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Educação

versão impressa ISSN 0101-465Xversão On-line ISSN 1981-2582

Resumo

CARVALHO, Anderson dos Anjos Pena de; ZIENTARSKI, Clarice  e  RECH, Hildemar Luiz. Escolas cívico-militares: estratégia política para ocultar a negligência com a educação pública no Estado brasileiro. Educação. Porto Alegre [online]. 2022, vol.45, n.1, e-36739.  Epub 17-Jul-2023. ISSN 1981-2582.  https://doi.org/10.15448/1981-2582.2022.1.36739.

Este texto objetiva analisar a estratégia política do governo de Jair Bolsonaro que tenta impor às escolas públicas brasileiras sua conversão cívico-militar, como um fenômeno que oculta, pelo menos, dois aspectos fundamentais totalmente imbricados: (a) uma história de negligência identificada na desvinculação de recursos para a educação; (b) uma ação que favorece o capital financeiro e os reformadores empresariais na educação pública. Embora o Decreto que cria o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (PECIM) tenha indicado ser facultativa a adesão dos entes federativos ao Programa, será possível notar aqui que, a escola pública tem contra si, na atual conjuntura, a pressão para ter de aderir à militarização das escolas, como uma refém com um fuzil apontado contra si, cuja desobediência poderá significar seu extermínio. Sob os sintomas vertiginosos provocados pelas subsequentes usurpações históricas de calote e mecanismos de desvinculação dos valores que deveriam ser a ela destinados, a escola pública vê-se coagida, para poder continuar existindo, a submeter-se às garras da lógica militarizada.

Palavras-chave : escolas cívico-militares; vinculação dos recursos da educação; privatização de processos.

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