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Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo

versão On-line ISSN 2447-746X

Rev. Iberoam. Patrim. Histórico-Educativo vol.5  Campinas jan./dez 2019  Epub 31-Maio-2019

https://doi.org/10.20888/ridphe_r.v5i0.9841 

Editorial

TÁTICAS EDITORIAIS EM TEMPO DE PUBLICAÇÃO CONTÍNUA: IDENTIDADE E CRIATIVIDADE

Maria Cristina Menezes1 

Maria de Lourdes Pinheiro2 

1CIVILIS/FE/UNICAMP mcris@unicamp.br

2CIVILIS/FE/UNICAMP pinheiro.lou@gmail.com


Chegamos à publicação da oitava edição da RIDPHE_R, Revista Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo, a despeito de se ler “v. 4, n. 2, (2018)” na última edição publicada; e, na apresentação do dossiê as pesquisadoras que o apresentaram terem anunciado que a segunda parte do dossiê “Diversidades e subjetividades nas relações entre patrimônio Educativo e História Oral da contemporaneidade”, publicado “neste quinto número da RIDPHE_R”; essa nova numeração informada deve-se às novas solicitações de adesão a uma numeração padronizada das Revistas. São parâmetros para leitores e editores caminharem e se reconhecerem. Por mais que possa ocorrer a expectativa de permanência fora dos padrões, os mesmos vigoram. Daí a se confessar um sentimento de impotência diante dos mesmos, sobretudo, se se apresentam sem volta, uma vez que almejam inclusão e reconhecimento entre pares.

Nas sete edições anteriores, foi sempre uma aventura, a despeito do árduo e laborioso trabalho a que são solicitadas(os) os(as) editoras(es).

O trabalho árduo de ler artigos e organizá-los; remeter aos pareceristas; acompanhar idas e vindas; trabalhar na articulação dos mesmos ao se arrolar na apresentação de um número temático, ou mesmo ao organizar artigos com temas e procedência diversa; organizar as seções; é compensado ao se fechar uma edição, vê-la pronta. Depois, pensar a capa, na relação com os textos, temáticos ou não. A capa, que vem de discussão e composição de múltiplos olhares, elaboração conjunta, proposta pelos organizadores dos dossiês aos editores, ou dos editores aos organizadores, o que pode se prolongar em idas e vindas constantes e, por vezes, na sensação do interminável.

Ao se adequar a revista a uma nova numeração das edições, algo doloroso, em um primeiro momento, entretanto, se visa compartilhar espaço e diálogo com outras revistas de cunho científico, de uma mesma instituição. São aspectos técnicos que buscam agilidade em relação à captação de dados, à publicação dos artigos, no entanto, a personalidade das diferentes publicações não pode deixar de existir. Se não mais se criará uma capa a cada edição, com certeza outras criações virão.

Se o momento anterior estava em engendrar esforços com foco em publicação quadrimestral, eis que mudam os ventos com agilidade e rapidez inesperadas, mais do que se pode acompanhar. A quadrimestralidade já não se impunha, o mais adequado estava em investir esforços na publicação contínua. A primeira decepção veio logo, já não haveria a aventura visual dialógica das capas. Uma capa dá personalidade à revista, exige um projeto gráfico que a ela se articule, aos seus temas, ao template para ela elaborado.

Lá se vão os editores em busca de informações sobre as novas recomendações, descobre-se rápido a existência de um “Manual Instrutivo para adesão à Publicação Contínua”, novos estudos se apresentaram, com muitos entraves no caminho. Se apontou a necessidade de visualização em outras revistas, o que não apresenta problema, diante das publicações digitais.

Uma publicação contínua, na qual não há fascículo, não há periodicidade, os artigos podem ser inseridos em blocos em vários momentos da publicação anual. Somente ao final do ano, ao se fechar a publicação anual, se publica um sumário completo e também se pode projetar uma capa. Para os autores, se acena para maior rapidez na publicação.

E assim, em ritmo de publicação contínua, anunciamos o primeiro bloco de textos na modalidade da RIDPHE_R. As seções permanecem tal como nas publicação anteriores.

Na seção Dossiê, a Revista publica a 2ª parte do Dossiê temático “Patrimônio-Educativo e História Oral: Subjetividades e Diversidades na Contemporaneidade”, organizado pelas Professoras Andrea Paula dos Santos Oliveira Kamensky, UFABC, Maria Lucia Mendes de Carvalho, GEPEMHEP/CPS, e Suzana Lopes Salgado Ribeiro, UNITAU/UNIS, cuja primeira parte se encontra na última edição de 2018.

O Dossiê é composto por textos de vários estados do Brasil e um artigo sobre as fotografias da Escola Normal do Estado de San Luis Potosí, no México, possibilitando que se visualize a tradição das Escolas Normais no país, como a de San Luis Potosí com 169 anos.

A diversidade temática do dossiê também impressiona, uma vez que agrega textos, com o tema das fotografias escolares, como já citado; narrativas sobre a formação de professores, ensino técnico de música, a questão da velhice no âmbito do patrimônio rural paulista, projeto de educação no campo, dois artigos tratam de pessoas com deficiência visual, um deles traz sobre o ingresso na educação básica e outro sobre o percurso acadêmico de pessoas com deficiência visual, organização de centro de memória, história do movimento estudantil, dispensário de puericultura de uma Escola Profissional Feminina. O dossiê que está em sua parte dois, diante do alto número de trabalhos recebidos, enriqueceu a revista pela dupla diversidade já citada, temas interessantes e instigantes chamam a atenção e anunciam um campo já consolidado, o da história oral.

Diante do montante de artigos ao Dossiê, há a apresentação de um texto na seção Artigo, para este primeiro bloco de textos em publicação contínua.

O artigo “Uma proposta de fomento à salvaguarda do patrimônio paleontológico da Praia do Atalaia, Pará, Brasil”, destaca a preocupação com a disponibilização ao público dos fósseis desta região Amazônica, a educação patrimonial e difusão deste patrimônio, com conclusão contundente da necessidade de políticas públicas e um museu no município.

Na seção Resenha, com o título “Educadores e educadoras: gritem contra o racismo” foi discutido o texto Negritude, Cinema e Educação: Caminhos para a implementação da Lei 10.639/2003, de Edileuza Penha Souza. Tema que já havia sido abordado na seção documento da última publicação, em final de 2018.

A seção Documento foi brindada com o texto “Atas das assembleias da Asphe/RS: documentos para a história da educação”, o que muito engrandeceu a seção da Revista, a qual se sentiu muito honrada em receber para publicação documento de tamanho significado. Trata-se de documento emblemático que para além de apresentar o percurso histórico da Asphe/RS: Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação, abre para que o leitor possa usufruir de uma verdadeira aula sobre questões ordinárias em nível institucional, que se passam muitas vezes sem a necessária compreensão do significado e elaboração, tais como as Atas.

Na seção Notícia a divulgação do VII Simpósio Iberoamericano: História, Educação, Patrimônio-Educativo. VII Simpósio da RIDPHE: Rede Iberoamericana do Patrimônio Histórico-Educativo.

Local: CEINCE – Centro Internacional de Cultura Escolar, Berlanga de Duero/Soria/Espanha.

- de 22 a 25 de julho de 2019. Acessem: https://sihepe.blogspot.com/

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