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Revista Internacional de Educação Superior

versão On-line ISSN 2446-9424

Rev. Int. Educ. Super. vol.8  Campinas  2022  Epub 12-Ago-2022

https://doi.org/10.20396/riesup.v8i0.8662689 

Artigos

Internacionalização na Universidade Nacional de San Luis, Argentina 2005-2014: Faces Institucionais e Não Institucionais

Internacionalización en la Universidad Nacional de San Luis, Argentina 2005-2014: Faces Institucionales y No Institucionales

Sergio Ricardo Quiroga1 
lattes: 7809475644584704; http://orcid.org/0000-0003-2586-6321

1Universidade Nacional de São Luís


RESUMO

Esta apresentação descreve e analisa a natureza da cooperação e internacionalização, os rostos institucionais e não institucionais da internacionalização do ensino superior na Universidade Nacional de San Luis (Argentina), no período 2005-2014. Seu objetivo é examinar o papel dos atores e normas institucionais, como o Estatuto da Universidade, o Plano Organizacional, a ação do Escritório de Relações Interinstitucionais, a Lei Nacional do Ensino Superior e as sugestões dos documentos emanados de organizações internacionais, por um lado e facetas não institucionais, como a motivação de alunos e professores nos processos de internacionalização. Com essa tarefa, normas e documentos institucionais foram examinados e, por meio de entrevistas semiestruturadas, as visões de internacionalização de alunos e professores. Após o estudo proposto, podemos concluir que a UNSL deve reconhecer seus problemas e dificuldades nessa área, priorizar o Escritório de Relações Interinstitucionais, estabelecer possíveis agendas, incorporar uma cultura coletiva e colaborativa que busca reconhecer a internacionalização como um instrumento gerencial de aprendizado múltiplo impacto intercultural e internacional devido ao seu conteúdo e finalidade educacional que transcende as fronteiras do espaço temporal e trabalha para a internacionalização de e para a universidade, seu significado e atenção são essenciais para expandir as possíveis modalidades de cooperação eficaz entre as universidades.

PALAVRAS-CHAVE: Universidade; Internacionalização; Cooperação; Interculturalidade; Diálogo

RESUMEN

Esta presentación describe y analiza la naturaleza de la cooperación y la internacionalización, las caras institucionales y no institucionales de la internacionalización de la educación superior en la Universidad Nacional de San Luis (Argentina), en el período 2005-2014. Su propósito es examinar el rol de los actores y las normas institucionales, como el Estatuto Universitario, el Plan Organizacional, la acción de la Oficina de Relaciones Interinstitucionales, la Ley Nacional de Educación Superior y las sugerencias de documentos emitidos por organismos internacionales, por un lado y facetas no institucionales, como la motivación de estudiantes y docentes en los procesos de internacionalización. Con esta tarea se examinaron las normas y documentos institucionales y, a través de entrevistas semiestructuradas, las visiones de internacionalización de estudiantes y docentes. Luego del estudio propuesto, podemos concluir que la UNSL debe reconocer sus problemas y dificultades en esta área, priorizar la Oficina de Relaciones Interinstitucionales, establecer agendas posibles, incorporar una cultura colectiva y colaborativa que busque reconocer la internacionalización como una herramienta gerencial para el aprendizaje de múltiples impactos interculturales. e internacional por su contenido y finalidad educativa que trasciende las fronteras del tiempo y trabaja por la internacionalización de y para la universidad, su significado y atención son fundamentales para ampliar las posibles modalidades de cooperación efectiva entre universidades.

PALABRAS CLAVE: Universidad; Internacionalización; Cooperación; Interculturalidad; Dialogo

ABSTRACT

This presentation describes and analyzes the nature of cooperation and internationalization, the institutional and non-institutional faces of the internationalization of higher education at the National University of San Luis (Argentina), in the period 2005-2014. Its purpose is to examine the role of actors and institutional norms, such as the University Statute, the Organizational Plan, the action of the Office of Interinstitutional Relations, the National Higher Education Law and the suggestions of documents issued by international organizations, on the one hand and non-institutional facets, such as the motivation of students and teachers in internationalization processes. With this task, norms and institutional documents were examined and, through semi-structured interviews, the visions of internationalization of students and teachers. After the proposed study, we can conclude that UNSL should recognize its problems and difficulties in this area, prioritize the Office of Interinstitutional Relations, establish possible agendas, incorporate a collective and collaborative culture that seeks to recognize internationalization as a managerial tool for learning multiple intercultural impact and international due to its educational content and purpose that transcends the boundaries of time and works for the internationalization of and to the university, its meaning and attention are essential to expand the possible modalities of effective cooperation between universities.

KEYWORDS: University; Internationalization; Cooperation; Interculturality; Dialogue

Introdução

Esta apresentação descreve e analisa a natureza da cooperação e internacionalização, os rostos institucionais e não institucionais da internacionalização do ensino superior na Universidade Nacional de San Luis (Argentina), no período 2005-2014. Seu objetivo é examinar o papel dos atores e normas institucionais, como o Estatuto da Universidade, o Plano Organizacional, a ação do Escritório de Relações Interinstitucionais, a Lei Nacional do Ensino Superior e as sugestões dos documentos emanados de organizações internacionais, por um lado e facetas não institucionais, como a motivação de alunos e professores nos processos de internacionalização. Com essa tarefa, normas e documentos institucionais foram examinados e, por meio de entrevistas semiestruturadas, as visões de internacionalização de alunos e professores.

Nos últimos vinte e cinco anos, políticas desenvolvidas integração e cooperação regional expansionista internacional na América Latina, que intimamente ligado aos processos de internacionalização do ensino superior, entendida como “qualquer esforço sistemático que visa tornar o ensino superior mais exigido pelas demandas e desafios relacionados à globalização da sociedade, da economia e do mercado de trabalho” (...) (MOROSINI, 2006, p. 97).

Na Argentina, apesar de alguns avanços nos últimos anos, os processos de internacionalização das universidades estão progredindo lentamente. O conceito de natureza multidimensional não parece claro para as autoridades e gerentes da universidade. Theiler (2005) destaca que a promoção da internacionalização na Argentina se deu por meio de atividades relacionadas à cooperação entre América Latina e Espanha por meio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECI) e do estabelecimento de bolsas Mutis na cúpula. do estado e do governo. Desse modo, por meio da implantação dos programas da AECI, em particular do Programa de Cooperação Internacional (PCI), fizeram com que muitas universidades passassem a realizar atividades internacionais. Por outro lado, surgiu o Mercosul, um processo de integração que inclui Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e, mais recentemente, Chile e Bolívia, não sem suas dificuldades e entraves, o que incentivou as universidades a buscar programas de integração e relacionamento. (THEILER, 2005). Fernández Lamarra (2002) afirma que nos anos 90 se intensificou o processo de internacionalização do ensino superior. Na Argentina, os governos vêm promovendo desde 2003 linhas de ação e financiamento para promover a internacionalização que impulsionaram a atuação internacional das universidades (ASTUR E LARREA, 2012), incorporando uma nova função com características duplas e transversais às funções tradicionais ensino universitário, pesquisa, gestão e extensão (RAMÍREZ, 2017).

O estudo da internacionalização nas universidades argentinas pode ser considerado estratégico, como um dos elementos-chave para o desenvolvimento da educação superior, a melhoria da qualidade acadêmica, a pesquisa e produção de conhecimento e o desenvolvimento do perfil internacional dos alunos.

Internacionalização

O conceito de internacionalização evoluiu ao longo do tempo e é tão complexo quanto confuso, de acordo com Knight (1999). O termo internacionalização de o ensino superior encontra diversas conceituações. Knight (1993, p. 21) definiu-o como “o processo de integração de uma dimensão internacional e intercultural em ensino, pesquisa e serviços da instituição”.

A internacionalização do ensino superior está relacionada a todo de políticas e práticas desenvolvidas por sistemas acadêmicos, universidades e pesquisadores para enfrentar a globalização (ALTBACH; KNIGHT, 2007). É um conceito complexo e multidimensional que envolve pesquisa, ensino e prestação de serviços à sociedade, devido à sua transversalidade. Ao mesmo tempo, também gera intenso debate e está cada vez mais presente nas agendas governamentais, principalmente em países emergentes como o Brasil (SANTIN; VANZ; STUMPF, 2016).

Tradicionalmente, inclui um amplo conjunto de elementos, como programas de estudo, ensino e aprendizagem, pesquisa, arranjos institucionais, mobilidade de alunos e professores, cooperação, etc. Uma ampla gama de propostas e atividades que têm múltiplas dimensões e atores do ensino superior e não constitui um processo homogêneo ou unidirecional. O termo também se refere, além disso, a dois paradigmas opostos que explicam visões opostas, por um lado, o modelo de internacionalização focado na cooperação e na solidariedade internacional tradicional; por outro, um modelo competitivo, orientado à busca de benefícios (VERGER, 2006).

Gacel-Ávila (2017) destaca que as pesquisas sobre internacionalização do ensino superior são relativamente recentes e são realizadas por um número muito pequeno de especialistas e pesquisadores no mundo e, como campo de estudo, começaram em meados da década de 90, na América Latina. no estudo de políticas e programas institucionais, por ser considerada uma estratégia fundamental para enfrentar os desafios decorrentes da globalização e da sociedade do conhecimento.

Duas dimensões da internacionalização foram registradas na Declaração de Bolonha de 1999 e na Estratégia de Lisboa de 2000: cooperação e competição. Ambos os processos enfatizam que a cooperação deve ser aumentada para desenvolver o ensino superior e a pesquisa. A estratégia de Lisboa está descrita em "O Relatório 2010-2011 sobre os objetivos educacionais espanhóis e europeus: estratégia de educação e treinamento para 2020", enquanto o Processo de Bolonha foi um acordo assinado pelos ministros da educação de vários países europeus como também Rússia, Turquia e a cidade italiana de Bolonha.

Jane Knight caracteriza a globalização e o surgimento da economia do conhecimento, regionalização, tecnologias da informação e comunicação, novos fornecedores, fontes alternativas de financiamento, questões de ausência de fronteiras, como verdadeiros desafios no ambiente atual aprendizagem ao longo da vida e diversidade de atores (KNIGHT, 2008). María Paz López (2013) propôs os conceitos de capacidades de internacionalização e condições institucionais de internacionalização ao indagar sobre as capacidades construídas pelos atores dos grupos de pesquisa, as comunidades universitárias e as possibilidades que os quadros institucionais oferecem para o seu desenvolvimento. A definição de internacionalização de Jane Knight (1999) foi revisada e caracteriza a internacionalização como “o processo intencional de integrar uma dimensão internacional, intercultural ou global no objetivo, funções e provisão do ensino pós-secundário, a fim de aumentar a qualidade da educação e pesquisa de todos os alunos e funcionários para dar uma contribuição significativa à sociedade” (DE WIT, 2015, p. 287).

A definição reflete a crescente conscientização de que a internacionalização deve ser mais inclusiva e menos elitista e que a ideia de mobilidade no exterior deve ser vista como parte integrante do currículo internacionalizado. A internacionalização é vista como um meio de melhorar a qualidade e não deve se concentrar apenas nos fundamentos econômicos.

O acadêmico Schoorman (1999) define internacionalização como um processo holístico, contínuo, abrangente e contra hegemônico que ocorre no contexto internacional do conhecimento no qual as sociedades são vistas como subsistemas de um mundo mais amplo e inclusivo. Para Schoorman, a internacionalização não pode ser vista como um evento pontual no tempo, mas como um ciclo de atos sucessivos integrados aos processos educacionais (SHOORMAN 1999, GACEL-ÁVILA 2017).

O conceito de internacionalização abrangente ou abrangente vai além da noção tradicional de atividades internacionais, cooperação internacional e mobilidade física das pessoas. Também pode ser entendido como o conjunto de estratégias de internacionalização abrangentes e transversais para todo o processo educacional, a fim de contribuir significativamente para melhorar a qualidade e a relevância do ensino superior (GACEL ÁVILA 2017).

A internacionalização constitui um fenômeno emergente que pode ser entendido como uma estrutura relacional complexa e ambígua que expõe forças opostas e centrífugas com características únicas e que concede fortes desafios às suas comunidades de acordo com seu grau de consciência, sua cultura acadêmica e as possibilidades e desenvolvimento ação em nível local / internacional (QUIROGA, 2019, 2020). Debater e refletir sobre a internacionalização da Universidade implica uma posição política sobre o papel da Universidade e de seus atores no século XXI.

A colonização acadêmica pode estar associada à internacionalização, é um fenômeno muito antigo, antes de a globalização. Durante o período colonial, a Espanha aprendeu sobre educação na metrópole, embora permitisse diversificação das universidades nas colônias, enquanto Portugal usou um modelo no qual as elites crioulas tiveram que viajar para Coimbra para realizar estudos superiores. Atualmente, o imperialismo acadêmico tem uma de suas demonstrações na transferência de estudantes de países periféricos a universidades centrais, causando fuga de cérebros, reprodução do que aprenderam quando retornam a seus países e manutenção de uma rede de links do lado de fora que pode ser transformado em dependência (DOMINGUEZ, 2016).

Comunicação na UNSL

A comunicação nas organizações educacionais é um elemento vital para seu desenvolvimento. Para que a universidade seja uma organização paradigmática com públicos específicos, é necessário dotá-la de um plano e estratégia de comunicação que a articule com os diversos públicos. A mera criação de órgãos que buscam organizar a comunicação, o espaço na estrutura governamental, mesmo como parte estrutural de um desenvolvimento estratégico integral, não consegue por si só deslocar o campo comunicacional de um olhar reducionista vinculado à mídia em seu diferentes linguagens e dispositivos e um papel denominado difusionista. O enclave complexo e comunicativo dos novos cenários convergentes e da política de comunicação institucional deve levar em conta essas novas linguagens e plataformas e a visão da comunicação institucional como um processo que deve vincular a instituição ao seu contexto social. Comunicar a internacionalização, os seus processos, as suas culturas e integrá-los no quotidiano docente não é tarefa fácil. A comunicação também pode ser entendida como um conjunto de trocas a partir das quais se processam identidades, normas, valores, se articulam interesses, se acumulam e se legitimam saberes e poderes, é inevitável reconhecê-la como terreno privilegiado para a construção de sentidos de ordem social, que competirão entre si para se tornarem hegemônicos (MATA, 1996). Fica ainda mais difícil comunicar internacionalização, quando se atende a dispersão e fragmentação da informação motivada pela diversidade dos meios de comunicação universitários, que em muitos casos não fica claro por que foram criados.

A Internacionalização da Universidade Nacional de San Luis

A Universidade Nacional de San Luis, Argentina desde seu nascimento construiu sua própria história de cooperação internacional e relacionamento com o mundo. O vínculo e a inter-relação permanente são uma característica essencial da universidade ao longo do tempo. Todas as iniciativas foram canalizadas pelas Faculdades e pela área de Relações Internacionais que existiam na UNSL como agência específica desde 1990 (NORIEGA E MAINERO, 2014).

As Bolsas de Estudo do Programa de Pós-Graduação em Governo, Políticas Públicas e Administração da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) foram desenvolvidas para ajudar a melhorar a capacidade administrativa e governamental de países em desenvolvimento, cujo objetivo principal é o estudo sobre Governo, Políticas Públicas e Administração Pública. É um Master (MA) para fazer na Meiji University, Tóquio, Japão. Também as Bolsas de Pós-Graduação - Fundação Carolina para estudos de pós-graduação que visam a formação na Espanha para graduados nacionais de um país latino-americano, com capacidade acadêmica ou profissional respaldada por um currículo poderoso. Também foi desenvolvido o Programa de Bolsas de Estudo British Chevening, por meio do qual o Governo Britânico oferece aos graduados argentinos a possibilidade de cursar pós-graduação no Reino Unido em qualquer área de estudo, exceto medicina e professores de inglês, as áreas de aplicação mais frequentes são Administração Pública, Administração de Empresas, Ciência Política, Comunicações, Direito e Ecologia.

A constituição da Secretaria de Relações Interinstitucionais (SRI) desde 2007, canalizou com impulsos diversos, diferentes propostas de intercâmbio e cooperação no interior da universidade, estabelecendo bases prospectivas e dinâmicas. Com a Portaria do Conselho Superior 08/28 da universidade, a Estrutura da UNSL foi redefinida, e no âmbito da mesma a área foi elevada à categoria de Secretaria de Relações Interinstitucionais em 2008.

Metodologia

Este trabalho investiga as atividades de cooperação, internacionalização e mobilidade de alunos e professores da Universidade Nacional de San Luis (Argentina), os acordos de cooperação e internacionalização existentes na UNSL durante o período 2005-2014 e a descrição das atividades de cooperação e internacionalização realizadas, no período de 2005-2014, na UNSL. Também busca identificar e caracterizar o desenvolvimento dos processos de intercâmbio em professores e alunos de graduação e pós-graduação da Universidade Nacional de San Luis, para saber como os atores (professores e alunos) estiveram vinculados a essas iniciativas, que experiências obtiveram e que descrições. e balanços fazem de sua participação.

Foram examinados os acordos de cooperação e internacionalização da UNSL, no período estabelecido, e realizadas entrevistas semiestruturadas com professores e alunos que participaram de uma iniciativa relacionada à internacionalização da universidade.

Propomos uma análise da Internacionalização na Universidade Nacional de San Luis com base em fatores institucionais e não institucionais. Com esse objetivo, elaboramos a seguinte tabela-guia.

Fonte: Elaboração do autor

Diagrama 1 Fatores institucionais  

Aqui está uma breve descrição de cada dimensão.

Organizações internacionais de ensino superior

A Associação Internacional de Universidades (IAU) é uma organização mundial criada em 1950, que visa melhorar o entendimento e a cooperação internacional e contribuir para o desenvolvimento de um ensino superior de qualidade em todo o mundo. A IAU reúne mais de 630 instituições e organizações de cerca de 150 países e, em uma Chamada à Ação publicada pela Associação Internacional de Universidades (IAU 2012), expõe as idéias da organização sobre a internacionalização do ensino superior.

Lei do ensino superior

A Lei nº 24.521 estabeleceu que uma característica relevante do ensino superior argentino é o ensino gratuito. Arte. O nº 2 da Lei Argentina de Ensino Superior estabelece a gratuidade de estudos de graduação em instituições de ensino superiores estatais e proíbe expressamente o estabelecimento de qualquer tipo de garantia, taxa, imposto, tarifa ou taxa direta ou indireta.

Estatuto da Universidade

O objetivo da Universidade Nacional San Luis é capacitar recursos humanos para a aplicação do conhecimento na melhoria das condições de vida da sociedade, no desenvolvimento do conhecimento científico e técnico e na disseminação do conhecimento e de todos os tipos de cultura, conforme indica o artigo N ° 1 do Estatuto da UNSL. A internacionalização não está presente no atual Estatuto da Universidade.

O Estatuto da Universidade da UNSL, norma que regulamenta a vida institucional, estabelece no art. O N ° 1 tem como objetivos das suas ações “formar recursos humanos formados para a aplicação do conhecimento na melhoria das condições de vida da sociedade, desenvolver conhecimentos científicos e técnicos com vista a aumentar a compreensão do universo e da localização do o homem nela, a difusão do conhecimento e de toda a cultura”.

O Art. N ° 2 do Estatuto da Universidade descreve que as funções da universidade são, entre outras, as de ministrar o ensino superior correspondente às carreiras de graduação e pós-graduação, visando a melhoria permanente dos seus destinatários, a organização de todas as outras modalidades de ensino superior , de acordo com as necessidades do meio ambiente e do restante do sistema educacional, oferecendo especializações com oportunidade de trabalho, atuando no sistema educacional e propondo modelos de ensino para níveis primário e secundário, promovendo e desenvolvendo a pesquisa científica e tecnológica.

A ideia que subjaz ao estatuto é buscar o aperfeiçoamento dos destinatários (alunos e professores) está em consonância com a prescrição do art. N ° 39 da Lei do Ensino Superior modificada pela Lei 24.521 que estabelece que a formação de pós-graduação seja realizada em instituições universitárias ou outro tipo de organização acadêmica devidamente credenciada. Este conceito também está vinculado aos processos de cooperação, mobilidade e internacionalização de que participam as universidades.

Plano Institucional

O Plano Institucional da Universidade Nacional de San Luis é um documento de trabalho universitário (http://www.unsl.edu.ar/index.php/menu/secretaria/sec_planeamiento) que destaca a importância dos processos de cooperação e internacionalização do ensino superior e abre possibilidades importantes para alunos e professores se conhecerem e se enriquecerem com outras experiências, sempre buscando uma universidade aberta que permita intercâmbios nos níveis local, regional, nacional e internacional.

Relações Interinstitucionais

O Escritório de Relações Interinstitucionais da Universidade Nacional de San Luis (UNSL), desde a sua criação em 2008, teve a tarefa de se relacionar com o mundo exterior. A missão do Escritório tem sido gerenciar acordos com instituições públicas e privadas, organizações governamentais e não governamentais, nos níveis provincial, nacional e internacional. Suas principais funções são promover os procedimentos para a assinatura de acordos-quadro e acordos específicos para a realização de atividades conjuntas da UNSL, com organizações e agências públicas e privadas, provinciais, nacionais e internacionais, para promover a execução de acordos. e acordos de vínculo universitário com outras universidades e centros acadêmicos e de pesquisa, nacionais e estrangeiros.

O sistema de relações interinstitucionais da Universidade Nacional de San Luis começou a se desenvolver desde a própria criação da universidade. No entanto, seu desenvolvimento foi diversificado dentro das faculdades e não havia uma estratégia de internacionalização institucional para a universidade.

Na busca de documentos e fontes realizadas, constatamos que não há muita informação sobre o período de análise dos anos 2005-2006. No entanto, durante os anos 2005-2006, as atividades de cooperação e internacionalização da Universidade Nacional de San Luis foram desenvolvidas pelas Faculdades e pelos cinco Institutos nas áreas de Química Tecnológica (INTEQUI), Matemática Aplicada (IMASL) Física Aplicada (INFAP), Ciências Químicas (INQUISAL) e Ciências Biológicas Aplicadas (IMBIO) e o Centro Científico-Tecnológico UNSL-CONICET. Todas as iniciativas foram canalizadas pelas Faculdades e pela área de Relações Internacionais existentes na UNSL como unidade específica desde 1990.

Nas etapas adotadas entre 2007 e 2010 e de 2010 a 2013, a área de relações interinstitucionais foi elevada ao posto de Secretaria. Desde 2007, a associação é paga a diferentes consórcios dos quais a UNSL não participou. Nesse período, algumas relações preexistentes com diferentes universidades e redes foram fortalecidas e a participação da universidade em vários programas foi substancialmente ampliada.

Embora a UNSL tenha desenvolvido progressivamente formas tradicionais de cooperação, como a mobilidade de professores e de estudantes, não atingiu intensidade e densidade significativas no período em análise. Mesmo essa organização educacional não foi capaz de empreender essas novas formas de internacionalização, como educação transfronteiriça ou virtual, nos termos de Rama (2011) e gerar a presença de equipes de pesquisa de duas ou mais universidades.

  • Nesse período, foram lançados novos projetos que deram visibilidade ao espaço de relações interinstitucionais da universidade, que até então não possuía essa área. Embora no nível dos grupos de trabalho internos da universidade já existissem intercâmbios internacionais, tornando realidade a cooperação entre as universidades, no nível institucional da Universidade Nacional de San Luis foi pouco desenvolvido. A área começa a ter visibilidade desde 2007.

  • Desde 2013, a UNSL designa uma Secretaria de Relações Interinstitucionais, que não depende mais do Vice-Reitor. A visibilidade do Secretariado aparece na administração, no site institucional da UNSL, no circuito de imprensa e por e-mails.

  • O Secretário de Relações Interinstitucionais (SRI) participou e participa de vários programas de cooperação. Os programas em que a Reitoria participa ativamente são as bolsas JIMA, MACA, ERASMUS MUNDO, CRISCOS, PAME-UDUAL, MAGMA e FULBRIGHT. Os programas de cooperação e intercâmbio têm continuidade e permanência dentro da universidade. O Erasmus Mundus é um programa de bolsas de estudo para estudantes de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado, bem como para funcionários universitários em cargos acadêmicos ou administrativos, financiados pela Comissão Europeia e cujos objetivos são contribuir para a criação de confiável entre os países da União Européia e da América Latina e o fortalecimento dos laços políticos, culturais, educacionais e econômicos entre as duas regiões.

  • Enquanto isso, as bolsas Fulbright promovem o treinamento de graduados universitários por meio de mestrado ou doutorado nos EUA. Na última década, essa organização concedeu mais de 500 bolsas os graduados de todas as disciplinas com diferentes alternativas de financiamento. O programa também busca fortalecer o ensino da língua inglesa na Argentina e oferece várias bolsas de estudos para promover o desenvolvimento profissional dos professores.

  • O Programa de Intercâmbio de Jovem México-Argentina (JIMA) permite que estudantes de graduação realizem uma estadia acadêmica de quatro meses em uma universidade mexicana participante. Em troca, a universidade argentina recebe estudantes mexicanos durante um período semelhante e há duas chamadas anuais, uma para cada semestre. Por meio desse programa, os alunos podem estudar um semestre de seu diploma em uma universidade estrangeira, com a possibilidade de gerenciar o reconhecimento das disciplinas aprovadas em sua universidade de origem.

  • O Programa MACA promove o intercâmbio de estudantes argentinos e colombianos durante um semestre. Os requisitos exigidos são os de ser aluno regular do curso, ter passado em pelo menos 40% das disciplinas de seu curso (exame final), ter menos de 30 anos e não ocupar cargos de professor.

  • O programa MAGMA nasceu como resultado de um acordo de colaboração para a mobilidade de acadêmicos e gerentes entre universidades argentinas e mexicanas, assinado em 2009 entre o Conselho Nacional de Interuniversidade (CIN) e ANUIES (Associação Nacional de Universidades e Instituições de Ensino Superior). Os destinatários desta iniciativa são os professores, funcionários de administração e não professores das universidades argentinas participantes. Os selecionados realizam uma mobilidade com financiamento. Esta iniciativa visa promover ações de cooperação interinstitucional, fortalecer laços e integração entre instituições, desenvolver intercâmbios de professores, metodologias e pesquisas acadêmicas e promover a capacitação de gerentes em atividades de internacionalização para instituições.

  • O Programa de Mobilidade Estudantil (PME) da CRISCOS facilita aos estudantes de uma universidade da sub-região a realização de parte de seus estudos em outra universidade da sub-região do MERCOSUL. Permite o desenvolvimento da integração regional, a promoção da mobilidade estudantil entre as universidades dos países membros do Conselho de Reitores e a criação de propostas para desenvolver vínculos com outras organizações regionais interuniversitárias. Os objetivos do programa promovem o fortalecimento da integração regional, a cooperação interuniversitária e a contribuição para a formação de recursos humanos com uma visão de solidariedade e comunidade. A experiência da mobilidade é muito forte em estudantes que aspiram a desenvolver uma carreira profissional no futuro. Os estudos de graduação são enriquecidos com esses aprendizados em diferentes contextos que envolvem toda uma experiência cognitiva e cultural. No entanto, o número de estudantes que podem acessar essas experiências é pequeno e a universidade precisa e deve gerar propostas e experiências em atividades conhecidas como “internacionalização em casa”.

  • Na iniciativa PAME-UDUAL, qualquer universidade ou instituição de ensino superior (IES) afiliada à União de Universidades da América Latina e do Caribe (UDUAL) interessada na mobilidade de seus alunos em sua adesão e oferecer padrões, participa de quadrados. O objetivo deste programa é promover a internacionalização e a integração entre as universidades afiliadas à UDUAL, enriquecer o treinamento acadêmico das comunidades universitárias da América Latina e no Caribe e estimular a integração e a colaboração solidária entre as instituições. Destina-se a estudantes de graduação ou graduação e dura o semestre. A Universidade Nacional de San Luis recebe estudantes estrangeiros continuamente, embora nem sempre nas melhores condições possíveis. Nesses casos, a acomodação na Residência Universitária da UNSL não seria o ambiente apropriado para os estudantes estrangeiros realizarem com êxito sua experiência de cooperação e internacionalização na Argentina.

  • Uma das principais dificuldades apontadas pelos gerentes da Secretaria de Relações Interinstitucionais da Universidade Nacional de San Luis constitui o tema do reconhecimento dos estudos de estudantes locais que cursam outras universidades estrangeiras. Não há uma definição clara a esse respeito. A UNSL não possui uma portaria para estudantes internacionais que permita canalizar esse problema de maneira mais adequada por meio de intercâmbios, embora também não haja diretrizes nacionais claras a esse respeito. Os estudantes retornam a San Luis e existem dificuldades reais para os professores da UNSL em reconhecer os estudos que esses estudantes realizaram no exterior. Esse problema não é apenas uma dificuldade no contexto local, mas também é um terreno indefinido em nível nacional. Segundo dados de um funcionário da universidade, a Universidade Nacional de San Luis teve uma taxa de aprovação de projetos de 50% em 2014, excedendo a média nacional.

Fatores não institucionais estão incluídos nas motivações de professores e alunos que participaram de experiências de internacionalização.

Fonte: Elaboração do autor

Diagrama 2 Fatores Não Institucionais  

Através de entrevistas semiestruturadas, podemos examinar diferentes aspectos das motivações do ensino para participar de processos de intercâmbio e internacionalização. Entre eles, os professores com base nas experiências realizadas foram expressos da seguinte forma.

No desenvolvimento da experiência:

  • ✓ Surpresa dos professores pela agilidade dos processos de intercâmbio nas universidades estrangeiras anfitriãs

  • ✓ Diferenças de trabalho (diferentes modos de trabalho)

  • ✓ Mas também práticas comuns entre acadêmicos

Entre as motivações a serem aplicadas nos programas, eles escolheram:

  • ✓ Links com outros acadêmicos

  • ✓ Conhecimento de diferentes contextos

  • ✓ Novas experiências

  • ✓ Conhecimento de nova bibliografia

  • ✓ Visão diferente

  • ✓ Treinamento e desenvolvimento de mestrado ou doutorado

  • ✓ Ligação com organizações acadêmicas

Em relação ao impacto da experiência realizada, os professores apresentaram os motivos mais relevantes:

  • ✓ Ligação com professores e pesquisadores estrangeiros (seminários, viagens, novos eventos acadêmicos, etc.)

  • ✓ Intercâmbios de pesquisa (livros, publicações coletivas)

Em relação ao impacto da experiência realizada, os professores apresentaram os motivos mais relevantes:

  • ✓ Formação acadêmica e profissional permanente

  • ✓ Cultura de ensino

  • ✓ Qualidade de ensino

Fonte: Elaboração do autor

Diagrama 3 Participação do Professor  

Nas entrevistas realizadas sobre a participação dos alunos em processos de internacionalização, encontramos as seguintes expressões:

A experiência de mobilidade

É uma atividade inesquecível e enriquecedora para os alunos e para a sua futura vida profissional. Os alunos que viajaram puderam conhecer outros alunos, outros professores, outra universidade, outras culturas de ensino e outro país. Estar num lugar diferente, num país diferente, mesmo que por um curto período, permite-lhe saber como é a vida dos seus habv itantes, o que lhe dá interesse e importância, a sua gastronomia e a sua forma de fazer, entre outros. Morar em outro país por alguns meses significa poder conhecer a cultura do lugar, interagir com pessoas diferentes e se adaptar a novas atividades e também a uma nova gastronomia. A experiência de mobilidade é muito forte e chocante em todas as pessoas e mais ainda nos alunos que aspiram a desenvolver uma carreira profissional no futuro. A formação é enriquecida por essas aprendizagens em diferentes contextos que envolvem toda uma experiência cognitiva e cultural.

Principais características institucionais da internacionalização

  • Os recursos humanos disponíveis para a gestão da Secretaria eram limitados, apesar disso, várias atividades foram realizadas e a UNSL participou de diferentes propostas de mobilidade. Na gestão iniciada em 2013, o organograma da Secretaria previa dois departamentos em espaços físicos escassos: o Departamento de Cooperação e o Departamento de Acordos, ambos com uma pessoa onde todos os funcionários são contratados.

  • A Secretaria de Relações Interinstitucionais (SRI) assumiu um papel de liderança durante os anos de 2007 a 2013, estabelecendo e atualizando associações e formulando iniciativas de médio alcance.

  • A mobilidade dos estudantes da Universidade Nacional de San Luis foi direcionada para as universidades dos países latino-americanos, incluindo o México, e em troca de estudantes estrangeiros dessas latitudes, eles vêm para San Luis, em reciprocidade com os acordos e programas de mobilidade estabelecidos.

Perspectivas e Linhas de Ação para o Futuro

A necessidade de a UNSL incorporar uma visão estratégica e aproveitar as experiências de mobilidade que se realizam constituem desafios da gestão universitária. A participação de todos os atores da universidade pode facilitar a incorporação de uma “cultura de internacionalização”. Por outro lado, é desejável aumentar as trocas visando cobrir mais países latino-americanos.

As dificuldades mais relevantes encontradas pelos gestores universitários em matéria de cooperação, cooperação, é o problema que surge quando os alunos se mobilizam e estudam numa universidade no estrangeiro e o consequente não reconhecimento dos estudos dos alunos da UNSL no estrangeiro. Um ponto de atenção é a resistência dos professores universitários em reconhecer estudos nas universidades acadêmicas estrangeiras. Uma cultura de internacionalização não pode crescer neste contexto, devido a uma minoria de professores pesquisadores que participam de processos de internacionalização. As experiências de ensino, embora sirvam para aumentar seus próprios currículos e prestígio profissional, não melhoram por si mesmas o ensino superior e, portanto, não contribuiriam para uma educação universitária em habilidades interculturais e competências globais exigidas neste momento (QUIROGA, 2019).

É necessário avançar nas estratégias de internacionalização do currículo, levando em consideração a articulação da interculturalidade com o perfil dos graduados, avançar nas transformações curriculares e pedagógicas com opções flexíveis e com perfil internacional, promover o fortalecimento do ensino da língua inglesa, participar e incorporar a oferta acadêmica internacional e responder com competência ao credenciamento internacional.

A internacionalização na Universidade Nacional de San Luis é restrita, não é abrangente. Os conceitos relativos à ideia de internacionalização do currículo não estão presentes nos debates atuais da universidade. A ideia de internacionalização restringe-se à mobilidade no exterior e às possibilidades de pós-graduação. A universidade não olha para as múltiplas possibilidades de uma dinâmica de internacionalização multidimensional internamente. Não olha para dentro em busca de seus pontos fortes e fracos, não percebe a internacionalização como uma possibilidade de resposta às tendências globalizantes.

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Recebido: 20 de Novembro de 2020; Aceito: 05 de Dezembro de 2021; Publicado: 23 de Março de 2022

Correspondência ao Autor1 Sergio Ricardo Quiroga E-mail: sergioricardoquiroga@gmail.com Universidade Nacional de São Luís Villa Mercedes, San Luis, Argentina CV Lattes http://lattes.cnpq.br/7809475644584704

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