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Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação

versión impresa ISSN 0104-4036

Resumen

METTRAU, Marsyl Bulkool  y  ALMEIDA, Leandro S.. Relação pedagógica: a dialética entre aprender e avaliar. Ensaio: aval. pol. públ. educ. [online]. 1996, vol.04, n.10, pp.51-64. ISSN 0104-4036.

Aprender a aprender é exatamente o que o ensino deveria perseguir e atingir porque avaliar é sempre reformular, aperfeiçoar e aprender, sendo este o ponto máximo da aprendizagem. Avaliação e aprendizagem correspondem a uma grande via de, mão dupla onde transitam todos os que passam pelo processo ensino-aprendizagem com suas competências (professores, alunos, famílias e instituições), constituindo-se a avaliação, no valor máximo da aprendizagem, pois através dela se verificará o quê e o quanto falta ser aprendido, isto é, "o ponto de contraste e confirmação de que a aprendizagem se produziu e o grau em que se produziu” (Beltrán Llera, 1993). A nova perspectiva de avaliação é mais abrangente e centrada no que os estudantes produzem, demonstram e  expressam em diferentes momentos, utilizando-se de instrumentos  cuidadosamente elaborados: testes escritos e orais, outras diversas formas de expressão e toda e qualquer modalidade de oportunidade ocorrida que possibilite obter resultados que ajudem professor e aluno a demonstrarem o que conseguiram ensinar e aprender. Uma avaliação qualitativa tem o objetivo de captar, em profundidade e detalhes, as experiências dos alunos. É de natureza fundamentalmente descritiva, importante na verdade, o que o aluno conseguiu saber, aprender e modificar. Completamente e acrescenta um novo e diferente enfoque de análise e julgamento que poderá e deverá enriquecer e ampliar a margem de segurança de acerto, quanto ao resultado final, tanto de parte do aluno, quanto do professor, e todos os envolvidos na prática pedagógica. Esta tendência bipolar corresponde a dois pontos que de vem se aproximar e complementar cada vez mais até tornarem-se um só. Professores e alunos devem estabelecer, em conjunto, critérios que especifiquem condutas discerníveis para ambos, explicitando conteúdo ou habilidade a serem avaliados, como também tornando claros os pontos básicos que nortearão e pontuarão os resultados pretendidos. E importante a participação dos estudantes, já que a fonte primária destes critérios é a própria experiência deles. Uma boa sugestão é a de que eles testem a compreensão destes critérios confrontando-os com situações da vida e do mundo real na prática pedagógica da qual participam. Deste modo, os alunos estariam auxiliando e interagindo com seus professores, pois há uma dialética constante nesta questão: o que o aluno deve aprender e o que o professor deve ensinar. No dia em que a avaliação for ensinada e compreendida como fonte de aprendizagem, e não só, de resultado de aprendizagem, grande parte dos problemas de repetência, fracasso, abandono ou desânimos estariam resolvidos, pois o sujeito estaria envolvido no seu processo de avaliação, dando pistas aos professores sobre como e porque não aprenderam ou aprenderam. O processo cresceria e se realizaria como deve ser: na grande avenida da Escola, em rua de mão dupla, onde toda atenção é necessária mas oferece plenas condições de tráfego e trânsito para todos, especialmente para os principais protagonistas deste artigo: professores e alunos. Outro aspecto essencial a ser considerado (Sternberg, 1992) diz respeito aos mecanismos executivos e de controle, usualmente chamados metacognição, que capacita o aluno a estudar e acompanhar todos os passos dados no sentido da aprendizagem, a fim de que ele possa ter domínio dos mesmos e os utilize toda vez que necessitar de novas aprendizagens. A metacognição é de extrema utilidade para o professor no encaminhamento dos passos a qualquer modalidade de aprendizagem e verificação das falhas desta aprendizagem, reorganizando novos passos para uma próxima avaliação e ao ensino de qualquer tópico em qualquer campo do saber ou fazer. “As ciências sociais tendem a encarar a sociedade e os seres humanos como entidades relativamente estáticas e não como sistemas complexos constantemente em modificação, sobretudo nos processes de desenvolvimento”. Nossa realidade cotidiana oferece-nos evidências desta mudança constante: as crianças se desenvolvem, muitas vezes de maneira imprevisível para os pais, professores e grupo social A geração mais nova constrói seu próprio modo de compreender o mundo, que apenas, parcialmente, acompanha o de seus pais ou da geração anterior, divergindo da compreensão destes de maneira significante e inovadora (Valsiner, 1995, p. 7). A inteligência deveria ser, e é, do interesse do público em gera, principalmente, porque todos estamos envolvidos pela questão da inteligência e suas  repercussões no ângulo da família, da escola, dos companheiros e da vida profissional que atinge a cada um de nos, no que se refere a isto. Ela é conhecida pelos seus efeitos e não por ela propriamente dita, enquanto conceituação. Ao longo do tempo nos deparamos com inúmeros conceitos resultantes de diferentes pontos de vista de diversos autores que ora se assemelham, ora diferem totalmente e ora se completam, mas sem muito empenho destes estudiosos em juntar as semelhanças para reduzir as diferenças e se chegar a um crescimento. Com o exposto, queremos alertar para a necessidade de uma constante atualização dos profissionais da Educação. Autores julgam que a inteligência precisa de estímulos, que se amplia ou se estimula e estas informações devem chegar às pessoas, aos diferentes profissionais e especialmente ao professor cuja base de avaliação e julgamento, muitas vezes, recai na questão da inteligência, que é hoje vista como a soma de diferentes capacidades tais como: aprendizagem, raciocínio, memória, adaptação ao ambiente, motivação (fator motivacional), importante na expressão e no uso da inteligência (Renzulli apud Mettrau, 1995a), e o esforço. Cabe a nós, profissionais da Educação acompanhar e utilizar os resultados e os próprios processos destes estudos para atender cada vez mais e melhor à Educação e à Pessoa, pois a inteligência é somente um dos muitos e complexos capítulos do ser humano.

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