1 INTRODUÇÃO
A evolução tecnológica tem progredido a uma velocidade estonteante, de tal forma que, em momento algum da humanidade, a tecnologia esteve tão presente em nossas vidas como agora (MOREIRA; LOUREIRO; CABRITA, 2020). Antes do desenvolvimento das tecnologias digitais, as tecnologias existentes permitiam, essencialmente, à humanidade ultrapassar dificuldades do mundo físico, todavia, diante das mais recentes tecnologias, acrescem-se a essa dimensão uma compreensão mais profunda do mundo físico e natural e, ainda, o desenvolvimento de novos mundos (digitais) (MOREIRA, 2021).
Portanto, hoje, é de suma importância que a criança desenvolva conhecimento sobre o mundo natural, mas também sobre a tecnologia (BERS; SEDDIGHIN; SULLIVAN, 2013), nomeadamente os artefactos tecnológicos e, mais ainda, que deles tire, em matéria de aprendizagem, o máximo proveito.
Queremos com isso afirmar que, num mundo cada vez mais globalizado, designadamente, científica e tecnologicamente, é vital desenvolver nos alunos competências essenciais para enfrentar e instigar novos desafios à sociedade atual (COUTINHO; LISBÔA, 2011). Foi nesse quadro que surgiu o projeto SafeWeb, que visou o desenvolvimento de uma proposta curricular e de um guião de conteúdos e de orientações passíveis de serem aplicados em outros contextos, especialmente o contexto de ensino formal, sob a forma de uma unidade extracurricular ou curricular para a promoção de competências de literacia digital em jovens conforme descrito na próxima secção deste artigo.
A proposta de desenvolvimento curricular que se apresenta neste artigo surge após um projeto-piloto desenvolvido pela PROBRANCA - Associação para o Desenvolvimento Social da Branca (Albergaria-a-Velha, Aveiro, Portugal) ao longo do ano letivo 2020/2021. O projeto recebeu financiamento do BPI e da Fundação “la Caixa”. A validação externa da proposta curricular foi realizada pelo Centro de Competência TIC da Universidade de Aveiro (ccTIC UA). O ccTIC UA integra a Equipa de Recursos e Tecnologias Educativas (ERTE) da Direcção-Geral da Educação de Portugal. Desenvolve projetos transversais específicos, no âmbito da integração das TIC no processo de Ensino e de Aprendizagem em colaboração com outros centros de competência, a ERTE/DGE e alguns dos seus programas nacionais e internacionais e, ainda, ocasionalmente, com unidades de investigação do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro.
Preparou-se uma versão inicial de um Guião curricular com um total de 70 sessões de promoção de literacia digital destinado a cada grupo etário (PESTANA et al., 2020) de crianças e jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos de idade, o qual foi sendo reestruturado de acordo com as necessidades e sugestões dos alunos de modo a ser uma proposta contextualizada nos desafios que estes enfrentam em seu quotidiano, nomeadamente um confinamento geral e a interrupção letiva que ocorreram em fevereiro de 2021 (o segundo confinamento desde o início da dispersão pandémica do vírus SARS-CoV-2).
As sessões ou oficinas decorreram em tempos não letivos, num espaço destinado à ocupação pedagógica e lúdica dos alunos (Centro de Atividades de Tempos Livres - CATL). Participaram de todo o estudo 52 alunos, sendo alguns deles (13) participantes a distância, através da plataforma Zoom. Esses participantes não eram clientes da instituição que acolheu a pesquisa e, atendendo às restrições impostas para conter a propagação do vírus, estavam impedidos de frequentar as sessões.
Algumas das temáticas constantes da proposta curricular foram trabalhadas em sessões destinadas a pais, encarregados de educação, e a outros adultos interessados. Estas realizaram-se online, em direto na página do Facebook da instituição. A situação pandémica anulou a possibilidade de realizar sessões presenciais, mas permitiu que a palavra dos especialistas convidados chegasse a uma audiência alargada, impossível de reunir numa sessão presencial.
2 ENQUADRAMENTO TEÓRICO
Sabe-se que cerca de um terço dos utilizadores de Internet são crianças e adolescentes menores de 18 anos e que a idade do primeiro contacto com a Internet ocorre a idades progressivamente menores (UNICEF, 2017).
A utilização da Internet durante a infância e a adolescência pode acarretar riscos, contudo permite o acesso à informação e oportunidades de desenvolvimento de competências, em especial a crianças e jovens de contextos mais desfavorecidos socialmente (UNICEF, 2017). A proposta curricular SafeWeb propicia desenvolver competências de literacia digital e alinha-se com três dos 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável (UN, 2015): 3 - saúde e bem-estar na medida em que a utilização de recursos digitais deve ser equilibrada com outras experiências relevantes para o desenvolvimento de crianças e jovens; 4 - educação de qualidade; e 12 - consumo e produção responsáveis na medida em que crianças e jovens se configuram como consumidores de conteúdos e também produzem os seus conteúdos originais, necessitando de aprender a respeitar os direitos dos autores dos conteúdos que mobilizam para a produção dos seus próprios conteúdos, utilizando, por exemplo, licenças Creative Commons.
Promover as competências de literacia digital revela-se importante para que as crianças e jovens consigam aproveitar as potencialidades que a ligação à Internet lhes oferece, mas também diminuir a sua exposição a riscos (HELSPER, 2021).
Promover as competências digitais, a par de competências-base tradicionais (de aprendizagem, de inovação e sociais), é imperativo para as profissões futuras dos alunos (KIVUNJA, 2014) do presente e para o esclarecimento e compreensão da realidade que os rodeia, propiciando o sentido crítico num tempo em que diariamente são confrontados com enormes quantidades de informação (GUERRA et al., 2020) que necessitam filtrar.
Em linha com as conclusões e metas apresentados, as três áreas temáticas da proposta curricular foram as seguintes: riscos, potencialidades e equilíbrio e bem-estar na utilização das tecnologias.
3 METODOLOGIA
3.1 Elaboração e validação da proposta curricular
Planeou-se, com base nas três áreas identificadas (riscos, benefícios e equilíbrio e bem-estar na utilização de tecnologia), um conjunto de tópicos a abordar ao longo das cerca de 240 sessões inicialmente planificadas. Realizaram-se ao todo 180 oficinas, 72 destinadas aos alunos com idades entre os 6 e os 10 anos (1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB)), 68 voltadas aos alunos entre os 10 e os 12 anos (2.º CEB) e 42 dedicadas aos alunos entre os 12 e os 15 anos (3.º CEB). Apesar de previamente definidas as três áreas, os participantes puderam, ao longo do desenvolvimento do projeto, sugerir temáticas a abordar. A base de dados distribuída (blockchain) e os modos de transacionamento de criptomoedas foram uma das sugestões, motivada pela atualidade mediática portuguesa.
A sequência didática iniciou-se pela contextualização histórica do surgimento da Internet, intercalou-se com a abordagem a riscos e potencialidades da exploração de recursos e dispositivos digitais, concluindo-se com a planificação de sessões de exploração de tecnologias emergentes (IoT, Internet dos sentidos).
A sequência cronológica de abordagem dos temas que se seguiu é apresentada no Quadro 1.
Domínio | Tópico | CEB | ||
---|---|---|---|---|
1.º | 2.º | 3.º | ||
Potencialidades | História da Internet/O mundo antes da Internet | ✓ | ✓ | ✓ |
Riscos | Viciação online* | ✓ | ||
Riscos | A pegada digital/Roubo de identidade* | ✓ | ✓ | |
Riscos | Salvaguarda da privacidade online* | ✓ | ✓ | ✓ |
Riscos | Ciberbullying (prevenir e reagir; ciberbullying em EaD)* | ✓ | ✓ | ✓ |
Riscos | Regras para elaboração e manutenção de palavras-passe | ✓ | ||
Potencialidades | Operações com criptomoeda: definições e casos atuais | ✓ | ✓ | |
Potencialidades | Dicas de Pesquisa online | ✓ | ✓ | ✓ |
Potencialidades | Direitos de autor/Licenças Creative Commons | ✓ | ✓ | ✓ |
Potencialidades | Escrita de e-mail | ✓ | ||
Potencialidades | Compras online (acompanhamento de preços e métodos de pagamento seguros)* | ✓ | ✓ | |
Bem-estar/Riscos | Influenciadores digitais e conteúdos virais (filtrar informação de caráter publicitário e falsa) | ✓ | ||
Riscos | Ciberataques à escala global: grandes ataques | ✓ | ✓ | |
Riscos | Ameaças à segurança dos dispositivos | ✓ | ✓ | ✓ |
Bem-estar | Equilíbrio online/offline em tempos de confinamento e em férias* | ✓ | ✓ | ✓ |
Bem-estar | Netiqueta (boas práticas na comunicação online) | ✓ | ||
Riscos | Política de privacidade (o caso do WhatsApp) | ✓ | ✓ | |
Potencialidades | Conceção e avaliação de animação Stopmotion | ✓ | ||
Riscos/ Potencialidades | Localização e previsão do comportamento dos utilizadores (triangulação de dispositivos móveis, assistentes virtuais e algoritmos de previsão) | ✓ | ✓ | |
Riscos/Bem-estar | Literacia para os media (identificação de notícias e informações falsas)* | ✓ | ✓ | ✓ |
Bem-estar | Direitos e deveres online/Direitos digitais das crianças* | ✓ | ✓ | ✓ |
Riscos | Sexting e Sextrorsion* | ✓ | ✓ | ✓ |
Riscos | Grooming* | ✓ | ||
Riscos | (Cyber) violência no namoro | ✓ | ✓ | |
Bem-estar | Discurso de ódio e empatia | ✓ | ||
Bem-estar | (Distorção da) Imagem corporal | ✓ | ✓ | |
Potencialidades/ Bem-estar | Cópias de segurança | ✓ | ✓ | ✓ |
Potencialidades | Iniciação/Princípios de código (Scratch e MIT App Inventor) | ✓ | ✓ | ✓ |
Potencialidades | Tecnologias emergentes (inteligência artificial, Internet dos sentidos, redes 5G)* | ✓ | ✓ | ✓ |
Potencialidades | Tecnologias e ar livre (atividades outdoor com tecnologia) | ✓ | ✓ | ✓ |
Fonte: Os autores (2021).
Nota: *Temas abordados em oficinas destinadas a pais e encarregados de educação.
Os temas abordados em cada nível etário foram adaptados, em complexidade de abordagem e nos exemplos selecionados, à idade e maturidade dos alunos.
A proposta curricular enfatizava o desenvolvimento de competências digitais dos alunos mencionadas em documentos nacionais, como o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (MARTINS et al., 2017), e em documentos internacionais, como as competências relevantes para o século XXI (KIVUNJA, 2014) e os 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável (UN, 2015).
Cada planificação foi elaborada e validada pela equipa SafeWeb, bem como pelo ccTIC UA. Elaborou-se um Questionário intermédio cujas questões permitiram recolher a avaliação dos alunos. Os resultados dessa validação são apresentados na secção 4.
3.2 Proposta curricular adaptada a pais e encarregados de educação
Uma das metas do projeto SafeWeb prendia-se com o envolvimento da comunidade, particularmente de pais e encarregados de educação. Desse modo, algumas das temáticas (assinaladas no Quadro 1 com *) foram abordadas em sessões de promoção da literacia digital de adultos, previstas inicialmente como sessões práticas presenciais, mas que a situação pandémica induziu a alterações pelo que estas foram transmitidas online, em direto no Facebook da instituição de acordo com a calendarização apresentada no Quadro 2.
N.º Oficina | Data | Especialista(s) | Tópico(s) |
---|---|---|---|
1 | 11/02/2021 | M.ª José Loureiro Susana Senos (ccTIC UA) |
Pegada Digital Salvaguarda da privacidade online Grooming Sexting e Sextorsion Direitos e deveres online/Direitos digitais das crianças Equilíbrio online/offline |
2 | 11/03/2021 | Daniela Gomes (CNCS) |
Compras online (acompanhamento de preços e métodos de pagamento seguros) |
3 | 08/04/2021 | Filipe Moreira (Digimedia UA) |
Tecnologias Emergentes (inteligência artificial, Internet dos sentidos, redes 5G) |
4 | 30/04/2021 | Rute Agulhas (ISCTE) |
Viciação online |
5 | 13/05/2021 | Mónica Aresta (Digimedia UA) |
Equilíbrio online/offline Pegada Digital Salvaguarda da Privacidade online |
6 | 28/05/2021 | Tito Morais (MiudosSegurosNa.net) |
Ciberbullying (prevenir e reagir; ciberbullying em EaD) |
7 | 17/06/2021 | Sara Moreira (MilObs - UM) |
Literacia para os media (identificação de notícias e informações falsas) |
8 | 01/07/2021 | Cristina Ponte (NOVA-FCSH) |
EU Kids Online (resultados dos estudos) |
Fonte: Os autores (2021).
O alcance das oficinas foi avaliado através das métricas analíticas da plataforma Facebook. A análise de conteúdo dos comentários permitiu também analisar a pertinência das referidas oficinas. Na secção seguinte, apresentam-se os resultados desta avaliação.
4 RESULTADOS
4.1 Validação da proposta curricular e modelo de interação
A proposta curricular, apresentada no Quadro 1, foi sendo co-construída e validada pelo ccTIC UA ao longo da implementação do projeto.
A observação participante de elementos do ccTIC UA validou o modelo de interação seguido na maioria das sessões: apresentação de materiais de reflexão (vídeos, imagens, sons ou textos) e discussão em grupo de ideias acerca da temática da sessão, encorajando-se a partilha de experiências pessoais dos alunos e trabalhando o raciocínio crítico deles. Sempre que tal era possível, dinamizaram-se atividades práticas recorrendo a dispositivos digitais, respeitando as normas de higiene e segurança (desinfeção de equipamentos sempre que estes eram partilhados, por exemplo).
4.2 Avaliação da proposta curricular pelos alunos
A aplicação do questionário intermédio aos alunos que participaram no projeto SafeWeb permitiu recolher a sua autoavaliação das competências digitais e também a sua perceção acerca da pertinência e apreciação das oficinas.
Os alunos do 1.º CEB autoavaliam-se como mais conscientes, após a frequência das oficinas, dos procedimentos que devem ou não fazer e também das potencialidades que a ligação à Internet lhes oferece. Uma parte significativa dos alunos considera-se inclusive mais conhecedora da Internet do que os seus pais (dados do Gráfico 1).
Uma parte significativa dos alunos do 2.º CEB (seis alunos) não reconhece uma alteração nas suas competências, após a frequência das oficinas, relativamente aos procedimentos que devem ou não fazer e também às potencialidades que a ligação à Internet lhes oferece. Contudo, nove alunos consideram-se mais esclarecidos acerca dos procedimentos a realizar online e sete, mais conscientes das potencialidades das ferramentas online. A grande maioria dos alunos, ainda assim, julga ter aumentado as suas competências de literacia digital (terceira afirmação, apresentada a laranja no Gráfico 2).
Uma parte dos alunos de 2.º CEB (sete alunos) reputa-se mais conhecedora, após a frequência das oficinas, da Internet do que os seus pais, enquanto outra parte (cinco alunos) não notou melhorias (dados do Gráfico 2).
A maioria dos alunos do 3.º CEB (seis alunos) considera ter ampliado as suas competências de utilização de Internet, estando mais conscientes dos procedimentos adequados necessários. Também a maioria desses alunos está mais consciente das potencialidades das ferramentas online e julga-se mais conhecedora que os pais após a frequência das oficinas (dados do Gráfico 3).
A apreciação global do projeto SafeWeb foi bastante positiva; em abril de 2021, 44% dos alunos gostavam e 41% afirmavam gostar muito das oficinas, como se pode comprovar consultando o Gráfico 4.
Quando questionados acerca das temáticas abordadas nas sessões, a grande maioria dos alunos do 1.º CEB reconheceu utilidade à exploração das diversas ameaças à segurança dos dispositivos (vírus, phishing etc.), das dicas de escolha de palavras-passe e também à exploração dos direitos dos autores e sua salvaguarda, como se pode verificar pelos dados do Gráfico 5.
Os alunos do 2.º e do 3.º CEB reconheceram utilidade e apreciaram a abordagem da temática das operações com criptomoeda e do roubo de identidade online. Os procedimentos de acompanhamento de preços e pagamento seguro de compras online, as ameaças à integridade dos dispositivos ou as dicas de escolha de palavras-passe seguras foram também valorizados por esses alunos.
No mesmo questionário, os alunos foram questionados acerca das dúvidas que persistiam ou dos tópicos que gostariam de abordar em sessões futuras.
Apesar de já terem participado de diversas sessões em que se trataram acerca de procedimentos de segurança durante a navegação na Internet, cinco dos alunos do 1.º CEB manifestaram curiosidade e necessidade de conhecer melhor os procedimentos seguros na utilização de sites e aplicações (especialmente o Tik Tok). A exploração de aplicações de edição de vídeo ou de aprendizagem de línguas estrangeiras foi um dos tópicos que alguns alunos apontaram como do seu interesse.
Os alunos de 2.º CEB sugeriram aprofundar a temática da segurança de dispositivos e os procedimentos em compras online. Propuseram ainda abordar em maior detalhe os direitos de imagem. Um dos alunos expôs a sugestão de tratar sobre linguagens de programação.
Os alunos do 3.º CEB indicaram o aprofundamento da temática da segurança de dispositivos e também os procedimentos de gestão do tempo online. Um dos alunos manifestou curiosidade para conhecer as diversas partes que constituem o hardware de um computador.
Algumas dessas sugestões foram validadas e incluídas na proposta curricular.
4.3 Avaliação das oficinas destinadas a pais e encarregados de educação
As oficinas de capacitação digital, destinadas a pais e outros agentes educativos, acumularam todas mais de 1.500 visualizações, como se pode verificar através da análise do Gráfico 7.
Em todas as sessões, a audiência deixou comentários de cumprimento, parabenização ou questões e reflexões. A generalidade dos comentários é oriunda de pais e outros familiares dos alunos participantes. Salienta-se ainda que a quarta oficina, acerca de viciação online, foi a que recebeu menos comentários, cinco no total, enquanto a primeira oficina, sobre literacia e parentalidade digital, foi a que registou o maior número de comentários, ao todo 17.
5 CONCLUSÕES
Os resultados apresentados permitem afirmar que a maioria dos alunos é da opinião de que aumentou a sua literacia digital e apreciou os temas abordados, validando a pertinência da proposta curricular desenvolvida após a implementação do projeto-piloto.
A proposta curricular apresentada e validada pode ser transferível para outros contextos, principalmente o de ensino formal. A validação do Guião desenvolvido num clube, numa oferta extracurricular ou mesmo como uma oferta curricular complementar de uma escola local, é uma das perspectivas de trabalho futuro, que se prevê iniciar brevemente.
Organizar oficinas presenciais mensais destinadas a pais e agentes educativos e avaliar as diferenças no modelo de interação é também uma das propostas de trabalho futuro, tendo em vista a participação que se verificou por parte dos encarregados de educação.