e desafios' PEDROSO, Ana Paula Ferreira 2015 UFMG Sudeste
21. Tese A avaliação formativa como regulação da aprendizagem: desafios para a práxis no ensino médio da rede pública estadual do Ceará em uma análise fenomenológica OLIVEIRA, Sandra Maria Coelho de 2015 UFC Nordeste
22. Tese Formação de professores para a educação de pessoas jovens e adultas no brasil e no Chile: um estudo comparado entre o estado da Bahia e a região de Valparaíso CUNHA JÚNIOR, Adenilson Souza 2017 UFMG Sudeste

Fonte: dados coletados nas pesquisas realizadas no Banco de Teses e Dissertações da CAPES, jan./2020. Elaboração da autora.

Quadro 7 Seleção das produções analisadas no IBICT 

Tipo Produção Autor Ano Instituição Região
1. Diss. A alfabetização sob o olhar de uma educadora de EJA: entre o como e o por quê PEREIRA, Andréia da Silva 2008 UNESP Sudeste
2. Diss. Trajetórias de educadores construídas na Educação de Jovens e Adultos: experiências e significados MATI, Emmeline Salume 2008 UFMG Sudeste
3. Diss. Formação docente na educação de jovens e adultos: processo de inclusão/exclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais em uma perspectiva de humanização LINS, Vanira Maria Laranjeiras 2008 UFPE Nordeste
4. Diss. A noção de competência na política pública de Educação de Jovens e Adultos da rede municipal de Betim: avanço e ou retrocesso na formação humana BITENCOURT, Celeste Deográcias de Souza 2009 UERJ Sudeste
5. Diss. Os desafios da formação continuada de docentes para atuação na Educação Profissional articulada à Educação de Jovens e Adultos BONFIM, Cristiane Jorge de Lima 2011 UNB Centro-Oeste
6. Diss. A formação do trabalho docente: um estudo das teorizações acerca das dimensões pessoais no exercício da profissão SILVA, Juliana de Souza 2012 USP Sudeste
7. Diss. Educação de Jovens e Adultos na rede municipal de São Paulo: diálogos entre as políticas públicas as práticas docentes e seus significados SILVA, Robson Novaes da 2013 USP Sudeste
8. Diss. A política pública do Estado de Mato Grosso para a Educação de Jovens e Adultos e o trabalho dos professores formadores da EJA SANTOS, Savio Antunes dos 2013 UFMT Centro-Oeste
9. Diss. A política de Educação Municipal e o tratamento da Educação de Jovens e Adultos NAZÁRIO, Marcia Aurelia 2014 UFPE Nordeste
10. Diss. Práticas pedagógicas na Educação de Jovens e Adultos (EJA): interfaces com as políticas e diretrizes curriculares VELOSO, Zelia Vieira Cruz 2014 PUC-GO Centro-Oeste
11. Diss. O processo de formação inicial de professores dos anos iniciais da EJA: uma análise do curso de pedagogia de Universidades Estaduais de São Paulo FARIAS, Alessandra Fonseca 2016 UNESP Sudeste
12. Diss. Concepções de qualidade na Educação de Jovens e Adultos: impasses e desafios da política educacional brasileira COUTINHO, Helen Ferreira Carvalho 2016 UFJF Sudeste
13. Diss. O educador de jovens e adultos e sua formação na faculdade de educação da Universidade Federal de Minas Gerais SILVA-SOARES, Rafaela Carla e 2017 UFMG Sudeste
14. Diss. Da formação inicial à continuada para a EJA: desafios e implicações para a prática docente ALVES, Caroline Diniz Nóbrega 2018 UEPB Nordeste
15. Diss. A educação permanente e sua interface com as políticas educacionais para Educação de Jovens, Adultos e idosos no Brasil ALMEIDA, Talita Costa de Oliveira 2018 UEPG Sul
16. Diss. Direito à Educação de Jovens e Adultos na tessitura das políticas públicas de financiamento CARDOSO, Caroline Cristiano 2018 UFRGS Sul
17. Tese Análise do conceito de formação docente no contexto educativo-formativo brasileiro VIRGINIO, Maria Helena da Silva 2009 UFPB Nordeste
18. Tese Trajetórias e processos formativos na/da docência: memórias e [res]significações MARQUEZAN, Lorena Inês Peterini 2015 UFSM Sul
19. Tese Caminhos e desafios da formação de educadores de jovens e adultos PORCARO, Rosa Cristina 2015 UFMG Sudeste

Fonte: dados coletados nas pesquisas realizadas no Banco de Teses e Dissertações da IBICT, Jan./2020. Elaboração dos autores.

3 COLETA DE DADOS DA ANPAE E DA ANPED

Nos anais dos simpósios nacionais da Associação Nacional de Política e Administração da Educação (ANPAE), as pesquisas foram realizadas entre os anos de 2009 e 2017. Uma vez que as reuniões nacionais ocorrem bianualmente, foram analisados, ao todo, 48 trabalhos. Na Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), as pesquisas se dividiram por grupos de trabalhos (GTs) e foram analisadas 78 produções presentes nos GTs: 18 (Educação de Pessoas Jovens e Adultas), 08 (Formação de Professores) e 06 (Educação Popular). Ao todo, foram reunidos 30 trabalhos, dos quais 23 foram selecionados para estudo, sendo, desses, 15 produções da ANPED e 08 produções da ANPAE.

Quadro 8 Produções da ANPAE 

Produção acadêmica Produção Autor Ano Instituição Região
1. ANPAE XXVI Educação de Jovens e Adultos em Ponta Grossa: entre políticas públicas e a realidade docente SILVA, Rita de Cássia da Oliveira 2009 UFES Nordeste
2. ANPAE XXVI A Educação de Jovens e Adultos no plano nacional de educação e nos planos estaduais de educação MACHADO, Maria Margarida 2009 UFG Centro-Oeste
3. ANPAE XXVI O processo histórico de consolidação da Educação de Jovens e Adultos: as políticas públicas voltadas para EJA e a luta dos movimentos sociais para a efetivação do direito a educação SOUZA, Thiana do Eirado Sena de 2013 UESB Nordeste
4. ANPAE XXVI Concepções de cidadania: tensões e intenções no processo de escolarização das pessoas jovens e adultas RODRIGUES, Luiz Rubens 2015 UFJF Sudeste
5. ANPAE XXVI As perspectivas para a Educação de Jovens e Adultos a partir do novo plano nacional de educação FERNANDES, Sandra Leite 2015 UNICAMP Sudeste
6. ANPAE XXVI As políticas educacionais e o programa nacional de Educação Profissional integrado à Educação Básica na modalidade Educação de Jovens e Adultos BARACHO, Maria das Graças 2015 IFRN Nordeste
7. ANPAE XXVI A formação profissional para jovens e adultos: um processo em construção? CABRAL NETO, Antônio 2017 UFRN Nordeste
8. ANPAE XXVI Políticas públicas para a Educação de Jovens e Adultos no Brasil nos últimos 10 (dez) anos: desafios e potencialidades VELIS, Valéria Ap. Vieira 2017 UNESP Sudeste

Fonte: dados coletados nas pesquisas realizadas na ANPAE 2020. Elaboração dos autores.

Quadro 9 Produções da ANPED 

Produção acadêmica Produção Autor Ano Instituição Região
1. Trabalho ANPED GT 18 Formação de educadores de jovens e adultos: saberes na proposição curricular PINHEIRO, Rosa Aparecida 2008 UFRN Nordeste
2. Trabalho ANPED GT 18 O permanente amadorismo em EJA: a experiência da formação de educadores em educação de jovens e adultos no município do Rio de Janeiro RIBEIRO, Ana Cristina 2008 UNESA, RJ Sudeste
3. Trabalho ANPED GT 18 “A política dos outros” na produção de sentidos sobre formação de professores de jovens e adultos ALVARENGA, Marcia Soares de 2009 UERJ Sudeste
4. Trabalho ANPED GT 08 Interdisciplinaridade e inovação educativa pelo olhar etnográfico PEREIRA, Antonio Serafim 2010 UNESC Sul
5. Trabalho ANPED GT 18 Formação de professores da Educação de Jovens e Adultos: ensaio sobre a possibilidade de diálogo entre o conceito de capital cultural e a crítica à Educação Bancária SILVA, Waldeck Carneiro da 2010 UFF Sudeste
6. Trabalho ANPED GT 08 Necessidades formativas de educadores que atuam em projetos de educação não-formal PRÍNCEPE, Lisandra Marisa 2011 PUC-SP Sudeste
7. Trabalho ANPED GT 08 A constituição dos formadores de professores e a potencialidade da práxis histórica de Paulo Freire para estudos e ações DE PAULA, Lucimara Cristina 2011 UFSCar Sudeste
8. Trabalho ANPED GT 18 Caminhos e desafios à formação de educadores de jovens e adultos PORCARO, Rosa Cristina 2011 UFV UFMG Sudeste
9. Trabalho ANPED GT 18 A mediação na prática pedagógica da Educação de Jovens e Adultos: sentidos e complexidades imanentes LOSSO, Adriana Regina Sanceverino 2011 UFFS, SC Sul
10. Trabalho ANPED GT 08 A relação entre OCDE e a política de formação docente brasileira FERREIRA, Diana Lemes 2012 UFPA Norte
11. Trabalho ANPED GT 18 Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos no Brasil: a presença de Paulo Freire OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de 2012 UEPA Norte
12. Trabalho ANPED GT 18 “Educar servidores públicos”: dilemas da docência no contexto de trabalho da Educação de Jovens e Adultos BANDEIRA, Elça Maria Sá 2012 UECE Nordeste
13. Trabalho ANPED GT 06 Educação popular como política pública: análise crítica SCHÖNARDIE, Paulo Alfredo 2015 UNIJUÍ, RS Sul
14. Trabalho ANPED GT 18 Construção da identidade do docente da Educação de Jovens e Adultos: contribuições da prática de ensino e da extensão universitária MOURA, Ana Paula Abreu 2015 UFRJ Sudeste
15. Trabalho ANPED GT 18 Políticas de EJA Implementadas nos últimos 20 anos e uma leitura no campo das políticas do novo cenário MACHADO, Maria Margarida 2017 UFG Centro-Oeste

Fonte: Dados coletados nas pesquisas realizada na ANPED, jan./2020. Elaboração dos autores.

As pesquisas mostram que na ANPAE as produções classificadas estão concentradas, respectivamente, nas Regiões Nordeste, com 04 produções; Sudeste, 03 Produções; e Centro-Oeste, com 01 produção. Podemos observar que as pesquisas analisadas na ANPED se concentram nas regiões Sudeste, com 10 produções; Nordeste, 06 produções; Sul, 03 produções; e Centro-Oeste e Norte, com 02 produções, nessa ordem.

Machado (2000), ao estudar sobre a produção científica na área da EJA, mostra-nos que a vida profissional do docente dessa modalidade de ensino não possibilita sua formação continuada por meio de estudos ou de cursos e que, ainda, quando de alguma forma existe esse aperfeiçoamento, a formação recebida é insuficiente e inadequada para atender às demandas impostas pela maioria das instituições. A autora afirma que:

As pesquisas relacionadas à formação de professores também ressaltam em suas conclusões a necessidade de um processo de formação continuada, primando pela articulação entre teoria e prática, que inclua a superação da desarticulação entre as propostas pedagógicas de formação e os objetivos específicos da Educação de Jovens e Adultos, quer seja oferecida por secretarias de estado e municípios ou por universidades. (MACHADO, 2000, p. 24).

Segundo a autora, então, há uma fragilidade na formação desse professor, que acaba por ter de aprender junto dos alunos, gerando, assim, dificuldades em praticar os princípios político-pedagógicos defendidos pela EJA − situação ainda vista e vivenciada nos dias atuais.

4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

O que podemos constatar com as pesquisas é que o Brasil está vivendo, ainda, um momento de configuração e renovação do processo de formação do educador de jovens e adultos, visto que essa realidade demanda muita discussão sobre o processo de ensino na EJA e, mais especificamente, sobre o processo de formação desses educadores.

Em relação às regiões geográficas brasileiras, todas as cinco produziram pesquisas analisadas neste estudo, totalizando 559 produções. A concentração dos programas de pós-graduação brasileiros na Região Nordeste fez esta região contribuir com 39,71% do total de pesquisas; seguida pela região Sudeste, com 39,36%; Sul, com 15,74%. As regiões Centro-Oeste e Norte ficaram com menos de 10% das pesquisas, 4,83% e 0,35%, respectivamente. A produção de pesquisas na área de Educação parece demonstrar a fragilidade das políticas públicas de Educação nas regiões brasileiras que são economicamente mais carentes.

Analisar e coletar dados sobre as características da produção acadêmica de determinada área do conhecimento exige que o pesquisador estabeleça critérios analíticos, de modo a coletar dados que tenham relevância para o pesquisador, mostrando um balanço e uma análise sistematizada do desenvolvimento do campo do conhecimento sugerido.

São diversas as pesquisas que analisam a relação entre formação docente, atuação docente e políticas públicas na EJA. Para essas pesquisas, a EJA consistiria em uma forma de os educadores se prepararem quanto ao saber para a participação na vivência em comunidade ou a organização social de acordo com seu percurso formativo ao longo da vida.

Notamos que essa discussão ainda pode ser mais explorada, sobretudo na dimensão das políticas públicas. Algumas pesquisas descreveram como a EJA, entendida das mais variadas formas, seja como formação, atuação ou políticas públicas, pode assegurar o sucesso dos projetos de escolarização de jovens e adultos.

Por fim, o conjunto das pesquisas sobre a temática exposta aqui demonstra muitas limitações para conclusões mais consistentes. Os números encontrados nesta pesquisa demonstram que o tema da EJA tem sua importância dentro do campo da produção científica na área da educação. Mas há de se notar, no entanto, um maior interesse da área em pesquisas educacionais que relacionam a EJA com as áreas de letramento, memórias, Linguística, Geografia e Matemática, apontando a necessidade de se expandirem os estudos e as pesquisas no campo das políticas públicas, da trajetória e da formação docente.

2Estado do conhecimento ou estado da arte, como é comumente chamado, é uma denominação utilizada no campo educacional, ou, como denominado na área de saúde, uma revisão narrativa (ELIAS et al. 2012), permitindo ao pesquisador estabelecer relações com produções anteriores, podendo assim identificar temáticas recorrentes na perspectiva de consolidação de uma área de conhecimento e constituindo-se em orientações de práticas pedagógicas para estudos de revisão bibliográfica. Nesse tipo de estudo, são analisadas as produções bibliográficas em “determinada área [...] fornecendo o estado do conhecimento sobre um tópico específico, evidenciando novas ideias, métodos, subtemas que têm recebido maior ou menor ênfase na literatura selecionada” (NORONHA; FERREIRA, 2000 apudVOSGERAU; ROMANOWSKI, 2014).

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Recebido: 10 de Março de 2020; Aceito: 10 de Fevereiro de 2021

Marileide Lima Moutinho Pamponet Lima: Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Licenciada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. E-mail: leidemp@hotmail.com, Orcid: http://orcid.org/0000-0002-1688-6892

Adenilson Souza Cunha Júnior: Doutor em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Professor adjunto do Departamento de Ciências Humanas, Educação e Linguagem e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). E-mail:adenilsoncunha@uesb.edu.br, Orcid: http://orcid.org/0000-0003-3622-1799

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