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Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação

versão impressa ISSN 0104-4036

Resumo

DUNLEY JR., José Paulo Coutinho. De Sócrates ao ciberespaço: questões em educação para o terceiro milênio. Ensaio: aval. pol. públ. educ. [online]. 1995, vol.03, n.09, pp.421-432. ISSN 0104-4036.

As portas do terceiro milênio, as ciências da Educação não podem menos que exibir as marcas de uma realidade que se recém-configura: um porvir que cumpre desentranhar do legado plurívoco que acompanha a educação - e que preferimos qualificar como enigma, a reduzi-lo a mera probabilidade de um ou outro sucesso no acidentado percurso do pensamento e da prática pedagógica. Intentamos leitura que, duplamente, respeitasse a incerteza irredutível de um horizonte temporal amplo, qual seja o que se inicia com o novo século, porém, qual verdadeira hermenêutica, decriptasse alguns sinais, igualmente reais e, neste sentido, prospectivos da realidade que ora se vislumbrar. Para tal fim, estabelecemos um tríplice eixo de investigação: a herança do pensamento grego, o qual se revitaliza algum dos desígnios do discurso pedagógico o remete para antiga e decisiva questão sobre a problemática do simbólico, ínsita e prévia a qualquer discussão sobre o sujeito ou relação intersubjetiva e conceitos afins. Inobstante, um segundo eixo parece fazer o percurso inverso: colocando-nos de chofre na modernidade, deparamo-nos, não com o Topos Uranos, platônico, mas com a infosfera, de onde se produzem questionamentos que o educador não pode mais ignorar: a C8ET (Computer Based Education and Training), a aprendizagem just in time e on demand instalam conceitos novos e geram crises na tradicional relação pedagógica,transferindo, como nunca fora pensável, a possibilidade de aprendizagem para o próprio aluno - antes se transferia, na melhor das hipóteses a responsabilidade pela aprendizagem. O espaço dessa crise tem as exatas dimensões do ciberespaço. Finalmente, o terceiro eixo, tal como se nos afigura, é o institucional. Em que pese as alentadas e, por vezes, doutas discussões sobre cidadania, assistimos à lamentável ausência da reflexão sobre a norma regulamentadora deste e de outros direitos. Não existe pensamento sobre a Educação possível - presente ou futura -, seja sobre quais de suas atinências se queira, divorciado do pensamento jurídico. Reportando-nos ao Direito Constitucional, analisamos o papel do professor; à luz dos direitos e garantias individuais e coletivos, assegurados pela Carta da República, frente às recentes Emendas Constitucionais.

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