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Educação em Revista

versão impressa ISSN 0102-4698

Resumo

CARRILLO, Isabel. Educ. Rev. [online]. 2003, n.38, pp.157-172. ISSN 0102-4698.

A pesar dos grandes propósitos e desafios sócioeducativos que o século vinte nos anunciava com insistência, podendo se escutar algumas vozes de que o século vinte e um seria o século das mulheres, hoje seguimos caminhando pelo novo milênio conscientes de que a igualdade jurídica conseguida em alguns países, ainda que nos pareça  bastante satisfatória, não o é na prática cotidiana. Dia a dia nosso mundo, aquele que temos traçado, segue submerso em problemas que impedem o desenvolvimento pleno dos direitos humanos para as mulheres de qualquer lugar do planeta. Hoje, portanto, ainda é urgente que as agendas políticas e os debates pedagógicos deixem de seguir o ritmo daquilo que marcam as audiências, e concentrem sua atenção no gênero e na educação, abrindo espaços que permitam repensar os modelos reproducionistas e gerados de injustiças, para que seja possível questionar as sociedades classistas em que ‘as mulheres são a colônia inferior deste sistema’, estando sujeitas a estruturas de poder que, de forma explícita ou velada, submetem-nas a diversas formas de exclusão e opressão. É a partir da consciência de que todas e todos somos sujeitos atores da realidade, e portanto responsáveis por sua perpetuação ou sua transformação, que é possível pensar na educação como um espaço político e beligerante que não se isola no mundo, mas que parte do mesmo para repensar de forma constante e dinâmica as relações de justiça, de liberdade, de igualdade e  solidariedade entre mulheres e homens, opondo-se e rechaçando as posições que justificam a discriminação e a marginalização da mulher. Entretanto constatamos que, como em outros âmbitos, o marco jurídico não é garantia suficiente para a mudança das escolas e do que nelas acontece. Transformar a prática educativa exige uma mudança de atitudes e de valores que permita um novo olhar para o encontro das diferenças, do feminino e masculino. A educação deve recuperar sua dimensão humanizadora e valorativa para descobrir a sensibilidade e o compromisso que permitem rebelar-se contra um mundo desigual, e imaginar outras formas de vida mais justas e solidárias.

Palavras-chave : Globalização; Gênero; Educação em Valores.

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